“A TFP originária e os Arautos do Evangelho são instituições diversas”
Afirma-o Montes, após a renúncia do fundador João Clá durante uma investigação vaticana e um vídeo no qual se dá crédito a teorias reveladas por um suposto demônio.
Por Domenico Agasso Jr, Vatican Insider, 15 de junho de 2017 | Tradução: FratresInUnum.com – “Diante de certo número de notícias e vídeos veiculados pela mídia e por blogs predominantemente de inspiração católica sobre os Arautos do Evangelho, julgo necessário fazer um esclarecimento, em nome de numerosos sócios e fundadores da TFP brasileira e de pelo menos 28 organizações que se inspiram na obra de Plinio Corrêa de Oliveira em todo o mundo. Na verdade, o conhecido pensador e homem de ação católico brasileiro deu origem a uma realidade completamente diversa daquela dos Arautos do Evangelho” – afirma Juan Miguel Montes, diretor do escritório romano Tradição Família Propriedade (TFP), após as notícias dos últimos dias.
As notícias são a renúncia do fundador dos Arautos, João Scognamiglio Clá Dias, 77 anos, como superior geral (continua a ser “pai” do Instituto), enquanto o Vaticano (a Congregação para os Religiosos) investiga as excentricidades de cultos milenaristas e exorcismos realizados invocando o nome dos fundadores.
Em seguida, a difusão de um vídeo que mostra monsenhor João Clá dar crédito a perturbadoras teorias reveladas por um suposto demônio, com uma exaltação semidivina do fundador da TFP Plinio Corrêa de Oliveira e de sua mãe.
Embora “uma ordem judicial provisória lhes tenha dado a posse legal da TFP – declara Montes –, no Brasil e em alguns outros países, os Arautos do Evangelho não deram continuidade ao pensamento, às práticas e às ações que caracterizaram o mencionado Plinio Corrêa de Oliveira, fundador moral desta vasta família espiritual; em vez disso, eles se organizaram usando uma denominação que ele desconhecia antes de seu falecimento em 1995”.
Muitas pessoas “que acompanharam Plinio Corrêa de Oliveira durante décadas, tanto em estreita proximidade por parentesco familiar e/ou outras relações civis e institucionais, quanto o subscrito, que o representou em Roma nos últimos doze anos de sua vida, são testemunhas unânimes de que nada de parecido com o que se narra nos vídeos e nas notícias que circulam nestes dias sobre os Arautos do Evangelho, jamais aconteceu perante o fundador da TFP brasileira ou foi de seu conhecimento em qualquer uma das associações TFP.”