Padre Ingo Dollinger: um digníssimo formador de seminaristas e sacerdotes brasileiros em tempos obscuros e difíceis. Colaboração exclusiva de Dom Athanasius Schneider a FratresInUnum.com.
Na solenidade da Santíssima Trindade, em 11 de junho de 2017, o Reverendíssimo Padre Ingo Dollinger deixou esta terra após uma longa vida, da qual sessenta e três anos como sacerdote. Foi uma vida plena de abundantes frutos espirituais e de grandes méritos para a verdadeira renovação da vida da Igreja, dada a profunda e extraordinária crise pela qual ela está passando já há mais de cinquenta anos.

O reverendíssimo Padre Dollinger foi, sobretudo, um mestre e pai sacerdotal para numerosos seminaristas e jovens sacerdotes na Europa e, principalmente, no Brasil. A esse nobre sacerdote pertence o duradouro mérito de ter contribuído no modo decisivo junto com Dom Manoel Pestana, o então santo bispo de Anápolis, e a Ordem dos Cônegos Regulares da Santa Cruz, para que no Brasil fosse criado um centro de formação sacerdotal de segura doutrina filosófica e teológica e de uma espiritualidade sacerdotal autenticamente católica. Isso se realizou em Anápolis graças à existência do Seminário Diocesano do Imaculado Coração de Maria, fundado por Dom Manoel Pestana e dirigido muitos anos pelo Padre Dollinger, e também graças ao Institutum Sapientiae, pertencente à Ordem dos Cônegos Regulares da Santa Cruz, no qual Padre Dollinger desempenhou por longo tempo a função de professor e de Reitor. Eu tive o privilégio de ter tido por muitos anos Padre Dollinger como meu professor em Anápolis. Suas aulas teológicas e seus conselhos espirituais me marcaram profundamente, o que guardarei sempre com gratidão.

Na sua altamente meritória obra sacerdotal, o nosso saudoso Padre Dollinger se consumiu em favor da Igreja num dos tempos mais difíceis dos anos 80 do século passado, quando a vida da Igreja no Brasil era dominada pelo quase monopólio da assim chamada “teologia da libertação”.
Queira Deus que as sementes espirituais lançadas ao solo da Terra da Santa Cruz pelo grande labor apostólico do Padre Dollinger, tragam muitos frutos duradouros na vida e no apostolado daqueles seminaristas e sacerdotes que tiveram nele seu mestre e pai espiritual. Isso contribuiria para maior alegria à alma plenamente sacerdotal do nosso querido e saudoso Padre Ingo Dollinger, pelo qual nós rezamos com gratidão e ao qual pedimos que implore para os nossos dias muitos santos seminaristas, muitos santos sacerdotes e, sobretudo, muitos santos formadores sacerdotais com zelo ardente pela glória de Deus e de Sua casa, que é a Igreja.
13 de junho de 2017,
+ Dom Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar da arquidiocese de Maria Santíssima em Astana, Cazaquistão
No meu comentário anterior eu comentei sobre uma notícia sobre o aumento de vocações sacerdotais nos EUA. Gostaria de partilhar o link da notícia.
http://br.radiovaticana.va/news/2017/06/13/eua_revista_d%C3%A1_a_conhecer_o_fen%C3%B4meno_do_aumento_das_voca%C3%A7%C3%B5e/1318619
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Não conhecia o Padre Ingo Dollinger. Se não me engano ouvi falar dele pela primeira vez por ocasião de uma polêmica envolvendo o terceiro segredo de Fátima. Nesses dias dias próximos ao seu falecimento, li alguns textos sobre ele na internet; contando inclusive com este de autoria de Dom Athanasius Schneider. Pelo que li, pude perceber que era um sacerdote douto, piedoso e que exerceu importantes funções na Igreja. Pena que, no Brasil, ele não foi muito conhecido. Parece que o seu conhecimento ficou mais restrito ao seminário onde ele foi reitor em Anápolis. Ele é recordado como um excelente formador de seminaristas, futuros sacerdotes. E isto é uma oportunidade para pensarmos ou refletirmos sobre como tem sido os formadores de seminaristas/futuros sacerdotes no Brasil. Agora há pouco estava acabando de ler uma notícia sobre o aumento de vocações sacerdotais nos EUA, vindas da geração chamada milenial. Fico com a impressão de isso é um fenômeno restrito aos EUA. Agora partindo da realidade brasileira e do testemunho de vários sacerdotes de que o Pe. Dollinger era um excelente formador, penso que seja necessário repensar a formação sacerdotal no Brasil. Acredito que seja necessário empreender uma reforma nos seminários brasileiros, como aconteceu nos EUA. (Agora não me lembro o nome exato que essa reforma recebeu). Enfim, em relação ao Pe. Dollinger, me senti edificado com os vários testemunhos que li sobre ele.
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Que boa fisionomia tem o Pe. Ingo Dollinger! Que Deus, em sua infinita Misericórdia o receba e que, desde essa celestial proteção, possa ele proteger e amparar as verdadeiras vocações sacerdotais nesse Brasil tão necessitado de almas de escol!
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Somente de ver o Revmo Pe Dollinger ao lado de São Pio já conquistou meu coração. Procurarei saber mais a respeito dele. Quanto à geração milenial comentada pelo Sr. Alex, somente o tempo mostrará quais os frutos que sairão desta moderna forma de formação. Sabemos da Madre Angélica que fez um belo trabalho usando meios modernos de comunicação. Se forem na mesma linha, sabendo dominar a velocidade das coisas, entendo que darão bons frutos.
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