O Papa Francisco e a nomeação de bispos na China. A reação do cardeal Zen.

IHU – O Papa Francisco prometeu analisar o caso dos dois bispos chineses reconhecidos a quem a Santa Sé havia pedido para se afastar e abrir caminho a prelados ordenados ‘ilicitamente’.

O Cardeal Joseph Zen Ze-kiun, emérito da Diocese de Hong Kong, viajou a Roma para uma audiência privada em 12 de janeiro depois que o caso gerou tumulto no país asiático.

A informação é publicada por La Croix International, 30-01-2018. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Santa Sé pediu que Dom Zhuang Jianjian, da Diocese de Shantou, de 88 anos e que vive na província de Guangdong, e Dom Vincent Guo Xijin, da Diecese de Mindong, de 59 anos, morador da província de Fujian, se aposentassem de suas funções eclesiásticas. Ambos são reconhecidos por Roma.

Zhuang recebeu o pedido para dar espaço a Dom Huang Bingzhang, da Diocese de Shantou, de 51 anos, ilicitamente ordenado e que está excomungado. Guo recebeu o pedido para se afastar a fim de dar lugar ao bispo sancionado pelo governo, Dom Zhan Silu, da Diocese de Mindong, de 57 anos, que também fora ordenado ilicitamente.

Em resposta às muitas reportagens na imprensa, o bispo emérito escreveu uma postagem na internet no dia 29 de janeiro e que lembra a história inteira e explica o seu ponto de vista.

Zen falou que foi a Roma após uma solicitação de Zhuang para “levar ao Santo Padre a sua resposta à mensagem que recebeu da Santa Sé por uma delegação vaticana em Pequim”.

O cardeal disse ter tido sucesso em transmitir ao “Santo Padre as inquietações dos seus filhos fiéis na China” e pediu-lhe que considerasse o assunto.

“A Sua Santidade disse: ‘Sim, eu disse a eles (Cúria Romana) para não criarem um outro caso Mindszenty’”, escreveu Zen.

“Penso que foi muitíssimo significativo e apropriado o Santo Padre fazer esta referência histórica ao Cardeal Jozsef Mindszenty, um dos heróis da nossa fé”.

Mindszenty era o cardeal primaz da Hungria sob os anos de perseguição comunista. Após ser condenado à prisão perpétua em 1949, foi libertado na Revolução Húngarade 1956 e recebeu asilo na embaixada americana de Budapeste, onde viveu por 15 anos. Sob pressão do governo, a Santa Sé ordenou-lhe deixar a Hungria em 1971 e, imediatamente, nomeou-lhe um sucessor segundo o gosto do governo comunista.

Em outubro passado, a Santa Sé contatou Zhuang, quando Zhuang buscou a ajuda a Zen. O cardeal enviou a carta do bispo ao prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, anexando uma cópia ao Santo Padre.

Na época, Dom Savio Hon Tai Fai ainda se estava em Roma e levou os dois casos – deShantou e Mindong – aos conhecimentos do papa, quem ficou surpreso e prometeu olhar o assunto com atenção.

De acordo com a imprensa católica, Zhuang foi forçado a ir para Pequim em dezembro de 2017 para se reunir com uma delegação vaticana liderada por um “prelado estrangeiro do alto escalão”. Pediram-lhe que renunciasse e passasse o seu episcopado a Huang.

Guo ficou detido pelo governo por um mês na época da Semana Santa do ano passado, quando lhe solicitaram para assinar um documento afirmando que estava “voluntariando-se” para sair como condição para que seja reconhecido pelo governo.

Zen destacou que “o problema não é a renúncia dos bispos legítimos, mas o pedido para abrir caminho a bispos ilegítimos e mesmo excomungados”.

No caso de Mindong, o bispo legitimamente ordenado conduz 90% dos católicos na diocese.

O cardeal admitiu estar pessimista quanto à situação da Igreja na China, mas falou que este seu pessimismo fundamenta-se na sua longa experiência direta da “escravidão e humilhação a que os nossos irmãos bispos estão sujeitos” no país.

