O Papa Francisco e o destino eterno das almas.

Por Roberto de Mattei, Corrispondenza romana, 04-04-2018 | Tradução: Hélio Dias Viana – FratresInUnum.com: A finalidade da Igreja é a glória de Deus e a salvação das almas. Salvação de quê? Da condenação eterna, que é o destino que aguarda os homens que morrem em pecado mortal. Para a salvação dos homens, Nosso Senhor ofereceu sua Paixão Redentora. Nossa Senhora lembrou-o em Fátima: o primeiro segredo comunicado aos três pastores, aquele de 13 de julho de 1917, começa com a visão aterrorizante do mar de fogo do inferno. Se não fosse a promessa de Nossa Senhora de levá-los ao Céu, escreve a Irmã Lúcia, os videntes teriam morrido de comoção e medo. As palavras de Nossa Senhora são tristes e severas: “Vistes o inferno, onde caem as almas dos pobres pecadores. Para salvá-los, Deus quer estabelecer no mundo a devoção ao Meu Imaculado Coração”. Um ano antes, o Anjo de Fátima ensinara aos três jovens pastores esta oração: “Ó meu Jesus! Perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu, principalmente aquelas que mais precisarem”.

Jesus fala repetidamente da “Geena” e do “fogo inextinguível” (Mt 5, 22, 13, 42, Mc 9, 43-49) reservado àqueles que se recusam a se converter no fim da vida. O primeiro fogo, o espiritual, é a privação da posse de Deus. É o castigo mais terrível, que constitui essencialmente o inferno, porque a morte dissolve como um feitiço os laços terrenos da alma, que anseia com toda sua força juntar-se a Deus, mas não pode fazê-lo porque escolheu livremente separar-se d’Ele pelo pecado.

A segunda pena, misteriosa, é aquela pela qual a alma sofre um fogo real, não metafórico, que acompanha inextinguivelmente aquele fogo espiritual da perda de Deus. E como a alma é imortal, a punição devida ao pecado mortal sem arrependimento dura tanto quanto dura a vida da alma, que é para sempre, para a eternidade. Esta doutrina é definida pelos Concílios Lateranense IV, Lyon II, de Florença e de Trento. Na constituição Benedictus Deus, de 29 de janeiro de 1336, com a qual condena os erros de seu predecessor João XXII sobre a visão beatífica, o Papa Bento XII afirma: “Nós definimos que, de acordo com a disposição geral de Deus, as almas daqueles que morrem em pecado mortal atual descem imediatamente ao inferno após a morte e lá sofrem a dor do inferno” (Denz-H 1002).

Em 29 de março de 2018, Quinta-feira Santa, apareceu um colóquio do Papa Francisco no jornal La Repubblica. Seu agora familiar interlocutor, Eugenio Scalfari, pergunta-lhe: “O senhor nunca me falou das almas que morrem em pecado e vão pagar eternamente no inferno. O senhor me falou, pelo contrário, das almas boas admitidas à contemplação de Deus. Mas e as almas ruins? Onde elas são punidas?”.

O Papa Francisco teria respondido assim: “Não são punidas. Aqueles que se arrependem obtêm o perdão de Deus e vão para as fileiras das almas que o contemplam; mas aqueles que não se arrependem e não podem, portanto, ser perdoados, desaparecem. Não existe um inferno, existe o desaparecimento das almas pecaminosas.”

Estas palavras, como soam, constituem uma heresia. O clamor já começava a se difundir quando a Sala de Imprensa do Vaticano interveio com uma declaração na qual se lê: o Papa Francisco “recebeu recentemente o fundador do jornal La Repubblica num encontro privado por ocasião da Páscoa, mas sem dar nenhuma entrevista. O que o autor diz no artigo de hoje é fruto de uma reconstrução feita por ele, na qual não são citadas palavras textuais pronunciadas pelo Papa. Nenhum texto entre aspas do artigo acima mencionado deve, portanto, ser considerado como uma transcrição fiel das palavras do Santo Padre”.

