EXCLUSIVO: A mãe de um rapaz abusado em 2002 acusa o Papa Francisco: “Ele estava por dentro da denúncia”

O artigo original estranhamente desapareceu da página de Marco Tosatti poucas horas depois da publicação. Desconhecemos as motivações do “silenciamento”. O artigo em italiano pode ainda ser encontrado aqui.

Beatriz Varela e Gabriel
Beatriz Varela e seu filho, Gabriel, abusado sexualmente em 2002. “O Papa encobriu o padre que abusou do meu filho”, afirmou ao jornal “Publico”.

Marco Tosatti – Tradução: FratresInUnum.com – 26 de maio de 2018 – O jornal espanhol “Publico” publicou há dois dias o testemunho de uma mulher argentina, Beatriz Varela, que, depois de quase onze anos, obteve da magistradura argentina uma sentença sem precedentes, que responsabilizou a Igreja argentina pelos abusos cometidos por um sacerdote contra o seu filho, Gabriel, que na época tinha quinze anos. Beatriz Varela, em seu testemunho, chama em causa Jorge Mario Bergoglio, na época, arcebispo da capital.

A Câmara de Apelo do município de Quilmes, na província de Buenos Aires, confirmou a sentença de um tribunal que, em dezembro passado, condenou a diocese ao pagamento de 155.600 pesetas (mais de 23 mil euros) pelas despesas do tratamento psicoterápico e pelos danos morais provocados ao rapaz e à sua mãe.

Os fatos aconteceram em 15 de agosto de 2002. Beatriz Varela convidou para uma visita em sua casa o Padre Ruben Pardo, de 50 anos, a fim de que instruísse os seus dois filhos rapazes sobre os preceitos religiosos. Segundo o relato do jornal argentino, o sacerdote pediu depois à mãe a permissão para que Gabriel passasse a noite na Casa de Formação na qual morava, para continuar o diálogo e fazê-lo servir à missa do dia seguinte.

Gabriel contou depois aos juízes que o padre convidou-o a dormir com ele, gesto que o jovem interpretou como uma atitude paterna. O padre aproveitou a ocasião para abusar sexualmente dele. “Sabia que estava me violentando, mas eu não conseguia pensar no que eu poderia fazer para impedi-lo, porque tinha muito medo e estava chocado”. O padre adormeceu e Gabriel correu pra casa e contou tudo para a sua mãe.

Beatriz Varela foi falar imediatamente com o bispo de Quilmes, que, depois da consternação inicial, não deu a impressão de querer fazer nada; tentou minimizar o fato, falando de compreensão e de momentos de fraqueza. Varela, que trabalhava em uma escola da diocese, foi submetida a pressões, mas continuou. “Bergoglio estava por dentro da denúncia. O seu compromisso é da boca pra fora”.

Varela procurou o tribunal eclesiástico, “cujo presidente não quis acolher a denúncia”, e onde, em seguida, foi levada à parte por quatro sacerdotes, submetida a “um interrogatório humilhante, com perguntas lascívas e tendenciosas”, e isso não obstante o responsável já tivesse confessado ao bispo. Beatriz Varela foi, depois, à cúria metropolitana, residência do arcebispo Bergoglio, de onde foi expulsa pelo pessoal da segurança. Na Catedral, adjacente à Cúria, descobriu que o padre abusador tinha sido alojado em uma casa do Vicariato, no bairro de Flores, dependente do arcebispado de Buenos Aires.

Varela é muito áspera: “Na Igreja, todos sabem e todos calam e, assim, são todos cúmplices. Bergoglio estava por dentro da denúncia. Ninguém se instala num vicariato sem a autorização do arcebispo. Este é o compromisso de Bergoglio: da boca pra fora”, ataca Beatriz, que acusa a Igreja argentina em geral a fazer pouco ou nada para impedir os abusos e cita outros casos, atuais, nos quais os sacerdotes acusados de abuso estão ainda em seus cargos, em contato com jovens.

O sacerdote que abusou do seu filho morreu de AIDS em 2005. Quem sabe espanhol, pode ler o artigo original em Publico, neste link.

Marco Tosatti

9 comentários sobre “EXCLUSIVO: A mãe de um rapaz abusado em 2002 acusa o Papa Francisco: “Ele estava por dentro da denúncia”

  1. Aé quando senhor? Melhor seria ser martirizado, ter a garganta cortada por muçulmanos, que conviver com os servos do demônio que infestam a tua igreja, Não tenho porque duvidar da matéria.

