Por José Antonio Ureta | Tradução: Hélio Dias Viana – FratresInUnum.com
O jornalista Edward Pentin, do National Catholic Register, solicitou amavelmente minhas primeiras impressões sobre o Instrumentum laboris para a próxima Assembleia Extraordinária do Sínodo dos Bispos, divulgado ontem. Eu o faço com muito gosto, como editorial para este observatório.
Em minha opinião, o Instrumentum laboris representa a abertura de par em par das portas do Magistério à Teologia Indígena e à Ecoteologia, dois derivados latino-americanos da Teologia da Libertação, cujos corifeus, após o desmantelamento da URSS e do fracasso do “socialismo real”, atribuíram aos povos indígenas e à natureza o papel histórico de força revolucionária, em clave marxista.
Tal como a Teologia da Libertação, o Instrumentum laboris toma como base de suas elucubrações não a Revelação de Deus contida na Bíblia e na Tradição, mas a realidade da suposta “opressão” a que estaria sujeita a Amazônia, que de simples área geográfica e cultural passa a ser “interlocutor privilegiado”, “lugar teológico”, “lugar epifânico” e “fonte de revelação de Deus” (números 12, 18 e 19).
Do ponto de vista teológico, o Instrumentum laboris não só recomenda o ensino da Teologia Indígena “em todas as instituições educativas” com vistas a “uma melhor e maior compreensão da espiritualidade indígena” e para que “sejam tomados em consideração os mitos, tradições, símbolos, ritos e celebrações originais” (nº 98), como repete ao longo do documento todos os seus postulados. Ou seja, que as “sementes do Verbo” não apenas estão presentes nas crenças ancestrais dos povos aborígenes, mas que já “cresceram e deram frutos” (nº 120), pelo que a Igreja, em lugar da evangelização tradicional que procura convertê-los, deve se limitar a “dialogar” com eles, uma vez que “o sujeito ativo da inculturação são os mesmos povos indígenas” (nº 122).
Nesse diálogo intercultural, a Igreja deve também enriquecer-se com elementos claramente pagãos e/ou panteístas de tais crenças, como “a fé em Deus-Pai-Mãe Criador”, as “relações com os antepassados”, a “comunhão e harmonia com a terra” (nº 121) e a conectividade com “as diferentes forças espirituais” (nº 13). Nem sequer o curandeirismo fica à margem de tal “enriquecimento”. Segundo o documento, “a riqueza da flora e da fauna da selva contém verdadeiras ‘farmacopeias vivas’ e princípios genéticos inexplorados” (nº 86). Nesse contexto, “os rituais e cerimônias indígenas são essenciais à saúde integral, pois integram os diferentes ciclos da vida humana e da natureza. Criam harmonia e equilíbrio entre os seres humanos e o cosmos. Protegem a vida contra os males que podem ser provocados tanto por seres humanos como por outros seres vivos. Ajudam a curar as enfermidades que prejudicam o meio ambiente, a vida humana e outros seres vivos” (nº 87).
No plano eclesiológico, o Instrumentum laboris é um verdadeiro terremoto para a estrutura hierárquica que a Igreja possui por mandato divino. Em nome da “encarnação” na cultura amazônica, o documento convida a reconsiderar “a ideia de que o exercício da jurisdição (poder de governo) deve estar vinculado em todos os âmbitos (sacramental, judicial, administrativo) e de forma permanente ao sacramento da ordem” (nº 127). É inconcebível que o documento de trabalho de um Sínodo possa questionar uma doutrina de fé, como é a distinção, na estrutura da Igreja, entre clérigos e leigos, afirmada desde o Primeiro Concílio de Niceia e baseada na diferença essencial entre o sacerdócio comum dos fiéis e o sacerdócio ministerial dos clérigos, dotado de um poder sagrado que tem sua raiz na sucessão apostólica. Insere-se nessa diluição do sacerdote católico em algo similar a um pastor protestante o apelo para se reconsiderar a obrigatoriedade do celibato (nº 129 § 2) e, mais ainda, o pedido de identificar que tipo de “ministério oficial” pode ser conferido à mulher (§ 3). O Cardeal Joseph-Albert Malula, do Zaire, e Dom Samuel Ruiz, de Chiapas, devem estar se agitando no túmulo ao verem que os projetos que procuraram implementar (e que foram rapidamente interrompidos pela Santa Sé) estão sendo agora propostos em um Sínodo que, segundo seus organizadores, tem valor universal.
