Antonio Socci – 1 de abril de 2018 – Tradução: FratresInUnum – Os cascalhos que caíram sexta-feira na Basílica de São Pedro parecem ser o sinal da desastrosa Páscoa de 2018, do Papa Bergoglio e do declínio do seu pontificado. Depois de meses de incidentes e de escorregadas, explodiu agora o suspense sobre a sua entrevista com Scalfari acerca do inferno.
Queria que fosse uma clamorosa tentativa de recuperação do consenso como “papa revolucionário” (ele adora se definir assim) e, ao contrário, foi um passo em falso, e gravíssimo. E ele entendeu isso na quinta-feira de manhã, quando recebeu um duríssimo telefonema (veremos depois) e correu para arrumar as coisas.
DESMENTIDO (FALSO) IGNORADO
Mas o site para-vaticano “Il Sismografo” ontem se lamentava que, não obstante os “desmentidos”, aquela “presumível frase atribuída ao Papa – algo como ‘o inferno não existe’ – se tornou, há 48 horas, uma verdadeira avalanche na internet e se fala disso em todas as línguas”.
Com efeito, o clamor foi grande no exterior, mas não na imprensa italiana. E sobretudo – há dois dias daquele “desmentido” vaticano – “Repubblica” sequer deu a notícia. É como se fosse inexistente.
Por que? Não é um comportamento insólito? E como é possível que os jornalistas italianos permaneçam na surdina? Para não bater os pés no Vaticano e no “Repubblica”?
É estranho. De fato, este episódio ventilou (ou poderia ainda ventilar) sobre o Papa Bergoglio o espectro do impeachment, que pode custar o papado (por heresia).
Assim como também ventila uma espécie de pública deslegitimização moral-profissional sobre o Papa leigo da imprensa italiana, o seu amigo e confidente Eugenio Scalfari. Afinal, quem está dizendo a verdade?
UM OU OUTRO
São duas possibilidades: ou Bergoglio fez aquelas explosivas afirmações heréticas que levaram o “The Times” a intitular “Papa Francisco aboliu o inferno”, ou Scalfari inventou aquele furo, dando uma escorregada profissional nunca vista e minando a credibilidade de “Repubblica”, coisa clamorosa em tempos nos quais a cada dia se troveja contra as fake news.
Se a declaração de Bergoglio for verdadeira, estamos diante do mais colossal golpe de cena da bimilenária história do papado. Se aquela declaração não fosse verdadeira, o furo de “Repubblica” seria a fake news do século.
Ou uma coisa é verdadeira ou é verdadeira a outra. Tertium non datur. Havia somente uma terceira explicação que poderia tapar melhor o buraco, mas não foi a escolhida do Vaticano.
Realmente – considerando que Scalfari não tenha inventado do nada aquele colóquio sobre o inferno –, o episódio poderia ser concluído se o comunicado vaticano tivesse admitido que os dois se entretiveram em conversação, mas Scalfari teria entendido completamente o contrário do que disse Bergoglio.
Bastaria que o Papa, através do porta-voz, apresentasse a sua firme refutação àquelas teses heréticas e a sua clara e explícita adesão ao credo da Igreja, acrescentando que teria havido um colossal mal-entendido.
É verdade que Scalfari ficaria muito mal, como alguém que se tivesse enganado, mas o caso estaria encerrado. Porém, não foi este o “desmentido” vaticano.
DIGAM-NOS A VERDADE
Na verdade, o Vaticano não nega que os dois tenham falado sobre o assunto e não diz que Scalfari tenha entendido o contrário, mas afirma apenas que o texto de Scalfari é “fruto da sua reconstrução”, na qual “não estão citadas as palavras textuais” do Papa.
Mas quais são aquelas palavras textuais? Por que não no-las revelam?
Cada entrevista é uma reconstrução. O Vaticano deveria dizer-nos se Bergoglio desconhece e rejeita aquelas teses que lhe foram atribuídas ou não (as almas condenadas “não são punidas… não existe um inferno, existe o desaparecimento das almas pecadoras”). Por que não o fez? Questionaram-no, nos EUA, inclusive alguns importantes intelectuais católicos. Por que o Vaticano não desmentiu em substância?
A história de atribuir a forma ao jornalista é coisa antiga: o anterior porta-voz do papa, o Padre Lombardi, já se tinha firmado sobre isto, depois das duas conversas-entrevistas entre Scalfari e Bergoglio.
Todas as distâncias tomadas por parte do vaticano foram, depois, dissolvidas pela decisão do papa de republicar em um seu livro aquelas entrevistas e, assim, dar-lhes crédito.
De resto, Scalfari quinta-feira afirmou que se encontrou com Bergoglio pela enésima vez “por convite dele”.
“THE TIMES” ACREDITA EM SCALFARI
Por que Bergoglio o convida, se sabe depois que existe o risco de que faça um seu “explosivo” relatório não autorizado, atribuindo-lhe enormidades que não pensa? Querem fazer-nos crer que também desta vez eles caíram, pela enésima vez, sem querê-lo?
Há que se duvidar. Como há que se duvidar que “Repubblica” publique estes colóquios sem nenhuma forma de consentimento do interessado.
“The Times” interpelou um especialista, o qual, sob essas declarações, “tende a acreditar mais em Scalfari que no Vaticano”, porque se você sabe que alguém inverte os seus pensamentos, “você não continua a convidá-lo”.
Há, portanto, um jogo entre Scalfari e Bergoglio que vai avante há cinco anos e que permite ao papa argentino usar uma espécie de duplo magistério binário: quando fala aos católicos, exprime-se de um modo vago e teologicamente ambíguo. Evita rupturas explícitas, demolindo lentamente a doutrina (a tática da rã na panela).
Ao contrário, através de Scalfari, faz com que o mundo laico saiba quais são as suas verdadeiras ideias, tão modernas, para dar crédito à sua “revolução” e ter popularidade entre a mídia e os não católicos.
Não é por acaso que o “The Times”, no artigo citado, publicado sexta-feira na primeira página, dá crédito àquelas afirmações como substancialmente autênticas e elogia Bergoglio porque com esta “sugestão” sobre a não existência do inferno procuraria “reconciliar as verdades eternas com os costumes e a mentalidade da idade moderna”.
JÁ O CARD. MARTINI
De resto, que aquela ideia sobre o inferno seja ventilada há tempo na teologia católico-progressista é coisa muito conhecida. O Card. Martini – que é considerado o grande antecipador deste pontificado –, nos seus últimos meses, como aposentado, escreveu uma coisa do gênero no seu livro-testamento:
“Eu nutro a esperança que cedo ou tarde todos serão redimidos. Sou um grande otimista… A minha esperança que Deus nos acolha a todos, que seja misericordioso, se tornou sempre mais forte… Por outro lado, é natural, não consigo imaginar como Hitler ou um assassino que abusou de crianças possam estar próximos de Deus. Consigo mais facilmente pensar que tais pessoas sejam simplesmente aniquiladas”.
Com estas ideias, o progressismo católico quer ser mais misericordioso que Deus e que Jesus, o qual, pelo contrário, no Evangelho, descreve com palavras terríveis as penas do inferno. Eis o sentido da misericórdia bergogliana: superar a misericórdia de Jesus.
Acerca do inferno, deixava-se que Scalfari se aventurasse. Por três vezes, em “Repubblica”, ao longo dos anos, tinha já atribuído essas teses a Bergoglio, sem reportá-las diretamente entre aspas. O Vaticano nunca desmentiu.
Reações dentro da Igreja, confusa e aniquilada, não tinham acontecido. Assim, desta vez, alguém deve ter pensado que era o momento de colocar entre aspas aqueles conceitos bergoglianos.
Publicado o jornal, quinta-feira de manhã, não saiu nenhum desmentido do Vaticano. Até às 15h, quando, com muitas horas de atraso, saiu aquele comunicado. Por que? O que aconteceu?
A REVOLTA
Parece que dessa vez – diante de uma citação entre aspas que atribui diretamente ao papa Bergoglio duas heresias explícitas, em contraste com dois fundamentais dogmas da Igreja – um importante cardeal (não italiano) se indignou, ligou para alguns colegas e, depois, também em nome deles, prospectou diretamente a Bergoglio o que poderia significar aquela entrevista (professar teses heréticas é uma das quatro causas de cessação do ministério petrino).
Bergoglio consultou o Substituto da Secretaria de Estado, Mons. Becciu, e decidiu proceder rapidamente ao conserto com aquela declaração do seu porta-voz, da qual Scalfari foi preventivamente informado e, até hoje, permaneceu no jogo.
Isto explicaria porque “Repubblica” não tornou conhecido o “desmentido” e não o respondeu. Mas o episódio terminará aqui?
Antonio Socci
Antônio Socci termina assim: “Mas o episódio terminará aqui?”
Creio que não e mesmo tenho certeza que não o pode, pois, se trata de algo gravíssimo.
“Há, portanto, um jogo entre Scalfari e Bergoglio que vai avante há cinco anos e que permite ao papa argentino usar uma espécie de duplo magistério binário: quando fala aos católicos, exprime-se de um modo vago e teologicamente ambíguo. Evita rupturas explícitas, demolindo lentamente a doutrina (a tática da rã na panela).
Ao contrário, através de Scalfari, faz com que o mundo laico saiba quais são as suas verdadeiras ideias, tão modernas, para dar crédito à sua “revolução” e ter popularidade entre a mídia e os não católicos”.
Creio que aqui está um Raio X de Francisco (julgando pelas repercussões não corrigidas). Mas se chegar a provar com toda evidência que esta tática está sendo empregada por ambos, que mais faltará para se concluir que Jorge Mario Bergóglio é simplesmente o cardeal arcebispo de Buenos Aires?
CASCALHOS JÁ CAÍRAM!…
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Como assim, pe. Elcio? Se Papa Francisco decair do Papado por heresia, ele cai para o cargo anterior??? E os fiéis de sua antiga Arquidiocese voltariam a estar sujeitos à jurisdição dele?
