Coletiva de imprensa. O Papa: “no confessionário entendi o drama do aborto”
Francisco no voo de retorno do Panamá: “Às mulheres que têm essa angústia eu digo: seu filho está no céu, fale com ele, cante a canção de ninar que você não pode cantar a ele”. Para a Venezuela pede uma solução pacífica: “Assusta-me o derramamento de sangue”. No encontro de fevereiro para a proteção dos menores: “devemos nos conscientizar sobre o drama e ter protocolos, os bispos devem saber o que fazer”.
Por Andrea Tornielli, Vatican News
Para entender o drama do aborto é preciso estar no confessionário e ajudar as mulheres a se reconciliarem com o filho não nascido. Para ser Papa é preciso “sentir” as pessoas, ferir-se nos encontros que que são feitos, pelas pessoas que nos atingem com suas histórias e seus dramas, levando tudo diante do Senhor para que os confirme na fé. No encontro de fevereiro sobre a proteção de menores, será necessário “tomar consciência” do que significam um menino ou uma menina abusados, para ficar do lado daqueles que sofreram essa violência terrível. E nessa idêntica perspectiva está a preocupação pela Venezuela, que leva Francisco a pedir uma solução pacífica e evitar o derramamento de sangue. O Papa, que disse estar “destruído” pela intensidade de uma viagem na qual não se poupou, dialoga por cinquenta minutos com os jornalistas no voo que o trouxe de volta a Roma, na primeira coletiva de imprensa guiada pelo diretor interino da Sala de Imprensa da Santa Sé, Alessandro Gisotti.
Qual o impacto que sua missão teve no Panamá? Que impacto lhe provocou?
“Minha missão em uma Jornada Mundial da Juventude é a missão de Pedro, confirmar na fé e isso não com mandatos” frios “ou preceptivos, mas deixando-me tocar o coração e respondendo ao que acontece ali. Eu a vivo assim, custa-me pensar que alguém possa realizar uma missão só com a cabeça. Para realizar uma missão você deve sentir, e quando sente, você é atingido. Isso afeta sua vida, você é atingido por problemas. No aeroporto eu estava saudando o Presidente e trouxeram um menino de cor, simpático, pequeno assim. E ele me disse: “Olha, essa criança estava atravessando a fronteira da Colômbia, sua mãe morreu, e ele ficou sozinho. Ele tem cinco anos de idade. Vem da África, mas ainda não sabemos de qual país porque não fala inglês, nem português, nem francês. Ele fala apenas a língua da sua tribo. Nós em certo sentido o adotamos”. O drama de uma criança abandonada pela vida, porque sua mãe morreu e um policial a entregou às autoridades para tomar conta dela, afeta você, e assim a missão começa a tomar cor, faz você dizer algo, faz você acariciar. A missão sempre envolve você. Pelo menos a mim envolve. Eu sempre digo aos jovens: vocês, o que fazem na vida, devem fazer caminhando e com as três linguagens: a da cabeça, a do coração, e a das mãos. E as três linguagens harmonizadas, de modo que vocês pensem o que sentem e o que fazem, sintam o que pensam e o que fazem, façam o que sentem e o que pensam. Eu não posso fazer um balanço da missão. Com tudo isso eu vou diante do Senhor para rezar, às vezes adormeço diante do Senhor, mas levo todas essas coisas que vivi na missão e peço a Ele para confirmá-los na fé através de mim. É assim que eu procuro viver a missão de Papa e como eu a vivo.”
A JMJ no Panamá correspondeu às suas expectativas?
“Sim, o termômetro é a fadiga e eu estou destruído.”
Existe um problema que é comum em toda a América Central, incluindo o Panamá e grande parte da América Latina: gravidez precoce. Só no Panamá foram dez mil no ano passado. Os detratores da Igreja Católica culpam-na por resistir à educação sexual nas escolas. Qual é a opinião do Papa?