Do ponto de vista ecológico, o Instrumentum laboris representa a aceitação pela Igreja da divinização da natureza promovida pelas conferências da ONU sobre o meio ambiente.
Com efeito, já em 1972, em Estocolmo, seus registros oficiais diziam que o homem administrou mal os recursos naturais principalmente devido a “uma determinada concepção filosófica do mundo”. Enquanto as “teorias panteístas […] atribuíam aos seres vivos uma parte da divindade […], as descobertas da ciência conduziram […] a uma espécie de dessacralização dos seres naturais”, que haure a sua melhor justificação “nas concepções judaico-cristãs, segundo as quais Deus teria criado o homem à sua imagem e lhe dado a terra para que a submeta”. Pelo contrário, dizia a ONU, as práticas dos cultos aos ancestrais “constituíam um baluarte para o meio ambiente, na medida em que as árvores ou cursos d’água eram protegidos e venerados como a reencarnação dos ancestrais” (Aspects éducatifs, sociaux et culturels des problèmes de l’environnement et questions d’information, ONU, Assembleia Geral de Estocolmo, 5-6 de junho de 1972, A / CONF. 48.9, pp. 8 e 9).
E no discurso de encerramento da Eco92, no Rio de Janeiro, o secretário-geral da ONU, Boutros Boutros-Ghali, declarou que “para os antigos, o Nilo era um deus venerável, assim como o Reno, fonte infinita de Mitos europeus, ou a selva amazônica, mãe de todas as selvas. Em todos os lugares, a natureza era a morada das divindades. Elas conferiram à selva, ao deserto, à montanha, uma personalidade que impunha adoração e respeito. A terra tinha uma alma. Reencontrá-la, ressuscitá-la, tal é a essência da [Conferência Intergovernamental] de Rio “(A / CONF.151 / 26, vol. IV, p. 76).
Essa agenda neopagã da ONU é agora reproposta por uma Assembleia Sinodal da Igreja Católica!
O Instrumentum laboris, citando um documento da Bolívia, afirma que “a selva não é um recurso para explorar, é um ser ou vários seres com quem se relacionar” (nº 23), e prossegue afirmando que “a vida das comunidades amazônicas ainda não afetadas pelo influxo da civilização ocidental [sic!] se reflete na crença e nos ritos sobre a ação dos espíritos, da divindade – chamada de múltiplas maneiras – com e no território, com e em relação à natureza. Essa cosmovisão se reflete no ‘mantra’ de Francisco: ‘tudo está conectado’” (n ° 25).
Do ponto de vista econômico-social, o Instrumentum Laboris é uma apologia do comunismo, disfarçado de “comunitarismo”. E da pior forma de comunismo, que é o coletivismo das pequenas comunidades. Com efeito, segundo o documento, o projeto de “bem viver” dos aborígenes (sumak kawsay) supõe “que haja uma intercomunicação entre todo o cosmos, onde não há excludentes nem excluídos”. A nota explicativa da expressão indígena remete para uma declaração de várias entidades indígenas, intitulada “O grito do sumak kawsay na Amazônia”, a qual afirma que dita expressão “é uma Palavra mais antiga e atual” (com “P” maiúsculo no texto, isto é, uma revelação divina) que propõe “um estilo de vida comunitária com o mesmo SENTIR, PENSAR e AGIR” (as maiúsculas são do texto).