Não foi portanto uma entrevista, mas um colóquio privado que o Papa sabia bem que seria transformado em uma entrevista, porque assim aconteceu nos quatro encontros precedentes com o mesmo Scalfari. E se, apesar das controvérsias levantadas pelas entrevistas anteriores com o jornalista do La Repubblica, ele persiste em considerá-lo como seu interlocutor favorito, isso significa que o Papa pretende exercer, com esses colóquios, uma espécie de magistério midiático, com consequências inevitáveis.

Nenhuma frase – diz a Santa Sé – deve ser considerada como uma transcrição fiel, mas nenhum conteúdo específico da entrevista é negado, de tal maneira que não sabemos se, e em que ponto, o pensamento bergogliano foi deturpado. Em cinco anos de pontificado, Francisco nunca fez uma única referência ao inferno como castigo eterno para as almas que morrem em pecado. Para esclarecer seu pensamento, o Papa, ou a Santa Sé, deveria reafirmar publicamente a doutrina católica, em todos os pontos da entrevista nos quais ela foi negada. Isso infelizmente não aconteceu e fica-se com a impressão de que a notícia de La Repubblica não é uma fake news, mas uma iniciativa deliberada, para aumentar a confusão dos fiéis.

A tese segundo a qual a vida eterna seria reservada às almas dos justos, enquanto as dos ímpios desapareceriam, é uma antiga heresia, que nega, além da existência do inferno, a imortalidade da alma definida como verdade de fé pelo Concílio de Latrão V (Denz-H, n 1440). Essa opinião extravagante foi expressa pelos socinianos, pelos protestantes liberais, por alguns seitas adventistas e, na Itália, pelo pastor valdense Ugo Janni (1865-1938), teórico do “pancristianismo” e grão-mestre maçônico da loja Mazzini, de Sanremo.

Para esses autores, a imortalidade é um privilégio concedido por Deus apenas às almas dos justos. O destino das almas obstinadas no pecado não seria um castigo eterno, mas a perda total do ser. Essa doutrina também é conhecida como “imortalidade facultativa” ou “condicionalismo”, porque considera que a imortalidade é condicionada pela conduta moral. O termo da vida virtuosa é a perpetuidade do ser; o termo da vida culposa é a autodestruição.

O condicionalismo se une ao evolucionismo porque afirma que a imortalidade é uma conquista das almas, uma espécie de ascensão humana análoga à “seleção natural” que leva os organismos inferiores a se tornarem organismos superiores. Trata-se de uma concepção pelo menos implicitamente materialista, porque a verdadeira razão para a imortalidade da alma é a sua espiritualidade – o que é espiritual não pode ser dissolvido –, enquanto quem afirma a possibilidade de uma decomposição da alma lhe atribui uma natureza material. Uma substância simples e espiritual como a alma não poderia perdê-la senão pela intervenção de Deus, mas isso é negado pelos condicionalistas, porque significaria admitir a sanção de um Deus justo que recompensa e pune, no tempo e na eternidade. Por outro lado, sua concepção de um Deus apenas misericordioso atribui à vontade do homem a faculdade de autodeterminação, escolhendo tornar-se uma centelha incorporada no fogo divino ou extinguir-se no nada absoluto.

O panteísmo e o niilismo são as opções deixadas ao homem nesta cosmologia que nada tem a ver com a fé católica e com o bom senso. E para um ateu, já convencido de que nada existe depois da morte, o condicionalismo tira essa possibilidade de conversão, que é dada pelo timor Domini: o temor do Senhor é o princípio da Sabedoria (Salmos 110, 10), a cujo julgamento ninguém escapará. É somente crendo na infalível justiça de Deus que podemos nos abandonar à Sua imensa misericórdia. Nunca como agora se faz necessária a pregação do destino final das almas, que a Igreja resume nos quatro Novíssimos: Morte, Juízo, Inferno e Paraíso. Nossa Senhora em pessoa quis lembrá-lo em Fátima, prevendo a deserção dos Pastores, mas nos assegurando que a assistência do Céu nunca nos faltará.

23 comentários sobre “O Papa Francisco e o destino eterno das almas.