“Creio que nas escolas é preciso dar educação sexual. Sexo é um dom de Deus não é um monstro. É o dom de Deus para amar e se alguém o usa para ganhar dinheiro ou explorar o outro, é um problema diferente. Precisamos oferecer uma educação sexual objetiva, como é, sem colonização ideológica. Porque se nas escolas se dá uma educação sexual embebida de colonizações ideológicas, destrói a pessoa. O sexo como dom de Deus deve ser educado, não rigidamente. Educado, de “educere”, para fazer emergir o melhor da pessoa e acompanhá-la no caminho. O problema está nos responsáveis pela educação, seja a nível nacional, seja local, como também em cada unidade escolar: quem são os professores para isso, que livros de textos usar… Eu vi de todos os tipos, há coisas que amadurecem e outras que causam danos. Digo isso sem entrar nos problemas políticos do Panamá: precisamos dar educação sexual para as crianças. O ideal é que comecem em casa, com os pais. Nem sempre é possível por causa de muitas situações familiares, ou porque não sabem como fazê-lo. A escola compensa isso e deve fazê-lo, caso contrário, resta um vazio que é preenchido por qualquer ideologia.”
Nestes dias o senhor falou com várias pessoas e muitos jovens. Falou também com os jovens que se distanciaram da Igreja. Quais são os motivos que os afastaram?
“São muitos, alguns são pessoais. Mas o mais geral é a falta de testemunho dos cristãos, dos padres e dos bispos. Não digo dos Papas porque é demais, mas … também. Se um pastor é um empreendedor ou organizador de um plano pastoral, se não está próximo das pessoas, não dá um testemunho de pastor. O pastor deve estar com as pessoas. O pastor deve estar na frente do rebanho, para indicar o caminho, no meio do rebanho para sentir o cheiro das pessoas e entender o que as pessoas sentem e o que precisam. Deve estar atrás do rebanho para proteger a retaguarda. Mas se um pastor não vive com paixão, as pessoas se sentem abandonadas ou sentem um certo sentido de desprezo. Sentem-se órfãs. Falei sobre os pastores, mas há também os cristãos, os católicos. Existem os católicos hipócritas que vão à missa todos os domingos e não pagam o décimo terceiro, pagam por fora, exploram as pessoas. Depois, vão ao Caribe de férias com o que explorou das pessoas. Se você faz isso, dá uma contratestemunho. A meu ver, isso é o que distancia mais as pessoas da Igreja. Sugeriria aos leigos: não diga que é católico, se não dá testemunho. Em vez disso, você pode dizer: sou de educação católica, mas sou morno, sou mundano, peço desculpa, não me olhem como exemplo. Isso é o que se deve dizer. Tenho medo de católicos assim, que acreditam ser perfeitos. A história se repete, o mesmo aconteceu com Jesus com os doutores da Lei que rezavam, dizendo: “Obrigado, Senhor, por não ser como esses pecadores.”
Vimos por quatro dias os jovens rezar com muita intensidade, podemos pensar que muitos tenham a vocação. Talvez alguns deles estão hesitando, porque não podem se casar. É possível que o senhor permita aos homens casados se tornarem padres na Igreja católica de rito latino, como acontece nas Igrejas orientais?
“Na Igreja católica de rito oriental eles podem fazer isso se fazem a opção celibatária ou de esposo antes do diaconato. Quanto ao rito latino, lembro-me de uma frase de São Paulo VI: “Prefiro dar a vida antes de mudar a lei do celibato”. Isso me veio em mente e quero afirmá-lo porque é uma frase corajosa. Ele disse em 1968-1970, num momento mais difícil do que o atual. Pessoalmente, penso que o celibato seja um dom para a Igreja e não concordo em permitir o celibato opcional. Não. Permaneceria alguma possibilidade nos lugares mais distantes, penso nas ilhas do Pacífico, mas é algo em que pensar quando há necessidade pastoral. O pastor deve pensar nos fiéis. Existe um livro do pe. Lobinger, interessante. É algo em discussão entre os teólogos, não há uma decisão minha. A minha decisão é: não