Por FratresInUnum.com, 23 de abril de 2019 | Não, nós não nos esquecemos dele. Acontece que precisamos proceder por partes (ver artigo anterior) e, agora, nos toca falarmos do exímio candidato daquela que os próprios bispos da CNBB chamam jocosamente de “A máfia franciscana”.
Sim, é ele mesmo: Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada.

Dom Jaime Spengler
Muito chegado à Nunciatura Apostólica no Brasil, o temido Dom Jaime foi o inquisidor nomeado para investigar a conduta dos Arautos do Evangelho (dizem que militou nas fileiras da TFP durante sua juventude), trabalho que executou com muita dedicação, com vistas a agradar bastante o Papa Francisco e – quem sabe? – receber dele um barrete cardinalício.
De fato, não é de hoje que correm boatos de que ele sucederia Dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador e, portanto, arcebispo primaz do Brasil, mas a quem a misericórdia do papa argentino resolveu não outorgar o cardinalato. Spengler, ao contrário, foi bem mais “franciscano” e já garantiu as graças do pontífice reinante antes mesmo de ser “promovido”… Afinal de contas, “é dando que se recebe”, não é mesmo?
Rumo ao pódio cardinalício, Spengler pretenderia, antes, conquistar a presidência da CNBB? Embora Dom Leonardo Steiner, também franciscano, possa ter pretensões de perpetuar-se no poder sobre os bispos – tudo em nome do famoso “Reino”, entenda-se! –, é possível que tanto ele quanto Dom Walmor sejam apenas usados para a se destruírem e deixarem o lugar para Spengler. A propaganda eleitoral já começou.
Da ala de “centro-direita”, espera-se alguma articulação envolvendo Dom Orani Tempesta e seu bispo auxiliar, Dom Joel Portela, que, sussurram nos corredores, seria o candidato de consenso para Secretário Geral. Não surpreenderia se, no caos, surgisse o nome de Dom Odilo Scherer para apaziguar os ânimos de um episcopado cada vez mais dividido e em completo descrédito.