    1. Francisco criticou, em sua exortação, quem vive acusando de “comunistas/secularistas/imanentistas” o “compromisso social” dos outros. O problema aqui é que São Francisco de Assis, São Vicente de Paulo, Santa Teresa de Calcutá e muitos outros não foram (nem são) acusados de nada disso. Então essa crítica se dirige a quem, especificamente? O problema não é, justamente, quem usa de “compromisso social” justamente para instrumentalizar, ideologizar ou imanentizar a caridade?
      Dom Helder Câmara dizia que era acusado de comunista por “se preocupar com os pobres”. É uma afirmação que tentava duplamente confundir: primeiro, ao associar comunismo com uma causa nobre (preocupação com os pobres); segundo, ao afirmar ser essa uma causa de perseguição, e não por ligações públicas e notórias com a ideologia comunista.

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    2. Luiz, essa frase que você frisou do papa em sua exortação : “ sua exortação, quem vive acusando de “comunistas/secularistas/imanentistas” o “compromisso social” dos outros”, é justamente para em países governados pela a esquerda como a grande maioria da America Latina e o Caribe,por exemplo, os católicos não possam criticar e combater a esquerda, o Estado gigante, pessoas com o Lula, Maduro, Evo Morales,Raul Castro,etc, ele quer calar os verdadeiros católicos. Você acha coincidência ele nunca ter criticado nenhum ditador latino americano até hoje ?! Eu não acho!

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  1. “Somente uma pessoa cega pode negar que há uma grande confusão na Igreja” (Cardeal Carlo Caffarra)
    Francisco abandonou a mensagem cristã no tocante ao sentido escatológico de salvação, mas sim no sentido político defendido pela Teologia da libertação. Veja o caso da reforma de Francisco da Cúria, que a meu ver, trata-se de um engodo, de um conto do vigário, servindo-se para tornar indolor a reforma da doutrina católica.
    O legado de Francisco é a favor do secularismo, da justiça social, dos direitos humanos, dos pobres materialmente falando, dos imigrantes, da igualdade econômica em detrimento da Doutrina e a Tradição cristã, assemelhando-se à heresia pelagiana.
    Moral: há dois papas, duas igrejas, duas doutrinas e duas tradições. Não é possível agradar a dois senhores, diz as Escrituras.

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  2. Não existe justiça social. Nenhuma justiça pode ser social e se for social não será justiça. A explicação é simples: Caim matou Abel. João matou Maria. Não sendo legítima defesa, a única alternativa aceita para justificar tal crime, a justiça cega deverá ser feita e nada poderá haver de social no fato, mesmo que inventem.

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  3. A nova exortação de Bergoglio equipara a luta contra o aborto com a luta pela justiça social… Mais uma lambada nos católicos e na santa doutrina e tradição da Igreja. Mais um discurso comunista e socialista! Mais uma vez o menosprezo às coisas espirituais e à salvação das almas! Claro que devemos lutar também pela dignidade humana no aspecto material, mas daí a colocar isso em primeiro lugar é um absurdo. Daí a sugerir a acolhida de imigrantes abertamente é loucura. É no mínimo agenda globalista. Senhor, vinde em nosso auxílio!

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  4. “Fica-se com a impressão de que a notícia de La Repubblica não é uma fake news, mas uma iniciativa deliberada, para aumentar a confusão dos fiéis”.
    Ótimo artigo, doutrinária e historicamente considerado. E ressalto, outrossim, o prudente equilíbrio quando diz: “Fica-se com a impressão”… Mas, em se tratando de verdadeiras heresias, toda má impressão deve ser desfeita inteiramente e o quanto antes. Minha opinião é esta: de preferência cardeais e bispos cheguem em face de Francisco e peçam que ele faça uma declaração a todo orbe católico da doutrina católica a respeito do Inferno e da imortalidade da alma. O papa é para confirmar os irmãos na fé e não para causar confusão nos fiéis. Creio até que em particular alguém já o tenha feito. Aguardemos! Mas exijamos que isto seja feito. Não é cabível sob hipótese alguma que isso fique assim como uma arma terrível do demônio para perder almas, já que “sem a fé é impossível agradar a Deus”.
    Os “DUBIA” ficaram sem resposta e a “Correctio Filialis, idem. Isso não pode continuar.