ao celibato opcional antes do diaconato. É uma coisa minha, pessoal. Eu não o farei, isso é claro. Sou fechado? Talvez, mas não me sinto de colocar-me diante de Deus com esta decisão. Padre Lobinger diz: “A Igreja faz a eucaristia e a Eucaristia faz a Igreja. Mas onde não há Eucaristia há comunidade, pense nas ilhas do Pacífico. Lobinger pergunta: quem faz a Eucaristia? Os diretores e organizadores dessas comunidades são diáconos, religiosas ou leigos. Lobinger diz: se poderia ordenar sacerdote um idoso casado, esta é a sua tese. Mas que exercite apenas o munus sanctificandi, isto é, celebre a missa, administre o Sacramento da Reconciliação e dê a unção dos enfermos. A ordenação sacerdotal dá aos três munera: o munus regendi (o pastor que guia), o munus docendi (o pastor que ensina) e o munus sanctificandi. O bispo só lhe daria a licença para o munus sanctificandi. Esta é a tese, o livro é interessante e talvez isso possa ajudar a responder o problema. Acredito que o tema deve ser aberto nesse sentido para os lugares onde existe um problema pastoral, por falta de sacerdotes. Não digo que deve ser feito, eu não refleti, não rezei o suficiente sobre isso. Mas os teólogos debatem sobre isso, devem estudar. Estava conversando com um oficial da Secretaria de Estado, um bispo que teve que trabalhar num país comunista no início da revolução, e quando viram como essa revolução chegava nos anos 50, os bispos ordenaram secretamente camponeses, bons e religiosos. Depois que a crise passou, trinta anos depois, a coisa se resolveu. Ele me contou a emoção que sentiu quando numa celebração viu esses camponeses com mãos de camponeses colocarem suas vestes para concelebrar com os bispos. Na história da Igreja isso se verificou. É algo a ser pensado e sobre o qual rezar. Por fim, me esqueci de citar o Anglicanorum coetibus, de Bento XVI, para os sacerdotes anglicanos que se tornaram católicos, mantendo suas vidas como se fossem orientais. Lembro-me ter visto muitos deles com o colarinho clerical e com mulheres e crianças, numa audiência de quarta-feira.”
Durante a Via-Sacra um jovem pronunciou palavras muito fortes sobre o aborto: “Há um túmulo que brada ao céu e denuncia a terrível crueldade da humanidade, é o túmulo que se abre no ventre das mães… Deus nos conceda defender com firmeza a vida e fazer de modo que as leis que matam a vida sejam eliminadas para sempre”. Trata-se de uma posição muito radical. Gostaria de saber se essa posição respeita também o sofrimento das mulheres nesta situação e se corresponde à sua mensagem de misericórdia.
“A mensagem da misericórdia é para todos, inclusive para a pessoa humana que é gestante. Após este falimento, há também a misericórdia. Mas uma misericórdia difícil, porque o problema não é conceder o perdão, mas acompanhar uma mulher que tomou consciência de ter abortado. São dramas terríveis. Uma mulher quando pensa naquilo que fez… É preciso estar no confessionário, ali deve dar consolação e por isso concedi a todos os padres a faculdade de absolver o aborto, por misericórdia. Muitas vezes, mas sempre, elas devem “encontrar-se” com o filho. Quando choram e têm essa angústia eu muitas vezes as aconselho assim: seu filho está no céu, fale com ele, cante-lhe o nana neném que não pôde cantar-lhe. E ali se encontra um caminho de reconciliação da mãe com o filho. Com Deus já existe a reconciliação, Deus perdoa sempre. Mas ela também deve elaborar o ocorrido. O drama do aborto, para ser bem entendido, você precisa estar num confessionário. É terrível.”
O senhor disse no Panamá fazer-se muito próximo dos venezuelanos e pediu uma solução justa e pacífica, no respeito pelos direitos humanos de todos. Os venezuelanos querem entender: o que significa? A solução passa mediante o reconhecimento de Juan Guaidó que foi apoiado por muitos países? Outros pedem eleições livres em breve tempo. O povo quer ouvir seu apoio, sua ajuda e seu conselho.
