Por LifeSiteNews, Roma, 6 de novembro de 2019 | Tradução: Hélio Dias Viana – FratresInUnum.com – O arcebispo Carlo Maria Viganò pede a reconsagração da Basílica de São Pedro, à luz do que ele chama de “horríveis profanações idolátricas” que foram cometidas em seus muros pela veneração de estátuas da Pachamama.
Em uma nova entrevista com o LifeSiteNews sobre o Sínodo da Amazônia, o arcebispo Viganò disse: “A abominação de ritos idolátricos entrou no santuário de Deus e deu origem a uma nova forma de apostasia cujas sementes, ativas há muito tempo, estão crescendo com renovado vigor e eficácia.”
Ele prossegue: “O processo de mutação interna da fé, que ocorre na Igreja Católica há várias décadas, viu neste Sínodo uma dramática aceleração em direção à fundação de um novo credo, resumido em um novo tipo de adoração [cultus]. Em nome da inculturação, elementos pagãos estão infestando o culto divino, a fim de transformá-lo em um culto idolátrico.”
Clérigos e leigos “não podem permanecer indiferentes aos atos idolátricos que testemunhamos”, insiste o arcebispo. “É urgente redescobrir o significado de oração, reparação e penitência, do jejum, dos pequenos sacrifícios, dos buquês espirituais e, acima de tudo, da adoração silenciosa e prolongada diante do Santíssimo Sacramento.”
Nesta exaustiva entrevista (veja o texto completo abaixo), abordamos com o arcebispo Viganò o que a “saga da Pachamama” revela sobre o estado da Igreja e como é a consequência lógica de outras declarações “aberrantes” feitas no atual pontificado. Também falamos sobre o documento final do Sínodo, que ele chama de “ataque frontal contra o edifício divino” da Igreja; o que o Sínodo da Amazônia revela sobre “sinodalidade”; e o que seus organizadores conseguiram.
Segundo o arcebispo Viganò, o “paradigma da Amazônia”, que visa fundamentalmente “transformar” a Igreja Católica, está alinhado com uma agenda “globalista” e “serve como uma passarela para baldear o que resta do edifício católico rumo a uma religião universal indefinida”.
“Para todos nós católicos, a paisagem da Santa Igreja está se tornando mais escura a cada dia”, diz ele. “Se esse plano satânico for bem-sucedido, os católicos que aderem a ele mudarão de fato de religião, e o imenso rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo será reduzido a uma minoria”.
“Essa minoria provavelmente terá muito que sofrer […] mas com Ele vencerá”, diz, concluindo suas observações com as palavras provocativas, proféticas e oportunas da mística e santa do século XIV, Brígida da Suécia.
A seguir, a nossa entrevista sobre o Sínodo da Amazônia com o Arcebispo Carlo Maria Viganò.
LifeSiteNews: Excelência, como o senhor caracterizaria o conjunto da narrativa do Sínodo? Existe uma imagem que o resuma adequadamente?
Arcebispo Viganò: A barca da Igreja está sacudida por uma tempestade furiosa. Para acalmar a tempestade, aqueles sucessores dos Apóstolos que tentaram deixar Jesus na praia e que não mais percebem Sua presença, começaram a invocar a Pachamama!
“Quando virdes estabelecida no lugar santo a abominação da desolação […] então a tribulação será tão grande como nunca foi vista, desde o começo do mundo até o presente, nem jamais será” (Mt 24, 15 e 21).
A abominação dos ritos idolátricos entrou no santuário de Deus e deu origem a uma nova forma de apostasia, cujas sementes – que estão em atividade há muito tempo – estão crescendo com renovado vigor e eficácia. O processo de mutação interna da fé, que ocorre na Igreja Católica há várias décadas, viu neste Sínodo uma aceleração dramática em direção à fundação de um novo credo, resumido em um novo tipo de culto [cultus]. Em nome da inculturação, elementos pagãos estão infestando o culto divino, a fim de transformá-la em um culto idolátrico.
LSN: Qual parte do Documento Final do Sínodo Amazônico o senhor considera mais preocupante ou problemática?
AV: A estratégia de toda a operação do Sínodo da Amazônia é o engano, a arma preferida do diabo: dizer meias-verdades para alcançar um fim perverso. Falta de padres: para destruir o celibato, primeiro na Amazônia e depois em toda a Igreja, eles dizem que é necessário abrir-se aos padres casados e ao diaconato das mulheres. Em que continente a primeira evangelização da Igreja Católica foi realizada por padres casados? As missões na África, Ásia e América Latina foram feitas principalmente pela Igreja latina, e apenas em pequena escala pelas Igrejas orientais que têm clérigos casados.
O documento final desta assembleia vergonhosamente manipulada, cuja agenda e resultados foram planejados há muito tempo, é um ataque frontal contra o edifício divino da Igreja, atacando a santidade do sacerdócio católico e pressionando pela abolição do celibato eclesiástico e por um diaconato feminino.
LSN: O que a saga da Pachamama revelou? E o que deve ser feito em resposta?