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  5. … “Em cinco anos de pontificado, Francisco nunca fez uma única referência ao inferno como castigo eterno para as almas que morrem em pecado mortal”. Essa observação perspicaz provinda de renomado vaticanista sugere meditar, poderia nos repassar a impressão de ser um tópico bastante desconsiderado, proposital(?), havendo mais prioridades, e a misericordia lhe ocuparia o lugar de forma excessiva, a ponto que transpareceria a possibilidade do poder “pecar sem culpa ou se sem condenar”, se isso fosse possível, estaria tendo quase absoluta preferencia!
    De fato, a suposta afinidade que transparece do papa Francisco com Scalfari e a mais similares revolucionarios, um arraigado material-ateísta, poderia induzir a outros desavisados a se relacionarem e tomarem partido com pessoas com as quais um cristão que preze sua fé deveria se distanciar ao máximo: “Procurai o que é agradável ao Senhor, e não tenhais cumplicidade nas obras infrutíferas das trevas; pelo contrário, condenai-as abertamente. Porque as coisas que tais homens fazem ocultamente é vergonhoso até falar delas”. Ef 5 10-12.
    E, anexo ao abaixo, mais ainda: é aqui que se quereria chegar: a pouco ou nada da Justiça do senhor Deus para os pecadores tenazes em permancerem no erro, menos transcendentalismo teológico, de ideias abstratas – tudo é a práxis – e nos daria pistas que a Palavra de Deus não ensinaria ou guiaria pois seria uma sequencia de teses abstratas.
    Ao inverso, “uma companheira de viagem”, com o Senhor caminhando com o homem, e esse, bem que teria vez e voz ou poderia traçar o roteiro, nesse caso se poderia estar desprezando ou mesmo objetando que N Senhor Jesus Cristo não mais seria o absoluto “Caminho, Verdade e Vida” para nos orientar, ser a nossa única e segura bússola, de certo modo, comparando-nos a Ele!
    Não haveriam pitadas de soberba e orgulho camuflados de formas sutis no possível antropocentrismo acima?
    “Se alguém vier a vós sem trazer esta doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis. Porque quem o saúda toma parte em suas obras más”. 2 Jo 1 10-11.
    *Dia 07/04/18, finalmente, foi feita a “Declaração final da Conferencia de Roma”, reafirmando a doctrina católica e respondendo às dubia!
    *https://onepeterfive.com/final-declaration-of-rome-conference-restates-catholic-doctrine-and-answers-the-dubia/

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  6. Cânon 212 § 3º: “Os fiéis, segundo a ciência, a competência e a proeminência de que desfrutam têm o direito e mesmo, por vezes, o dever de manifestar aos sagrados Pastores a sua opinião acerca das coisas atinentes ao bem da Igreja, e de a exporem aos restantes fiéis, salva a integridade da fé e dos costumes, a reverência devida aos Pastores, e tendo em conta a utilidade comum e a dignidade das pessoas.”
    Explicação deste parágrafo (Segundo:Pedro Lombardia e Juan I. Arrieta) Este parágrafo reconhece o direito que os fiéis têm à liberdade de expressão e de opinião pública dentro da Igreja. A ciência, a perícia e o prestígio são requisitos do reto exercício do direito ou para que o dever – moral – tenha maior ou menor força: o fundamento, porém, não são os requisitos, mas a condição de fiel. Quando se trata de dogmas da Santa Igreja (= integridade da fé e dos costumes, em que a Igreja é infalível) é claro que não existe o direito a livre opinião à liberdade de expressão. Fora destes casos, existe o direito e até o dever de manifestar à hierarquia da Igreja sua opinião, mas é sempre necessário fazê-lo com todo repeito e reverência devidos às autoridades hierárquicas da Santa Igreja. E também só se pode expor sua opinião quando há real utilidade comum para as almas”.
    É interessante notarmos que o fiel, dentro das condições acima expostas, tem o direito e às vezes, o dever de manifestar não só às autoridades da Igreja, sua opinião, mas também de expô-la aos restantes fiéis, isto é, o fiel tem o direito e às vezes, até o dever não só de manifestar sua opinião privadamente mas até mesmo publicamente, ou seja, ele pode, e às vezes, deve falar também para os demais fiéis.