Essa frase nos recorda a denúncia feita por Plinio Corrêa de Oliveira em 1976 do tribalismo indígena como sendo uma etapa nova ainda mais radical da Revolução anárquica: “O estruturalismo vê na vida tribal uma síntese ilusória entre o auge da liberdade individual e do coletivismo consentido, na qual este último acaba por devorar a liberdade. Em tal coletivismo, os vários ‘eus’ ou as pessoas individuais, com sua inteligência, sua vontade e sua sensibilidade, e conseqüentemente seus modos de ser, característicos e conflitantes, se fundem e se dissolvem na personalidade coletiva da tribo geradora de um pensar, de um querer, de um estilo de ser densamente comuns ” (Revolução e Contra-Revolução, Parte III, cap. III, item 2 “IV Revolução e tribalismo: uma eventualidade”).
O que o Instrumentum laboris em definitiva propõe é um convite para que a humanidade dê o último passo rumo ao abismo da Revolução anticristã: o anarco-primitivismo de John Zerzan e do terrorista Unabomber.
Seria bom a todas as pessoas de bom senso começarem a divulgar que “comunitarismo” e comunismo são a mesma coisa, as mesmas palavras apenas com o infixo “-itar-” introduzido na palavra comunismo.
É preciso sempre destruir os eufemismos com que a esquerda sinistra mundial tenta ludibriar os incautos com o fito de substituir o mal (já reconhecido) pelo mal renomeado e disfarçado.
Palavras diabólicas como “Teologia da Libertação”, “Teologia Indígena”, “relações com antepassados”, “diferentes forças espirituais (!!)” – quais? As do mal também? Pelo visto… – “sementes do verbo”, “Mãe-Terra”, “farmacopeias vivas” etc., necessitam ser apontadas como tal, distinguidas, gritadas e repudiadas em público de forma constante, metódica e sistemática.
A Igreja do Francisco torna-se um mal sobre a Terra, agora de forma escancarada, desnuda, hipócrita, herética e perigosa e ela deverá perceber por si mesma, com todo o seu séquito, o repúdio forte de todos os católicos sempre que for anunciada e promulgada.
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O sincretismo da new age entra na Igreja pela porta grande negando todas as verdades de fé católica. Estas víboras usam os pobres e ignorantes indígenas para o seu projecto de implantação da religião de Satanás, São Paulo ensinou o que estava por de trás dos ídolos criados pelos antigos.
Estamos na presença de um retrocesso civilizacional em que as forças da natureza são consideradas divindades, este paradoxo mostra o lado irracional deste movimento. Por um lado coloca-se a ciência como conhecedora de toda a realidade material em que não há mistérios e tudo se reduz a equações e materialidade atómica. Agora de repente os átomos do ar e da terra se espiritualizam e tomam forma de espíritos. Esta religiosidade que aparece sem qualquer fundamento racional vem demonstrar que tudo vale para se destronar Cristo dos corações dos homens, mesmo à custa da bestialização da razão humana. Este bispos e padres que hoje seguem esta aberração intelectual, brevemente verão que não passam de grotescos monstros de presunção já desfigurados, como se podem ver em certas figuras que ressaltam em quadros que descrevem a realidade das almas no inferno. Eles não sabem que são odiados pelo próprio senhor que servem e que o seu fim não será a felicidade eterna mas o sofrimento eterno se se mantiverem nesta luta insana contra o Senhor dos Senhores. A brutalidade intelectual destes Bispos deveria alertar qualquer alma que tivesse três dedos de inteligência.
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O que os jesuítas uma vez tentaram fazer com o confucionismo —e fizeram certo, como podemos ver com nossos próprios olhos com a ajuda de Pr. Joaquim Guerra e as atenções do Venerável Papa Pio XII e seus amados — eles querem fazer agora com a confusão mental dos indígenas. Só se esquecem que um estava absolto naquilo que havia sido apresentado aos pais dos chineses, pelas heranças da casa de Noé, livre da macula da idolatria e do ódio ao sagrado; mesmo estando cercado de inimigos da Verdade, ela era preservada. Já não podemos dizer isso dos indígenas, que seja por onde olhar, encontraremos apenas o erro e a falsidade; e é assim desde os primeiros contatos, não há nada para ser salvo dos nativos, tudo que há para ser salvo são os próprios nativos, salvos dos próprios erros e das armadilhas do Inimigo.
