“Em todas as tuas obras, lembra-te dos teus novíssimos, e nunca jamais pecarás” (Eclesiástico VII, 40).
Por Padre Élcio Murucci | FratresInUnum.com
A MORTE
A morte é a separação da alma do corpo e o total abandono das coisas deste mundo. Todos sabem que um dia devem morrer, mas ninguém sabe onde e como morrerá. Você não sabe se a morte o surpreenderá na sua cama ou no seu trabalho, na estrada ou em outro lugar.
A ruptura de uma veia, um infarto, um tumor que talvez já esteja crescendo em seu organismo, uma queda, um acidente, um terremoto, um raio e outras mil causas de que você nem suspeita agora, podem privá-lo da vida. E isto pode acontecer daqui a um ano, a um mês, uma semana, a uma hora e, talvez, apenas terminada a leitura desta meditação. Quantos se deitaram à noite com boa saúde e de manhã foram encontrados mortos! Quantos ainda hoje morrem de improviso! E onde se encontram agora? Se estavam na graça de Deus, felizes deles! São para sempre bem-aventurados. Mas se estavam em pecado mortal, agora estão eternamente perdidos! Diga-me, meu caro jovem, se você devesse morrer neste instante, que seria de sua alma?
Embora o lugar e a hora de sua morte lhe sejam desconhecidos; você sabe com certeza que vai morrer. Esperemos que a sua última hora não venha de repente, mas aos poucos, por uma doença comum. De qualquer modo virá um dia em que, estendido em sua cama, você estará prestes a passar à eternidade assistido por um sacerdote e cercado por parentes que choram. Você terá a cabeça dolorida, os olhos embaçados, a língua ressequida, um suor gélido e o coração fraquíssimo. Assim que a alma expirar, seu corpo será vestido e colocado num caixão. Aí os vermes começarão a roer suas carnes, e bem depressa de você não restarão a não ser poucos ossos descarnados e um pouco de pó.
Experimente abrir um sepulcro e verá a que ficou reduzido aquele jovem antes cheio de saúde, aquele rico, aquele ambicioso, aquele orgulhoso! Meu caro filho, ao ler estas linhas, lembre-se de que elas falam de você, como de todos os outros homens! Agora, o demônio, para induzi-lo a pecar, procura desviar sua atenção destes pensamentos e escusá-lo de suas culpas, dizendo-lhe não ser um grande mal aquele prazer, aquela desobediência, aquela omissão da Missa no domingo ou em dia santo, e assim por diante; mas quando chegar o momento da sua morte, será ele mesmo que vai lhe revelar a gravidade destes e dos outros pecados, e vai lançá-los diante de sua consciência. Que fará você então? Ai de você se, naquele momento, se achar em desgraça de Deus!
Não se esqueça, meu jovem amigo, de que daquele momento depende a sua eterna salvação ou a sua eterna condenação. Duas vezes temos diante de nós uma vela acesa: no Batismo e na hora da morte. A primeira vez para fazer-nos ver os preceitos da Lei divina que devemos cumprir, e a segunda para fazer-nos ver se os cumprimos. À luz daquela vela quantas coisas se verão! À luz daquela vela, você verá se amou a Deus ou se O desprezou; se honrou seu santo Nome ou se O blasfemou; você verá as festas profanadas, as Missas perdidas, as impurezas cometidas, os escândalos dados, os furtos, os ódios, as soberbas … Oh! meu Deus, verei tudo naquele momento em que se abrirá diante de mim a porta da eternidade!
Grande e terrível momento do qual depende uma eternidade de glória ou de sofrimentos! Você está compreendendo o que lhe digo? Eu lhe digo que daquele momento depende o ir para o céu ou para o inferno; ser para sempre feliz ou desesperado; para sempre filho de Deus ou escravo de Satanás; para sempre gozar com os anjos e os santos no céu ou gemer e queimar para sempre com os condenados no inferno! Por isso, prepara-se para aquele grande momento fazendo logo um ato de contrição e, o mais depressa que você puder, uma boa e santa confissão.
Decida-se, depois, a viver sempre na graça de Deus, porque como se vive assim se morre.