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  7. EXORTAÇÃO APOSTÓLICA GAUDETE ET EXSULTATE:
    “57. Ainda há cristãos que insistem em seguir outro caminho: o da justificação pelas suas próprias forças, o da adoração da vontade humana e da própria capacidade, que se traduz numa autocomplacência egocêntrica e elitista, desprovida do verdadeiro amor. Manifesta-se em muitas atitudes aparentemente diferentes entre si: a obsessão pela lei, o fascínio de exibir conquistas sociais e políticas, a ostentação no cuidado da liturgia, da doutrina e do prestígio da Igreja, a vanglória ligada à gestão de assuntos práticos, a atração pelas dinâmicas de autoajuda e realização autorreferencial.”
    “58. Muitas vezes, contra o impulso do Espírito, a vida da Igreja transforma-se numa peça de museu ou numa propriedade de poucos. Verifica-se isto quando alguns grupos cristãos dão excessiva importância à observância de certas normas próprias, costumes ou estilos.”
    ….

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  8. SOBRE A CHAMADA À SANTIDADE
    NO MUNDO ATUAL
    “78. Mas a justiça, que Jesus propõe, não é como a que o mundo procura, uma justiça muitas vezes manchada por interesses mesquinhos, manipulada para um lado ou para outro. A realidade mostra-nos como é fácil entrar nas súcias da corrupção, fazer parte dessa política diária do «dou para que me deem», onde tudo é negócio. E quantas pessoas sofrem por causa das injustiças, quantos ficam assistindo, impotentes, como outros se revezam para repartir o bolo da vida. Alguns desistem de lutar pela verdadeira justiça, e optam por subir para o carro do vencedor. Isto não tem nada a ver com a fome e sede de justiça que Jesus louva.78. Mas a justiça, que Jesus propõe, não é como a que o mundo procura, uma justiça muitas vezes manchada por interesses mesquinhos, manipulada para um lado ou para outro. A realidade mostra-nos como é fácil entrar nas súcias da corrupção, fazer parte dessa política diária do «dou para que me deem», onde tudo é negócio. E quantas pessoas sofrem por causa das injustiças, quantos ficam assistindo, impotentes, como outros se revezam para repartir o bolo da vida. Alguns desistem de lutar pela verdadeira justiça, e optam por subir para o carro do vencedor. Isto não tem nada a ver com a fome e sede de justiça que Jesus louva.”
    http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20180319_gaudete-et-exsultate.html
    Se a exortação é que para casos concretos(que se entenda que santidade é apenas sair literalmente vestindo o nus…. ), eu poderia tranquilamente vestir a carapuça e fazer um exame de consciencia acerca dessa Exortação Apostolica, mas vou dá-la ao Lula para que reflita sobre a acusação de se valer dos sindicatos barganhando benesses para sí – sendo, na linguagem do mundo do crime, denominado um X9 – arrancadas dos poderos e ricos para parar uma greve na região do ABC. Essa ação[78. Mas a justiça, que Jesus propõe, não é como a que o mundo procura, uma justiça muitas vezes manchada por interesses mesquinhos, manipulada para um lado ou para outro. A realidade mostra-nos como é fácil entrar nas súcias da corrupção, fazer parte dessa política diária do «dou para que me deem», onde tudo é negócio (Exortação Apostolica Gaudete Et Exsultate numero 78)] promiscua, entre operários e empresários, perdurou na suas candidaturas e governos até o fim que o levou a pensar não um ser homem, mas uma “Ideia”. Aliás uma péssima Ideia. A ideia de tornar o pais em um satélite de terceira categoria da Rússia e da China. Que é mais grave ainda do que os roubos do sr. Ideia em viver no bem-bom do seu triplex e seu sitiozinho. Espero que ele desista de ser essa péssima Ideia e volte a ser um homem, reconheça a gravidade de seus pecados e. verdadeiramente arrependido, faça uma santa confissão. Jesus está a espera, no confessionário: «Tive fome e destes-Me de comer, tive sede e destes-Me de beber, era peregrino e recolhestes-Me, estava nu e destes-Me que vestir, adoeci e visitastes-Me, estive na prisão e fostes ter comigo» (25, 35-36). [A grande regra de comportamento, numero 95, da Exortação Apostolica Gaudete Et Exsultate]

