Nova pesquisa demonstra disparidade entre fiéis que assistem às duas formas de Missas.

Por Steve Skojec, 25 de fevereiro de 2019 – OnePeterFive | Tradução: FratresInUnum.com – Uma nova pesquisa realizada pelo padre Donald Kloster, da igreja de Santa Maria, em Norwalk, Connecticut, Estados Unidos, em parceria com um estatístico e com Brian Williams, de LiturgyGuy.com, realçou alguns dados interessantes de um grupo sub-representado de católicos: aqueles que regularmente assistem à Missa Tradicional.

O padre que iniciou a pesquisa celebra “tanto a Missa de Paulo VI – Novus Ordo Missae — e a Missa Tradicional (Missa Tridentina) por cerca de 20 anos e afirma na introdução dos resultados que ele “observou variações entre as pessoas que assistem às duas missas do Rito Romano”.

Observando que os “católicos americanos que assistem à Missa de Paulo VI têm sido questionados repetidamente acerca de suas idéias e práticas (Pew Research e Center for Applied Research in the Apostolate at Georgetown University [CARA]),” ele também observa que “o corpo de pesquisas não parece incluir uma descrição de católicos que assistem à Missa Tradicional” que compreende “cerca de 100 mil católicos”, assistindo “ao menos 489 missas dominicais por todo o país”. Foram questionadas, tanto presencialmente como online, um total de 1773 pessoas.

Os resultados em questões chave revelam:

  • 2% dos católicos que assistem à Missa Tradicional aprovavam a contracepção, contra 89% dos católicos que assistem à Missa pós-conciliar.
  • 1% dos católicos que assistem à Missa Tradicional aprovavam o aborto, em comparação a 51% dos que assistem à Missa pós-conciliar.
  • 99% dos católicos que assistem à Missa Tradicional afirmaram ir à missa semanalmente, contra 22% dos que assistem à Missa pós-conciliar.
  • 2% dos que assistem à Missa Tradicional aprovavam o “casamento gay”, contra 67% dos que assistem à Missa pós-conciliar.

Também é de se destacar era a taxa de doação entre católicos que assistem à Missa Tradicional, que era cerca de 6 vezes o total de doações (6% da renda) dos católicos de Missa pós-conciliar (1,2%). Os católicos tradicionais também possuíam uma taxa de natalidade de 3,6 contra 2,3 dos católicos pós-conciliares — indicando “uma família aproximadamente 60% maior”.

Como afirmam os autores do estudo em sua análise, as diferenças entre os dois grupos eram “dramáticas, quando comparadas as idéias, a frequência à igreja, a generosidade financeira e as taxas de natalidade”.

A pesquisa inicial, conduzida durante alguns meses de 2018, foi curta, mas Pe. Kloster pretende se dedicar no estudo de assuntos adicionais em sua próxima pesquisa — tal como a propensão para vocações — que ele deseja iniciar neste ano.

Os resultados serão, provavelmente, pouco surpreendentes para os católicos que frequentam às capelas em que a Missa Tradicional é oferecida ao longo do país. Eles indicam que essas capelas são terreno fértil para a ortodoxia católica, famílias numerosas e uma prática autêntica da fé, e continuarão a prover o crescimento e o alimento da Igreja no futuro próximo.

9 comentários sobre “Nova pesquisa demonstra disparidade entre fiéis que assistem às duas formas de Missas.

  1. O interessante é perceber que embora o percentual seja baixo entre os católicos tradicionais, nota-se que ainda tem os que não perceberam que quem apoia o aborto está excomungado da igreja automaticamente;quem apoia o casamento gay é um alienado e os que apoiam a contracepção não entendem que a Igreja de Cristo nunca aprovou (e não aprovará jamais) este ato insano. Quanto aos pós-conciliares não vejo tanta surpresa no resultado da pesquisa.

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    1. Eu acho que não dá pra comparar essas questões entre quem assiste uma forma
      e outra da liturgia eucarística católica. Primeiramente, por não considerar estatisticamente representativo o número dos que frequentam a forma pré conciliar com relação aos que frequentam a forma pós-conciliar. Qual significado de 22 por cento, por exemplo, diante de um número muito maior mesmo de pessoas que têm acesso somente a liturgia na sua forma ordinária? A postagem não esclareceu que tipo de pesquisa foi e os critérios para tal. Além disso, deve-se qualificar o fiel que assiste a liturgia. Claro que as pessoas que têm a oportunidade de frequentar as missas do antigo ordo formam um grupo muito seleto, em relação a formação e a vivência da fé católica. Só acho que esse tipo de pesquisa não serve para sugerir uma invalidação de uma das formas da liturgia. Existem muito outros fatores em meio a tudo isso, que não são propriamente a liturgia.

      Pax et bonum

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  2. Nenhuma novidade. Na verdade, fiquei curioso quanto àqueles (1 a 2%) do Vetus Ordo que têm posições contrárias ao ensinamento ortodoxo. Estou surpreso!

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    1. Não se surpreenda! Há muitos “tradicionalistas”, daqueles metido a novos cruzados e excomungadores de bispos e do papa, que acreditam em astrologia e fazem mapa astral.
      A crise é tremenda, e nos meios tradicionais, a tentação para a gnose é muito forte.

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  3. Os senhores estão surpresos com os dados referentes aos fiéis adeptos da Tradição Católica?
    Vocês precisam entender uma coisa: é a mesma Missa (Tradicional)? Sim! É o mesmo combate? Não!
    O que mais tem é Padre Liberal rezando a Missa de Sempre, ou seja, um padre ‘conservador’ que mistura as coisas. A Missa é a Tradicional, mas o catecismo é o novo. De que adianta?
    Muitos desses centros, os fiéis estão apenas pelo saudosismo, pois de doutrina, não sabem nada!
    Dizia Dom Lefebvre: ‘mudaram não só a Missa, mas o catecismo, o código de direito canônico etc…’

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  4. Se quer viver a tradição na sua plenitude e sem compromissos com o Respeito Humano… vá em um centro de Missas da Fraternidade ou Resistência, fora isso é flertar com o liberalismo.

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  5. Que tal começarmos tratando de algo mais leve e oportuno neste momento que se aproxima? Que tal Missa com “Campanha da Fraternidade”(que não passa de uma proposta- não é uma imposição) ou Missa voltada mesmo para a Quaresma sem esta instrumentalização que sofremos no Brasil? E a tal “auditoria de todas as entradas financeiras às coletas nacionais e, maximamente, do chamado Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) cujos próprios relatórios demonstram que o dinheiro dos fiéis, salvo honrosas e diminutas somas, é injetado em ONGs e sindicatos”[1] como é que está?
    O tal “grupo sub-representado de católicos: aqueles que regularmente assistem à Missa Tradicional” me parece estar numa situação pior aqui no Brasil quanto ao acesso a tal rito .Também não me parece estar num momento proprício onde possamos esperar uma expansão[2] e possamos daí realmente contrastar com os praticantes do outro rito.
    [1]https://fratresinunum.com/2016/02/12/campanha-da-fraternidade-um-desabafo-sacerdotal/
    [2]Não me parece muito diferente da época que falavam da vinda da FSSP aqui no Brasil. Neste sentido,este texto me parece atual quanto a nossa realidade:
    http://blogonicus.blogspot.com/2011/05/peticao-fssp-no-brasil.html

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