Qual a sua tese sobre Jorge Mario Bergoglio? É herege ou não? É herege formal ou “apenas” material? Sua heresia é interna, oculta ou manifesta? Perde a jurisdição ou mantém uma jurisdição precária? A perda de jurisdição é “ipso facto” ou por declaração? Se for por declaração, em que isso se distingue do conciliarismo? A jurisdição, seja que sobrenome tiver, deve ser mantida a todo custo e com todo o respeito humano (como a atual) ou deve ser extinta de alguma maneira? Neste caso, por quem? Pelos Cardeais que concordam que o inferno existe ou pelos Cardeais 100% católicos? Quais seriam esses Cardeais?
O sr. foi coerente com a doutrina que defende (que tenho certeza que o sr. irá explicar melhor aqui), isto é, na Liturgia da Sexta-Feira Santa ou da Vigília Pascal, qualquer uma desses dias, rezou UNA CUM Fracisco?
Que Nosso Senhor, morto e Ressuscitado, tenha piedade de nós.
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As guarnições de bombeiros do Vaticano dessa vez dificilmente apagarão esse pavoroso incendio que teria sido de proporções inéditas e devastador, evidenciando que os proprios “diálogos” entre o papa Francisco e Scalfari em si mesmos comprometeriam demasiado aquele, e o colocariam como de dupla face ou então, como os esquerdistas, agindo de acordo com a plateia, as conveniencias e oportunidades que o momento proporciona.
A questão do inferno, por ex., vem sendo mitigada há muito tempo, ou tendendo a retirá-lo das mentes como em “Ninguém pode ser condenado para sempre, porque esta não é a lógica do Evangelho” A l 296 e mais construções omitindo-o e demonstraria existir apenas um Senhor Deus misericordioso, sem restrições, que a todos salva e justifica indiscriminadamente – como no relativismo protestante, crendo, ainda que seja apenas teoricamente, para eles basta – dispensam-se as obras.
Se assim fosse, como nesse caso, cessam a existencia da penas eternas aos pecadores pertinazes, separação dos bons e dos maus, mesmo o Juízo Final – já disse noutra época que subtenderia todos absolvidos antecipadamente, como a 11/10/17 na Praça de S Pedro: “no final da Historia, há o Jesus Misericordioso, portanto todos serão salvos. Tudo”!
… “O castigo do inferno com o qual atormentava os fiéis não é eterno”. Deus é um mistério de inclusão e de comunhão, jamais de exclusão. A misericórdia é sempre triunfante”, do site do Leonardo Boff, 28/02/16, dedicado a seu admirado: “o papa Francisco resgata o bom senso de Jesus” que, em termos de credibilidade em relação ao post teria seu valor por se sintonizarem muito bem e mais diversos conhecidos clérigos desafetos ostensivos da Igreja em todos os niveis, empenhados em lançarem o dogma da existencia do inferno pela tangente.
Aguardemos as próximas reações.
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Muito bem lembrado. Francisco afirmou isto em Amoris Laetitia. O que faz com que esta heresia esteja também num documento formal, e não apenas numa Entrevista.
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A cada dia que passa e a cada episódio estranho ou escandaloso que envolve o papa, o seu silêncio sobre tudo isso fica cada vez mais ensurdecedor ….
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Muito interessantes as observações do F.M. sobre o comentário do Padre Élcio Murucci.
Mas creio que as declarações de Bergoglio, que expressam uma vasta corrente teológica dentro da Igreja pós-conciliar (Para o Cardeal Von Balthazar – nomeado por João Paulo II – o inferno se existe, está vazio; o Cardeal Martini, também criado por João Paulo II citado no artigo – e outro cardeal, de cujo nome não me lembro agora, membro da comissão redatora do catecismo novo de João Paulo II, o qual defendia a teologia da morte de Satanás; a recente declaração do superior geral da Companhia de Jesus que dizia que o demônio não existe e significa apenas uma interpretação do mistério do mal, dos tempos bíblicos). creio que as declarações de Bergoglio decorrem de uma visão panteísta e de um ceticismo, que levam até à dúvida sobre se o homem tem realmente uma alma espiritual e imortal. Para esses homens, o espírito é um fenômeno da matéria. Há um monismo. Não são realidades distintas.
No fundo, homens como Bergoglio acham que Deus é uma energia universal e, após a morte, nos dissolvemos todos nessa energia universal. Essa loucura gnóstica, panteísta, é o que está por detrás do dito por Bergoglio e não desmentido pelo Vaticano.
E não creio que haverá sublevação nenhuma contra Bergoglio, porque, infelizmente, a maioria dos “católicos” pensam assim.
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“O Senhor não abandona a Igreja, mesmo que o barco tenha assumido tanto água a ponto de naufragar”.
(Bento XVI, por ocasião do funeral do cardeal Joachim Meisner, um dos signatários DUBIA)
Há duas Igrejas, dois papas, duas doutrinas, duas tradições cristãs e dois Evangelhos. O pontificado de Francisco assemelha-se com um romance de Dan Brown envolvendo Conspirações, Escândalos (sexuais e financeiros) e interesses obscuros de banqueiros (George Soros).
Francisco foi eleito pela MÁFIA de St. Gallen (Suíça) formada pelos cardeais-LOBOS:
Martini, Lehmann e Kasper da Alemanha , Bačkis, da Lituânia, van Luyn, da Holanda, Danneels, de Bruxelas, e Murphy O’Connor, de Londres, dentre outros.
Há décadas eles juntos organizaram a ‘resistência’ secreta contra o cardeal Ratzinger, que na época era o braço direito de João Paulo II”, como guardião da Doutrina da Fé. Quando o papa João Paulo II faleceu em 2005, o grupo da “Sinagoga de Satanás” já havia empurrado o atual papa [Francisco] para o centro das atenções (foi a primeira tentativa de colocar Jorge Mario Bergoglio no trono, embora tenha fracassado). Detalhe: no conclave, Bergoglio foi o 2º mais votado. Esses LOBOS se encontravam na chamada Villa Nazareth, em Roma, lar do cardeal Silvestrini.
Qual é o objetivo da MÁFIA DE ST. GALLEN: reforma drástica da Igreja (mais “MODERNA”): ordenação de homens casados (Boff…); ordenação de mulheres; abolição da Eucaristia católica (adoção da Ceia Protestante); nomeação de bispos por leigos; substituição da primazia do Papa pela Colegialidade; maior autonomia para as Conferências Episcopais (CNBB…); relativização da moralidade sexual: tolerância com a Segunda União heterossexual e união de “casais” homossexual (vide telefonema de Francisco para a família da lésbica Marielle)…
Como é atual a visão do papa Leão XIII: satanás foi autorizado a explorar os discípulos (bispos, cardeais e papas) visivelmente à frente de todo o mundo. Jesus rezou pela fé de Pedro e de seus sucessores. Pedro, através das águas agitadas da história, vai ao encontro do Senhor e está em perigo de afundar-se…
O caso Vigano é uma Ponta de ICEBERG. Mas o pontificado de Bento XVI ainda não acabou…
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um importante cardeal (não italiano) se indignou, ligou para alguns colegas e, depois, também em nome deles, prospectou diretamente a Bergoglio o que poderia significar aquela entrevista (professar teses heréticas é uma das quatro causas de cessação do ministério petrino).
Isso ja aconteceu faz tempo, só os cegos é que não querem enxergar.
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Mas um escândalo que daria motivos para retira-lo do cargo visto que esta negando mais um dogma de fé, mas infelizmente minhas esperanças de que alguém defenda a igreja contra suas heresias já inexiste, tenho a sensação de que isso mais uma vez não vai dar em nada, e vão continuar em silêncio como se nada estivesse acontecendo, ou pior colocando panos quentes como sempre tem sido. Para quem percebe a loucura em que estamos vivendo e que esta nos matando aos poucos pelo menos a mim, que a cada dia vejo sacrilégio e heresia saindo de quem deveria defender o senhor digo isso não só de Francisco, mas de muitos padres/paroquias que parecem que afloraram no desrespeito de uma maneira absurda desde que esse homem foi eleito papa.
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Digo “cargo” me referindo ao “ministério,oficio, dignidade que a função exige” de pastor que deveria zelar pela salvação das almas, não como profissão. Algumas pessoas disseram que o papa pode cometer heresias em âmbito pessoal e não de outra forma, mas como é possível, ser Papa sem crer nas verdades evangélicas/doutrinarias na sua totalidade?
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Quando este senhor morrer e for conduzido para onde está seu mestre, seus sequazes, seus aduladores e todos os que têm sido negligentes com o Rebanho que lhes confiou Nosso Senhor, comprovará a existência tanto daquele a quem está servindo, quanto do lugar onde estão todos aqueles que obstinadamente se levantam contra o Altíssimo.
Não adianta, pois, as heresias evidenciam sua missão de destruir o que restou do Catolicismo.
Alguma dúvida?
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Muito bem, Paulo César! Penso a mesmíssima coisa que você. Esse antipapa é a pior coisa que aconteceu na igreja nos últimos séculos. Consegue ser pior que Alexandre VI, pois aquele, embora devasso e corrupto na vida pessoal, nunca tentou destruir a doutrina e a liturgia da Igreja.
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Então, “reverendíssimo mestre e juiz”, o papa já está condenado ao inferno? Você me surpreendeu, pois não sabia que você tinha sido instituído como juiz universal para julgar os vivos. Perdoe meu atrevimento e por favor, quando chegar o momento de meu julgamento, use de sua misericórdia para comigo.
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Na realidade, Bergoglio encena. Na minha modesta opinião, a luz de tudo que tem ocorrido, ele atua como um morcego: morde e sopra.
Ele não pontifica. Ele faz pinguelas, estreitas, oscilantes e perigosas por cima de um rio Amazonas caudaloso e profundo.
Nega, quando nega, mas não categoricamente. Não convencem as negativas.
A finalidade, se assim, é clara: um papado de anos soprando dúvidas, se permanecer nesta estado, nada restará senão heresias sobre heresias.
É uma estratégia, sem dúvida.
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Quem algum dia conversou com um padre típico da década de 1970, sabe bem o que esperar de “o inominável”. O problema é que esses tipos fizeram escola, por conta da covardia e da traição ignominiosa da escola de samba “Pergunte e Deturparemos”, a qual sabe onde está a luz, mas prefere sempre as trevas.
