Por FratresInUnum.com, 26 de novembro de 2018 – Era uma vez… o ano do laicato! Mais uma mentira, mais uma das ficções pastorais inventadas pela CNBB.
Assim como os marxistas se autoproclamaram representantes do povo, porém, de um povo que não existe na realidade, mas tão somente em suas mentes, a nossa conferência episcopal intencionou conclamar os leigos, mas os leigos honorários que eles mesmos clericalizaram com o seu dialeto, com os seus maneirismos, com os seus trejeitos, com os seus cacoetes, em suma, a sua meia-dúzia de moleques de recado, os bons moços cuja inteligência foi prostituída pela repetição histérica da linguagem eclesialmente correta, a velha macacagem que não convence mais ninguém. Mas o tiro saiu pela culatra…
Nunca como neste ano os leigos se levantaram, nunca tão eloquente e fortemente protestaram e nunca foram tão ostensivamente ignorados! Vídeos por todos os lados, denúncias, pedidos de explicações e, sobretudo, a manifestação das urnas, que tornou incontornável o completo descolamento dos bispos em relação ao laicato brasileiro.
Um pensador reconhecia não existir o povo que os marxistas queriam representar, apresentando, ato seguido, a necessidade de inventá-lo através do despertar de uma “consciência possível” (a unificação da consciência da massa dispersa contra a burguesia mediante o discurso de ódio), a teologia da libertação tentou inventar o que eles chamam de “Povo de Deus”: leigos de todas as proveniências possíveis que, fazendo uma leitura revolucionária da Bíblia nas comunidades eclesiais de base, acabariam por se tornar os militantes “conscientizados” para formar a oposição contra toda e qualquer elite, política e até mesmo eclesiástica.
Como levar adiante o intento de “conscientizar” o laicato em termos libertadores numa Igreja estruturalmente hierarquica? Leonardo Boff jogou a dialética para dentro da eclesiologia, contrapondo, na Igreja, “carisma” e “poder”. A contradição poderia até fazer sentido na Igreja atual, em que os místicos verdadeiros serão tudo, menos bispos, mas, obviamente, nunca faria sentido nos tempos de Atanásio, Agostinho, Gregório Magno ou Isidoro de Sevilha, em tempos nos quais o carisma era a verdadeira fonte do autêntico poder espiritual sobre as almas.
Acontece, porém, que os “libertadores” não ficaram na base. Aos poucos, eles se foram favorecendo mutuamente em seus jogos de influência, atingiram seus objetivos de dominação para a imposição de uma nova eclesiologia, de cima para baixo, alcançaram os mais altos postos de poder, deste mesmo poder ante o qual eles contrapuseram o seu “carisma” libertador. Em resumo, uniram o povo contra a elite que eles mesmos se tornaram!
Hoje, a crise não para de se agudizar. Os bispos censuram os seus leigos ultrapassando o limite do razoável. Em outras palavras, o leigo é bom, desde que não comungue de joelhos e na boca, desde que não use véu, desde que não goste da missa tridentina, desde que não use cadeias da consagração a Nossa Senhora, desde que não pregue a doutrina tradicional, desde que não seja contra o petismo, desde que não faça apostolado organizado e autônomo, desde que não se oponha às aberrações sacrílegas do clero, desde que fique quietinho e conivente diante de padres predadores homossexuais…
Enquanto isso, boa parte dos bispos desfilam e fazem pose, comportam-se como fazendeiros, como “os reis do gado”, e vão angariando contra si a raiva de um povo descontente, de um clero oprimido, de uma Igreja que eles não cansam de tratar como a esposa rejeitada.
Em certo sentido, a desgraça do clero progressista foi chegar ao poder, pois a sua cobiça incontrolável, a sua ganância voluptuosa, não pode mais ser disfarçada e está flagrantemente contraposta à fé e devoção da gente simples, tão distante deles quanto a luz das trevas.
Francisco, o peronista papa latino-americano, grande populista demagogo, não foge à regra. Quando estourou o caso dos abusos sexuais do Cardeal McCarrick, ele escreveu uma carta condenando o clericalismo, o qual, segundo ele, seria o grande culpado da desgraça estadunidense. Quando, logo em seguida, Mons. Viganò escreveu sua carta-bomba colocando o pontífice argentino no centro da responsabilidade pela ocultação destes casos, Bergoglio incorreu no mesmo clericalismo que denunciara e fingiu que não era com ele, fingiu não ouvir os protestos do povo americano que não param de crescer, fingiu até que as manifestações populares contra os escândalos era coisa do “Grande acusador”… Por fim, desconversou. Mais uma vez, as vítimas desprezadas, a verdade desprezada, os leigos desprezados.
Nem Ano do laicato, nem laicato nenhum. É a velha esquerda se valendo do mais vergonhoso clericalismo para proteger suas delinquências e silenciar o povo, que, desorientado e abatido, jaz abandonado e oprimido, como ovelha sem pastor.
Graças a Deus, em nossa Diocese o Ano dos Leigos manifestou muitos cristãos conscientes, que amam a Igreja e atenderam ao apelo de nosso bispo a serem “sal e luz”: todas as iniciativas empreendidas este ano foram plenas em participação e ressonância. Felizmente, ainda há lugares onde os fiéis preferem ouvir a voz dos Pastores às próprias…
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Sílvio, o problema é quando a voz dos pastores não ecoa a de Cristo.