Falou que “com base em informações recentes, não há motivos para mudar de opinião”, já que o governo comunista está criando regulamentos mais severos que limitam a liberdade religiosa e que “a partir de 1º de fevereiro, frequentar a missa clandestina [missa não autorizada pelo Estado chinês] não será mais tolerado”.

“Será que pode haver algo realmente ‘mútuo’ com um regime totalitário?”, perguntou Zen. “Pode-se imaginar um acordo entre São José e o Rei Herodes?”

ucanews.com ouviu de um fiel católico chinês que a primeira impressão que houve, quando saiu na internet a notícia de que haveria uma reestruturação episcopal, era a de que alguém na Santa Sé tinha havia sido corrompido pela China e que “agora o que Cardeal Zen escreve prova que o papa não quer que isso ocorra”.

“Neste momento, as igrejas chinesas deveriam se esforçar no sentido da unidade com a Igreja universal, mesmo se a China e o Vaticano não tenham ainda estabelecidos relações diplomáticas”, disse.

Chega de padres apoiando corruptos!

Por FratresInUnum.com – 29 de janeiro de 2018: Na última semana, o Brasil assistiu a condenação do ex-presidente Lula e, em seguida, a sua exaltação no 14º Intereclesial de CEBs, em Londrina. O povo se revoltou!

Como é possível que a devoção dos bispos da CNBB por Lula seja tão fanática a ponto de se colocar na contra-mão da história?… Enquanto o país sepulta o PT, os bispos procedem à exumação. Mas o cadáver já está podre!

Como o próprio Lula confessa num vídeo, a sua ascensão ao poder só se tornou possível graças à base que a Teologia da Libertação criou utilizando a estrutura da Igreja Católica, base que está na gênese do Partido dos Trabalhadores.

Ao longo de décadas, o PT se serviu de nossos altares como palanque, até que conquistou o poder e, com ele, pôde criar o maior esquema de corrupção jamais visto na história.

Agora, após o impeachment de Dilma e a condenação de Lula, resta apenas uma saída para o PT: o regresso às igrejas, onde ainda encontram os fanáticos padres formados na cartilha do esquerdismo mais desqualificado do mundo, o esquerdismo mofado da Teologia da Libertação.

Não podemos permitir que, novamente, soframos a reedição daquela enchente de esgoto borbulhando em nossos púlpitos!

O inferno está para recomeçar: cultos sincretistas, liturgias inculturadas, cânticos engajados, coreografias com enxadas, imoralidades, marxismo pregado às crianças e idosos, Igrejas católicas vazias.

Mas, afinal de contas, há algo que se possa fazer? Sim, há!

Comece a ir apenas às paróquias de padres católicos e de doutrina comprovada, de padres que não deixam dúvidas de sua condenação total a esses corruptos malditos que roubaram a nossa nação. Corte do clero esquerdista o que mais lhes interessa: dinheiro. Pague seus dízimos e dê suas ofertas apenas para paróquias de bons sacerdotes católicos e anti-comunistas declarados.

Comece a entrar nas igrejas e a desmascarar os comunistas que se infiltrarem nas sacristias. Marque sua posição, não saia de lá. Exponha ao povo comum cada um desses excomungados.

Deixe os padres da Teologia da Libertação falando sozinhos. Essa figueira é estéril e ela tem que secar!

Agora é a hora de todo o laicato do Brasil se fazer respeitar. Chega de padres defendendo corruptos! Fora Teologia da Libertação! Fora PT!

Arcebispo de Londrina treme.

Após a repercussão viral do documentário-denúncia de Bernardo Küster, com a reação imediata de indignação de todo o povo Católico, o arcebispo de Londrina, D. Geremias Steinmetz, anfitrião do 14º. Intereclesial de CEBs, pediu que se retirassem as bandeiras de apoio ao PT, mencionando que o encontro está “recebendo ataques” de todo o Brasil.

A militância presente respondeu com uma veemente vaia.

Continue se manifestando! A CNBB precisa aprender a escutar o clamor do povo: “fora comunismo”, “fora PT”!

O apoio dos bispos à Jararaca: o PT se refugia na CNBB!

