A  Reforma Litúrgica de Cranmer, de Michael Davies, agora em português.

Por FratresInUnum.com – Recebemos com alegria a notícia da publicação em português do primeiro livro da trilogia Revolução Litúrgica, de Michael Davies (conhecido de nossos leitores – cf. aqui e aqui), um livro que há tempos fazia falta ao leitor de língua portuguesa.

cranmerA Reforma Litúrgica de Cranmer mostra, ao examinar o Prayer Book (Livro de Oração) de Thomas Cranmer, de 1549, a extensão na qual a fé do povo católico pôde ser alterada simplesmente ao se alterar a liturgia. Nas palavras do autor: “A maneira como rezamos reflete e, em grande parte, decide o que cremos. (…) As crenças que fizeram com que os reformadores ingleses repudiassem o catolicismo e estabelecessem em seu lugar uma nova religião são explicadas em detalhe e, na maioria dos casos, com suas próprias palavras. Isso deixa claro que eles entendiam perfeitamente o que a Igreja Católica ensinava em relação a doutrinas tão fundamentais quanto a Eucaristia, e que rejeitaram aquele ensinamento completamente.”

O livro pode ser adquirido pela internet neste link: www.permanencia.org

Nos próximos meses, de acordo com a editora Permanência, serão publicados os dois outros livros da trilogia: O Concílio de João XXIII e A Missa Nova de Paulo VI.

É, sem dúvida, uma excelente forma de “co-memorarmos” (i.e., lembrarmos juntos) os 500 anos da revolta protestante e melhor compreendermos estes tempos singulares em que a Providência quis que vivêssemos.

14 comentários sobre “A  Reforma Litúrgica de Cranmer, de Michael Davies, agora em português.

  1. Ótima notícia! Já tinha pensado eu comprar a trilogia em inglês, mas tendo agora em português… creio que logo procurarei adquirir.
    Espero que a tradução esteja boa. Deus abençoe quem fez este trabalho, bem como conceda o eterno e bem-aventurado descanso ao sr. Davies.
    Salve Maria!

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  2. Evidente que uma Reforma Litúrgica para qual direção sejam postos os ritos e doutrina engrandecem ou deturpam a doutrina da Igreja, fazem bem ou mal aos cristãos, dependendo de sua linguagem, como atualmente, ponteada de jogos de palavras e eufemismos, há tempos tentando abarcar o ecumenismo, o qual no modelo atual mais prejudicaria que o inverso.
    No Vaticano II não teriam tomado as precauções que impediriam a manipulação de certos textos, para um ecumenismo mal compreendido, ou ambiguo, idem de uma leitura protestante, ou direcionando os fieis para uma doutrina socializada ou mesmo num ou em mais desses itens anexados.
    Notamos um imenso mal imenso à fé via teólogos suspeitos de serem inimigos da Igreja nela infiltrados, como em varios folhetos de Missas atuais nas reflexões ou nas preces comunitarias, como em O DOMINGO da Edit. Paulus e noutros, muito interesse no socialismo “católico” da TL etc.
    Porém, depois do papa Francisco direcionaria às causas que tanto cativa, idem para a TL, para a deleteria imigração islãmica, Mãe Terra, forte instigação de forma sutil para o eco-humanismo, acolhimento sem as devidas restrições, excesso de abordagem da misericordia e quase nunca da justiça divina, ou mesmo apoio aos clérigos simpatizantes da agenda das esquerdas camuflados de sacerdotes católicos.

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  3. Não foi o herege Lutero que já dizia desde a (De)forma Protestante que para acabar com o Catolicismo deve-se acabar com a Missa?

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  4. Na minha visão,a reforma litúrgica não é,por si só,a principal causadora dessa crise que passa a Igreja desde o final dos anos 60.O que há como motivo mor é uma má interpretação -dos leigos,dos clérigos-quanto a algumas prescrições impostas pelo Concílio,haja vista que,ainda que em raríssimas ocasiões,uma missa segundo o Novus Ordo consegue recuperar a pulchritude e o garbo litúrgico pré-Concílio,como,”exempli gratia”,as Missas em que o Papa emérito Bento XVI presidia,principalmente sob a égide de Monsenhor Guido Marini.

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    1. O erro mais perigoso é o que se assemelha à verdade, assim como a pior moeda falsa reproduz com maestria as que são autênticas. Se a beleza fosse formalmente suficiente, então muitas cerimônias anglicanas em Westminster estariam no pareo da legitimidade. Mas o que torna indesejável o rito de Paulo VI foi a intenção que este senhor teve de reformar a liturgia da Igreja para agradar os protestantes, banindo do novo Ordo tudo o que lembrasse o abismo que deles nos separa. Onde estarão agora todos os liturgistas que traíram a Igreja e o concílio de Trento?

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  5. Caro Guilherme de Oliveira, de que vale uma missa que somente em raríssimas ocasiões consegue ser uma missa católica? Não deve ser um mero problema de interpretação do CVII, não é possível que estejam todos interpretando tudo errado há meio século!