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  9. Em sua profecia, Marie-Julie Jahenny menciona o seguinte: “um Papa que, no último momento, inverterá a sua política e fará um apelo solene ao Clero mas não será obedecido; pelo contrário, uma Assembléia de Bispos vai exigir ainda mais liberdade, declarando que já não obedecerão ao Papa”. Seria esse Papa Francisco que finalmente perceberá o mal que fez?

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  10. O fato é que nenhum Jornalista sabe bolufas ou o mínimo de catolicismo. Basta ver o erro grotesco de toda a mídia em confundir o ato religioso ecumênico do PT com missa. Foi ato religioso, não missa, até que a Arquidiocese de SP, acho que vendo o analfabetismo catequético dos repórteres, teve que promulgar uma Nota explicando que não foi missa, etc., etc. e tal. Gente, acorda! Repórter não é católico! Acorda! Bento XVI, num longo vídeo, já pediu pra não acreditar nos repórteres! O próprio Papa Francisco já deu um pito nos repórteres! Scalfari é um repórter velho e ateu, deve ser , me desculpem, um gagá que vc fala A e ele entende B. Nunca ouviram falar da “Velha surda” do Programa Humorístico, A Praça é Nossa, do SBT? Pois bem, Sacalfari é isso! Pelo amor de Deus, acordem! E me digam uma coisa: existe frase sem conteúdo? Essa é nova pra mim! Me mostrem que essa nunca vi! Deus nos livre de tanta tontura!

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    1. Sr. Guiga, o senhor nos exorta a acordar, ótimo. Espero que o senhor também acorde. Não é a primeira vez que Francisco tem uma conversa com Scalfari e depois essa conversa é publicada e causa escândalo. Após o escândalo, Francisco não vem reafirmar a doutrina católica, fica valendo o que Scalfari publicou e é divulgado para o mundo inteiro. Isto tem sido repetido várias vezes.

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    2. Guiga, responda-me:
      1- Houve distribuição da santa Eucaristia na “missa” em prol do condenado Lula?
      2- Caso afirmativo, o que é maior, portanto, mais grave: o Santíssimo Sacramento ou uma missa?
      Aguardo suas respostas…

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  11. muito bom artigo
    “um Deus apenas misericordioso atribui à vontade do homem a faculdade de autodeterminação, escolhendo tornar-se uma centelha incorporada no fogo divino” é gnose primária.

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    1. Não perdi nada sr, Guiga, e parece que o senhor nem entendeu o problema. Que bom que o Papa se corrigiu, esperamos que o tenha feito. Mas o texto do Scalfari já rodou o mundo inteiro, e quantas pessoas lerão esta exortação?

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  12. Alguém poderia me explicar se o Juramento feito por todos os Papas no dia de sua coroação foi revogado na gestão de Francisco:

    “EU PROMETO:

    Não diminuir ou mudar nada daquilo que encontrei conservado pelos meus probatíssimos antecessores e de não admitir qualquer novidade, mas de conservar e de venerar com fervor, como seu verdadeiro discípulo e sucessor, com todas as minhas forças e com todo empenho, tudo aquilo que me foi transmitido.

    De emendar tudo quanto esteja em contradição com a disciplina canônica e de guardar os sagrados Cânons e as Constituições Apostólicas dos nossos Pontífices, os quais são mandamentos divinos e celestes, (estando Eu) consciente de que deverei prestar contas diante do (Teu) juízo divino de tudo aquilo que eu professo; Eu que ocupo o teu lugar por divina designação e o exerço como teu Vigário, assistido pela tua intercessão. Se pretendesse agir diversamente, ou de permitir que outros o façam, Tu não me será propício naquele dia tremendo do divino juízo… (pp.43 e 31).

