Uma outra escritora que lança luz sobre o assunto é a Professora Lucrecia Rego de Planas, que conheceu o cardeal Bergoglio pessoalmente por anos; em 23 de setembro de 2013, ela publicou uma “Carta ao Papa Francisco”. Ela descrevia com perplexidade o hábito de Bergoglio parecer estar ao lado de todos sucessivamente. “… Um dia, conversando vivamente com Mons. Duarte e Mons. Aguer [conhecidos conservadores] sobre a defesa da vida e da liturgia e, no mesmo dia, no jantar, conversando tão animadamente com Mons. Ysern e Mons. Rosa Cháves sobre as comunidades de base [os grupos de tipo soviético promovidos pelo movimento da “teologia da libertação” e as terríveis barreiras representadas pelos “ensinamentos dogmáticos” da Igreja. Um dia, um amigo do Cardeal Cipirani Thorne [arcebispo de Lima, do Opus Dei] e do Cardeal Rodrígues Maradiaga [de Honduras], falando sobre ética de negócios e contra as ideologias da nova era, e pouco depois amigo de Casaldáliga e Boff [as celebridades da teologia da libertação], falando sobre luta de classes”.
A razão pela qual a Professora Rego de Planas estava perplexa é porque ela é mexicana. Se fosse argentina, teria considerado a técnica perfeitamente familiar: tem a característica do peronismo clássico. Uma história é contada sobre Perón, que, em seus dias de glória, propôs, certa vez, introduzir seu sobrinho nos mistérios da política. Ele primeiro trouxe o jovem rapaz consigo quando recebeu uma comitiva de comunistas; após ouvi-los, respondeu: “Vocês têm toda razão”. No dia seguinte, recebeu uma comitiva de fascistas e respondeu a seus argumentos: “Vocês têm toda razão”. Então, perguntou a seu sobrinho o que ele achou e o jovem respondeu: “O senhor falou com dois grupos com posições diametralmente opostas e disse-lhes que concorda com ambos. Isto é absolutamente inaceitável”. Perón respondeu: “Você tem toda razão, também”.
Uma anedota como essa é uma ilustração do porquê ninguém pode pretender compreender o Papa Francisco sem ao menos compreender a tradição dos políticos argentinos, um fenômeno alheio à experiência do restante do mundo; a Igreja foi tomada de surpresa por Francisco porque não possuía a chave para ele: ele é o Juan Perón em tradução eclesiástica. Quem procura interpretá-lo de outra forma está perdendo o único critério relevante.
Do livro “Il Papa Dittatore”, de Marcantonio Colonna | Tradução: FratresInUnum.com
Vcs compraram o livro?
Como faço para ter?
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A velha, conhecida e batida estratégia de acender uma vela a Deus e outra ao diabo.
Quer estar bem com todos, não quer ser incomodado, incomoda todavia quando bem entende e depois, como um morcego após morder, sopra a ferida.
Ao ser educado no catolicismo resolveu fazer carreira com se funcionário fosse de uma multinacional tipo Coca-Cola, por exemplo.
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Outro link da carta: http://statveritasblog.blogspot.com.br/2013/09/carta-al-papa-francisco-por-lucrecia.html
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Muito interessante esse excerto! Confesso que não tenho conhecimento sobre o que foi o peronismo, nem sabia que ele teve influências no modo de governar de Bergoglio.
Por outro lado, achei muito oportuno também a menção no texto à Teologia da Libertação. Acredito que, como eclesiástico latino-americano, o Papa Francisco também tem a sua forte dose de TL. Um aspecto que me parece pouco abordado pela mídia católica, a final de contas “a Teologia da Libertação já morreu”, como muitos pensam; mas a realidade mostra bem o contrário.
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Cada qual com suas peculiaridades que lhe são proprias, Lula também é o protótipo desses excêntricos, populistas e oportunistas de plantão estilo Perón que influenciaria eventualmente algum religioso daqui em situação similar de tendencias esquerdistas ou infiltrado – D Claudio Hummes – o primeiro sempre usou da dissimulação para chegar ao poder, recordando aquele famoso “Lulinha paz e amor” – com as garras escondidas a se mostrarem à oportunidade – e a serviço do globalismo.