O JUÍZO PARTICULAR
O juízo é a sentença que Jesus vai pronunciar no fim da nossa vida, com a qual fixará o destino de cada um por toda a eternidade. Assim que sua alma tiver saído do corpo, comparecerá diante do Juiz Divino, que lhe pedirá conta rigorosa do bem e do mal que você praticou na sua vida. Num piscar de olhos, como que numa luz repentina, você verá toda a sua vida posta em confronto com a vontade de Deus. Então você ficará horrorizado com os pecados cometidos dos quais não se arrependeu, com as orações desleixadas, com os escândalos dados. Verá as almas que, com seus maus exemplos, levou ao pecado, as quais o amaldiçoam no inferno e pedem sua condenação. Verá os demônios ansiosos para arrastá-lo consigo e, embaixo, o inferno escancarado para recebê-lo. Você tentará, então, levantar o olhar suplicante para a face de Cristo, mas não conseguirá manter o olhar. Invocará o auxílio de Nossa Senhora, mas Ela não poderá mais fazer nada por você. Então, não encontrando acolhida, gritará às montanhas e às pedras que o cubram e o aniquilem, mas elas não se moverão. Sua alma imortal não poderá de maneira alguma refugiar-se no nada. Nesta hora, você mesmo, reconhecendo a Justiça de Deus, invocará o inferno como uma libertação!
Meu caro jovem, você está ainda em tempo de evitar um juízo de condenação! Peça logo perdão a Deus de seus pecados e comece desde hoje uma vida verdadeiramente cristã. Naquele dia tremendo, você será feliz por ter amado a Jesus e ter observado seus mandamentos. Até os sofrimentos, que você padece agora, ser-lhe-ão naquele momento fonte de alegria. Viva, portanto, hoje como gostaria de ter vivido então!
O INFERNO
Quem recusa Deus até o fim, isto é, até a hora da morte, continuará a recusá-Lo para sempre. Por isso, a Justiça divina, respeitando a livre escolha feita pela sua criatura, afasta-a para sempre de Si, deixando-a caminhar para o destino de quem recusou o Sumo Bem para escolher o sumo mal, o Inferno Eterno. A primeira pena que os condenados sofrem no inferno é a pena dos sentidos, que serão atormentados por um fogo que queima terrivelmente sem jamais se consumir; fogo nos olhos, fogo na boca fogo em todas as partes. Cada sentido padece a própria pena conforme o mau uso que dele fez em vida. Os olhos são aterrorizados pela vista dos demônios e dos outros condenados. Os ouvidos só escutam uivos e prantos de desespero. O olfato sofre com o mau cheiro do enxofre e a boca com sede e fome canina. O rico epulão, no meio dos tormentos do inferno, levantou o olhar para o céu e pediu, suplicante, uma gota d’água para refrescar a ardência de sua língua: mas até essa gota d’água lhe foi negada!
Oh! Inferno, Inferno! Quão infelizes são os que caem nos teus abismos! Meu caro, jovem, se você devesse morrer neste momento, para onde iria? Mas agora você não pode suportar um minuto o dedo na chama de uma vela sem gritar de dor, como poderá suportar o tormento de todas aquelas chamas por toda a eternidade? A segundo pena que os condenados padecem no inferno é a pena do dano. Esta é, sem comparação, mais terrível que a dos sentidos, porque é a privação completa e eterna do Bem Infinito para o qual fomos criados.
Como os nossos pulmões têm necessidade do ar para viver, assim a nossa alma tem necessidade de Deus; e como a morte por afogamento é a mais terrível que existe, assim não há pena mais insuportável para a alma do que a necessidade insopitável que sente de “respirar” Deus. Sem contar que o sofrimento do afogado dura poucos minutos, enquanto que o padecimento do condenado dura para sempre! E com a privação de Deus, o condenado é privado também da companhia dos Anjos, de Nossa Senhora, dos Santos e dos seus caros defuntos, que não verá nunca mais.
Caro jovem, como poderá ainda viver em pecado, agora que você conhece que terríveis penas esperam quem não se decide a amar a Deus verdadeiramente! Não adie a sua conversão! Tem certeza de que esta não será a última chamada, e, se não corresponde a ela, não terá outras para salvá-lo do inferno?