A Igreja é uma instituição maravilhosa. O problema são as falsas vocações, as quais reputo serem a imensa maioria, gente medonha, com sérios problemas de identidade e desnutrição, querendo para si um poleiro e plano de saúde e…. poder.
Se no pós-prostíbulo tivessem, os da escola de samba “P&D”, continuado a ensinar o que o Magistério sempre ensinou, não teríamos hoje “o inominável”.
Então, ponha-se o peixe podre na alcova das conservadoras, antes que elas saiam correndo sem pagar a conta.
O que mais se vê atualmente tem nome: prostituição.
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Caríssimo comentarista FM, quando eu escrevi: “Mas se chegar a provar com toda evidência que esta tática está sendo empregada por ambos, que mais faltará para se concluir que Jorge Mario Bergóglio é simplesmente o cardeal arcebispo de Buenos Aires?” quis apenas empregar uma expressão mais delicada para dizer que Francisco não seria papa. Ou usar de uma tática em conluio com um ateu para com ambiguidades enganar os católicos destruindo lentamente a doutrina tradicional; e através do ateu passar ao povo ideias heterodoxas que o mundo gostaria de ouvir da boca de um papa, digo, tudo isto é ou não suficiente para provar que alguém que está no trono de Pedro, não é papa (ou nunca foi ou deixou de sê-lo?) Este pontificado tem que ser estudado a fundo (Esta questão da Máfia de S. Gallen, estas entrevistas com Scalfari, suas ligações com o finado card. Martini, etc. ). Agora, é sabido, que um Papa só será considerado não papa, quando for realmente provado que, ou sua eleição foi inválida, ou ele perdeu o pontificado por heresia formal e contumaz. Foi por isso que eu disse: SE CHEGAR A PROVAR COM TODA EVIDÊNCIA…
Enquanto isto não for feito, eu, como também todo católico deve considerá-lo como Papa, mesmo que seja “Papa Putativo” como nos ensinara D. Antônio de Castro Mayer, de saudosa e santa memória. Papa putativo (segundo a opinião de D. Mayer) é o seguinte: enquanto não se prova com toda evidência que alguém não é papa, todo o povo julga (em latim= putat) que é.
Então, Sr. FM, se algum dia for provado por A + B que Bergoglio teve uma eleição nula, volta a ser o Cardeal Arcebispo de Buenos Aires, e se for provado que foi eleito legitimamente mas como pessoa particular caiu em heresia formal e contumaz, ele perde o Pontificado “ipso facto” e caberia aos cardeais declará-lo e proceder a eleição de um Papa. Nesta hipótese de herege formal e contumaz ele seria simplesmente excomungado, ou seja, fora da Igreja. Só conservaria o caráter sacerdotal porque este é indelével.
Como hoje os modernistas dominam dentro da Igreja, (caso estas coisas tristes sejam realidades) humanamente parece um caso insolúvel.
Depois, como dizia D. Mayer, os modernistas, são como a enguia, não há como agarrá-la: escorrega da mão ou para lado ou para outro.
Francamente que não duvido que Francisco irá até ao fim da vida e nem duvido que os modernistas o canonizem e até com mais pressa do que aconteceu com o Padre Pio, o Taumaturgo do século XX.
Não esqueçamos, entretanto, que a Igreja é divina, e o que é impossível para os homens é possível para Deus. Amém!
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“…mesmo que seja “Papa Putativo” como nos ensinara D. Antônio de Castro Mayer…” ,Reverendíssimo padre, quer dizer que o senhor considera um pensamento de D. Mayer como regra válida? É como o velho axioma: “ética é muito boa, mas quando me convém”.
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No Natal criaram a polêmica com o presépio, e agora na Páscoa, o “No hell below us, Imagine all the people, Living for today..”. Foi só um “start”. “The most senior Catholic in England and Wales says the idea of a burning Hell has never been part of Roman Catholic teaching”..
http://www.bbc.co.uk/programmes/p062tkh3
There’s no hell ? Satire
http://callmejorgebergoglio.blogspot.com.br/2018/03/francis-clarifies-his-recent-remarks.html
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“Deus, livrai-nos desse flagelo chamado Bergoglio.”
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Estou escrevendo aqui nesse espaço publico apenas para manifestar a minha posição e o meu parecer de que eu sou absolutamente contrário a Declaração Dignitatis Humanae do Concílio Vaticano II e que eu não a aceito (como está) de forma alguma.
Gostaria de apontar também (o meu parecer) que o título da notícia parece estar errado. Pois, se o Herético cai Ipso Facto pelo crime e pecado de heresia, então o Papa não pode sofrer impeachment, pois ele não poderia ser impedido de exercer um pontificado que já não possui (se é verdade, repito, que o culpado de heresia cai Ipso Facto).
Rezemos pelo papa e pela Igreja.
Salve Maria.
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Meu santo nunca foi com o de Bergoglio. Desde o primeiro instante em que soube que um jesuíta, latino-americano, fora eleito Papa… Hum… Algo me indispôs seriamente o estômago.
A América Latina, tão vitimada pela Teologia da Libertação, nunca produziu teólogo algum de renome, que seja sério e conservador. O máximo que temos são teólogos agitadores de multidões comunistas. Bergoglio nem chega aos pés de Ratzinger no quesito teologia. Com o perdão do preconceito, era para aqueles senhores cardeais terem tido a humildade de prosseguirem a santa tradição de escolherem um Papa europeu. Ainda que a Igreja na Europa seja um covil de teólogos progressistas, pelo menos teríamos um Papa teólogo — bom ou mau, eu não sei, mas, ao menos, teólogo. Bergoglio nem isso é. Ele é um mero contador de piadinhas.
Depois veio o adjetivo “jesuíta”. Hum… Aquela história do supremo poder jesuíta dentro da Igreja… Aquela história do “Papa Negro” (o Padre Superior da Ordem Jesuíta) que dá as verdadeiras cartas na Igreja… Fora os jesuítas que conheci na minha vida… Putz! Nos tempos atuais não conheço sequer um jesuíta que seja conservador. Nenhum. Se vocês conhecem, me avisem. Um dos livros que li sobre a vida intelectual, escrito pelo maior teólogo jesuíta brasileiro, o falecido Pe. João Batista Libânio (primo do Frei Betto), trazia em seus inícios uma doce advertência para quem deseja cultivar a verdadeira vida intelectual… Parafraseio: “o verdadeiro intelectual não professa uma rígida verdade… não há verdades pré-estabelecidas… há olhares diversos sobre a realidade… há interpretações diversas… tudo pode ser relativo… o intelectual precisa estar aberto a isso…”. Lindo, não?! Esse poderia ser o mote de Bergoglio: a verdade é relativa. O inferno também é relativo, uai.
Argentino? Jesuíta? Latino-americano? Progressista?
Será mesmo que esse senhor é um verdadeiro Papa? A Igreja já teve multidões de anti-papas… Por que Bergoglio não poderia ser mais um…?
Eu não o chamo de Papa Francisco, mas, sim, de Papa Castigo.
Luiz
BH – MG
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Imagine, e há um ano atrás um monte de gente se descabelou na internet porque um demônio teria revelado a alguns exorcistas de que esse papa agia inspirado pelos Infernos. Muita gente rasgando as vestes na época, e hoje desapareceram.
Um ano depois, acredito que tal afirmação está mais do que verdadeira. Mesmo se fosse falsa, o próprio Francisco a está tornando verdadeira.
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Estava numa paroquia que usava o folheto de missas O DOMINGO e semanalmente escrevia nela um famoso jesuíta Pe João B Libanio, se não me engano nº 14, elogiou o ex frei Boff, já falou sobre F Castro e mais figurões vermelhos como se fossem defensores de pobres – aquela velha cantilena da TdL – e num congresso da velha guarda da TdL ele estava lá entre uns 20 figurões importantes de fingidos de católicos e defensores de pobres, mas a gente sabe que são ligados nos marxistas.
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Ué? Esse folhetim “O DOMINGO” não é o da arquidiocese do EX-futuro-Paulo VII, tido por conservador, de legítima ascendência dos plantadores de repolho da Pomerânia, e que é tão consistente como um pomodoro?
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Gostei muito das ponderações do Padre Elcio.
É como considero Francisco: um Papa putativo. Talvez esteja clara como a luz do dia a sua heresia material e até formal, mas… e agora?! Formalmente ainda está lá, embora já não possa mais ser obedecido, porque seguí-lo é um risco real de ir com ele pro mesmo inferno que ele nega que existe…..
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Padre Élcio é muito sábio e um verdadeiro guardião da fé. Guarda dos ensinamentos da Santa Igreja, Única de Ontem, Hoje e Sempre. Fiel escudeiro da Tradição. Rezemos por ele e por toda Santa Igreja Católica, Apostólica, Romana.
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Vale lembrar que Nossa Senhora, Mãe de Caridade, mostrou primeiramente, em Fatima, aos pastorinhos – crianças de 7, 9 e 10 anos(idades consideradas as melhores para as etapas da catequese) – o inferno e as almas que lá se precipitam. Fato que considero um dos mais emblemáticos das revelações ocorridas em Fatima, visto justamente a omissão, hoje, na pregação dos modernistas, deste maior e tão gravissimo perigo para o homem. E ai de quem hoje se atrever ensinar a realidade do inferno nas catequeses tal às crianças. Corre risco de ser algemado, levado para a delegacia e preso.
E essa tal aniquilação da alma é coisa mesmo de ateu: morreu, deixou de existir. E o inferno, tanto quanto o Céu, é mesmo aqui na terra. Vai de como a pessoa conduz sua vida. Muito sem sentido e nos limites dos sentidos! Alguém assim, ateus, definitivamente não é honesto.
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Aqui em casa eu ensino pra minha filha de 6 anos que nem todas as pessoas vão para o céu, como dizem por aí. Eu falo com ela que só quem é amigo de Deus. Por enquanto ainda não usei a palavra inferno, nem castigos, etc por julgar que ela ainda não esteja preparada, mas logo falarei. Não quero que ela busque a Deus por medo do inferno mas por amor.