“Eu apoio neste momento todo o povo da Venezuela porque está sofrendo, os de um lado e os do outro. Se eu ressaltasse aquilo que diz este ou aquele país, estaria me expressando sobre algo que não conheço, seria uma imprudência pastoral de minha parte e seria danoso. As palavras que eu disse foram por mim pensadas e repensadas. E creio que com elas expressei a minha proximidade, aquilo que sinto. Eu sofro com o que está acontecendo neste momento na Venezuela e por isso peço que haja uma solução justa e pacífica. O que me espanta é o derramamento de sangue. E peço grandeza na ajuda por parte daqueles que podem ajudar a resolver o problema. O problema da violência me aterroriza, após todo o processo de paz na Colômbia, pensem naquele atentado outro dia na escola dos cadetes, algo terrificante. Por isso devo ser… não gosto da palavra “equilibrado”, quero ser pastor e se há necessidade de uma ajuda, que peçam de comum acordo.”
Uma jovem estadunidense contou-nos que durante seu almoço com os jovens o senhor lhe falou da dor pela crise dos abusos. Muitos católicos estadunidenses se sentem traídos e abatidos após as notícias de abusos e acobertamentos por parte de alguns bispos. Quais são suas expectativas e esperanças para o encontro de fevereiro, a fim de que a Igreja possa reconstruir a confiança?
“A ideia deste encontro nasceu no C9 porque nós vimos que alguns bispos não entendiam bem ou não sabiam o que fazer ou faziam uma coisa boa e outra errada. Sentimos a responsabilidade de dar uma “catequese” sobre esse problema às conferências episcopais e por isso os presidentes dos episcopados foram chamados. Primeiro: que se tome consciência do drama, de que se trata de um menino ou uma menina vítimas de abuso. Recebo regularmente pessoas vítimas de abuso. Recordo uma pessoa: 40 anos sem poder rezar. É terrível, o sofrimento é terrível. Segundo: que saibam o que deve ser feito, qual é o procedimento. Porque às vezes o bispo não sabe o que fazer. É algo que cresceu muito forte e não chegou a todos os lugares. E ademais, que sejam feitos programas gerais, mas que cheguem a todas as conferências episcopais sobre aquilo que o bispo deve fazer, e aquilo que devem fazer o arcebispo metropolitano e o presidente da conferência episcopal. Que haja protocolos claros. Esse é o objetivo principal. Mas antes das coisas que devem ser feitas, é preciso tomar consciência. No encontro se rezará, haverá alguns testemunhos para se tomar consciência, alguma liturgia penitencial para pedir perdão por toda a Igreja. Estão trabalhando bem na preparação do encontro. Permito-me dizer ter percebido uma expectativa de certo modo exagerada. É preciso moderar as expectativas em relação a estes pontos que lhes disse, porque o problema dos abusos continuará, é um problema humano, em todos os lugares. Outro dia li uma estatística. Diz: 50% dos casos é denunciado, e somente para 5% destes casos há uma condenação. É terrível. É um drama humano do qual tomar consciência. Também nós, resolvendo o problema na Igreja, ajudaremos a resolvê-lo na sociedade e nas famílias, onde a vergonha cobre tudo. Mas primeiro devemos tomar consciência e ter os protocolos.”
O senhor disse que é absurdo e irresponsável considerar os migrantes como portadores do mal social. Na Itália as novas políticas sobre os migrantes levaram ao fechamento do centro de acolhida “Castelnuovo di Porto”, que o senhor conhece bem. No Centro havia claros sinais de integração, as crianças frequentavam a escola e agora correm o risco de marginalização.