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  6. Caríssimo senhor Leonardo;
    Não disse,em nenhum momento no meu comentário,que a missa de Paulo VI não é uma missa católica,disse que,em raríssimas ocasiões essa consegue recuperar a solenidade do rito antigo.As duas missas são católicas,ainda que a nova seja alvo de interpretações dúbias.Quanto à segunda parte da vossa objeção, não disse também que todos estejam interpretando de maneira errada,ainda que não especifiquei no meu comentário de quem vem a má interpretação,levando a impressão de que esta é generalizada,por fim,na minha resposta ao post,não disse que a reforma litúrgica é a única causadora de tão espessa confusão,mas que a má interpretação,quanto a pontos como o latim na missa nova,o canto gregoriano e polifônico,etc.,são mal interpretados pelos fiéis e pelos clérigos,ainda que haja exceções louváveis.

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    1. “as duas missas são católicas” seria mais coerente que o senhor dissesse a”as duas bilhões e quatrocentas mil missas” que existem são católicas (segundo o seu critério), sem excluir (segundo o seu critério) aquele texto aversivo, chinfrim, herético e brega da “missa do congresso de Manaus”.

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    2. Caro/a PW:
      Tu,de fato,lestes o meu comentário?Porque,quando me referi a interpretações dúbias do Concílio Vaticano II quanto ao Rito da Missa,justamente fazia menção à essas palhaçadas litúrgicas,que nem podem ser chamadas de Missa,uma vez que desrespeitam todo um passado e um presente que,na minha visão,raramente se põe em prática.Quanto à “Missa do Congresso de Manaus”confesso que nunca tinha ouvido falar disso.

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  7. Lembrando que,em meu primeiro comentário,não quis dizer da pulchritude estética,mas a pulchritude dos ritos,não dos inventados por falsas ideologias,mas daquele que a própria Igreja outorgou.
    A beleza, nesse sentido,não estaria ligada à paramentos,ou à questões secundárias,mas a beleza natural que o rito romano proporciona-nos.
    De qualquer modo quando presenciamos uma liturgia sem rodeios ou deturpações,mas com a beleza sacral,não sabemos se estamos no Céu ou na Terra.

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  8. Caro/a PW:
    Mais uma vez muno-me desse espaço para esclarecer alguns pontos levantados que não foram sequer escritos no meu comentário.Aonde,nesse,está escrito que eu,particularmente,considero que a beleza litúrgica é “formalmente suficiente” para a celebração do Santo Sacrifício?Muito pelo contrário,nem usei essas palavras.A beleza na Liturgia–estética,nesse caso–é algo que soleniza,mas que é dispensável,e,muitas vezes,inútil,não obstante haja incenso numa missa,o padre com uma casula digna,mas ocorrem aquelas lamentáveis cenas segundo o “espírito do Concílio”,id est,palmas,músicas protestantes…
    Por outro lado,há um erro hodierno que é classificar um cumprimento de muitas rubricas litúrgicas como exagero,tomemos como exemplo quando um sacerdote paramenta-se corretamente para a missa(utilizando amito,alva,cíngulo,estola e casula),muitos classificariam essa ação como exagero,”Oh,mas esse sacerdote é um fundamentalista,que vive no passado”.É isso o que ocorreu,a priori,com Bento XVI,que deu muitas lições no âmbito litúrgico,mas,que infelizmente,parece que foram dirigidas às paredes do Vaticano.
    Quando tu equiparastes as solenes cerimônias católicas com as heresias anglicanas,não lembrastes da máxima litúrgica:”toda beleza litúrgica,por mais ostensiva que pareça ser,não é para a glória do homem,mas para honra do Autor de toda honra,isto é,Deus”.
    Reitero,portanto,que nunca foi minha intenção dizer que a pulchritude litúrgica já é bastante.Aliás,nenhum Sumo Pontífice,nenhum documento disse isso.O que quis dizer é que,nas missas de Bento XVI,que tomei como exemplo,fora resgatado o espírito da verdadeira liturgia,o que não víamos durante a administração de Dom Piero Marini.Por fim,digo que a beleza litúrgica,de antes e depois do Concílio Vaticano II,não é uma questão estética–dizer isso seria quase que uma forma de relativismo–mas uma questão espiritual,e que tal beleza, por se prestar ao Autor de toda beleza,vale mais do que toda vã beleza mundana.

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  9. Caro/a PW:
    Como se sabe,existem dois,e tão somente dois ritos próprios da Igreja Romana:o Rito Extraordinário–ou seja,aquele que foi outorgado no Concílio de Trento,e que nunca fora ab rogado–e o Rito Ordinário.Ora,o documento que rege esse último–o Sacrosanctum Concilium–não permite sequer a existência de mais ritos–o que acontecia antes do Concílio de Trento.Quanto às bilhões de Missas que tu citas,creio que é a Missa de Cura e Libertação,Missa Afro,etc.,etc.,etc.,das quais nutro a mesma repulsa que o senhor/a senhora nutre.Quanto aos meus critérios para a escolha de qual rito é válido,apenas digo:os critérios não são meus,são da Igreja.

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