Considere, meu caro jovem, que se você for para o Inferno, nunca mais dele sairá! Pois no Inferno não só se sofrem todas as penas, mas todas eternamente. Passarão cem anos desde que você caiu no Inferno, passarão mil anos e o Inferno terá apenas iniciado; passarão cem mil, cem milhões, passarão mil milhões de séculos, e o inferno estará ainda em seu começo. Se um Anjo levasse aos condenados a notícia de que Deus os quer libertar do Inferno, depois de passados tantos milhões de séculos quantas são as gotas d’água do mar, as folhas das árvores e os grãos de areia da terra, esta notícia lhes causaria a maior satisfação. “É verdade – diriam – que devem passar ainda tantos séculos, mas um dia hão de acabar!” Pelo contrário, passarão todos esses séculos e todos os tempos que se possam imaginar, e o Inferno estará sempre no princípio.
Se ao menos o pobre condenado pudesse enganar-se a si mesmo e iludir-se pensando:
“Quem sabe, um dia talvez Deus poderá me arrancar deste tormento…” Mas não, nem isto será possível, porque foi o próprio condenado que, na hora da morte, firmou sua vontade contra Deus a tal ponto que não quer mudá-la mais agora que entrou na eternidade. Será ele mesmo a querer para sempre aquelas chamas que o queimam, aqueles demônios que o atormentam, e a rejeitar para sempre aquele Deus que ele ofendeu!
Meu jovem amigo, compreende bem o que você está lendo? Uma pena eterna por um só pecado mortal que, talvez, cometeu com tanta facilidade! Escute, pois, o meu conselho: Se a consciência o acusa de algum pecado mortal (mesmo que seja um só), vá depressa confessar-se e comece logo uma vida boa. Para isto, escolha um santo sacerdote ao qual você poderá recorrer para pedir conselho e, se necessário, faça uma confissão geral, ou seja, que abranja toda a sua vida. Lembre-se sempre de que, para não cair no Inferno, qualquer sacrifício que você possa fazer é bem pouca coisa, porque todos os sacrifícios deste mundo duram pouco, enquanto que o Inferno dura para sempre!
O PARAÍSO
Tanto apavora o pensamento do Inferno, quanto consola a lembrança do Paraíso que Deus preparou para aqueles que O amam. Se você pudesse gozar ao mesmo tempo de todas as alegrias deste mundo, desde as belezas criadas até os alimentos mais saborosos, desde as músicas mais suaves até os afetos mais puros, saiba que tudo isso é nada em comparação com as alegrias que o aguardam no Céu!
Pense, com efeito, na alegria que experimentará encontrando-se com os seus parentes e amigos, que virão correndo ao seu encontro para acolhê-lo no meio deles; pense na beleza e nobreza dos Anjos e dos Santos que, aos milhões, louvam ao seu Criador. No Céu você verá a grande multidão de jovens que conservaram intacta a virtude da pureza e daqueles que a reconquistaram pelo arrependimento e pela penitência: e os verá todos felizes cumulados de uma felicidade que nunca lhes será tirada.
Mas saiba que todas as alegrias do Paraíso não são nada em comparação com a alegria que se experimenta ao ver a Deus! Como o sol ilumina e embeleza todo o mundo, assim Deus, com sua presença, ilumina e embeleza todo o Paraíso e enche seus bem-aventurados moradores de delícias inefáveis. N’Ele você verá, como num espelho, todas as coisas, gozará todos os prazeres, amará todos os Santos do Céu.
São Pedro, no monte Tabor, por ter contemplado uma só vez o rosto de Jesus radiante de luz, sentiu-se repleto de tanta doçura que, fora de si, exclamou: “Senhor, como é bom estar aqui!” E ali teria ficado para sempre. Pense, portanto, naquela sua alegria de poder contemplar e amar, não por um instante apenas, mas para sempre, aquele rosto divino que encanta os Anjos e os Santos e que embeleza todo o Paraíso! E pense que alegria será para você contemplar e beijar o rosto puríssimo e amável de Maria Santíssima, que na terra você invocou tantas vezes e agora o recebe como filho caríssimo e o apresenta a Jesus!
Crie coragem, portanto, meu caro filho; se ainda lhe couber padecer alguma coisa neste mundo, não importa; o prêmio que o aguarda no Céu recompensará infinitamente todos os seus sofrimentos. Então sim, você poderá dizer: “Estou salvo! Estarei para sempre com o Senhor!” Então sim, você bendirá o momento em que deixou o pecado, o momento em que fez aquela boa confissão e começou a freqüentar os Sacramentos, o dia em que deixou as más companhias, as más leituras e os maus espetáculos… Então, cheio de gratidão, você se voltará para Deus e Lhe cantará seus louvores por todos os séculos.