No entanto, parece-me que a Igreja — principalmente aquilo se entende por brasileira — não quer salvá-los de jeito maneira.
Mas como já não era sem tempo, não seria este um belo presente de Papa Francisco para São José de Anchieta, irmãos?! Ele começou canonizando nosso patrono por tudo que fez pela amada Igreja e por esta terra de Vera Cruz, e hoje Franscisco e seus queridos procuram destruir todos os efeitos disso.
Se considerarmos [e consideramos] que Deus não permitiria o mal se não soubesse tirar dele um bem maior, será que o Santo Padre também não permitiria o bem se não soubesse tirar dele um mal maior?
Deus nos ajude, pois eu não consigo ver saída a vista; e nem deveria ver, não se pode exigir tais coisas dos homens. É impossível, e Deus sempre exige de nós o impossível, assistindo-nos como é misericordiador, e é nisso que a principal diferença entre o Criador e os homens consiste. Ou talvez, ao contrário, a semelhança — por acaso não sabemos que Deus criou o homem à Sua imagem? É apenas quando o homem deseja o impossível que ele volta-se ao Criador; para obter aquilo que é possível, ele se volta para seus semelhantes.
Certamente, Jesus é o bom pastor que não abandona o seu rebento.
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Nossa Senhora de Fátima, do Bom Sucesso, de La Salette, em todas treis previsões muito bem sintonizadas para futuro cenario sombrio na Igreja – ainda bem que nos admoestou bastante antecipadamente, senão cairiamos fatalmente nas garras do niilismo, de volta aos antigos deuses pagãos, de uns Baal, Moloc, Alah e tantos mais, remodelados, transformados na fachada, como de “Xamã, Mãe Terra, ecologismo, climatologia e tantos mais modernistas, culto idolátrico aos animais, Sínodo da Amazonia mais se parecendo congraçamento das esquerdas, tentando rever as novas estrategias anti redes sociais, ou apelando ao deep fake – a nova arma, dependendo nas mãos de quem cair…
Como surgem clínicas, hospitais, hoteis, cuidadores etc, sofisticados shopping centers de animais e coisas mais incensando-os, tremenda idolatraria, em detrimento de possuirem filhos, provindos e intermediados pela niilista e às claras do dia, na maior cara de pau, da maçonaria eclesiástica, bem sedimentada dentro do atual Vaticano, tudo e muito mais sucedido e repassado da mesma fonte: iluminismo-maçonaria-globalistas-ONU-NOM!
Tudo indica estarmos nos últimos tempos , não o quanto durará, nem ideias temos disso, porém que nossa alma está em maior perigo de se perder para sempre nesses períodos tenebrosos do que nos séculos passados, são as palavras de São Paulo a Timóteo para o nosso tempo: … Haverá um tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas de acordo com seus próprios desejos, ajustarão mestres para si, tendo comichão nos ouvidos, e darão as costas à verdade, voltando-se às fábulas. 2 Tm. 4,3-4
E quem deveria ser o Pastor da Igreja, o papa Francisco, no entanto está de mãos dadas com os globalistas e tendo de engolir a seco sem ter uma única saída, como aquelas verdades do veraz e corajoso D Viganò, por exemplo: *“Estamos em um momento verdadeiramente sombrio para a Igreja universal”, lamenta Viganò. “O Sumo Pontífice agora está mentindo descaradamente para o mundo inteiro para encobrir seus feitos perversos! Mas a verdade acabará por vir à tona, sobre McCarrick e todos os outros acobertamentos, como já aconteceu no caso do cardeal Wuerl, que também “não sabia de nada” e tinha “um lapso de memória”. Além de sua tristeza pela desonestidade do papa, concluiu!…
Aqui o arcebispo se refere à revelação de que Wuerl sabia sobre as atividades sexuais ilícitas de seu antecessor, McCarrick, mesmo depois de muitas negações, parecidamente o caso Chile, enquanto isso, o papa Francismo pareceria estar nem aí para seus opositores – que se arranjem!
