Os bastidores do testemunho de Viganò. “O único juízo que conta é o do bom Deus. Ele me perguntará o que eu fiz pela Igreja de Cristo e eu quero poder responder-lhe que a defendi e servi até o fim”.

Por FratresInUnum.com, 27 de agosto de 2018.

O experiente jornalista, antigo vaticanista da RAI, Aldo Maria Valli publicou em seu blog um relatório detalhado dos bastidores envolvendo as graves denúncias do ex-núncio apostólico dos Estados Unidos, o agora internacionalmente conhecido Mons. Viganò.

Dom Carlo Maria Viganò.
Dom Carlo Maria Viganò.

Entre os detalhes mais importantes de toda a narrativa, está a explicação de Mons. Viganò sobre o porquê de sua atitude.

“Tenho setenta e sete anos, estou no fim da minha vida. O juízo dos homens não me interessa. O único juízo que conta é o do bom Deus. Ele me perguntará o que eu fiz pela Igreja de Cristo e eu quero poder responder-lhe que a defendi e servi até o fim”.

Um pouco adiante, explicando melhor suas motivações, ele acrescentou que fazia isso “porque aquela brecha de que falava Paulo VI pela qual a fumaça de Satanás teria se infiltrado na casa de Deus se tornou gigante. O diabo está trabalhando com vantagem. E não admiti-lo, ou virar o rosto pro outro lado, seria o nosso grande pecado”.

Após combinar o dia e a hora de publicação do seu memorial, que seria simultaneamente lançado em inglês e espanhol, justamente em coincidência com a viagem de Francisco a Dublin, Aldo Maria Valli relata que Viganò lhe “disse que já adquiriu a passagem aérea. Irá para o estrangeiro. Não pode dizer para onde. Não posso procurá-lo. O velho número de celular será desativado. Nos saudamos pela última vez”.

Assim, Mons. Viganò sai de cena. Medo da vingança? Não o sabemos.

Segundo Aldo Maria Valli, Mons. Viganò teria dito: “não faço isso com o coração leve, mas penso que seja a única saída que restou para tentar uma reviravolta, uma conversão autêntica”.

O silêncio de Francisco em sua entrevista de ontem, porém, mostra que a bomba de Viganò não pode ser desmentida e que ele está de pés e mãos atados pelas alianças feitas justamente com essa gente corrupta que está na base do seu pontificado. Essa reviravolta não se dará sem uma reforma profunda, uma reforma que possivelmente não inclui a sua pessoa e a sua política permissiva.

12 comentários sobre “Os bastidores do testemunho de Viganò. “O único juízo que conta é o do bom Deus. Ele me perguntará o que eu fiz pela Igreja de Cristo e eu quero poder responder-lhe que a defendi e servi até o fim”.

  1. Tudo leva a pensar no curioso paralelo Ratzinger/Bergoglio que ora parece se estabelecer.

    Certo grupo talvez soubesse de algo que incriminava ou deixava Bento XVI em péssima situação: exigiram sua renúncia e ele “renunciou” “pelo bem da Igreja”.

    Agora, certo grupo sabe de algo que incrimina Bergoglio…

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    1. Caro Paulo,

      Não acho verossímil que a renuncia de Bento XVI tenha ocorrido em razão de uma suposta ação visando resguardar um eventual “telhado de vidro”. Reconheço que o Papa Emérito, pelo menos no que se refere a sua formação e “teologia”, tenha sido péssimo, o que de certa forma contribui para o avanço do erro no seio da Igreja. Entretanto, de alguma forma, ele tentou iniciar um processo de restauração, o qual foi barrado por gigantescos e inconfessáveis interesses. Portanto julgo ser muito mais que um simples caso de salvaguarda de reputação ou de preservação da “imagem da Igreja”.