Assim sendo, esse chacal criticava ferozmente Maluf, Sarney, Color etc., como outros ultra corruptos e depois se juntou a eles, usando de estratagemas similares, contando logicamente com agentes maçônicos que estariam na CNBB, “movimentos populares”(milicias comunistas), CEBs e nas quase todas as seitas protestantes(KGB) a serviço da *CMI que colaboraram decisivamente para sua eleição, pois a IURD-partido-PRB era da base do PT; imagine quão chantagista seria essa seita, fantasiada de evangélica, apoiando a agenda da bandidagem da ditadura comunista…
Só de à sua época o cardeal Bergoglio ser cidadão honorario do pára-maçônico Rotary e compartilhar de cultos judaicos ainda em Buenos Aires, tem-se noção com quem andava e que amizade possuía com os relativistas neo discípulos dos carbonarios, Vindice e Nubius, versão século XXI, que planejavam tentar destruir a Igreja católica, assim como à sua entrada os Boffs-TLs da vida, os Grãos Mestres maçônicos exultantes, idem a midia e as esquerdas agregadas aos Illuminati!…
Veremos se a CNBB e muitos bispos ou quase nenhum emitirão comentarios censurando essa inciativa degradante ou permitirão “presepios” à la Vaticano e/ou tecerão algum elogio a ele – por si mesmo eloquente – com aquele peladão se parecendo até com o do Queermuseu do Satã-der, alto e magro…
D Vincenzo Paglia expert em nudismo, teria dado alguma “orientação” a esse projeto?
* O relativista Conselho Mundial de Igrejas (CMI) fundado em 23/07/48 em Amsterdam-Holanda compõe-se das grandes seitas protestantes, almejando unir todas as religiões do mundo num só pacote…
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Achei boníssima, excelente a definição que o texto deu às comunidades eclesiais de base: “os grupos de tipo soviético promovidos pelo movimento da “teologia da libertação” e as terríveis barreiras representadas pelos “ensinamentos dogmáticos” da Igreja”!!!
E o pior é que estão tentando ressuscitar as comunidades eclesiais de base no Brasil.
Essa ideologia marxista disfarçada de teologia tem de ser denunciada e desmascarada!
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Alguém já sabe alguma coisa sobre o documentário “The Vatican Deception”, que vai estrear em um mês? pelo que estou entendendo, é mais ou menos o conteúdo do livro O derradeiro combate do demônio do Pe Paul Kramer.
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Marcelino, achei o seu comentário muito oportuno. Não sabia desse documentário e, procurando alguma coisa a respeito, achei o trailer do mesmo. Parece que o documentário vai abordar a crise da Igrejas nos últimos tempos, passando inclusive pela renúncia de Bento XVI. A propósito, deixo o link do trailer, que vale a pena conferir.
https://youtu.be/tOnaU13glZo
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Achei uma sinopse sobre o filme “The Vatican Deception”. Parece que o filme já está sendo exibido na Europa.
https://www.eclairplay.com/en_GBR/movies/the-vatican-deception
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Marcelino, achei o seu comentário muito oportuno. Não sabia desse documentário e, procurando alguma coisa a respeito, achei o trailer do mesmo. Quem quiser conferir o trailer, pode vê-lo no Youtube.
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Ah se o “peronismo” fosse somente isso…
Convém não se esquecer de que tal concepção política e ideológica tem suas bases em uma vontade única, férrea e absoluta. Em outras palavras, uma ditadura.
Libera nos Domini!
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Como eu já havia dito aqui anteriormente, li o livro O Papa Ditador na sua íntegra e nada do que o autor descreve é revelação bombástica, mas um apanhado de tudo que já foi publicado sobre Bergoglio. No tocante à sua dupla personalidade, Antonio Caponnetto descreveu com ainda mais detalhes no seguinte artigo:
“Nosotros, digámoslo claramente, no creemos que Bergoglio sea comunista, ni peronista, ni nada en particular. En sus opciones temporales debe aplicársele lo que Don Quijote utilizó para zaherir la inconducta de Sancho: “en esto se nota que eres villano, en que eres capaz de gritar ¡viva quien vence!” Toda esta exhibición de colaboracionismo marxista no brota tanto de un convencimiento ideológico serio, sino de una actitud villana. Si mañana se dieran vuelta las cosas, podríamos escucharlo cantar Giovinezza con acento piamontés.
Su problema es más hondo, más grave, más profundo; más difícil de que el buen Dios se lo perdone. Es el escándalo del Pastor que se vuelve mercenario, cuya semblanza maldita y reprobación consiguiente ha trazado y sentenciado Nuestro Señor Jesucristo con palabras de vida eterna (cfr. San Juan, 10, 11-13). “Oh mercenario! —grita San Agustín en su Comentario al Evangelio de San Juan—, viste venir al lobo y has huido. Has huido porque has callado, y has callado porque has temido”.