Porém um dia, conversando com meu sobrinho de 8 anos, falei com ele que ele não poderia faltar à missa de Natal pois era missa de preceito. O que é isso tia? É aquela que se faltar, você pode ir para o inferno ( eu sei que não expliquei da melhor forma possível…). Mas pra minha triste surpresa ele disse: o inferno não existe e se existe, ele está vazio porque Deus perdoa a todos.
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O herege material é aquele ignorante que nunca sequer chegou perto de um Catecismo e, por imprudência ou mera incompreensão, e não por má-fé, exprime uma heresia que não é exatamente uma convicção teológica, mas antes um mal-entendido: não se trata de revolta contra a doutrina católica e o sagrado magistério, senão que de pura ignorância. Tal não é o caso de Francisco, que não pode alegar em seu favor o não conhecer a cristalina doutrina da Igreja; portanto só pode ser tido por herege formal, ou seja, obstinado e de coração malevolente.
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Já dizia um santo (se não me engano, S. Roberto Belarmino) que “não pode ser cabeça quem não é membro do corpo; não pode chefiar a Igreja quem não é membro dela”.
Até onde sei, a heresia incorre em excomunhão.
E quem é excomungado não faz parte da Igreja.
A pergunta que não quer calar: é possível que após assumir heresias este senhor continue sendo ‘papa’?
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Quando eu falo isso meus comentários são sempre negados, mas espero que desta vez o moderador aprove.
Não reconheço mais o Bergoglio como papa. Eu tenho plena ciência de que um papa deve ser julgado por suas palavras com o máximo de caridade mas o que ele tem feito já extrapolou os limites. Não tenho mais duvidas de que ele age desta maneira dúbia propositalmente. Qualquer pessoa que é imputada uma alegação falsa quer vir a público corrigir o erro. Nem com isso ele se importa.
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Caríssimos que me elogiaram, Jesus disse aos seus apóstolos e discípulos (e, portanto, também aos bispos e padres), que se fizerem tudo o que deve ser feito, depois devem dizer: “Somos servos inúteis”.
Santo Tomás prova que quando a fé corre risco temos obrigação de nos manisfestar. Houve tempo de heresia em que até os anacoretas saíram das florestas e desertos para defender a fé. Já na época de S. Pio X havia modernistas dentro da Igreja, hoje, sem sombra de dúvida, estão em postos elevados da Igreja, e talvez (para não dizer com certeza) são maioria dentro da Igreja. E eles, na expressão de S. Pio X, são os piores inimigos da Igreja. E hábeis em empregar a astúcia, a mentira, a hipocrisia. S. Pio X afirmou que eles são capazes de nos seus escritos apresentarem uma página inteiramente ortodoxa, e em outra afirmar o contrário, mas sempre com disfarces.
A confirmar o que Antonio Socci diz no artigo, Francisco prima infelizmente nestas táticas modernistas. Quem é que não sabe que, sobretudo depois do Concílio Vaticano II, mais do que nunca, os maçons, os comunistas e os modernistas (estes reúnem em si mesmos todas as iniquidades e heresias existentes sobre a face da terra) trabalham com afinco para conseguir no trono de Pedro um papa modernista dos quatro costados?! Talvez em breve esta triste realidade será provada com uma evidência tão clara quanto os raios solares.
Jesus não disse que nada ficará oculto?!
Rezemos: “Senhor, aumentai a minha fé”; “Senhor, ensinai-me a orar”; “Jesus, manso e humilde de coração, fazei o meu coração semelhante ao vosso!”. Amém!
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Caro Pe. Elcio, a sua benção, vejo que é um dos poucos padres que trata deste assunto, tão urgente e tão importante.
Veja isto:
Esta foto está no site da CNBB sobre ecumenismo. Ela é um print de um video do Vaticano em que Bergoglio diz “Creo en el amor”. Isto é indefensável. Isto é verdadeira heresia, manifesta. É indiferentismo religioso. É blasfemo. O que mais é preciso? Bergoglio é um poço contaminado.
Vejo que aqui muitas pessoas têm receio de afirmar categoricamente: Bergoglio é antipapa, é herege, etc. Mas não tem tanto receio de se subtrair à obediência por receio de ir parar no Inferno (que existe) devido aos erros propagados por ele. Esta espécie de “respeito humano” quando se trata de heresia, por ser do mais alto posto na Igreja Católica, é a ruína da fé e causa de todo o _imbroglio_ atual. Todo fiel católico, leigo e padre, é acuado em consciência por ter de escolher entre a obediência e a fé. Isto é o que o demônio quer. Esta *pusilanimidade* em reconhecer e tratar a heresia ou mesmo a suspeita de heresia.
O testemunho de fé católica deve ser inequívoco. Deve ser viril. Deve ser de cima dos telhados. A exigência da fé católica é a obediência e submissão em tudo ao superior. Exatamente por isso a profissão de fé do superior tem que ser sempre exata, forte, deve dissipar dúvidas, estabelecer clareza e confiança no povo fiel. Se não, que se exija do superior a prova inequívoca de sua fé verdadeira. Que se faça a solene Profissão de Fé. Ou irá (ou deveria) arcar com as consequência, pois quem não tem fé, já está julgado. Há inúmeras citações para provar isto, mas pego uma de Inocêncio III:
‘La fe es para mí a tal punto necesaria, que, teniendo a Dios como único Juez, en cuando a los demás pecados, sin embargo, solamente por el pecado que cometiese en materia de fe, podría ser yo juzgado por la Iglesia’ ”. (Ibídem, p.152-153).
“[El Romano Pontífice (…) no debe jactarse erróneamente de su autoridad ni gloriarse temerariamente en su eminencia u honor, porque cuanto menos lo juzguen los hombres más lo juzgará Dios. Digo ‘menos’ porque puede ser juzgado por hombres, o más bien estos pueden demostrar que es juzgado si pierde evidentemente su sabor cayendo en herejía, ya que ‘el que no cree ya está juzgado’ (Juan 3,18) (…)” (60)
O sr. sugere que talvez a eleição deste sr tenha sido inválida, talvez por acreditar que Bento XVI tenha sido forçado a renunciar. Eu tenho certeza que a eleição de Bergoglio foi inválida, mas por outro motivo, de fé: um Papa nunca caiu, cai ou cairá em heresia (em razão da oração infalível de Cristo a Pedro: “Roguei por ti para que a tua fé não desfalecesse”). Se “caiu”, não é porque caiu, mas é porque manifestou o que era oculto. Se era oculta a heresia, a eleição foi válida e se houve a aceitação da Igreja, o Papa-herege-Oculto goza de verdadeira e própria jurisdição *enquanto professar visível e exteriormente a fé verdadeira* (Garrigou-Lagrange, vide tb Card. Billot e S. Roberto Bellarmino), mas não possui a graça de estado particular do Papado, isto é, as prerrogativas da infalibilidade pelas promessas de Nosso Senhor.
Agora, eleição inválida houve, há – e haverá! -, dado o rumo que as coisas estão tomando.
Que o sr. não concorde com isso. Que metade dos leitores não concordem com isto. Que a maioria não concorde com isto. Concordem pelo menos que o assunto é este e que não deve existir nenhum assunto no mundo mais importante do que este (aborto, eleições, ecumenismo, liturgia, relação Igreja-Estado, etc). *Pois que deve existir um conjunto de princípios e doutrinas sobre heresia, jurisdição e infalibilidade, com as quais os católicos deveriam concordar em teoria e concordar com os modos de agir em consequência, para a partir daí e tão somente a partir daí, julgar o pontífice atual e igualmente julgar os do passado, principalmente os do período pós-ruptura (de J XXIII para cá)*.
Para todos os demais assuntos precisamos de um verdadeiro Papa, de um verdadeiro guia e general para orientar o exercito em batalha. E bastaria. E a confusão é tamanha justamente pela falta da voz do Pastor Supremo.
Justamente pela falta dos católicos em perceber isto é que Nosso Senhor não nos vem ao socorro. Pois ele nos jogaria pérolas e nós as trataríamos como os porcos.
Salve Maria! A sua benção.
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FM,
“um Papa nunca caiu, cai ou cairá em heresia (em razão da oração infalível de Cristo a Pedro: “Roguei por ti para que a tua fé não desfalecesse”). Se “caiu”, não é porque caiu, mas é porque” etc
Não parece certo esse princípio que vc enuncia, pois contraria a dispensação geral da Providência, a Qual, por sua vez, preserva sempre e em todas as ocasiões, o livre-arbítrio. Se um papa, em razão do cargo, não pudesse jamais assentir a uma doutrina herética, então ele estaria, extrinsecamente, pela Providência, impedido de exercer seu livre arbítrio de aceitar ou recusar (ou, ainda, de suspender o juízo, não aceitando ou negando). E isso não pode ser.
Por outro lado, João XXII, na questão da “visão beatífica”, incidiu, de facto, em heresia, mas é contado entre os Romano Pontífices. Somente o grande papa Bento XII, sucessor do infeliz João XXII (onomástico bem agourento), é que solucionou a questão mediante uma definição dogmática.
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“Porque não foi prometido o Espírito Santo aos sucessores de Pedro para que, por Revelação Sua, manifestassem uma nova doutrina, mas para que, com Sua Assistência, guardassem santamente e expusessem fielmente a Revelação transmitida pelos Apóstolos, isto é, o Depósito da Fé. E certamente sua doutrina apostólica todos os Santos Padres a abraçaram e os Santos Doutores da reta doutrina a veneraram e seguiram, sabendo perfeitamente que esta Sé de São Pedro permanece IMUNE DE TODO ERRO, segundo a promessa de nosso Divino Salvador feita ao Príncipe de Seus Apóstolos: ‘Roguei por ti, para que tua Fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma teus irmãos’ (Lc 22,32)”. (D-S 3070)”.
Para evitar qualquer espécie de relativismo em relação ao conteúdo exposto, o texto acima, e toda parte explicativa da Pastor Aeternus, é infalível.