Ao consideramos o estado de miserabilidade espiritual de muitas nações ex cristãs, agora paganizadas, tem-se ideia do que foi alcançado em todo o mundo pelos governos de orientação maçônica com seus subsidiarios socialistas e comunistas, calculamos o quanto têm conspirado contra nós, ocultando todos os principios de transcendencia dessa vida, apenas nos apresentando o mundo terreno de eternos prazeres e delicias, de propósito ocultando os castigos que sobrevirão aos rebeldes!
Planejando primordialmente destruirem o cristianismo, os poderes desse mundo tutelados pelo diabo – por sinal, em atividade extrema de ações, com imensa ajuda de varios de dentro da Igreja, seus melhores auxiliares – visam exterminá-lo, assim como atentando para desmoronarem todos os ensinamentos do tronco judaico cristão-Igreja Católica, o alvo preferencial, assim como a familia e o matrimonio e, dessa forma, conseguirem detonar todos os valores ético-morais em que a civilização cristã foi alicerçada e, nesse ínterim, imporem o material-ateísmo!
Assim sendo, somos as testemunhas horrorizadas de um mundo engolfando-se em um estado de barbárie, que só poderia terminar em auto destruição, não podendo deixar de ver na construção disso as digitais da maçonaria globalista às sombras, desvirtuando as mentes para a não conversão e mudança de vida a realização da profecia de Nossa Senhora nos avisando que:
“Todos os governos civis terão um e mesmo plano, que será abolir e acabar com todo princípio religioso, para abrir caminho para o materialismo, o ateísmo, espiritualismo, e vícios de todos os tipos”, exatamente como presenciamo no presente momento e de forma desafiante ao Senhor Deus, à vista de todos, como se aqueles fossem o novo deus desse mundo, representados pelo mundanismo ideológico!
Pareceria que o diabo tem levado imensa vantagem nesse macabro intento de perda das almas conseguido grandes êxitos nessa sinistra tarefa, sendo o pior, de conseguir emudecer os clérigos em geral de versarem em tão importante anuncio nas homilias, em especial de sair do pecado, porém, jamais deixando de mencionar a Justiça Divina anexa à sua infinda misericordia – não exaltando apenas essa, como fazem – e não exortando sobre a condenação, como me disse um sacerdote numa resposta na tv acerca disso: “o povo anda tão assustado e ainda falando em castigo, inferno”… ou seja, o silencio por omissão de advertencias em cumprir os Mandamentos da Lei de Deus e da Igreja ou por maus exemplos como católicos, conduzirem à eterna penalização, seria melhor nem tocar nesse assunto!…
E mais: nesse mundo on-line, quantos eclesiásticos agem, comportando-se como se a condenação ao inferno inexistisse, assim como senão varios nem mais nele crêem, assim como na existencia do diabo?
Ao passar para a eternidade, cada pessoa sentiria ou não um choque pelo que deveria ser nessa para alcançar a bem aventurança ou sentirá que continuará pelo que vivia praticando nessa vida de amizade com o Senhor Deus, essa salvando-se, a outra, ela mesma se condenando.
“Eis que hoje estou colocando diante de ti a vida e a felicidade perenes, ou a morte, destruição e infelicidade”. Deu 30,15.
Dizei, portanto, a este povo: Assim fala o Senhor: ‘Eis que agora disponho diante de ti o Caminho da vida e o caminho da morte! Jer 21,8..
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Preado Pe. Èlcio, já li vários textos que falam dos “Novíssimos do Homem”. Contudo ainda tenho muitas dúvidas a respeito do que seria juízo universal, considerando-se que já houve um juízo particular antes. Poderia acaso o primeiro ser revogado pelo segundo? O senhor poderia esclarecer? desde já muito obrigado. Sua benção.
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Caríssimo Geraldo Machado, que Deus o abençoe! Aqui e agora vou dar um resposta sucinta: o segundo juízo não revogará em nada o primeiro, mas o completará. o Catecismo Romano, Parte 1ª, c. VIII, trata do sétimo artigo do Símbolo dos Apóstolos: “Donde há de vir julgar os vivos e os mortos”. Aí prova sua realidade pelas Sagradas Escrituras e pelos Santos Padres, dá a explicação do juízo particular e do universal e depois mostra cinco motivos para o juízo universal.