As viúvas de Lula choram seu defunto, enquanto elas mesmas também caminham para a ruína com seu “profetismo” estéril, guiadas por senis decrépitos como Betto e Marcelo Barros. Completamente falidas, resta-lhes acabar num completo fiasco: sem Deus, sem fiéis, mas pérfida e indissoluvelmente amasiada com seu ídolo barbudo, boçal e, em breve — Nosso Senhor o permita! — na cadeia.

Coluna do Padre Élcio: “Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos”.

S. Mateus, 20, 1-16:

“Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos esta parábola: O Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que saiu ao romper da manhã a contratar operários para a sua vinha. Tendo ajustado com alguns por um dinheiro ao dia, mandou-os para a sua vinha. Saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça. E disse-lhes: Ide vós também, para minha vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram. Saiu outra vez perto da sexta e da nona hora, fez o mesmo. E saindo quase à undécima hora, ainda achou outros por ali, e disse-lhes: por que ficais aqui ociosos todo o dia? Responderam-lhe eles: porque ninguém nos contratou. Ele lhes disse: Ide vós também para a minha vinha. Caindo já a tarde, disse o Senhor da vinha a seu feitor: Chama os trabalhadores e paga-lhes a diária, a começar dos últimos até os primeiros. Chegando, pois, os que tinham vindo perto da undécima hora, cada um recebeu um dinheiro. Vindo, depois, os primeiros, julgaram que haviam de receber mais; receberam, porém, um dinheiro cada um. Tomando-o, murmuravam contra o pai de família, dizendo: Estes últimos trabalharam uma hora, e os igualastes conosco que suportamos o peso e o calor do dia. Ele, porém, respondendo a um deles, disse: Amigo, não te faço injustiça: não te ajustaste comigo por um dinheiro? Toma o que é teu e vai-te; pois quero dar a este último tanto quanto a ti. Porventura não é lícito a mim fazer o que eu quiser [dos meus bens]? Ou é invejoso o teu olho porque eu sou bom? Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros, os últimos, porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos”.

Caríssimos e amados irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo!

vineyard_190815Neste mundo nos manda Deus trabalhar na sua vinha para merecermos o salário, isto é, a recompensa prometida, a felicidade do Céu. Esta vinha do Senhor é a nossa alma, que Ele pode seguramente chamar sua, porque ela Lhe pertence por todos os títulos. Foi Ele quem a plantou. Tendo-a o demônio assolado e devastado, Ele resgatou-a, não com ouro ou prata, mas com o seu sangue precioso e restaurou-a com infinitos cuidados. Deus plantou-a e regou-a, resta-nos cooperar e acabar o resto do trabalho para que produza frutos.

A vinha, sendo a mais preciosa das árvores pelo seu fruto, e dele tirando o seu valor, é também de todas as árvores a que exige mais cuidados e trabalhos. A nossa alma em virtude da sua origem divina e do seu destino sublime, é a mais preciosa coisa do mundo.

Os cuidados que exige a vinha são a figura dos cuidados que devemos ter com a nossa alma:

1º – Cavá-la e adubá-la. Relativamente à alma, quer isto dizer que deve ser cultivada com a prática das virtudes: humildade, compunção e penitência.

2º – Podá-la, isto é, libertá-la de todos os ramos inúteis que absorvem e esgotam a seiva sem proveito. Para a alma é renunciar a tudo o que é supérfluo e prejudicial, quer para ela, quer para os outros com quem se convive. É o trabalho custoso da mortificação, da abnegação e do sacrifício. E é um trabalho de sempre.

3º – Especá-la, isto é, escorá-la para evitar que as tempestades a derrubem, tanto mais que as cepas, por sua natureza, não têm consistência para se conservarem direitas. Para a alma o Senhor dignou-se multiplicar-lhe os sustentáculos, ou sejam, a fé e confiança em Deus, a lembrança da Cruz e Paixão de Jesus e os Sacramentos.

4º – Cercá-la com um muro para a preservar do assalto dos ladões e dos animais. Para a alma isso significa a observação da lei de Deus, a vigilância contínua, a fuga das ocasiões perigosas, a modéstia, a mortificação dos sentidos, a oração, a devoção a Nossa Senhora.