Ademais, sobre João XXII, ele diz na mesma obra:
“Digo com Agostinho que, se me engano nesse ponto, que alguém que saiba melhor corrija-me. Para mim não parece de outro modo, a não ser que a Igreja determine contrário (nisi ostendetur determinatio ecclesie contraria), ou a não ser que as autoridades em Sagrada Escritura exponham-no de outro modo com mais clareza do que eu disse acima.”
o que exclui o elemento de pertinácia, próprio da heresia.
Mas muito obrigado pela contribuição, por reconhecer que tal assunto é importante, por mostrar que não há consenso entre os católicos sobre esta matéria (mas talvez já devesse). Espero que outros leigos, capazes, estudiosos, e padres, com mais estudo, formação, graça de estado e santidade do que eu possa levar adiante este sadio debate, isto é, aprofundamento da questão. Recentemente um sr. chamado Carlos Nougué tratou desta questão, a meu ver de maneira confusa e parcial.
Como última contribuição neste post, a cujos moderadores eu agradeço a aprovação destes comentários, segue um excerto do trabalho do dr. Arnaldo Xavier da Silveira, relevante para a questão.
A exposição do tema convém começar por um expoente defensor da 1ª sentença de São Roberto
Bellarmino, o Card. Billot:
“Admitida a hipótese de que o Papa se tornasse notoriamente herético, dever-se-ia conceder, sem hesitação, que ele perderia “ipso facto” o poder pontifício, dado que por vontade própria se teria colocado fora do corpo da Igreja, tornando-se infiel (…).
Eu disse: “admitida a hipótese”. Mas afigura-se de longe mais provável que essa hipótese seja mera hipótese, nunca redutível a ato, em virtude do que diz São Lucas (22, 32): “Roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos”. Que isso deve ser entendido de São Pedro e de todos os seus sucessores, é o que atesta a voz da Tradição, e o demonstraremos “ex professo” adiante, ao tratar do magistério infalível do Pontífice Romano. Desde já consideramos isso como absolutamente certo. Ora, ainda que essas palavras do Evangelho digam respeito principalmente ao pontífice enquanto pessoa pública que ensina “ex cathedra”, deve-se afirmar que elas se estendem, por certa necessidade, também à pessoa privada do pontífice no que se refere à sua preservação a heresia. Ao pontífice, com efeito, foi atribuído o múnus ordinário de confirmar os demais na fé. Por essa razão, Cristo – que por sua dignidade é em tudo atendido – pede para ele o dom da fé indefectível. Mas em favor de quem – pergunto – é feito esse pedido? De uma pessoa real e viva, incumbida de confirmar os demais. Ou porventura se dirá que é indefectível a fé daquele que não pode errar ao estabelecer o que os outros devem crer, mas pessoalmente pode naufragar na fé? E – observe-se – ainda que o Pontífice, caindo em heresia notória, perdesse “ipso facto” o pontificado, no entanto logicamente incidiria em heresia antes de perder o cargo; assim sendo, a defectibilidade na fé coexistiria com o múnus de confirmar seus irmãos, o que a promessa de Cristo parece excluir de modo absoluto.
Mais ainda: se, considerada a Providência de Deus, não pode acontecer que o Pontífice incorra em heresia oculta ou meramente interna, muito menos poderá ele incorrer em heresia externa e notória, pois esta traria consigo males ainda muitíssimo mais graves. Ora, a ordem estabelecida por Deus exige absolutamente que, como pessoa particular, o Sumo Pontífice não possa ser herege, nem sequer perdendo a fé apenas interiormente. “Pois – escreve São Roberto Bellarmino (De Rom. Pont., lib. IV, c. 6) o Pontífice não só não deve nem pregar a heresia, mas também deve sempre ensinar a verdade, e sem dúvida o fará, dado que o Senhor lhe ordenou que confirme seus irmãos. Mas como, pergunto, o Pontífice herético confirmará os seus irmãos na fé e pregará sempre a fé verdadeira? Deus pode, sem dúvida, arrancar do coração herético a confissão da verdadeira fé, como outrora fez falar a mula de Balaão. Mas isso seria algo de violento e de não conforme com o modo de proceder da Providência divina, que dispõe todas as coisas com suavidade”
Isto demonstra com certeza que o Romano Pontífice não pode cair em heresia nem mesmo meramente interna.
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Mas Sr. PW, embora eu reconheça toda a lógica de sua posição, o que quer que façamos? Somos apenas leigos! Temos uma diferença de gênero e de grau com o clero! Que ele é putativamente (isto é, aparentemente) papa não há qualquer dúvida: está lá, vestido de branco, falando e decidindo em nome da Igreja. Que ele, seu pontificado, seu magistério, sua claque, enfim, tudo que advenha de suas decisões seja uma fraude, é chocante mas é até provável que o seja; mas não podemos fazer um levante, conclamar uma caravana mundial que vá até lá e o retire da cadeira! Até o Lula está difícil de banir da vida pública, e olha que estamos numa pretensa “democracia”, com todos os meios jurídicospara isto! Que dirá declarar a fraude da eleição de um papa.
Eu acho (será um achismo simplório?) que somente a própria Igreja, somente os Bispos mesmo, poderão fazer algo a respeito, eleger coisa melhor, declarar que Francisco não foi verdadeiro…. Converterem-se os Bispos, enfim. Quem sabe uma grande hecatombe acontece e o clero se volta aflito e com sinceridade para Deus? Não sei, a Providência tem seus modos….
Mas de uma coisa tenho certeza, e aqui repousa minha esperança: a lei suprema da Igreja é a salvação das almas. Essa miséria (ou: estado de necessidade) pode durar o tempo que for: nós temos a nosso favor a garantia de 2000 anos de tradição pra seguir, em vez de seguir a fé corrompida do mercenário, e isso não é pouca coisa: este patrimônio espiritual sozinho já deve ser suficiente para fazer a alma sobreviver ao mundo, ao demônio e à carne e se salvar do inferno nesses tempos em que o pastor (aquele putativo) está jantando as ovelhas com os lobos no altar-mesa do mundo.
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Em relação a este ou qualquer antipapa, não há nada a fazer, exceto esperar um papa legítimo que o anatematize e o declare fora da contagem dos Romanos Pontífices.
Pois a Sé de Pedro julga a todos e por ninguém é julgada.
Não há nenhuma instância a que se possa apelar ou recorrer sem que, por isso mesmo, se incida nas censuras já cominadas pela Santa Sé sempre que são negados os seus privilégios e as suas prerrogativas, as quais podem ser resumidas, de modo prático, no poder de jurisdição “pleno, supremo, imediato e universal” que esta mesma Sé exerce sobre todas as igrejas, todo o episcopado e todos os batizados singularmente considerados.
Portanto, nem mesmo os cardeais podem fazer nada além de protestar contra as aberrações do atual ocupante da Santa Sé. Eles carecem de qualquer poder de jurisdição para afastar o prelado argentino e o máximo que podem fazer é exortar que o dito prelado argentino volte à senda da verdade e do Evangelho de Jesus Cristo.
De resto, dizer que a graça, seja pessoal seja ministerial, ab-rogue o exercício do livre-arbítrio a quem quer que seja é tese que ressente a luteranismo, cujas heresias foram devidamente anatematizadas pelo Concílio de Trento.
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“Há algo de podre no reino de Francisco”, como diria William Shakespeare.
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Eu retiro tudo o que eu falei!!!!
Quando eu escrevi o primeiro comentário, por eu não ter atualizado o navegador, haviam apenas alguns poucos comentários e eu não havia visto essa resposta do Pe. Elcio, do suposto papa putativo, de Dom De Castro Mayer, nem boa parte dos outros anteriores ao meu!!
Eu me arrependo de tudo o que escrevi!!
Permaneço só com a não aceitação da Dignitatis Humanae.
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É o melhor que faz. E ainda tem quem fale por aqui que o atual papa é um antipapa. Mas um antipapa não teria sido eleito em um conclave, ou seria? Aqui neste blog reina o caos. Os comentários por aqui são mais anticatólicos que os da maioria dos sites protestante e assim esse blog vai prestando um desserviço á Igreja Católica.
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Finalmente os Sedevancantistas estão sendo vingados, afinal, por décadas os “tradicionalistas” duvidaram da legitimidade das doutrinas sedevacantes, porém, hoje em dia ela está “na boca do povo”. Eu me divirto com essas escusas e desinformação desses tradicionalistas FRACOS NA FÉ, que realmente confiam que a Igreja de Cristo pode ser regida por um Bergoglio da vida…por favor.
Há 10 anos atrás eu era um sedevacante, meus amigos me olhavam com espanto, hoje me sinto vingado. Hoje, aliás, sou um apóstata, e, justamente por este distanciamento, para mim é muito mais fácil perceber como a Igreja Católica não tem mais a sua fé imaculada. O simulacro está aí, pena vocês não terem olhos para ver…
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Antonio Silva, realmente, você é um analfabeto religioso. Não conhece nada da história da Igreja Católica. Senão, vejamos: quantos ANTIPAPAS já existiram? O que aconteceu com Santo Atanásio, ao denunciar a heresia do Arianismo? Um papa que comemora o Cisma Protestante é normal? Que o INFERNO não existe? Etc….
Moral: como dizia o meu tataravô: “A IGNORÂNCIA É ATREVIDA!”. Principalmente, a religiosa.
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Acredito que vociferar na internet contra algum desconhecido, imputando diversas acusações de ordem pessoal sem a menor base, seja algo muito religioso, não é mesmo? Bom, de que adianta eu falar sobre meus conhecimentos sobre história da Igreja com alguém que já faz pré-julgamentos sobre pessoas que nem conhece? De todo modo, a caridade não me falta e com paciência, a qual tudo alcança, gostaria de deixar algumas indicações para você conhecer um pouco mais sobre a história da Igreja.
É um fato pouco questionado, e não muito conhecido/comentado, mas o Papa Honório foi condenado por heresia, em Concílio Ecumênico. Esse ensinamento foi repetido em diversos documentos eclesiais, inclusive no Breviário Romano. É possível que um Papa caia em heresia, questionar isto é um total desconhecimento sobre a doutrina do livre arbítrio. Anti-papa é um conceito vazio e inútil, o que esse termo quer dizer afinal? O que é fácil constatar é a falta de FÉ, contumaz, em Bergoglio. Ou ele respondeu àquelas admoestações feitas por bispos e teólogos em carta aberta?