Assim sendo, se Deus quiser, no próximo sábado, meu artigo aqui na minha coluna deste conceituado e tão benéfico blog, será a exposição que do juízo universal faz o Catecismo Romano. Nos sábados seguintes, Deo volente, transmitirei o que os teólogos tradicionais dizem a respeito e finalmente traduzirei da Suma Teológica alguns artigos de Santo Tomás sobre o juízo universal.
União de orações. Muito obrigado!
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SM!
O Juízo Universal será um julgamento onde todos poderão ver o motivo de sua salvação ou de condenação. Por exemplo: Uma alma condenada pela luxúria, poderá ver que outras almas foram salvas e que cometeram este mesmo pecado mas conseguiram vencê-lo. Todos verão nossos atos e será motivo de glória para os salvos e vergonha para os condenados. Não será um novo julgamento, mas a confirmação do julgamento particular diante de todos. Isto foi a explicação que ouvi de um padre.
Sinceramente, acho que o Julgamento Universal tem a ver com a justiça, para mostrar o que realmente cada um recebeu foi coerente.
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É sempre proveitoso meditar sobre nossa morte. O que estamos fazendo com nossa vida. Os talentos recebidos do Senhor em viagem serão cobrados um dia. E aquele Senhor severo vai cobrar frutos do talentos que nos deu. Depois de meditar sobre a transitoriedade da vida e a inevitabilidade da morte é que começamos a entender porque Jesus insistia tanto no ato de SERVIR. Sim, porque quando nos preocupamos em servir, estamos efetivamente dando FRUTOS, aqueles frutos que o Senhor em viagem vai cobrar no dia de Sua volta. tudo faz sentido quando meditamos sobre a morte. Esta meditação explica tudo: mágoas, ressentimentos, vingança, inveja, vaidades….tudo acaba com a morte. Tudo desaparece com o apodrecimento da carne. Só o que fica são os frutos.
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Muito obrigado, padre Élcio, por nos proporcionar uma meditação tão salutar! Que Deus lhe pague!
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Confesso que sou fã do senhor, pe. Élcio. Parabéns!
Até que fim um pastor da Igreja falou sobre os Novíssimos (Céu, Inferno e Purgatório). O que está em jogo é o nosso destino ETERNO.
Algumas considerações sobre os Novíssimos:
Primeira, no Dia do Juízo Final. toda os seres espirituais (anjos e demônios) e humanos (de hoje, ontem e de amanhã) irão em direção ao seu Trono Divino, para receber a sentença de seu julgamento final. Haverá um misterioso silêncio pairando no ar e tudo estará quieto. Todas as almas que foram salvas e mereceram o Céu estarão de pé ao redor daquela região, deixando um espaço livre no centro. Do outro extremo daquela área livre, estarão uma grande multidão desses anjos decaídos avançando lentamente, ao mesmo tempo arrastando os pés e com suas cabeças inclinadas para baixo. Será uma visão assustadora e triste. Seus olhares serão como de soldados que perderam a guerra e se tornaram prisioneiros para serem julgados sem ‘apelação’. Os anjos rebeltes, aos quais foi dada suprema autoridade, se rebelaram contra Deus e a destruição tirou o melhor que eles possuíam. A Justiça Divina não os perdoará; eles foram expulsos e lançados no inferno, esperando o dia do Juízo Final; também serão julgados perante os olhares de todo mundo; e, ah! … Que terrível visão acontecerá! Serão julgados todos de acordo com o que cada um fez e com o que não foi feito. Diante de meu Trono, todos ficarão em silêncio e com temor pelo dia desse julgamento final que será tão terrível que fará todos tremerem de pavor defronte o Supremo Juiz, que sou Eu.
Todos verão a enorme quantidade de anjos decaídos que foram expulsos do Céu. Eles lutaram com amargura e ressentimento contra o Arcanjo São Miguel e seus anjos. Todos verão rivais da humanidade, os rivais de Deus, do Ungido; veremos todos aqueles anjos decaídos, aliados de Lúcifer, a primitiva serpente que tentou extraviar todos os filhos e filhas do Criador; veremos multidões daqueles que desonraram o Santo Nome de Deus e transgrediram Lei de Deus; aqueles que se recusaram a ser educados e adotados para a Santidade e preferiram ser rotulados em sua testa pelo Enganador. Satanás, cujo nome era Lúcifer, quando ele ainda era um anjo, se rebelou contra Deus; sua revolta afetou um terço dos anjos no Céu, e quando eles foram expulsos do Paraíso, o Inferno foi criado para ser sua residência. O inferno é o seu domínio e é real.
