WASHINGTON DC, 11 Jun. 19 / 10:46 am (ACI).- Em uma extensa entrevista publicada na segunda-feira por ‘The Washington Post’, o ex-núncio apostólico nos Estados Unidos, Dom Carlo Maria Viganò, acusou o Papa Francisco de “mentir descaradamente” no caso do ex-cardeal Theodore McCarrick e reiterou que o Papa sabia desde 2013 dos abusos cometidos pelo ex-arcebispo de Washington DC.
A saga iniciada por Dom Viganò contra o Pontífice começou em agosto de 2018 e agora continua através de uns e-mails trocados com ‘The Washington Post’ durante dois meses. A extensa entrevista foi publicada pelo jornal norte-americano em 10 de junho e é o resultado das respostas a cerca de 40 perguntas.
O jornal indicou que “as passagens selecionadas que contêm acusações não verificadas foram removidas, outras foram ligeiramente editadas para maior clareza”.
O texto foi publicado dias depois que o Santo Padre disse na entrevista concedida a Televisa que sobre as denúncias contra McCarrick “não sabia de nada”. Além disso, Francisco indicou que não lembra que Viganò falou com ele sobre os abusos do ex-cardeal durante o encontro que tiveram em junho de 2013.
“Em relação a esta coisa que diz que falou comigo naquele dia, que veio… Eu não me lembro se ele me falou sobre isso. Se é verdade ou não. Nem ideia! Mas vocês sabem que eu não sabia nada sobre McCarrick, senão não teria me calado, não?”, disse o Papa em uma entrevista divulgada em 28 de maio.
Na troca de e-mail com ‘The Washington Post’, Dom Viganò disse que em 23 de junho de 2013 “o próprio Papa Francisco me perguntou sobre McCarrick e lhe disse que tinha um grande registro sobre seus abusos na Congregação dos Bispos e que corrompeu gerações de seminaristas. Como alguém, especialmente um Papa, poderia esquecer isso?”.
“Estamos em um momento verdadeiramente sombrio para a Igreja universal: o Sumo Pontífice agora está mentindo descaradamente a todo o mundo para encobrir suas más obras! Mas a verdade sairá à luz com o tempo, sobre McCarrick e sobre todos os demais acobertamentos, como já aconteceu no caso do Cardeal Wuerl, que também ‘não sabia nada’ e tinha ‘um déficit de memória’”, expressou Viganò.
O ex-núncio fez sua primeira acusação em 25 de agosto de 2018, quando o Papa estava na Irlanda participando do Encontro Mundial das Famílias. Em uma carta de onze páginas, Dom Viganò disse que o Santo Padre não havia levado em consideração as sanções que Bento XVI impusera ao agora ex-cardeal.
Agora, nos e-mails trocados com o jornal norte-americano, Dom Viganò disse que, embora a expulsão de McCarrick do Colégio dos Cardeais e do sacerdócio seja uma “punição justa”, isso poderia ter sido feito “há mais de cinco anos” e que sua carta de agosto de 2018 acelerou a decisão da Santa Sé.
Segundo o ex-núncio, desde sua primeira carta até a expulsão de McCarrick houve “sete meses de silêncio total” e “é difícil evitar concluir que o tempo foi pensado para manipular a opinião pública”.
Em seus e-mails, Viganò também acusou o Papa de encobrir os abusos dos quais o bispo argentino Gustavo Zanchetta é acusado. No entanto, na entrevista concedida a Televisa, o Santo Padre explicou o processo seguido com o prelado e assinalou que seu caso está atualmente nas mãos da Congregação para a Doutrina da Fé.
Além disso, sobre sua decisão de não responder à primeira carta de Viganò e deixar que a imprensa investigue, o Papa disse a Televisa que fez isso porque “as evidências estavam lá, julguem vocês. Foi um ato de confiança realmente. E segundo, por Jesus, que em momentos de fúria não se pode falar, porque é pior. Tudo vai contra você. O Senhor nos ensinou esse caminho e eu o sigo”.
As acusações de Viganò contra o Papa foram rejeitadas por vários episcopados, como da Europa, Argentina, Espanha, entre outros.
A fala de Bergóglio é chula, vil, baixa, rasteira… como pode um papa falar nesse tom fuleiro e furreca!
CurtirCurtir
Partindo de uma mera hipótese, muito longínqua, de falta de memória, tratando-se de um Papa que acabava de ser eleito, então é caso para pensar que, eventualmente, pode estar muito “doentinho”, cuja cabeça já não regula bem, senil, esclerosado, com amnésia, com alguma doença degenerativa, porque um assunto tão grave, fundamentado, com documentos à disposição não passa despercebido…O “currículo” de McCarrik??!! Esquecido??!! Pouco provável.
É uma especulação, baseada, não em raciocínio abstrato, mas em uma dedução teórico-prática que faço na actuação do clero, nas últimas décadas…
No momento, em que Francisco assumir o encobrimento não há alternativa se não demitir-se, tal como aconteceu com a palhaçada dos Bispos chilenos…
Bom, mas dizer que esqueceu, não é negar. Portanto a tese de D. Viganò, está muito longe de resolvida. Os grande media e respectivos jornalistas são cúmplices e/ou incompetentes. Deus queira que o dossier não tenha já levado um extravio…Porém a Verdade demora mas não falta
Tudo isto é muito triste…
De qualquer jeito, pelo seu envolvimento na discussão sobre “gender”, revela não agradar nem a gregos nem a troianos, o que significa que não se pode estar com o “Mundão” e com Deus e, esta lição serve para nós, também. Tudo vale para pensarmos na nossa santificação. É o único jeito…
CurtirCurtir