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  2. Para mim está claro que Bergoglio foi eleito pelo lobby gay-pedófilo na Igreja para lançar uma cortina de fumaça sobre tais escândalos. Bento XVI não foi “limado” à toa. A permanente sabotagem do seu pontificado se deu justamente pela sua iniciativa dos pederastas liberais que infestam o clero. E Bergoglio tem sido o papa perfeito para a satisfação demoníaca da lascívia doente dessa corja. Se se comprovar que tais acusações são verdadeiras, não resta ao argentino senão renunciar à Cátedra a qual ele jamais deveria ter sido eleito.

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    1. Vamos torcer que as coisas parem por aí e ele tenha sido apenas eleito pelo lobby gay. Como nada tem me surpreendido corre o risco de existir coisa pior.

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  3. Parafraseando Marcus Tullius Cicero: Quo usque tandem, Fransicus, abutere patientia nostra

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  4. ‘Sim’ da Irlanda ao aborto: um duro golpe para a Igreja católica
    Em referendo, 66% dos votos dos irlandeses marcou aprovação de liberalização do aborto.

    https://g1.globo.com/mundo/noticia/sim-da-irlanda-ao-aborto-um-duro-golpe-para-a-igreja-catolica.ghtml

    A mesma Irlanda pedófila é a mesma Irlanda gay e a mesma Irlanda assassina de crianças.

    Ninguém é ou está obrigado a ser membro da Igreja Católica. Ela própria excomunga seus filhos hereges e pervertidos. Ela é mãe de quem quer ser filho seu. Não é mãe de todos e muito menos prostituta do Mundo. A Igreja não é escrava e nem serva de ninguém; ela é senhora e rainha com as vestes mais ricas, puras e brilhantes.

    O desafio que se coloca para os que nasceram dos anos 60 pra cá é saberem onde está a Igreja. Para isto, basta compreender que a Igreja é tradicional, pois a Igreja não tem modas.

    “As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo.” (Jacinta, citada em Folheto de Paróquia tradicional de S. A. de Pádua – RJ, agosto/2007). Ainda que esta citação fosse mentira e fruto de maquinações e imaginações de fanáticos e doentes religiosos, contudo seu conteúdo é verdade que se impõe pela força de sua própria evidência.

    A Igreja não é uma mula sem cabeça. A Igreja tem cabeça, e sua cabeça é Jesus Cristo.

    Tenho pena do Estado Democrático que, desta forma, fica à deriva das tiranias!!!

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  5. Após a viagem do papa Francisco ao Chile em que teria se posicionado de modo forçado para defender o bispo D Juán Barros no episodio acima, e que transpareceria desacreditar nos depoimentos e posteriormente serem reconfirmados pelas supostas vítimas e envolvidos de levarem o caso até a ele, por força de circunstancias que o fizeram retroceder, mudou de posicionamento.
    Dessa forma, ele mesmo sob pressão dos fatos sucedidos ter se desculpado – algo quase inusitado de publicamente se retificar – pareceu-nos que se mudaria, porém, nem por isso se dá por vencido de seguir “reformando” a Igreja, apesar de se ajuntando a conceitos de relativistas, a religiões pagãs e ainda pedindo diálogo, acolhimento, respeito às diversidades, caso de aos nossos ferrenhos multiseculares desafetos, os maometanos, adoradores da *deusa lua nomeada Alah, embora se digam seguidores do mesmo e único Senhor Deus de Israel.
    O papa Francisco, como quem deveria pastorear o rebanho, ser-lhe o timoneiro, no entanto, admitem alguns cardeais e prelados que o considerariam até disseminador de heresias, embora sejam em número diminuto, pouco importando a quantidade, porém, a qualidade e modus agendi desses espelham-nos como ótimos condutores da porção do rebanho a eles confiado.
    Assim, reinterpretando a passagem para a realidade, ao inverso de certos ensinamentos e mais noutras oportunidades que se considerariam conceitos pessoais do papa Francisco, causadores até de desacertos históricos, admitiríamos que ele entre os bem formados ou razoavelmente instruídos da doutrina cristã por recusarem certos seus ensinamentos, justificariam-se as ações oposicionistas encontradas no versículo, ao inverso a que outrora se destinara: “Muitos dos seus discípulos, ouvindo-o, disseram: Isto é muito duro! Quem o pode admitir”? Jo 6 60.
    * O quarto crescente é sua imagem no topo das mesquitas e nas bandeiras dos países muçulmanos.

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