Segunda, explica a demora de Deus em fazer justiça (julgar o mundo e os homens). Explicação: a Santíssima Trindade tem toda a ETERNIDADE para PUNIR os homens maus (INFERNO). Em razão disso, ao longo de nossa vida, há muitas oportunidades para se voltar para Deus (provações, doenças, calamidades, milagres, curas, testemunhos, vitórias e derrotas, profetas, a bíblia, ensinamentos da Igreja, exemplo dos cristãos…). Até um suicida tem um milésimo de segundo para arrepender-se e voltar-se para o Deus da Vida.
Terceira, no livro Diário de Santa Faustina, há um alerta sobre o cumprimento das sentenças no Inferno, cujas penas são:
– A perda de Deus, o remorso de consciência, destino imutável, o fogo condenatório, o horrível fedor sufocante e a continua escuridão (embora haja escuridão, os demônios e as almas dos condenados se veem mutuamente e veem todo o mal dos outros e do seu cometido em vida), a contínua companhia dos demônios, o terrível desespero e ódio contra o Criador, maldições e blasfêmias. Esses são os tormentos que todos os condenados sofrem juntos no inferno, mas não é o fim dos castigos. Existem tormentos específicos para as almas: os tormentos do sentidos. Cada alma é atormentada com o que pecou, de maneira horrível e indescritível. Existem terríveis prisões subterrâneas, abismos de castigo, onde um tormento se distingue do outro… diversos santos visitaram ou viram essa região infernal (os pastorinhos de Fátima, santa Faustina, dentre outros).
Quarta, penso que não seja Deus que nos encaminha para as realidades espirituais finais (Céu, Inferno ou Purgatório) e sim nós mesmos, através de nosso Livre Arbítrio.
Reforçando: não é Deus que fala: pe. Élcio, vc vai para o Céu. Renato, vc vai para o Purgatório. Hitler, vc vai para o Inferno. É a gente mesmo quem decide, através do nosso Livre Arbítrio, o nosso destino escatológico.
Por fim, o demônio possui outro nome, ‘o acusador’, porque, no Dia do Julgamento, nos acusará de cada pecado que tenhamos cometido, enquanto Jesus nos estará justificando.
Deus é Amor e não existe amor sem LIVRE ARBÍTRIO!
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Caríssimo Nathan devemos agradecer a Deus pelos Santos; agradecer a São João Bosco por esta meditação que apenas digitei e publiquei. Peço suas orações para que Jesus tenha misericórdia de mim, e conceda-me a graça da perseverança final.
Deus é a própria Bondade, “Ubi caritas, Deus ibi est”. Deus quer a salvação e até a santificação de todos e a todos dá a graça suficiente, mas não quer ninguém forçado no céu, quer que, pelo livre arbítrio, possamos de alguma maneira ter a alegria de merecê-lo. Deus recompensa seus próprios benefícios. Daí compreendemos porque a justiça divina está perto da sua misericórdia. Que ingratidão monstruosa rejeitar esta bondade infinita de Nosso Pai do Céu!!! Compreendemos assim a razão do inferno. Deus é nosso Remunerador: dará o Céu aos bons, e o inferno aos maus. Dirá no Juízo Final, aos que preferiram a condenação: “Ide malditos para o fogo eterno, preparado para os demônios e seus seguidores”. Deus é a própria Misericórdia; e é a própria justiça. Se entre os homens probos a impunidade é um erro desastroso, como não o será perante Deus que é infinitamente Justo de tal modo que não deixará um copo d’água fria dado a alguém por Seu amor, sem recompensa, como também pedirá contas até de uma palavra ociosa, por ser uma perda de tempo.
Está na hora de minha Santa Missa. No “memento dos vivos” pedirei por V., caríssimo Nathan e por todos os caríssimos aqui do FRATRES. “Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo e Salve Maria!
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Padre Élcio, sua benção! Deus lhe pague infinitamente, por esta catequese bendita. Esquecemos tão facilmente, todos os dias… por isso é sempre muito bom lembrar dos novíssimos.
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