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Parabéns pelo editorial. Uma vez que o vindouro governo tem programado meticulosas auditórias e verdadeiro “pente fino” nos programas sociais, repasses a ONG’s, leis de incentivo cultural & Cia Ltda, resta saber se à CNBB caberá ou não alguma “parte nesse latifúndio” do cipoal de irregularidades e desvios. Realmente, 2019 promete…
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Parabéns pela análise sincera sobre ” o ano que nunca existiu ” . Na missa do último Domingo quando nós rezamos a oração do Laicato, eu fiquei a refletir sobre esta grande enganação. Nós da Paróquia São Sebastião ,Diocese de Ji-Paraná RO estamos desde de Março deste ano tentando demostrar a incapacidade pastoral e psiquica de Dom Bruno . Faço parte da comissão Laical da paróquia onde questionamos com base em depoimentos e fatos veridicos sobre a situação atual da Diocese, encaminhamos documentos para vários orgãos da igreja e o que temos é o silêncio . Nós leigos e leigas não temos voz nenhuma. Novamente parabéns.
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Botem no YouTube. Divulguem. Mandem para o Bernardo Kuster. Quem quiser entender, entenderá.
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Muito claro isso…queriam leigos q ficassem quietinhos…
Mas graças a Deus muitos se levantaram e não ficaram quietos as verdades vieram a tona
Eles precisam se converter
Tá passando da hora ! Tá feio
Oremos…
Excelente texto
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O “Ano do Laicato” instituído pela CNBB – melhor seria o “Ano do laicismo”, iniciado a 25/11 pp na Festa de Cristo Rei – Dominador dos dominadores e Juiz dos juízes – os quais no Juízo Final esses despóticos saberão o quanto nada valiam e o preço de quanto lhes custar´de terem usado de seus cargos para oprimirem!
Também, marcará o principio do Novo Ano Litúrgico da Igreja católica, mas, dentro dela, varios evidenciando temas dos relativistas apoiadores do T 3 em detrimento de sua santa doutrina, preferindo outro objetivo que senão o fraternalismo das esquerdas, conversão da doutrina da Igreja em sociologia barata!
Dessa forma, tratar-se-ia de um verdadeiro esquema dos petralheiros e comparsas vermelhos, muitos deles passando-se por eclesiáticos; para esses, os leigos devem se afastar deste modelo estrutural da Igreja tradicional e buscar novos caminhos, banindo o legado de 2 000 anos da doutrina, a de sempre, a tradicional, adicionando a ela o cristianófobo revolucionarismo, o modernismo e, em suma, o mundanismo, de uma suposta doutrina católica, a camaleônica, sempre ao sabor das ondas!
Assim, agindo com novas maneiras de viver a fé, dentro do chamado que é próprio da sua vocação que é o mundo secular e as grandes causas da humanidade apesar de ser sob a ótica humanista, evidentemente, priorizando os interesses material-ateístas, propostos pelas ideologias, querendo tomar o lugar do Senhor Deus.
Seria o cumprimento no previsto no Ap 13, 6 e de versículos mais dele? Segundo esses ideólogos, aqui está a vocação e a missão dos neo leigos, sendo o novo sal da terra, sujeitos da história dentro do esquema antropocentrista, do novo deus-homem!
Eis pois aí onde os leigos como Igreja que são devem chegar segundo esses teóricos, sonhadores e ilusionistas, embora vinculados à Igreja católica se inseridos nela pela caridade-graça podem oferecer o seu testemunho e o seu serviço concreto e ter eficacia em sua missão, sendo que esses nunca priorizam a graça e a intervenção divina, mas ações, pastorais, encontros e outros, característicos de movimentos das esquerdas, observando que ações do papa Francisco também se direcionariam para esses novos e vãos objetivos.
Com essa de o papa Francisco afirmar que “o clericalismo é uma doença que impede a Igreja de ser serviço”, mostraria que se trata de um novo modelo de igreja a que os leigos devem aderir, apesar de que, se tratar doutra fé, a do ativismo religioso, primordialmente!
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Não foi tão ruim assim…
2018 ficou para a história da Igreja, confira os casos:
– Bernardo Kuster
– Centro Dom Bosco (RJ)
http://centrodombosco.org/
– ISPA BRASIL (BH)
http://www.ispabrasil.com/
– Dentre outros.
2019 o anúncio do Evangelho e a denúncia dos abusos praticados pela Teologia da Libertação continuarão, se Deus quiser!
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Acho que por exemplo, esse blog, e pessoas , para citar um destaque, o Bernardo Kuster, fizeram um bom trabalho! As mídias tiveram papel extraordinário.
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Se por um lado a gente está triste com a CNBB por desvio, por outro está agradecido a ela por ter mostrado de que lado está e bem publicamente e, de agora para frente sabemos que os esquerdas estão com ela e essa com eles abertamente, sem nenhum disfarce e poderemos tratar a ex conferencia episcopal como um puxadinho do PT e de mais partidinhos da esquerda, do sr. Lula e de mais ateus e baderneiros esquerdas que só querem desordens, para esses, quanto estiver pior os desentedimentos entre as pessoas e grupos, mais vantagens levam.
Ainda bem que o mentor deles o Lula está preso, humilhando o PT e nem os outros partidos das esquerdas estão querendo mais se juntarem a essa corriola desse espantalho, pois só de citar o nome dele, todos saem correndo!
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