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Não se empolguem, nada vai acontecer, os cardeais só sabem contestar “respeitosamente” a tirania religiosa e moral do Papa de plantão, sem possuir a mínima idéia de como agir concretamente em caso de depor o cada vez menos suposto “papa herege”.
Francisco I estrategicamente cuidou que não houvesse um escândalo em seu pontificado, mas uma sucessão interminável deles, de modo que os católicos (capazes de acompanhar e entender a política vaticana) vão ficando “caleijados” e aceitando como rotina, como acontece no podre cenário político brasileiro. Estão de volta os tristes dias do papado da Renascença, de Avinhão ou da “pornocracia” do Ducado de Espoleto, tempos em que grandes orgias e escândalos eram absolutamente normais na Santa Sé Romana.
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Caríssimos, foi na época de João Paulo II que D. Antônio de Castro Mayer, aventou esta hipótese de um papa putativo, e eu achei boa esta opinião. É óbvio, entretanto, que nem D. Antônio obrigou, nem, muito menos eu, obrigo ninguém a adotar esta opinião.
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Ah, o senhor achou boa a opinião? Então eu posso divulgar minha opinião por aí e achar que por gostar dela, ela tem validade para defender minha visão sobre certas coisas?
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Coetus Fidelium,
Foi muito bom você ter sido sincero: Deus me livre de trilhar essa via e cair no buraco da apostasia. Serve como lembrança do que uma vez ouvi de um sacerdote que recuperava sedevacantistas combalidos: o sedevacantismo como profissão de fé transtorna a vida da pessoa, a ponto de fazê-la perder a fé e a sanidade.
Que Deus o ajude.
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Bem aventurados os puros de coração, os sinceros, porque verão a Deus. Como você pode saber que meu afastamento do catolicismo foi consequência do sedevacantismo? Eu espero sim que os tradicionalistas percebam a relevância dos argumentos sedevacantes quando se tem um Papa Francisco que mutila partes do Credo. Quem tem menos fé, eu ou o seu Papa Francisco?
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Os cardeais, por amor à verdade revelada e por caridade pastoral, para que os fieis não sejam imersos em confusão, induzidos à dúvida e ao erro, deveriam corrigir formalmente o Santo Padre. Isso é muito sério, pois coloca em risco a salvação das almas. Eles tem o dever e a obrigação de aconselhar e corrigir o nosso atual Papa.
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Existem duas formas de Infalibilidade: 1) Conservativa (que uns denominam Infalibilidade Negativa); 2) Expositiva (que uns denominam Infalibilidade Positiva).
Além da Tradição, o Concílio Vaticano I reafirmou esta Doutrina da Infalibilidade:
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“Assim, os Padres do IV Concílio de Constantinopla, seguindo os passos dos antepassados, publicaram esta solene profissão da fé: ‘A salvação consiste antes de tudo em guardar a regra da fé verdadeira (…). E como a palavra de nosso Senhor Jesus Cristo, que disse: ‘Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja’ (Mt 16, 18), não pode ser preterida, o que foi dito é comprovado pelo efeito, pois na Sé Apostólica sempre foi conservada imaculada a religião católica e celebrada a santa doutrina. Assim, não desejamos absolutamente separar-nos desta fé e doutrina (…), esperamos merecer encontrar-nos na única comunhão pregada pela Sé Apostólica, na qual está sólida e íntegra a verdadeira religião cristã’.” (Conc. Vat. I, Const. Pastor Aeternus, cap. IV, Dez-Hün 3066).
Trata-se da Infalibilidade Conservativa. Impossibilidade de se ensinar, propor ou impor heresia.
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“Pois o Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de Pedro para que, por revelação sua, manifestassem uma nova doutrina, mas para que, com sua assistência, conservassem santamente e expusessem fielmente a revelação transmitida pelos Apóstolos, ou seja, o depósito da fé. E, decerto, esta doutrina apostólica, todos os veneráveis Padres abraçaram-na e os santos ortodoxos Doutores a veneraram e seguiram, plenissimamente conscientes de que esta Sé de São Pedro sempre permaneceu intacta de todo erro, segundo a divina promessa de nosso Senhor e Salvador feita ao chefe dos seus discípulos: ‘Eu roguei por ti, para que tua fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma teus irmãos’ (Lc 22, 32).” (Conc. Vat. I, Const. Pastor Aeternus, cap. IV, Dez-Hün 3070).
Aqui trata-se das duas: Infalibilidade Conservativa e Infalibilidade Expositiva. “conservassem santamente e expusessem fielmente a revelação”.
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“O Romano Pontífice, quando fala ex cathedra – isto é, quando, no desempenho do múnus de pastor e doutor de todos os cristãos, define com sua suprema autoridade apostólica que determinada doutrina referente à fé e à moral deve ser sustentada por toda a Igreja –, em virtude da assistência divina prometida a ele na pessoa do bem-aventurado Pedro, goza daquela infalibilidade com a qual o Redentor quis estivesse munida a sua Igreja quando deve definir alguma doutrina referente à fé e aos costumes; e que, portanto, tais declarações do Romano Pontífice são, por si mesmas, e não apenas em virtude do consenso da Igreja, irreformáveis.” (Conc. Vat. I, Const. Pastor Aeternus, cap. IV, Dez-Hün 3074).
Aqui trata-se da Infalibilidade Expositiva. Quando será feita a Proclamação de um Dogma (Processo de Dogmatização) que ainda não era tido na Igreja por dogma (ensinamento definitivo).
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Muitos tradicionalistas ERRAM ao não reconhecerem a Infalibilidade Conservativa, dando à passagem “Pois o Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de Pedro para que, por revelação sua, manifestassem uma nova doutrina, mas para que, com sua assistência, conservassem santamente e expusessem fielmente a revelação transmitida pelos Apóstolos…” uma interpretação falsa, errônea e artificial desta passagem.
Os Padres da Administração Apostólica S. João Maria Vianney que assinaram a Orientação Pastoral sobre o Magistério Vivo da Igreja, de Dom Fernando Rifan, passaram a aceitar a Infalibilidade Conservativa, com um sentido totalmente distinto daquele que ainda muitos tradicionalistas o dão para a passagem: “Pois o Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de Pedro para que, por revelação sua, manifestassem uma nova doutrina, mas para que, com sua assistência, conservassem santamente e expusessem fielmente a revelação transmitida pelos Apóstolos…”.
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Segundo a correta compreensão de Infalibilidade, o Papa pode até mesmo ser um herege, isto é, ter heresia pra ele, mas não pode (nem tem como) ensinar, propor ou impor heresia na Igreja. Posicionamento este que me valeu aqui no Fratres, por comentadores, o título de “sedevacantista” e “progressista”, em debates sobre este tema!!!
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Heresia é o que define o CDC: “Diz-se heresia a negação pertinaz, depois de recebido o batismo, de alguma verdade que se deve crer com fé divina e católica, ou ainda a dúvida pertinaz acerca da mesma” (CDC, cân. 751). Sem pertinácia, não há heresia.
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Ainda cabe lembrar que o que o Concílio Vaticano I fez com relação à Infalibilidade não foi um novo Processo ou Ato de Dogmatização, mas a Atestação e Declaração Formal e Solene de uma doutrina que já era tida na Igreja como Infalível e Definitiva. Só de passagem, três exemplos:
“Quem não respeita esta unidade da Igreja acredita que respeita a fé? Quem abandona a cátedra de Pedro, sobre o qual foi fundada a Igreja, e se lhe opõe, pode confiar de estar na Igreja?” (S. Cipriano citado por Pelágio II, Carta Dilectionis vestrae aos bispos cismáticos de Ístria, ano 585-586, Dez-Hün 469).
“Que por ele rezou, o Senhor o declara quando diz, no momento da paixão: ‘Eu rezei por ti, Pedro, para que não desfaleça a tua fé. E tu, quando fores convertido, confirma os teus irmãos’ [Lc 22, 32], com isto claramente indicando que os seus sucessores jamais desviariam da fé católica, mas antes chamariam os outros e também confirmariam os duvidosos, destarte concedendo a ele o poder de confirmar os outros de modo a impor aos outros a necessidade de obedecer.” (Inocêncio III, Carta Apostolicae Sedis Primatus ao Patriarca de Constantinopla, 12 nov. 1199, Dez-Hün 775).
“Se tu tens crido e ainda crês que só o Romano Pontífice pode pôr fim às dúvidas que surgem em torno da fé católica, mediante uma deliberação autêntica, à qual se deve aderir de modo irrevogável, e que tudo o que ele mesmo declara ser verdade, em virtude da autoridade das chaves a ele entregues por Cristo deve ser tido como verdadeiro e católico, e o que ele declara ser falso ou herege, tal deve ser considerado” (Clemente VI, Carta Dogmática Super quibusdam, Exame de fé dos armênios, 29 set. 1351, Dez-Hün 1064).
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Com o fenômeno Francisco e Amoris Laetitia, estou sendo provado no meu antigo posicionamento: “Segundo a correta compreensão de Infalibilidade, o Papa pode até mesmo ser um herege, isto é, ter heresia pra ele, mas não pode (nem tem como) ensinar, propor ou impor heresia na Igreja.”.
Confesso que já estou admitindo que a Sé Apostólica (Pessoa Jurídica) sim é isenta de heresia, mas o Papa pode sim ensinar, propor ou impor heresia.
Pois o que fez Francisco com Amoris Laetitia? Até a inscreveu nas Atas da Sé Apostólica…
Aí, neste caso, o documento é FALSO. O Magistério é FALSO. A Autoridade é FALSA. Não se faz da Igreja nem da Sé Apostólica.
Mas me parece evidente que Francisco é Papa legítimo, ainda que seja herege etc, e não perde por isto o ministério petrino, pois não há no mundo Poder para destroná-lo ou julgá-lo para o destituir da Sé Apostólica.