E muitas similares mais doutros muito poucos cardeais, agora descartados, mais idem bispos e arcebispos tradicionais, conservadores, politicamente incorretos, relembrado patentemente os líderes esquerdo-comunistas nos acuamentos, sem saída, sempre, como o maligno Lula: “de nada sabia, nada via, soube por meio da imprensa” e disfarces mais.
* Dom Viganò ao Washington Post: “O Papa Francisco está ocultando deliberadamente as evidências do caso McCarrick”.
Por OnePeterFive, 10 de junho de 2019 | Tradução: FratresInUnum.com.
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Se Deus se apiedar de nós, Jesus volta antes de outubro e esse sínodo não acontece…
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Caríssimos em Cristo;
Por que tanto espanto?
Não era isso que buscavam no Concílio? Este é o “aggiornamento” atual: submeter-se à “mãe natureza”, estar em comunhão com as “forças vitais e ecológicas” e, essencialmente, ter um discurso “politicamente correto”.
Sou Sacerdote Católico desde 1965. Lembro-me muito bem das “mudanças” proporcionadas pela “renovação conciliar”!
Desde os anos ‘70 vejo que cada vez mais estão desfigurando a Igreja.
Chegamos ao ápice das mudanças: este papado quer transformar as estruturas eclesiais!
O que devemos fazer?
Rezar e fazer penitência!
Assim nos ensinou a Boa Mãe do Céu!
Devemos resistir! Manifestando nossa oposição através de Orações e Súplicas aos Corações Sacratíssimos de Jesus e Maria!
E, concretamente, ensinando aos jovens Sacerdotes (em grande parte com deficiências profundas na formação teológica) a Sã Doutrina.
Ainda que esses “renovadores” nos tomem os prédios das templos, ainda que construam novos templos – conforme sua “nova religião”, lembremo-nos que nossos lares se tornarão Templos, como nos tempos da Revolução Francesa, onde o falso clero, a “igreja juramentada” expulsava os “refratários”!
Lembremo-nos sempre das promessas de Nosso Senhor:
“As portas do inferno NUNCA PREVALECERÃO!”
E, aquela feita pela Virgem Santíssima:
“Em Portugal se conservará o Dogma da Fé (…) E, por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará!”
Coloquemo-nos em profunda Oração e confiemos no Bom Deus!
Ele expulsará – tal como fizera outrora – esses “velhacos dissimuladores” do Templo! E, confiemos n’Ela, pois, tal como no Gênesis:
“IPSA CONTERET”!
Ela esmagará!
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Dá um alento ver um comentário desse de um sacerdote ordenado naquela época. Vê-se que nem todos se corromperam! Deus o abençoe, padre!
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Senhor Padre,
Com todo respeito, ouso discordar do senhor. Só rezar e fazer penitência, e concretamente ensinar Padres e seminaristas não basta.
Evidentemente que devemos rezar e nos penitenciar muito mais. Mas é preciso resistir ao concílio e à modernidade.
Também não é possível que leigos se incumbam de ensinar sacerdotes. Existe uma inversão nisso, que resultará mal, tal qual certo grupo de leigos que vive disso e só provoca confusão, na medida em que leigos acabam se passando por diretores de espírito e consciência de leigos e se possível até de padres.
Ademais, pensar em ensinar algo a Bispos! Já vi e ouvi coisas escabrosas de quem inocentemente se atreveu a ir pedir Missa Tridentina em porta de Bispos. Que dirá querer ensinar-lhes aquilo que eles, primeiro, rejeitam e por isso sonegam; segundo, julgam conhecer e ter todos os motivos para atuar em contrário.
Senhor Padre, a Igreja humanamente está um circo.
É preciso procurar algum lugar dentro dela onde ainda se fale a línguagem católica e ficar ali. Um lugar onde Bispo seja Bispo, Padre seja Padre, fiel seja fiel. Isso é uma raridade, mas ainda há.