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  2. “Tenho setenta e sete anos, estou no fim da minha vida. O juízo dos homens não me interessa. O único juízo que conta é o do bom Deus. Ele me perguntará o que eu fiz pela Igreja de Cristo e eu quero poder responder-lhe que a defendi e servi até o fim”. Essas palavras de Mons. Viganò são, basicamente, as mesmas que Mons. Marcel Lefebvre, a guisa de desembaraço de consciência, usou para justificar as sagrações episcopais, à revelia da Roma Modernista. A coincidência não poderia ser maior e salta aos olhos.

    Por outro lado, a borrasca estonteante que se abateu sobre a Igreja a partir desses últimos acontecimentos deveria levar-nos levar à consideração das denúncias do Pe. Luigi Villa, que escrevia para a revista Chiesa Viva, acerca da “sporcizia”, que já grassava na Igreja desde antes do CV II – o que o demonstram claramente os combates travados durante os pontificados de São Pio X e Pio XII e, por último, em certa medida, por Bento XVI. Ah! A maldita fumaça de satanás…que o diga Paulo VI.

    Até aqui nenhuma novidade (espero)…Mas o que me ocorre é o seguinte: até onde vai essa tribulação? As coisas podem, então, ficar piores? Temo afirmar que sim!

    Ora, como bem afirmado pela própria Sabedoria Encarnada, pelo Verbo de Deus em pessoa, a tribulação final que se abateria sobre a Igreja e o Mundo seriam de tal monta que, se tais dias não fossem abreviados carne alguma seria salva. Ao que parece, então, justificado está o questionamento. Ademais, o próprio Catecismo da Igreja (arts. 675 a 677), em harmonia com a Sagrada Escritura, a Tradição e o Magistério, as Aparições de Nossa Senhora e algumas revelações privadas confirmam a justeza das premissas. Se assim então é, o cenário caótico atual seria apenas um esboço, um rascunho da verdadeira tribulação? Tremo em ter que avançar nesta linha! Até porque a hierarquia traidora que ocupa atualmente a Sé de Pedro está muito confortável – em que pese os escândalos – em suas “relações” com Babilônia…

    Esta derrocada do sacerdócio não poderia ser mais uma ferramenta do demônio para, finalmente, apressar as “reformas”, tão atrevidamente defendidas e apregoadas pelos inimigos de Cristo que se infiltraram nas fileiras da Santa Madre Igreja? Uma “abertura da Igreja ao mundo” para que ele, cujo chefe é o próprio satã, -passasse a exercer a “fiscalização e o controle da Igreja”? Isto representaria um golpe e tanto, cujas funestas e surreais consequências somente esbarrariam (como de fato esbarram e esbarrarão) na Indefectibilidade da Igreja, conforme garantido por Deus Nosso Senhor Jesus Cristo.

    Como dito por Nosso Salvador, “os filhos deste mundo são mais astutos que os filhos da luz.” Donde se pode considerar a verossímil hipótese de um “aceleramento” da tentativa maligna de destruição da Igreja, enquanto último movimento desesperado do inferno, por meio da implantação das reformas que a maçonaria infiltrada sempre desejou. Vale destacar que o “plano”, conforme bem exposto pelo Pe. Élcio, a partir dos excertos das cartas infernais trocadas pelos líderes da seita secreta, apregoa que “morre o saldado, mas a guerra continua”.

    De fato, admitamos: O estrago é extenso e profundo e somente um milagre da Graça – e ele ocorrerá – será capaz de restabelecer a ordem destruída.

    Parece ter chagado o tempo da reedição dos grandes confessores e mártires…

    Valei-nos São José, padroeiro da Igreja de Nosso Senhor!

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  3. Sejamos sensatos. Nunca, nada incriminaria o grande Bento XVI. Por uma singela razão: ele sempre foi e continua sendo, um humilde servo na vinha do Senhor. Já o argentino . . . peronista, paladino da causa gay, parece que veio, realmente, para alargar as já grandes fendas por onde transita desenvolta a fumaça de Satanás, da qual nos advertiu, no ocaso de seu pontificado, Paulo VI.