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“se for convocado um sínodo universal e houver qualquer dúvida ou controvérsia a respeito da santa Igreja dos romanos, convirá, com o devido respeito e deferência, informar-se sobre o ponto controverso e acolher uma solução que ajude a si ou aos outros, mas jamais ter a audácia de pronunciar uma sentença contra os Sumos Pontífices da antiga Roma” (Adriano II, IV Concílio de Constantinopla, 10ª Sess. 28 fev. 870).
Impossibilidade de se pronunciar uma sentença contra o Papa.
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“Se creste e crês que a suprema e excelsa autoridade e o poder jurídico dos que foram Romanos Pontífices, de Nós que agora o somos, e dos que no futuro o serão, foi, é e será tão grande que não foi, nem é, nem no futuro será possível serem julgados por ninguém; mas que eles foram, Nós somos e eles serão reservados para ser julgados por Deus só; e que, das nossas sentenças e juízos não se pode, nem se pode, nem se poderá apelar a qualquer outro juiz;” (Clemente VI, Carta Dogmática Super quibusdam, Exame de fé dos armênios, 29 set. 1351).
Impossibilidade de se julgar o Papa.
Das sentenças do Papa, não se pode recorrer a outro juiz.
——-
“E, porque o Romano Pontífice preside a Igreja Universal em virtude do direito divino do primado apostólico, também ensinamos e declaramos que ele é o juiz supremo dos fiéis, podendo-se, em todas as coisas que pertençam ao foro eclesiástico, recorrer ao seu juízo; mas também que a ninguém é lícito pôr em questão o juízo desta Santa Sé, e que ninguém pode julgar de seu juízo, visto que não há autoridade acima dela. Por isso, estão fora do reto caminho da verdade os que afirmam ser lícito apelar dos juízos dos Romanos Pontífices ao concílio ecumênico, como autoridade acima do Romano Pontífice.” (Conc. Vat. I, Const. Pastor Aeternus, cap. III).
——
Razões que me levam a pensar que: se Francisco é Papa, não pode ser destituído nem por Concílio nem por Cardeais. Nem se pode executar o Código de Direito Canônico (CDC) contra ele, pois ele está acima do Código de Direito Canônico, embora esteja abaixo da Revelação. Não é lícito tramitar Processo Jurídico Eclesiástico contra ele. Tal Processo seria simplesmente nulo. Ele só pode ser julgado no Sacramento da Confissão pessoal dele.
——
Agora, eu gostaria de saber da parte de quem sabe – porque não entendo do assunto – O que é essencial e garante da validade na Eleição de um Papa?
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Prezado Vitor, obrigado por suas considerações.
Sobre as eleições, a fonte primária atual é a Universi Dominici Gregis. Isto quanto às regras.
http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/apost_constitutions/documents/hf_jp-ii_apc_22021996_universi-dominici-gregis.html
As antigas regras são estas:
Const. ap. Vacante Sede Apostolica (25 de Dezembro de 1904), 76: Pii X Pontificis Maximi Acta, III (1908).
Const. ap. Vacantis Apostolicae Sedis (8 de Dezembro de 1945), 88: AAS 38 (1946).
Quanto à doutrina relativa aos iterregnos papais, cumpre dizer o seguinte:
A ELEIÇÃO DO FUTURO PAPA
Por fim, a última tese que renderia o sedevacantismo improvável toca em uma questão prática de bastante relevo. Assim diz o autor:
c. Se a Igreja está sem cabeça desde os dias do Vaticano II, então não existirão mais cardeais legitimamente criados. Mas então como é que a Igreja elegerá um Papa novamente, enquanto a disciplina atual dá unicamente aos cardeais o poder de eleição?
Alguns sedevacantistas afirmam que ele tem sido ou será diretamente designado por revelação privada vinda do céu.
Novamente a posição sedevacantista sobre um ponto fundamental é apresentada pela metade. Além da possibilidade de uma intervenção divina, ainda há dois caminhos apontados pelos sacerdotes sedevacantistas. Aqueles que defendem a tese do Papa material, dita de Cacissiacum, afirmam que a conversão de um cardeal e sua subsequente eleição seria o bastante, porque os cardeais, mesmo que ordenados invalidamente, possuem realmente o poder de designação; assim, bastaria que este abjurasse publicamente do modernismo e fosse ordenado como bispo para que pudesse ser, enfim, coroado como Sumo Pontífice [21]. De outra opinião são os sedevacantistas belarminianos, segundo os quais, na falta de verdadeiros cardeais, a jurisdição é transferida para o clero de Roma ou seus arredores e, na falta deste, um Concílio Geral imperfeito (i.e., sem o Papa) deve levar a cabo a eleição do Santo Padre [22]. Ambas as teses se fundamentam no fato da Igreja ser uma sociedade perfeita que possui todos os meios de que precisa para atingir os seus fins. Então, em caso de alguma calamidade, ela tem plenas condições de restabelecer-se.
Este é um assunto de ordem prática muito importante que precisa ser discutido pelos sacerdotes tradicionais… mas infelizmente é característico da atual FSSPX fugir dessas discussões fundamentais.
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Coetus Fidelium, “Tradicionalistas FRACOS NA FÉ” — É o senhor que está fazendo tábua rasa da caridade. O fariseu do evangelho não fez diferente.
Ademais, tripudiar e “se divertir” (!) em cima da confusão e da perplexidade de um número imenso de pessoas, só porque um dia, lá no passado, alguns feriram sua vaidade ao discordar das suas ideias, é insultar o mais proverbial senso de proporçõs e de justiça! Está feliz agora (ou: “vingado”), só porque dois ou três lhe deram razão?
A honra é devida a Deus, caro senhor, não a nós!
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Conheça a situação terrível da SANTA IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, que vivencia seu CALVÁRIO, e perfaz o doloroso trajeto que fez NOSSO SENHOR JESUS CRISTO.
FRANCISCO E A OBRA DO FALSO PROFETA 👇👇👇
Ouçam com ATENÇÃO os sermões do Padre e Doutor de Direito Canônico, PAULO RENATO DORNELLES
O CISMA DOCUMENTADO 👇👇
Um Padre corajoso, de olhos e ouvidos abertos, que DENUNCIA o que todo o clero DEVERIA estar denunciando, mas se omite, neste CRÍTICO MOMENTO DA HISTÓRIA.
O CISMA DECLARADO 👇👇👇
ABRAM OS OLHOS 👇👇👇
Fala abertamente sobre o “PAPA FRANCISCO”, esclarecendo seu ANTI PONTIFICADO, FALSO CONCLAVE, e esclarece que quem COMANDA hoje, esta CONTRA IGREJA, É O FALSO PROFETA APOCALÍPTICO, Capítulo 13, 11-16
FUJAM DA FALSA IGREJA👇👇👇
“ROMA PERDERÁ A FÉ, E TORNA-SE-À A SEDE DO ANTICRISTO.”
(Nossa Senhora de Lá Salette)
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Há muito tempo que bergóglio e sua gangue vem sendo denunciada por este corajoso Padre!
Padre Paulo Renato Dornelles.
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Seria muito oportuno fazer um exame de sanidade mental neste padre, pois que parece um protestante falando mal da igreja. É como se diz, tem padre que se considera mais protestante do que o próprio Lutero.
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Agora, se o Fratres ainda me permite, vou mostrar rapidamente as DISTINTAS INTERPRETAÇÕES a respeito da passagem da Pastor Aeternus:
“Pois o Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de Pedro para que, por revelação sua, manifestassem uma nova doutrina, mas para que, com sua assistência, conservassem santamente e expusessem fielmente a revelação transmitida pelos Apóstolos…”
1) Interpretação da maioria dos tradicionalistas:
“Nós resistimos às autoridades eclesiásticas quando elas não ilustram a doutrina da Tradição Apostólica e permitem seja maculada a Fé imaculada, ou seja, quando trabalham na autodemolição da Igreja. Bases da resistência: 1- Ensinamento da Igreja: (…) ‘O Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de Pedro para que estes, sob a revelação do mesmo, pregassem uma nova doutrina; mas para que, sob a sua assistência, conservassem santamente e expusessem fielmente o depósito da fé ou seja a Revelação herdada dos apóstolos’ (Concílio Vaticano I, concílio dogmático e infalível, sess. IV, c. 4, Denz. Sch. 3070).” (Padres de Campos, Católicos Apostólicos Romanos, Informe Doutrinário, 22 ago. 1999, p. 18).
A referida passagem é utilizada não para reconhecer a Infalibilidade Conservativa, pelo contrário, é utilizada para restringir a Infalibilidade ao Ato de Dogmatização, isto é, para afirmar que a Infalibilidade é somente Expositiva. Nota-se que a referida passagem da Pastor Aeternus é utilizada para fundamentar uma Resistência ao Magistério do Papa.
“Santo Padre, o ministério de Pedro não Vos foi confiado para impordes doutrinas estranhas aos fiéis, mas para que, como fiel representante, possais guardar o depósito até o dia da volta do Senhor (Lc. 12; 1 Tim. 6). Aderimos sinceramente à doutrina da infalibilidade papal tal como ela foi definida pelo Concílio Vaticano I, e aderimos, portanto, à explicação dada pelo referido concílio sobre esse carisma, a qual inclui esta declaração: “O Espírito Santo não foi prometido aos sucessores de S. Pedro para que estes, sob a revelação do mesmo, pregassem uma nova doutrina, mas para que, com a sua assistência, conservassem santamente e expusessem fielmente o depósito da fé, ou seja, a revelação herdada dos Apóstolos” (Pastor
aeternus, cap. 4). Por esta razão, vosso Predecessor, o Beato Pio IX, louvou a declaração coletiva dos bispos alemães, que afirmaram que ‘a opinião segundo a qual o Papa é ‘um soberano absoluto por causa de sua infalibilidade’ está baseada numa compreensão completamente falsa do dogma da infalibilidade papal’.” (Correctio filialis de haeresibus propagatis, 16 jul. 2017).
Também neste caso a referida passagem da Pastor Aeternus é utilizada para restringir a Infalibilidade à sua forma Expositiva e para chamar a atenção do Papa [Francisco] para um DEVER. A referida passagem é utilizada não para reconhecer a Infalibilidade Conservativa, pelo contrário, é utilizada para restringir a Infalibilidade ao Ato de Dogmatização.