5º – Chuva e o sol que dependem não da vontade do viticultor, mas do céu. Do mesmo modo é necessário que desça até à alma o orvalho celeste, isto é, a graça de Deus, a suave influência do sol, isto é, a infusão do Espírito Santo, do amor divino. E isto depende da nossa vontade, do nosso fervor na oração e na frequência dos Sacramentos.

Em compensação, o Pai de família nos dará, na tarde do nosso dia, o justo salário que merecemos.

Ao contrário, a vinha estéril, quer dizer, a alma infiel, deve recear que Deus execute a sua ameaça e lhe recuse a chuva fecunda da sua graça e das suas bênçãos.

Uma vinha abandonada enche-se em pouco tempo de silvas e só dá cachos azedos. Assim é a alma; se é mal cultivada ou abandonada, depressa se enche de defeitos, de vícios, de toda a espécie de pecados e ficará incapaz de produzir bom fruto.

Ao contrário, uma vinha bem cultivada dá uvas suculentas, o melhor talvez de todos os frutos. Do mesmo modo, uma alma bem cuidada produz a virtude por excelência, a caridade, que é o vínculo da perfeição e a plenitude de toda a lei. Depois a caridade, por sua vez, produz todas as virtudes cristãs.

Irmãos caríssimos, possivelmente passamos muitos anos em dissipação espiritual, apressemo-nos a recuperar e reparar algum deste tempo perdido. Talvez que esta homilia seja o supremo apelo divino, o convite da undécima hora.

Pelas entranhas de misericórdia do Senhor Deus, reflita cada um, vença as suas repugnâncias e queira, com a graça poderosa e infalível de Deus, ser do pequeno número dos eleitos. Amém!

Coluna do Padre Élcio: “Fazei tudo o que meu Filho disser”.

Por Padre Élcio Murucci – FratresInUnum.com

Caríssimos e amados irmãos em Nosso Senhor Jesus Cristo! Celebraram-se umas bodas em Caná de Galileia, e achava-se ali a Mãe de Jesus. E também Jesus foi convidado, com seus discípulos, para as bodas.

bodasLogo após o Batismo e os 40 dias de recolhimento, oração e penitência numa montanha perto de Jericó, depois de permitir ao demônio que O tentasse por três vezes, Jesus Cristo inicia sua vida pública que vai prolongar-se por três anos apenas. Já tinha em torno de si alguns discípulos, levados a Ele pelo testemunho de Seu Precursor, João Batista. Estando assim nos inícios de sua carreira evangélica, não havia feito ainda nenhum milagre para atestar sua missão. Jesus começa na pequena aldeia de Caná, perto de Nazaré, a série brilhante e ininterrupta de milagres que doravante encherá sua vida, e oferecerá ao mesmo tempo sólidos fundamentos à nossa fé e úteis instruções para nossos costumes.

Caríssimos, a fim de melhor acolher e compreender os ensinamentos destanarração evangélica, consideremos sucessivamente os diversos personagens desta cena de Caná.

Primeiramente consideremos os ESPOSOS. Sua conduta é inteiramente digna de elogio. Pois convidam a Jesus e Maria para seu casamento. Hoje, infelizmente são raríssimos os noivos que convidam Jesus e Maria para suas núpcias. Em se tratando de algo tão sério, tão importante do qual depende a sorte da vida inteira e até de gerações futuras, quantos são aqueles noivos que levam em conta os conselhos, os mandamentos e a doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo? O Divino Mestre santificou a virgindade ao abraçá-la Ele mesmo e nascendo de uma virgem. Santificou, outrossim, o matrimônio elevando-o à dignidade de sacramento, honrando-o com Sua presença e com o seu primeiro milagre, com o qual aliás, mostra o poder de intercessão de sua Mãe Santíssima, e confirma seus primeiros discípulos na fé. Com a presença de Jesus e Maria, tudo nestas bodas é inteiramente puro, calmo, digno e santo.

Nada de enfeites imodestos, nada de modas imorais, nada de palavras licenciosas, nada de gritos desordenados, nada de danças, nada de dissipação extravagante. Tudo transcorre com ordem, paz e caridade. Os convivas sabem que Jesus e Maria estão lá, vêem-Nos, ouvem sua voz e se edificam com Sua conversação. Mas nos casamentos em que Jesus e Maria são simplesmente banidos, reina, ao invés, o espírito pagão e assim, como aconteceu com os sete primeiros esposos de Sara, filha de Raguel, quem tem todo poder é o Asmodeu, inimigo das almas.