“Ouvi falar sobre o que estava acontecendo na Itália, mas estava imerso nesta viagem. Não conheço os fatos com precisão, mas posso imaginá-los. É verdade, o problema é muito complexo. É preciso memória. Devemos nos perguntar se a minha pátria é formada por migrantes. Nós, argentinos, somos todos migrantes. Os Estados Unidos, todos migrantes. Um bispo escreveu um artigo muito bonito sobre o problema da falta de memória. Usou palavras que eu uso: receber, o coração aberto para receber. Acompanhar, ajudar a crescer e integrar. O governante deve usar a prudência, porque a prudência é a virtude dos que governam. É uma equação difícil. Recorda-me o exemplo sueco, que nos anos 1970, com as ditaduras na América Latina recebeu muitos imigrantes, e todos foram integrados na sociedade. Recordo também do trabalho que é feito pela Comunidade de Santo Egídio, por exemplo: preocupa-se em logo integrar os migrantes. Mas no ano passado os suecos disseram: teremos que diminuir a entrada porque não conseguimos completar o percurso de integração. E esta é a prudência do governante. É um problema de caridade, de amor, de solidariedade. Reitero que as nações mais generosas em receber foram a Itália e a Grécia e um pouco também a Turquia. A Grécia foi muito generosa assim como a Itália, muito mesmo. É verdade que se deve pensar com realismo. Também tem outra coisa: um modo de resolver o problema das migrações é ajudar os países de onde vêm os migrantes. Eles vêm por causa da fome ou da guerra. A Europa tem a possibilidade de investir onde há fome, e este é um modo de ajudar aqueles países a crescerem. Mas há sempre aquela imaginação popular que temos na inconsciência: a África deve ser explorada! Isso pertence à história e faz mal! Os migrantes do Oriente Médio encontraram outras saídas: O Líbano é uma maravilha em sua generosidade, hospeda mais de um milhão de sírios. A Jordânia, faz o mesmo. E fazem o que pode, tentando integrá-los. A Turquia também recebeu migrantes. Nós também, na Itália recebemos alguns. É um problema complexo sobre o qual deve-se falar sem preconceitos.”
“Agradeço a todos pelo seu trabalho – concluiu o Papa – gostaria de dizer uma coisa sobre o Panamá: ali senti um novo sentimento, veio-me esta palavra: o Panamá uma nação nobre. Encontrei nobreza. E também gostaria de dizer outra coisa, que nós na Europa, não vemos o que eu vi no Panamá. Vi pais que erguiam seus filhos nos braços e diziam: esta é a minha vitória, este é o meu orgulho, este é o meu futuro. No inverno demográfico que vivemos na Europa – e na Itália é abaixo de zero – deve nos fazer pensar. Qual é o meu orgulho? O turismo, as férias, a casa, o cachorrinho? Ou o filho?.”
“por isso concedi a todos os padres a faculdade de absolver o aborto, por misericórdia.” Qual é a “misericórdia” para o inocente trucidado no ventre materno? Que papado terrível! Bergoglio é uma provação para a Igreja
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Embroglio de ideias. É desconcertante.
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… “Eu apoio neste momento todo o povo da Venezuela (mesmo os que estão ao lado dos comunistas adeptas dos bolivarianistas no poder?) porque está sofrendo, os de um lado e os do outro(mesmo os que estejam filiados ao sanguinario Maduro, já que ele os subsidia?). Se eu ressaltasse aquilo que diz este ou aquele país, estaria me expressando sobre algo que não conheço(até hoje não possuiria sólidos conhecimentos suficientes do povo venezuelano, aos milhões, como enxames de formigas, fugindo da repressora ditadura comunista, imposta a ferro e fogo?), seria uma imprudência pastoral de minha parte e seria danoso.(mais danoso não seria indefinir-se a quem apoia ou não?).
As palavras que eu disse foram por mim pensadas e repensadas. E creio que com elas expressei a minha proximidade, aquilo que sinto. Eu sofro com o que está acontecendo neste momento na Venezuela e por isso peço que haja uma solução justa e pacífica(desde quando negociar ou fazer acordos com os mega cristianófobos, intolerantes, malfeitores, cínicos e diabólicos comunistas resulta num acordo que beneficie a parte questionante?).
Apesar disso, a Santa Sé envia um representante à posse de Maduro, enquanto os prelados venezuelanos insistem que a manutenção de Maduro seja “ilegítima” e cada vez mais sob crítica, o Vaticano deseja manter laços com o governo despótico do bolivariano Maduro e enviou Monsenhor George Koovakod, encarregado de negócios da Santa Sé a representando.
“O senhor disse que é absurdo e irresponsável considerar os migrantes como portadores do mal social”( mesmo aqueles, como os do totalitarista Islã, associados aos comunistas, ambos atentando ferreamente contra a fé católica, que odeiam os cristãos, em detrimento de recepção dos cristãos no Ocidente, rejeitados, e lá assados pelos ISIS como frangos nos fornos, sendo que os primeiros vieram para o Ocidente para converterem os cristãos forçosamente à Sharia?)
Corresponderia aqui também ao sibilino “credo romanos victuros esse carthaginienses”, lido em contrario dá no mesmo?