    Portanto, nós submetemos ao rigoroso interdito do anátema, se porventura qualquer um, ou nós mesmos, ou um outro, tiver a presunção de introduzir qualquer novidade em oposição à Tradição Evangélica, ou à integridade da Fé e da Religião, tentando mudar qualquer coisa concernente à integridade da nossa Fé, ou consentindo a quem quer que seja que pretendesse fazê-lo com ardil sacrílego.”

    (do: “Liber Diurnus Romanorum Pontificum”, pp 54, 44, P.L. 1 a 5).

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  13. Relembrando o tempo de catecismo, contava o padre que certa vez um penitente foi se confessar de um pecado muito grave. Tal pecado havia causado um escândalo na paroquia, e a repercussão fora muita negativa. Ao confessar-se, o penitente contrito pediu ao seu confessor uma penitência que expia-se tamanho efeito. Pois bem, o sacerdote mandou que ele tomasse uma galinha em um dia de ventania, subisse ao alto do prédio mais alto e lá depenasse essa galinha e lançasse as penas ao vento. Após isso retornasse ao confessionário. O penitente achou aquela imposição pequena, mas como era ordem do confessor foi cumpri-la. Após fazê-lo veio ao confessor e comunicou que já estava cumprida a penitência. Pensando esse que não havia mais nada a fazer, qual não foi seu espanto ao receber a segunda parte da expiação. Disse o padre que agora era para ele, o penitente, recolher as penas que ele havia lançado ao vento. Simplesmente o penitente disse que era impossível recolher as penas, pois o vento as havia espalhado para longe. O sábio sacerdote então disse, que assim era o escândalo do mal, do pecado; ainda que arrependido, contrito o pecador, o mal já estava feito, os reflexos deste já causaram confusão, espanto as demais pessoas, e que era praticamente impossível desfazer seus efeitos. O que presenciamos os “escândalos” que se propagam aos quatro cantos do mundo, causam um mal terrível e de reparação praticamente impossível. Aliás O próprio Nosso Senhor já adverte os que provocam o escândalo, melhor que esses amarrassem uma pedra no pescoço e se jogassem ao mar. Quando vemos, lemos e ouvimos erros grotescos que levam as almas ao pecado, não medimos o quanto isso prejudica as almas. Deus é amor? É. Deus é misericórdia? Sim, mas nunca é conivente com o mal. De forma que, a todos aqueles que se arrependem verdadeiramente, é dado o perdão. Mas aqueles que se escondem na fraqueza humana, para justificar o estado de pecado, portanto não se arrepende, não se corrige, sem dúvida alguma as trevas exteriores estão o esperando. Por mais que venha a público “desmentir” palavras, mas os atos sustentam aquilo que supostamente não fora dito, de nada adianta. E resumo, atos que encorajam que as pessoas permaneçam em seu erro, a idolatria, a apostasia, o relativismo religioso, o viver como se não houvesse a vida eterna, dando as mãos a todas religiões, causa mal maior, pois está empurrando essas almas para o condenação eterna.

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  14. Sempre me vem à mente as palavras do Cardeal Biff “O anticristo se apresenta como pacifista, ecologista e ecumenista.” Quem tem ouvidos para ouvir (e olhos para ver) que o faça e reflita sobre essa terrível tempestade que atravessamos!

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  15. Nathan, mas é lógico que não houve comunhão, ainda duvida disso? Ou será que a afirmação de que foi um ato religioso precisa de conteúdo? Marcus, vcs perderam sim, reconheçam que é mais bonito! Antes, bem antes de Scalfari, o velho gagá e babão, ter falado asneiras, a Exortação do Papa já estava elaborada e formulada, ou vc acha que eles fazem uma Exortação de uma hora para outra? Portanto, antes, bem antes de Scalfari ter inventado estórias, o Papa já tinha reafirmado a existência do inferno e do diabo em sua nova Exortação. É, não dá pra entender de onde Socci torou que não existe frase sem conteúdo, isso nem eu nem vcs entenderam! Frase sem conteúdo kkkkkk pelo amor de Deus! Bom ele é jornalista, e os jornalistas não sabem o catecismo! Isso já alertou Bento XVI, Francisco também! Bom, então creiam nos jornalistas, que nós continuamos crer o Papa. Erraram, perderam! kkkkk

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