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  4. Rezemos pela conversão do papa Francisco ao Catolicismo, pois até o último minuto um homem pode se arrepender dos seus pecados e um papa reconciliado com Cristo será um papa de boas obras.

    Rezemos pela Santa Igreja Católica Apostólica Romana, que já passou por inúmeras crises em seus dois milênios de pregação e segue firme resgatando almas, porque é carregada nos braços pelo Cristo.

    Rezemos para que o próximo pontificado nos traga um papa católico e fiel a Cristo e à tradição de sua Igreja.

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  5. “Nos saudamos pela última vez”. Estas palavras podem encobrir muitas coisas graves que, talvez em breve, serão apregoadas por sobre os tetos. Talvez mais bombas serão detonadas.
    São Paulo diz que é necessário que haja divisões para que os bons sejam manifestados. Em consciência para o bem da Igreja, os bons que ainda restam, devem também se manifestar.
    O fato é que Francisco já dividiu a Igreja. Mas, quando Deus permite um mal, é para daí tirar um bem. Na verdade os modernistas que não só estão dentro da Igreja, mas também em postos elevados, não admitem que a Igreja retroceda à Tradição. Querem levar o Vaticano II até as suas últimas consequências. Francisco foi escolhido por eles para dar um grande paço neste sentido. Creio que ele tem ainda muitos projetos com o fim de ainda mais destruir a Tradição. Os modernistas seriam capazes de destruir a Igreja pelos fundamentos, disse S. Pio X, só que ela é divina. Rezemos e façamos penitência. Penitência, penitência, penitência!!!
    SÃO MIGUEL ARCANJO! DEFENDEI-NOS NESTE COMBATE!

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  6. O combate está apenas começando. Vinde Espírito Santo, acendei sobre nós o fogo do vosso amor. Enviai, Senhor, o Vosso Espírito e tudo será criado e renovareis a face da terra.

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  7. O papa Francisco vem perdendo e muito sua credibilidade de tempos para cá em constante ascensão depois de 2 vezes flagrado em contradições bem recentes, demasiado contundentes, deixando-o em péssimas condições, irrefutaveis, indesculpaveis por negar a evidencia e depois ter de tentar em vão se justificar, desmentido publicamente por outras altas autoridades da Igreja fieis ao Magisterio anterior tradicional; entre os conservadores e bem informados, casos Chile e acobertamento do mega predador sexual D McCarrick et alii!
    Agravou-se sua situação de forma insustentável mais ainda ao se apresentar como adversario dos que atentam contra crianças e jovens, inclusive do clero envolvido, pervertido, que se comporia de infiltrados da maçonaria na Igreja católica!
    Já não mais mereceria crédito como pastor de almas, mas se comportaria como inimigo da Igreja, conspirador, agente do comunismo internacional e até subjugado pelo Soros – seu fantoche(?) – amigo apenas de esquerdistas e de gentalha depravada, perversa, como Obama, F Castro, Maduro, Evo Morales, Lula & Cia, Movimentos Sociais das famigeradas esquerdas, malfeitoras da humanidade e adeptas de todo os tipos de patifarias, de nossos arquiinimigos do Islã; procederia como associado às escorias da humanidade, desde governos comunistas, como Lênin, Stálin, Mao etc!
    D Viganò tratou de desaparecer o mais rápido – bem provável que saberia o que lhe sucederia se permanecesse no Vaticano e adjacencias, se não é que já estava marcado – pois “faleceria” em breve e, hoje em dia, existentes as possibilidades de varios modelos sutis de exterminio de desafetos está ultra sofisticado e quase impossível de ser rastreado.
    Dessa forma, especialmente se executado cruelmente, não apenas identificariam os possiveis mandantes e quem teria sido o promotor, mesmo a partir de dentro do Vaticano, experts no assunto e/ou de exteriores, extremamente descontentes com suas atitudes, no entanto, complacentes com o papa Francisco, pois ajudaria a causa globalista e nessa “todos os meios justificam os fins”!

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