Nos dois casos, a passagem da Pastor Aeternus que trata da Infalibilidade Conservativa é vista apenas como um “dever ser”, e não como um “ser de fato”.
2) Interpretação da Administração Apostólica S. João Maria Vianney:
“Mas os Papas não poderiam inventar doutrinas novas ou deixar de guardar e expor corretamente o Depósito da Fé? Não. Não poderiam fazer e não o fizeram, conforme ensina a Constituição Dogmática ‘Pastor Aeternus’, ‘porque não foi prometido o Espírito Santo aos sucessores de Pedro para que, por Revelação Sua, manifestassem uma nova doutrina, mas para que, com Sua Assistência, guardassem santamente e expusessem fielmente a Revelação transmitida pelos Apóstolos, isto é, o Depósito da Fé. E certamente sua doutrina apostólica todos os Santos Padres a abraçaram e os Santos Doutores da reta doutrina a veneraram e seguiram, sabendo perfeitamente que esta Sé de São Pedro permanece imune de todo erro, segundo a promessa de nosso Divino Salvador feita ao Príncipe de Seus Apóstolos: ‘Roguei por ti, para que tua Fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma teus irmãos’ (Lc 22, 32)’ (D-S 3070).” (Dom Fernando Rifan, Instrução Pastoral sobre o Papa e o Magistério da Igreja, 24 abr. 2005).
Segundo esta interpretação da referida passagem da Pastor Aeternus, existe a Infalibilidade Conservativa. O que significa um conceito mais amplo de Infalibilidade.
“Professo, pois, de modo firmíssimo, o que foi infalivelmente definido pelo Concílio Ecumênico Vaticano I: que a Sé de Pedro permanece imune de todo erro e que a verdade e a Fé nunca faltarão na Cátedra de Pedro e de seus sucessores. ‘Porque não foi prometido o Espírito Santo aos sucessores de Pedro para que, por Revelação Sua, manifestassem uma nova doutrina, mas para que, com Sua Assistência, guardassem santamente e expusessem fielmente a Revelação transmitida pelos Apóstolos, isto é, o Depósito da Fé. E certamente essa doutrina apostólica todos os Santos Padres a abraçaram e os Santos Doutores de reta doutrina a veneraram e seguiram, sabendo perfeitamente que esta Sé de São Pedro permanece imune de todo erro, segundo a promessa de Nosso Divino Salvador feita ao Príncipe de Seus Apóstolos: ‘Eu roguei por ti, para que tua Fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma teus irmãos’ (Lc 22, 32)’. ‘Pois este carisma da verdade e da fé, que nunca falta, foi conferido a Pedro e a seus sucessores nesta cátedra…’. Por isso, rejeito toda e qualquer afirmação que pretenda ver nos ensinamentos da Santa Sé proposições contrárias àquilo que a Igreja já definiu.” (Dom Fernando Rifan, Carta Pastoral sobre os dez anos da Administração Apostólica, 15 jun. 2012).
Segundo esta interpretação, a passagem da Pastor Aeternus define e descreve um “ser de fato”, e não apenas um “dever ser”. É insistentemente afirmada a Infalibilidade Conservativa.
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Parece a Mentira e todas as Misériss mundanas Reinar no Vaticano, nesses Fins Dos Tempos, nessa Última 1/2 Hora do Dia De DEUS.
Abraços. Por Maria !!!
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Parece um frankenstein teológico dizer que um herege público e formal mantenha jurisdição sobre os filhos de Deus. O fato de não haver nenhuma instância competente para defenestrá-lo não pode significar que o herege mantenha jurisdição.
Pois a jurisdição eclesiástica não é como a jurisdição secular, a qual pode contar com o defeito, a ilicitude ou a invalidade da lei bem como com a aceitação e o consenso dócil da plebe torpe e ignara a seu favor.
Muito pelo contrário: Deus NÃO pode reconhecer a um herege enquanto alguém dotado de jurisdição sobre os Seus filhos, pois o herege é escravo, e um escravo não pode reger a ninguém. Isso é: Deus não pode reconhecer que a mentira e o dolo tenham direitos, posto que é a Suma Verdade e a Fonte de todo a justiça, e não pode aceitar que ninguém contrarie estes seus e demais atributos.
Então, embora o consenso dos fieis reconheça o prelado argentino como Papa, isso em nada altera situação deste, pois é impossível o reconheça como tal. É fato que o prelado argentino exerce materialmente a jurisdição, nomeando bispos e provendo demais atos de regime, mas o faz abusivamente. Espera-se a respectiva e futura “sanatio” dos atos que dela necessitem.
A questão prática é: não há nada a fazer exceto esperar que um futuro e legítimo sucessor de Pedro declare que a situação atual foi mesmo esta.
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Erratum:
(…) isso em nada altera situação deste, pois é impossível que DEUS, Nosso Senhor, o reconheça como tal.
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Respeito sua colocação, porque realmente é Horrível a Igreja ser pastoreada por um inimigo seu.
você: “Parece um frankenstein teológico dizer que um herege público e formal mantenha jurisdição sobre os filhos de Deus.”.
A realidade nem sempre é boa e nem sempre nos agrada. Teológico? Não faço teologia. Faço comentários.
“pois o herege é escravo, e um escravo não pode reger a ninguém”. Será?
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você: “Deus não pode reconhecer que a mentira e o dolo tenham direitos, posto que é a Suma Verdade e a Fonte de todo a justiça, e não pode aceitar que ninguém contrarie estes seus e demais atributos.”
eu disse:
“o documento é FALSO. O Magistério é FALSO. A Autoridade é FALSA. Não se faz da Igreja nem da Sé Apostólica”
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Erros de João Hus condenados pelo Concílio de Constança (15ª Sess.), com a confirmação de Gregório XII (06 jul. 1415) e Martinho V (22 fev. 1418):
“Erro XII. Ninguém faz as vezes de Cristo ou de Pedro se não o imitar nos costumes: nenhuma outra sequela, de fato, deve ser mais fiel. Do contrário, não se recebe de Deus o poder delegado, porque a conformidade dos costumes e a autoridade daquele que o delega são requeridos para o ofício de vigário.”
“Erro XIII. O Papa não é o sucessor certo e verdadeiro de Pedro, príncipe dos Apóstolos, se vive de modo contrário ao de Pedro; e se pratica a avareza, é o vigário de Judas Iscariotes. É igualmente evidente que os cardeais não são sucessores certos e verdadeiros do colégio dos Apóstolos de Cristo, se não conduzirem uma vida semelhante à dos Apóstolos, observando os mandamentos e os conselhos de Nosso Senhor Jesus Cristo.”
“Erro XX. Se o Papa é mau e, sobretudo, pré-conhecido por Deus como perdido, então, como o apóstolo Judas, é um demônio, um ladrão, um filho da perdição e não é a cabeça da santa Igreja militante, já que nem é membro dela.”
“Erro XXII. O Papa ou o prelado mau e pré-conhecido por Deus como perdido é falsamente chamado pastor; na realidade é ladrão e assaltante.”
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Estes erros não fazem menção direta à heresia, mas sim a comportamentos, ações, modos de vida, costumes.
Aqui, cabe-nos colocar que a heresia, pelo menos em matéria de pertença à Igreja, é mais grave que determinados pecados mortais que não fazem o pecador ser excomungado do corpo da Igreja, conforme o n. 22 da Mystici Corporis. E ainda deve-se lembrar que a heresia é também pecado grave, embora mais grave que outros pecados também graves.
Embora como mera hipótese e sem precisão, deve-se colocar o seguinte:
Se para o autor destes erros, qualquer comportamento, ação ou costume maus são motivos para que a pessoa não seja Papa legítimo, logicamente a heresia, como dos piores pecados, seria também um motivo, e ainda mais necessário, para que a pessoa não fosse Papa.
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Enfim, é só opinião e comentário mesmo. Não tenho direito de falar em nome dos outros nem é isso que pretendo. São apenas opiniões acerca do que eu vejo atualmente.
Encerrando minha participação.
Att,
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Vitor José Faria, eu entendo que o poder é concedido para atingir uma finalidade, e esta finalidade deve ser boa. O poder não é uma finalidade em si mesmo.
Uma das funções do papa, além dos aspectos administrativos como chefe de Estado, está a preservação da fé católica. Se ele utiliza deste poder agindo de maneira manifesta e reiterada justamente contra a própria fé dando uma finalidade contrária ao que lhe foi incubido, como poderia ser reconhecido como o portador deste direito/poder?
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Alguém pode colocar com fontes as quatro causas para a cessação do ministério petrino?
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A citação do elenco das heresias de João Hus é ornamental. Pois sempre foi matéria pacífica, exceto, talvez para a seita donatista e congêneres, que os pecados, mesmo os graves, não privam quem quer que seja da pertença à Igreja, exceto o pecado de heresia.
A nonna sempre dizia: “la Chiesa è un piccolo mondo”; de fato, a Igreja tem de tudo – menos hereges. Pois estes, “proprio iudicio” (Pio IX) incorrem em pecado (heresia), o qual, “suapte natura” (Pio XII), apartam da unidade da Igreja.
É malabarístico pensar que quem está fora possa ter real jurisdição para governar os que estão dentro.É óbvio estamos a falar de modo absoluto (simpliciter loquendo); materialmente, porém, dá-se que algum herege (oculto ou público) exerça efetivamente algum poder de jurisdição. Exerce-o abusivamente. “Quoad nos” é possível que tais atos pareçam gozar de legitimidade, mas nunca diante de Deus, o Qual não pode reconhecer que um herege seja cabeça da Igreja, ou mesmo da sacristia, pois isso é contrário à sua sabedoria, bondade e justiça.
Uma vez que o prelado argentino chancelou e mandou publicar, nas Acta Apostolicae Sedis, um documento espúrio e herético, e uma vez, também, que o dito prelado fora advertido por membros do episcopado sobre a gravidade da matéria, tudo isso vem a configurar que sua adesão ao erro é pertinaz, e, portanto, herética. E ninguém está obrigado a seguir herege algum.
Dito isso, resta reconhecer que sempre leio com proveito os comentários eruditos e propriamente teológicos do sr. Vitor José.
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