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A prática do aborto deve ser considerada em toda a sua hediondez, porque a inconsciência dessa realidade faz muitas mulheres percebê-la como opção aceitável, antes de praticá-la. Após consumado, vem o remorso e a depressão, que não se curam pela absolvição pelo sacerdote, por terem origem na violência física que a interrupção de um processo provoca em toda a estrutura da mulher. Isso não pode ser compreendido pelos homens, por não poderem vivenciá-la. Não recordo que corrente terapêutica afirma que a criança gestada em seguida à prática de um aborto experimenta um ambiente de cemitério no útero da mãe. Portanto, homens que tentam ser “misericordiosos” com essa situação, apenas pioram a situação da mulher (e da criança que chega depois); sem falar que essa “misericórdia” machista aproveita muito mais aos homens que não assumem a criança. A solução é sair da atitude histérica de minimizar a monstruosidade da prática, adotada como solução para problemas econômicos ou como empecilho para construir carreiras, e educar os homens para assumirem o filho gestado, e não ser “compreensivos” com a mulher que aborta.
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A parte da entrevista sobre ter orgulho dos próprios filhos foi até bonita e é preciso fazer esse tipo de questionamento, mas de resto as palavras de Francisco são tão devastadoras quanto a lama de Brumadinho.
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“É preciso estar no confessionário, ali deve dar consolação e por isso concedi a todos os padres a faculdade de absolver o aborto, por misericórdia. Muitas vezes, mas sempre, elas devem “encontrar-se” com o filho. Quando choram e têm essa angústia eu muitas vezes as aconselho assim: seu filho está no céu, fale com ele, cante-lhe o nana neném que não pôde cantar-lhe. E ali se encontra um caminho de reconciliação da mãe com o filho. Com Deus já existe a reconciliação, Deus perdoa sempre. Mas ela também deve elaborar o ocorrido. O drama do aborto, para ser bem entendido, você precisa estar num confessionário. É terrível.”
Então, era uma vez a doutrina do limbo!
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Nenhuma palavra sobre Nosso Senhor Jesus Cristo? Ele não ousa opinar sobre a Venezuela, porque seria inapropriado, mas opina sobre a política de imigrantes da Itália? Eu gostaria de saber como um país deve acolher milhões de pessoas de uma só vez. E não se trata de racismo, preconceito, nem do fato de serem pessoas pobres. O problema é que são pessoas que, no geral, odeiam o cristianismo e a Europa. Como absorver quem te vê como inimigo? É preciso dar a outra face mas também é preciso proteger a sociedade. Como não pensar que, a cada imigrante acolhido, é uma pessoa a menos no seu país de origem, que poderia estar lutando para fazer o próprio país se recuperar de guerras? Sobre o aborto, se Deus já perdoou a todas, para quê se confessar? Para que serve um padre, então? Se basta que a mulher fique bem consigo mesma, melhor ir a um psicólogo. Do meu parco conhecimento de leigo, eu acredito que a pior coisa que uma mulher deve ouvir nesse momento de arrependimento é que ela já está perdoada e precisa ninar o filho que matou à distância. Talvez um psicólogo saiba tratar melhor o lado mental, já que a alma dela não precisa de remédio, pois está automaticamente salva. A igreja nunca esteve tão bem! As catedrais devem dar belas danceterias depois de desativadas, como acontece na Holanda.
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As palavras de Bergoglio sobre educação sexual foram pavorosas!
Nenhuma palavra sobre castidade; ele disse que leu livros sobre educação sexual, mas nenhum deles era de moral e doutrina católica; ele acredita mais na escola para ensinar a tal “educação sexual” do que o próprio e milenar ensinamento da Igreja de se guardar na castidade até o dia do matrimonio;…
Esse homem é um perigo para a fé católica.
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As crianças precisam de aulas sobre ‘castidade’, ‘Santo Padre, não sobre sexo.