No es, por cierto, el suyo, un caso aislado. Es en este momento, en la Argentina, la cabeza de un conjunto de pastores que tienen similar conducta, y cuya última explicación encontramos en el Apocalipsis, cuando se protesta a la iglesia ramerizada, fornicando con los poderosos de la tierra y siendo infiel al Divino Esposo.
http://elblogdecabildo.blogspot.ca/2010/05/eclesiales.html
TRADUZINDO:
Nós, é bom que se diga claramente, não cremos que Bergoglio seja comunista, nem peronista e nem nada em particular. Em suas opções temporais devemos aplicar a ele o que Dom Quixote utilizou para condenar a má conduta de Sancho: “nisto se nota que és um vilão, és capaz de gritar VIVA QUEM VENCE!”. Toda essa exibição de colaboracionismo marxista não brota tanto de um convenciomento ideológico sério, mas sim de uma atitude de vilania. Se amanhã as coisas derem outra volta, poderíamos escutá-lo entoando a “Giovinezza” com sotaque piemontês. ( Hino Triunfal do Partido Nazionale Fascista Italiano).
Seu problema é mais fundo, mais grave, mais profundo, mais difícil para o bom Deus perdoá-lo. É o escândalo do Pastor que se torna mercenário, cuja semelhança maldita e consequente reprovação Nosso Senhor traçou e sentenciou com palavras de vida eterna ( João 10, 11-13). Oh mercenário! _ grita Santo Agostinho em seu comentário ao Evangelho de São João_ viste chegar o lobo e fugiste. Fugiste porque permaneceste calado e calaste porque és medroso”.
Certamente o seu caso não é um caso isolado. Neste momento na Argentina ele é o cabeça de um conjunto de pastores que tem conduta similar e cuja explicação encontramos no Apocalipse, quando se protesta contra a igreja prostituída, fornicando com os poderosos da terra e sendo infiel ao Divino Esposo.
http://elblogdecabildo.blogspot.ca/2010/05/eclesiales.html
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Gercione,
achei interessantes os excertos do livro de Antônio Caponneto que você postou. Se possível, poste mais traduções de excertos desse livro. A comparação entre esses dois livros, o de Marcantonnio Colonna e o de Caponneto, está sendo interessante.
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“Você tem toda a razão”.
Lembro-me de ter conversado com certo jesuíta, reitor de uma PUC, sobre assumptos diversos. Sabedor da táctica funesta desta mônita secreta, eu passava de um assumpto a outro, os mais contraditórios entre si, para testar o fariseu. Qual não foi minha surpresa ao concluir que a fama correspondia à realidade: o velhaco dançava conforme a música e só catalorava o que eu queria ouvir. Mas macaco velho, como eu, não cai facilmente do galho. Saí da tertúlia com a certeza de que essa gente não vale o que come (e isso é um eufemismo).
Que me perdoem os raros bons S.J. que conheci: “raça de víboras”.
De resto, dado ao estado de degradação doutrinal dessa seita antes mesmo do Vaticano Dois, sou levado a pensar que a Grande Loja Casas Baía já tinham se infiltrado. E, no entanto, Pio XII se cercava, álacre e agradecido, dos Bea da vida e outros ofitas e serpentes. Mystério.
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Não sei se vou fugir do assunto, mas, pelo menos para mim, fica um tanto vago o que significa essa influência que o peronismo teria exercido sobre Bergoglio. Não me lembro, por exemplo, de ter estudado algo de relevante, na minha época do ensino médio, sobre o peronismo. Pode ser que tenha sido uma opção da minha professora de história não abordar o assunto… enfim não me lembro nada sobre o peronismo. Aliás o Brasil parece um país alienado sobre a história dos outros países latino-americanos. Mas isso não afeta só o Brasil, acredito que os EUA e a Europa também estão alienados sobre a história da América Latina. Por outro lado, o documentário que Marcelino mencionou, “The Vatican Deception”, parece dar uma pista mais interessante sobre o que está acontecendo atualmente na Igreja: as profecias dos últimos tempos, contanto inclusive as profecias de Fátima.
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Na Europa o desconhecimento sobre a realidade politico económica da América Latina é bastante acentuada. Há ideias pré-concebidas e muito difusas sobre.
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Ainda sobre profecias, o Cardeal Eugenio Pacelli (futuro Pio XII) teria comentado o 3º Segredo de Fátima (relação com a apostasia na Igreja???).
