Por FratresInUnum.com, 14 de junho de 2019: As ondas agitadas da revolução, uma vez mais, atingiram os fiéis católicos da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro.
Desta vez, o Colégio São Vicente de Paulo – outrora administrado pela Companhia das Filhas da Caridade, fundada pelo Santo francês e por sua filha espiritual Santa Luísa de Marilllac – decidiu por suspender as atividades escolares hoje, sexta-feira, quando centrais sindicais ensaiam uma greve de cunho notadamente ideológico – e, portanto, ilegal –, como ato de oposição ao atual governo.

O comunicado da direção do Colégio São Vicente de Paulo, de Niterói, RJ.
O informativo veiculado pelo colégio particular – que chega a cobrar mensalidades de R$ 3.200,00 e que abriga uma capela vinculada à Arquidiocese de Niterói – tenta fazer crer que a decisão se fundamenta na preservação da segurança de alunos e funcionários.
Em tempos de redes sociais, no entanto, a verdade não custa a vir à superfície. Circulam nos aplicativos de mensagens declarações da Vice-Diretora, nas quais esta imputa ao Presidente da República a responsabilidade pelo atentado por ele sofrido em setembro do ano passado. Segundo ela, a culpa pela tentativa de homicídio sofrida por Jair Bolsonaro é da própria vítima.
Quando comparada com os motivos alegados para a suspensão das aulas, a declaração causa mesmo estranheza. Uma espécie de preocupação seletiva com a vida humana.
Muito embora o teor dessa declaração já fosse suficiente desvelar as reais intenções da suspensão das atividades escolares, salta aos olhos a incoerência de conduta da direção, que, mesmo diante de recente alerta de calamidade, motivada por previsão de chuvas torrenciais que atingiriam a cidade, optou por manter as atividades escolares, ainda que sob o risco – este, sim, real – de segurança dos alunos e funcionários.
A decisão do Colégio, que ainda ostenta um dos maiores nomes da história da Igreja, revoltou os pais, que, justamente por suporem tratar-se de uma instituição de ensino ainda respeitosa aos valores tradicionais da sociedade cristã, lá matricularam seus filhos. Um abaixo-assinado, entregue à direção da escola, reuniu mais de 500 assinaturas, pelo qual solicitavam a revisão do posicionamento da direção. Centenas de e-mails foram enviados, ligações e reuniões presenciais, realizadas. A direção do Colégio, todavia, em sua obstinação ideológica, ignorou o pleito daqueles que sustentam financeiramente a instituição e que nela depositaram a confiança pela educação dos filhos.
Mais uma triste consequência da apostasia – já não tão silenciosa – que atingiu as instituições de ensino católicas ao longo das últimas décadas.