Consideremos agora, MARIA SANTÍSSIMA. O que nela aparece em primeiro lugar é sua bondade, bondade esta que brilha  com uma espontaneidade e um desvelo admiráveis. Sem que ninguém disso se advertisse, Maria percebe onde se encontra a necessidade e conseqüente vexame dos noivos. E sem que ninguém o peça, solícita, bondosa, compassiva, volta-se para seu Filho e Lhe diz ao ouvido estas palavras: “Não têm vinho”.

Jesus deixa claro que não é ainda chegada a hora de Ele começar a fazer milagres: “Mulher (em aramaico: ‘já mara’ que quer dizer SENHORA) que temos Eu e tu com isso? (Outra expressão tipicamente hebraica e que se encontra em várias passagens do Antigo Testamento). E assim poder-se-ia traduzir: “Senhora, que motivo nos leva a ti e a mim a falar deste assunto?’ E devemos levar em conta o gesto, o tom de voz e outras circunstâncias que a completavam, os quais desconhecemos, mas podemos supor. Aliás, pela ordem que Maria dá aos serventes logo em seguida, mostra que ela bem entendeu que seu Filho iria fazer o milagre. Quem melhor poderia penetrar no Coração de Jesus senão sua Mãe Santíssima?!. O fato é que não podemos concordar com aqueles protestantes que concluem que o próprio Jesus tratava Maria como uma mulher como as outras. Isto constitui inclusive uma grande ofensa ao próprio Jesus: sendo Deus não foi Ele que deu os dez mandamentos, inclusive o quarto? Infelizmente o desconhecimento da língua hebraica e aramaica da parte da maioria dos protestantes aumenta o perigo de falsas interpretações da Bíblia. Por outro lado as palavras de Jesus foram ditas com toda certeza para fazer sobressair o poder de intercessão de sua Mãe amabilíssima. No Templo depois de recordar os direitos do Pai celeste, Jesus obedece aos pais terrenos; aqui, depois de recusar atender ao apelo de Sua Mãe, antecipa sua hora e faz o milagre, transformando a água em vinho. A primeira vista parece haver uma contradição entre  o que o Menino Jesus disse à sua Mãe lá no Templo e o que realiza aqui. É óbvio que não pode haver contradição no falar e agir de Jesus. O fato é que Jesus, como Ele mesmo declarou alhures, nunca fazia sua própria vontade mas sim a de Seu Pai Eterno. Assim a explicação é que o Pai havia determinado deste toda eternidade que Jesus não deveria negar nada à sua Mãe Santíssima.

Disse sua Mãe aos servidores: Fazei tudo o que Ele (Jesus) vos disser. Maria Santíssima quer nos ajudar com seus pedidos e com seu crédito junto de seu Filho. Ela quer mesmo prevenir muitas vezes, nossos pedidos, mas com uma condição: que façamos tudo o que o Seu Filho mandar, isto é, que executemos Sua vontade. E o que Ele quer é que façamos tudo que depende de nós, que nos apliquemos à obra de nossa salvação o concurso de nossa fraqueza, que coloquemos  nas talhas de nossos corações, nestes corações de pedra (como os chama a S. Escritura) a água de nossas lágrimas, a água insípida da mortificação, do trabalho constante, do dever obscuro. E esta água transformar-se-á em vinho, e esta fraqueza será transformada em força, e nós mesmos, como os convivas de Caná, ficaremos admirados de encontrar em nós, em lugar de nossa miséria e de nossa covardia , uma fortaleza e uma generosidade das quais nunca nos julgaríamos capazes.

Além da bondade, vemos em Maria um poder extraordinário junto ao Coração de seu Filho. Ela pede um milagre de primeira ordem e para simplesmente livrar os esposos de Caná de um vexame. Pede sem ansiedade, sem inquietação, mesmo sem insistência, tão segura está do poder e do beneplácito de Seu Filho para com ela. Na verdade, Nossa Senhora não pede propriamente, apenas demonstra o desejo que tem em ver o seu Filho operar um milagre para livrar de um embaraço os neo-esposos de Caná.