Citando um exerto sobre o assunto:
“O testemunho talvez mais notável de todos, quanto a este assunto, embora de uma relevância indireta, é o do Cardeal Eugenio Pacelli – antes de se tornar o Papa Pio XII – quando ainda era Secretário de Estado do Vaticano durante o reinado de Pio XI.
Falando ainda antes de a Irmã Lúcia ter escrito o Terceiro Segredo, o futuro Pio XII fez uma profecia espantosa sobre uma futura convulsão na Igreja:
‘As mensagens da Santíssima Virgem a Lúcia de Fátima preocupam-me. Esta persistência de Maria sobre os perigos que ameaçam a Igreja é um aviso do Céu contra o suicídio de alterar a Fé na Sua liturgia, na Sua teologia e na Sua alma. (…) Ouço à minha volta inovadores que querem desmantelar a Capela-Mor, destruir a chama universal da Igreja, rejeitar os Seus ornamentos e fazê-lA ter remorsos do Seu passado histórico.’
O biógrafo do Papa Pio XII, Monsenhor Roche, anotou que neste momento da conversa, Pio XII disse então (em reposta a uma objeção):
‘Chegará um dia em que o Mundo civilizado negará o seu Deus, em que a Igreja duvidará como Pedro duvidou. Ela será tentada a acreditar que o homem se tornou Deus. Nas nossas igrejas, os Cristãos procurarão em vão a lamparina vermelha onde Deus os espera. Como Maria Madalena, chorando perante o túmulo vazio, perguntarão: ‘Para onde O levaram?’.”
Fonte:
http://www.rainhamaria.com.br/Pagina/21942/Papa-Pio-XII-confirmou-que-o-Terceiro-Segredo-de-Fatima-preve-a-apostasia-na-Igreja
A frase “Nas nossas igrejas, os Cristãos procurarão em vão a lamparina vermelha onde Deus os espera” se refereria a quê? A supressão da Eucaristia no final dos tempos???
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“Falando ainda antes de a Irmã Lúcia ter escrito o Terceiro Segredo, o futuro Pio XII fez uma profecia espantosa sobre uma futura convulsão na Igreja:
‘As mensagens da Santíssima Virgem a Lúcia de Fátima preocupam-me. Esta persistência de Maria sobre os perigos que ameaçam a Igreja é um aviso do Céu contra o suicídio de alterar a Fé na Sua liturgia, na Sua teologia e na Sua alma. (…) Ouço à minha volta inovadores que querem desmantelar a Capela-Mor, destruir a chama universal da Igreja, rejeitar os Seus ornamentos e fazê-lA ter remorsos do Seu passado histórico.”
Não tem profecia nenhuma nisso! Pio XII estava cercado de “reformadores” modernistas, muitos dos quais nomeados por ele mesmo, como o famigerado Annibale Bugnini encarregado em 1948 da Comissão para a Reforma Litúrgica.
Ele conhecia o segredo de Fátima, conhecia de perto todos os modernistas que queriam demolir a Igreja e não fez nada. Pelo contrário! A verdade é que o Concílio Vaticano II não teria sido possível sem as nomeações e as reformas que já haviam começado no Pontificado de Pio XII.
E é por isso que eu não endosso a posição dos sedevacantistas segundo a qual Pio XII teria sido o último Papa válido. Os outros que vieram como Angelo Roncalli e Montini foram tudo cria de Pio XII.
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Não sabia disso, Gercione. É uma pena que a destruição da liturgia católica tenha começado muito antes, já com Pio XII, logo com ele que é tão elogiado. Mas agora com seu comentário vejo que ele também teve a sua parcela de culpa. Essa destruição da liturgia e da Igreja só pode ser um sinal de que estamos no final dos tempos. É a Paixão da Igreja se realizando.
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Tenho que concordar com a senhora. A verdade deve ser dita custe o que custar. O Papa Pio XII sabia tanto dessa ameaça, que quando os dois Cardeais mais importantes da Curia lhe pediram para convocar um Concílio, ele, o Papa, por medo se recusou. Penso que o Papa Pio XII só “passou a bola”. Sabemos como foi essa questão com O Papa João XXIII e Paulo VI. (Rezo para que a senhora esteja com saúde.) Aproveito pra lhe desejar um Santo Natal.
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Um sugestão. O Fratres poderia postar mais excertos desse livro, visto que o acesso a livros importados no Brasil é muito difícil.
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