A abominação da desolação entronizada na Basílica de São Pedro?
Por FratresInUnum.com, 26 de outubro de 2019 – “Queria dizer uma palavra sobre as estátuas da Pachamama que foram tiradas da igreja na Transpontina, que estavam ali sem a intenções idolátricas e foram jogadas no Tibre. Antes de tudo, isto aconteceu em Roma e, como bispo da diocese, eu peço perdão às pessoas que foram ofendidas por este gesto”.

“Sem intenções idólatras”.
Estas foram as palavras de Francisco na tarde de ontem, na seção vespertina do Sínodo dos bispos.
Em primeiro lugar, Francisco esclareceu definitivamente a farsa: aquela carranca realmente é da Pachamama! Não é demais dizê-lo, pois não faltaram declarações de cleaners afirmando que aquela imagem jamais fora a deusa Pachamama, mas, sim, Nossa Senhora! – terrível blasfêmia. E a vergonha da corte francisquista é tão grande que a transcrição do discurso do Papa, distribuída a jornalistas pela Sala de Imprensa, omitiu a expressão Pachamama proferida por Francisco. Porém, gravações forçaram o órgão de comunicação do Vaticano a se corrigir. Bergoglio destrói toda tentativa de defendê-lo!
Ele ajunta, porém, que ali não houve nenhuma intenção de culto idolátrico, ao contrário daquilo que afirmou o teólogo alemão Paulo Suess, perito do sínodo, o qual simplesmente disse que “inclusive se tivesse sido um rito pagão, o que ocorreu era ainda um serviço de adoração. Um rito sempre tem algo à ver com a adoração e o paganismo não pode ser apartado como se não fosse nada” [vale recordar a publicação de 2014 feita por nosso blog a respeito deste senhor, e sobre como as maquinações que culminaram nesse infeliz Sínodo vêm de longa data, agenda definida desde o ínicio do pontificado bergogliano].
Na verdade, tudo não passa de um mero jogo de palavras. Em Vatican Insider, dá-se como prova do não “paganismo” dos cultos à Pachamama na Igreja de Transpontina o fato de que as celebrações foram “na verdade autorizadas e sempre presenciadas pelo pároco carmelita”. Em suma, uma apelação absurda! Como se o pároco da Transpontina, seja lá quem for, tenha autoridade para arbitrar livremente nesta situação ou como se ele fosse uma espécie de Judas Macabeu.
Fato é que a Pachamama, segundo Francisco, poderá ser introduzida na Basílica de São Pedro e escoltada pela polícia, se assim decidir o chefe de polícia responsável! Quanta honra!
É estarrecedor o descaso com que se trata a fé católica, os seus ritos e a sua Tradição, enquanto se honra maximamente um ídolo e “tradições” pagãs. Nos jardins do Vaticano, prostraram-se com rosto em terra para adorar aqueles ídolos os mesmos que abominam a comunhão de joelhos!
É a inversão revolucionária mais completa: quantos mártires deram a sua vida por não queimarem uma colher de incenso para os ídolos pagãos, enquanto agora profana aquele solo regado no seu sangue um ídolo a possivelmente ser dignificado no altar da confissão de São Pedro! Os santos mártires, segundo esta nova abordagem de Francisco, poderiam ter queimado incenso aos deuses, desde que não tivessem nenhuma intenção idólatra. Isto, vindo da boca de um Papa, soa como a máxima das traições.
Os progressistas são fanáticos em preservar a tradição dos outros enquanto destroem a própria, são tolerantes com a heterodoxia e intolerantes ao máximo com quem quer simplesmente permanecer Católico, perseguem os cristãos e se ajuntam com pagãos, comunistas e ateus! Eles não amam a Igreja, querem apenas usá-la para recrutar incautos nas agendas dos partidos de esquerda.
Precisamos desagravar!
Temos de reparar esse atentado contra Deus e a nossa santa religião. Em poucas horas acontecerá o encerramento desse Sínodo vergonhoso e se fará a publicação do documento final, preparado há meses pela REPAM, de Dom Cláudio Hummes, sob encomenda de Francisco, como confessou Dom Erwin Kräutler em seu recente livro sobre o Sínodo. Um jogo de cartas marcadas, como sempre dissemos. Uma grotesca encenação de “colegialidade” quando tudo já estava previamente definido por um grupelho de hierarcas que usam a Igreja como bem entendem.
Desagravemos!
Não fiquemos de braços cruzados nesta afronta contra Deus e contra Nossa Senhora.