Criticas a Amoris Laetitia: ‘Comentários respeitáveis mas errados’ diz o Papa
“A moral da ‘Amoris laetitia’ é tomista”
(ZENIT – Cidade do Vaticano, 29 Set. 2017).- O Papa Francisco reiterou a validade da exortação ‘Amoris Laetitia’, em resposta às críticas recebidas no ultimo domingo de um grupo de académicos que fizeram publica uma carta enviada ao Santo Padre, na qual contestam uma alegada “propagação de heresias” por parte do Pontífice.
A exortação apostólica ‘Amoris Laetitia’, resultou das duas assembleias do Sínodo dos Bispos sobre a família, em 2014 e 2015.
“Ouço muitos comentários respeitáveis, porque são ditos por filhos de Deus, mas errados sobre a exortação apostólica pós-sinodal”, disse o Papa num encontro a 10 de setembro, com os jesuítas durante a viagem pontifícia à Colômbia e que foi divulgado esta quinta-feira, na mais recente edição da revista ‘La Civiltà Cattolica’.
“Alguns sustentam que sob a ‘Amoris Laetitia’ não há uma moral segura. Em relação a isto quero repetir, com clareza, que a moral da ‘Amoris laetitia’ é tomista, a do grande Tomás [de Aquino]”, confirmou.
Francisco criticou depois os que julgam que a moral é “pura casuística” e convidou todos a aprofundar a “grandíssima riqueza” do trabalho de São Tomás de Aquino, doutor da Igreja.
O método de descer do geral para o particular, acrescentava então, é o “método moral usado no Catecismo da Igreja Católica”, sem que isso implique que “o princípio deva mudar”.
A carta que indica ser uma “correção fraterna”, foi assinada por 62 pessoas de 20 países, que depois de uma semana chegaram a menos de 200, questiona as posições apresentadas na exortação apostólica pós-sinodal ‘Amoris Laetitia’, e outras “palavras, atos e omissões” do Papa, e de manter “sete posições heréticas referentes ao casamento, à vida moral e à receção dos sacramentos”.
Entre os signatários estão monsenhor Bernard Fellay, superior-geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, fundada por D. Marcel Lefèbvre.