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Gostei do encerramento (que se trata de clara uma mudança de postura): “Agradeço a todos pelo seu trabalho – concluiu o Papa – gostaria de dizer uma coisa sobre o Panamá: ali senti um novo sentimento, veio-me esta palavra: o Panamá uma nação nobre. Encontrei nobreza. E também gostaria de dizer outra coisa, que nós na Europa, não vemos o que eu vi no Panamá. Vi pais que erguiam seus filhos nos braços e diziam: esta é a minha vitória, este é o meu orgulho, este é o meu futuro. No inverno demográfico que vivemos na Europa – e na Itália é abaixo de zero – deve nos fazer pensar. Qual é o meu orgulho? O turismo, as férias, a casa, o cachorrinho? Ou o filho?.
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Só hoje pude comentar, pois ouvi pessoalmente de um confrade dehoniano de Dom Murilo que e ele não foi e nem seria feito Cardeal por ser um conservador – a palavra exata foi “tradicionalista”. Então imaginem o nível teológico ensinado no Conventinho de Taubaté desse pobre padre dehoniano ignorante. Enfim, sem querer defender o Primaz, – mesmo porque minha experiência pessoal com este senhor não foi das melhores – é que a nível de Episcopado Brasileiro, ele não é lá dos piores, quer dizer, pode até não agir como antístite, ou mesmo se vestir e portar dignamente como um, mas tem coisa pior no cenário nacional.
Fato é que sua renuncia já foi aceita – louvado seja – e que logo em breve teremos público o futuro novo Primaz do Brasil – religioso, nordestino, homem de Deus, sábio e prudente, humilde, pobre de voto e vida – que tomará seu lugar no sólio de São Salvador. Assim também o emérito deverá retornar ao seminário São José, no catarinense Rio Negrinho, onde seu novo aposento já deverá estar pronto e aguardando para lhe manter em paz e longe de causar mais estragos. Isso também ocorrerá em épocas de eleições presidenciais – as da CNBdoB – que como aposentado não poderá mais ter vez ativa.
Dom Murilo, rezo para que não vá a Roma em fevereiro para a reunião sobre abusos sexuais do clero, principalmente – e se o senhor estiver lendo estas linhas – por ter ciência completa da situação de um de seus padres de Florianópolis que foi assassinado brutalmente a facadas por um rapaz que supostamente mantenha relação afetiva. O senhor sabe de quem nos referimos -respeitamos a memória do falecido – e das inúmeras provas e queixas que recebeste. Vossa Excelência sabia e nada fez, e sabe muito bem disto! E permitiu que tudo continuasse a acontecer. Reze, mas reze muito, pois nós rezamos pelo clero do Brasil!
Rezemos por este Arcebispo, rezemos pelos nossos Bispos.
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Sou crítico aspérrimo do clero transviado. Acho que essas pessoas deviam se persuadir de que não têm vocação religiosa ou sacerdotal. Deviam cair fora, tentar guardar a fé, e esperar que o Bom Deus lhes providencie um bom trabalho de estilista de moda e, depois, um bom purgatório.
Entretanto, tenho pensado que toda a publicidade dada a este assunto – sobretudo nos meios católicos conservadores – não tem minorado o problema e, pior, tem lançado sombra sobre padres honestos que levam vida decente como a Igreja exige.
Sabemos que há acusações da mesma natureza envolvendo os patéticos e abomináveis pseudo-pastores das horrendas e monstruosas e totalmente abomináveis e execráveis pseudo-seitas-igrejolas protestantes e outros representantes das falsas religiões. Mas só a imprensa católica veicula os abusos ocorridos nos ambientes tidos como católicos.
Não quero minorar o problema. Ele existe e é endêmico entre os montinianos que ocupam e parasitam materialmente a Santa Igreja católica, servindo-se do aparato eclesiástico para divulgar sua putrefação ecumênica e seu arremedo de liturgia. Mas acho que talvez seja a hora de procurar soluções eficazes intra muros, por exemplo, uma detetização exorcística, sacrifício, jejum e oração pelos pobres e desgraçados pecadores;
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“Às mulheres que têm essa angústia eu digo: seu filho está no céu, fale com ele, cante a canção de ninar que você não pode cantar a ele”. ??? Depois de ter feito o aborto ?
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Era só aplicar a doutrina proclamada até S.S. Pio XIII. As pessoas sedentas de verdade e o que ouvem? Blá blá blá politicamente correto. Que cansativo…
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