Em Caná, além da bondade e poder, vemos brilhar em Maria a sua glória. Assim, não é pelo pedido de Maria que Jesus, escondido durante trinta anos na obscuridade de uma vida humilde e comum, se mostra enfim o que é, e manifesta este poder divino que estava até então tão cuidadosamente oculto n’Ele? Não é, pois, pelo prece de Maria que Ele começa as funções de seu ministério público; deste ministério que vai se tornar tão fecundo em ensinamentos e prodígios; que Ele estabelece sua missão, que Ele ganha a confiança de seus discípulos e os prende definitivamente à sua pessoa?

Agora, caríssimos, contemplemos JESUS! Aqui nas Bodas de Caná Jesus nos ensina uma coisa, a maior, a mais bela, a mais augusta que possamos aprender: é que Ele é Deus, Filho de Deus. Com efeito, tudo em seu semblante, em suas palavras, em sua conduta, atesta Deus todo poderoso e a própria sabedoria. Ele diz: “Minha hora não é ainda chegada”. Se faz o milagre é, como ficou explicado acima, é para obedecer a um decreto do Pai, isto é, que nada negasse à Sua Mãe. Fala com calma e dignidade: “Enchei de água estas talhas até às bordas e levai-a ao mestre-sala. Jesus queria que seus milagres provassem a sua missão divina e contribuíssem para a estabelecer aos olhos dos homens.

Para tanto Ele dá ao milagre de Caná todas as garantias e toda autenticidade de que é susceptível. Ele espera para que a necessidade seja bem constatada. Ele faz encher as talhas de água até às bordas, afim de que a água apareça aos olhares dos convivas; Ele ordena aos servidores que busquem a água e a levem ao mestre-sala. A este último, com efeito, é que pertence o direito de constatar oficialmente a qualidade do licor que o poder de Jesus tinha substituído à água das talhas, e atestar assim solenemente o milagre.

Caríssimos, o milagre de Caná figura o milagre mais retumbante e sobretudo mais cheio de amor que nos oferece a Eucaristia. Nela Jesus opera a mais maravilhosa mudança, pois transforma o pão e o vinho em seu Corpo e em seu Sangue, e isto sem que Ele visivelmente coloque a mão, mas pelo ministério de seus servidores e de seus padres.

Onipotente e eterno Deus, que governais igualmente o céu e a terra, com a vossa Providência, escutai, benigno, as súplicas de vosso povo, e concedei às famílias de  nossos tempos, a vossa paz; e que a indissolubilidade que estabelecestes para o sacramento do matrimônio não seja destruída pelos homens. Amém!

Um Papa para não ser levado a sério.

Por FratresInUnum.com

Segundo um relato de hoje do Pe. Antônio Spadaro:

“O Papa Francisco acaba de fazer, no avião, o casamento deste casal de assistentes de vôo! Uma felicidade! O casal falava com o Papa. Disseram que não tinham casado na Igreja. O Papa perguntou se queriam se casar imediatamente. Disseram que sim. A ata foi assinada num papel normal tamanho A4”.

Em Amoris Laetitia, Papa Francisco insiste na necessidade de um “catecumenato matrimonial”, em que o casal seja acompanhado profundamente pela comunidade num caminho de discernimento, para celebrar o matrimônio em total consonância com a sua própria comunidade eclesial (cf. nn. 205-2016).

Em outras palavras, num único ato, ele desmentiu seu próprio magistério e desautorizou todos os bispos e padres do mundo inteiro que requerem dos noivos uma preparação matrimonial mais aprofundada! De agora em diante, com que autoridade párocos e bispos exigirão preparação de noivos, processos matrimoniais, proclamas, celebrações exclusivamente em Igrejas e não em chácaras ou salões de festas?… Em um instante, sem acompanhar ou discernir nada de ninguém, Francisco assistiu a um matrimônio…

De fato, este não é um papa que se leve a sério! Isto não é pontificado, mas, sim, uma confusão, uma bagunça despropositada.

Sigamos o exemplo de Bergoglio e desprezemos o seu próprio “magistério”.