E se não houver, dada a dimensão continental desse país, agarrar-se com o patrimônio espiritual do catolicismo de sempre, resistir, ensinar os filhos a resistir, e clamar, em multiplicada oração e penitência, que Deus se digne dar-lhes Santos sacerdotes.
Missa nova nunca. Concílio Vaticano ll nunca. Isso é como beber veneno para matar a sede: em vez de matar a sede mata o corpo.
Mas esse binômio missa nova-concílio mata a alma.
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Todos os dias agradeço à Providência por ter conhecido a Plínio Corrêa de Oliveira e ter recibido dele a formação que recebi. O tribalismo indigenista modernista já fora desvendado por ele há décadas. A tragédia que se aproxima para a Igreja, com este Sínodo poderá levar a ação destruidora contra Ela ao ponto do limite de que o mal e as forças do inferno não prevalecerão… Creio que no terceiro segredo de Fátima, as setas ou flechas disparadas contra o Papa bem poderiam estar relacionadas com este Sínodo.
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Como fazer para anular o efeito nocivo desse sínodo? Não sei dizer!
Os bispos entram de cabeça nisso. O presidente pouco ou nada entende dessas coisas, e pende muito mais para o protestantismo pentecostal que para o catolicismo.
A própria direita vive um momento ‘tribal’, sem lideranças efetivas, apenas com inúmeros ‘pajés e caciques’ de internet. O que são os youtubers senão isso?
Pode-se dizer que a direita também se tornou esse miserável coletivismo, cuja “inteligência, vontade e sensibilidade, e conseqüentemente seus modos de ser, característicos e conflitantes, se fundem e se dissolvem na personalidade coletiva da tribo geradora de um pensar, de um querer, de um estilo de ser densamente comuns”.
Enfim, estamos num lodaçal nunca antes visto.
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Estimada em Cristo, Sra. Raquel Vanzelli;
A Paz de Cristo!
Agradeço as palavras e me recomendo às suas piedosas Orações!
Dentre um grupo de Sacerdotes, que nos formamos e nos Ordenamos no mesmo ano, resistimos o quanto pudemos!
Durante alguns anos, após a tempestade conciliar, ainda tivemos o apoio de nosso Bispo, um homem sério e Santo! Após sua “aposentadoria”, em meados dos anos oitenta, Começamos a “pagar pela nossa Fidelidade” à Doutrina Católica: fomos chamados de retrógrados, ultrapassados e sem visão de pastoral de conjunto! Com menos de dois anos da chegada deste novo Bispo alguns dos meus amigos estavam “aposentados”! Em 1988 recebi deste senhor o pedido que me afastasse da Paróquia… Se não tivesse uma Família, teria ido para um Asilo, como alguns dos meus amigos…
Pagamos com sofrimento nossa fidelidade ao Bom Deus!
Tenha certeza de que muitos, muitíssimos Sacerdotes não se corromperam, porém, outros, em nome da obediência, ou do medo da solidão e do desprezo, calaram-se.
Mas, todos nós que somos fiéis pagamos com nossos sofrimentos, porém, entregaremos ao Bom Deus nossa Fidelidade, nossas lágrimas…
Acredito que sobrevivemos pelas Orações de tantas pessoas, como a senhora e nossos amigos deste Fratres, que clamam aos Céus pelos Sacerdotes!
Hoje, mais que nunca, temos que ajudar nossos jovens Padres a se tornarem Fiéis – não a batinas, ou rendinhas e paramentos pomposos – mas à Doutrina perene da Igreja!
Precisamos oferecer livros e boa formação aos jovens Padres, cada vez com menor formação doutrinal e teológica!
Precisamos apoiá-los e encorajá-lós! Ficarmos ao lado deles, mormente nesses tempos de confusão moral!
Agradeço as Orações e peço, insistentemente, que continue a rezar pelos Sacerdotes e, sobretudo, ajudar os novos Padres a serem Fiéis!
Que os Corações Sacratíssimos de Jesus e Maria estejam atentos às nossas súplicas!
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