AV: Em Abu Dhabi, o Papa Francisco declarou por escrito que Deus “deseja” todas as religiões. Apesar da correção fraterna apresentada a ele pessoalmente e por escrito pelo Bispo Athanasius Schneider, o Papa Francisco ordenou que sua declaração herética fosse ensinada nas universidades pontifícias e que se criasse uma comissão especial para espalhar este grave erro doutrinário.
Consistente com essa doutrina aberrante, não surpreende que o paganismo e a idolatria também sejam incluídos entre as religiões desejadas por Deus. O Papa no-lo mostrou e levou-o a cabo pessoalmente, profanando os jardins do Vaticano e a Igreja de Santa Maria em Traspontina, e dessacralizando a Basílica de São Pedro e a missa de encerramento do Sínodo, colocando no altar da Confissão aquela “planta” idolátrica que está intimamente ligada à Pachamama.
De acordo com a tradição da Igreja, a Igreja de Santa Maria em Traspontina e a Basílica de São Pedro devem ser novamente consagradas, à luz das terríveis profanações idolátricas nelas cometidas.
A saga da Pachamama revelou uma violação flagrante e muito séria do Primeiro Mandamento, bem como a tendência à idolatria em uma “Igreja com rosto amazônico”. Esse rito, que ocorreu no coração do cristianismo e do qual Bergoglio participou, assume o valor de um rito iniciático da nova religião. A veneração da Pachamama é o fruto venenoso da “inculturação” a qualquer preço e uma expressão fanática da “Teologia Índia”. O Sínodo ofereceu uma plataforma de lançamento para esta nova igreja sincretista neopagã, dedicada ao culto da Mãe Terra, ao mito naturalista do “bom selvagem” e à rejeição do modelo e do estilo de vida ocidentais das sociedades avançadas.
A idolatria chancela a apostasia. É o fruto da negação da verdadeira fé. Nasce da desconfiança em Deus e degenera em protesto e rebelião. O Pe. Serafino Lanzetta disse recentemente:
“Adorar um ídolo é adorar a si mesmo no lugar de Deus […] é adorar o anti-Deus que nos seduz e nos separa de Deus, ou seja, o diabo, como pode ser claramente visto nas palavras de Jesus ao tentador no deserto (cf. Mt 4, 8-10). O homem não pode deixar de adorar, mas deve escolher quem adorará. Ao tolerar a presença de ídolos – a Pachamama em nosso contexto atual – ao lado da fé, se diz que a religião é basicamente o que satisfaz os desejos do homem. Os ídolos são sempre atraentes porque se adora o que se quer e, acima de tudo, não é preciso suportar muitas dores de cabeça com a moral. Pelo contrário, os ídolos são na maior parte a sublimação de todos os instintos humanos. A verdadeira dor de cabeça, no entanto, ocorre quando a corrupção moral se espalha e infesta a Igreja. Um ‘abandono de Deus’ por impureza, prostituir-se com outros deuses, trocando a verdade de Deus por mentiras e adorando e servindo criaturas em vez do Criador (cf. Rom 1, 24-25). Parece que São Paulo está falando conosco hoje. A raiz dessa triste e trágica história é o colapso dogmático e moral”.
Não podemos permanecer indiferentes aos atos idolátricos que testemunhamos e nos deixaram perplexos. Esses ataques contra a santidade de nossa Igreja Mãe exigem de nós uma reparação justa e generosa. É urgente redescobrir o significado da oração, reparação e penitência, do jejum, dos “pequenos sacrifícios, dos buquês espirituais” e, sobretudo, da adoração silenciosa e prolongada diante do Santíssimo Sacramento.
Imploremos ao Senhor que volte e fale ao coração de sua Amada Noiva, atraindo-a de volta para Si na graça de seu primeiro e irrevogável amor, depois de cometer o erro de se entregar ao mundo e à sua prostituição.
LSN: O que o Sínodo da Amazônia nos mostrou sobre a natureza da “sinodalidade”?
AV: A Igreja não é uma democracia. O Sínodo dos Bispos, desde que Paulo VI o estabeleceu através do Motu Proprio Apostolica Sollicitudo em 15 de setembro de 1965, sempre lidou com problemas relacionados com a Igreja universal e concedeu aos bispos que representam todas as conferências episcopais no mundo inteiro o direito de participar. O Sínodo da Amazônia não respeitou esse critério.
A Igreja na Amazônia certamente tem seus próprios problemas, os quais precisam, portanto, ser abordados em nível local. Para resolvê-los, seria suficiente que os bispos latino-americanos seguissem as recomendações que o Papa Bento XVI lhes fez por ocasião de sua visita a Aparecida em 2007. Eles não o fizeram. De fato, há décadas muitos deles têm permitido, senão encorajado, que adeptos da teologia da libertação e de ideologias de origem assaz germânica, com os jesuítas na linha de frente, continuem se recusando a proclamar Cristo como o único Salvador.
“Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores” (Mt 7, 15). A situação em um setor da Igreja na Amazônia tem sido um fracasso, em parte por causa dos núncios apostólicos no Brasil, como o atual Secretário Geral do Sínodo dos Bispos, que propôs candidatos ao episcopado como os que vimos no Sínodo da Amazônia. Promovendo um Sínodo em Roma, em vez de promover um sínodo local, e convidando bispos selecionados entre os mais cegos para guiar outros cegos, houve uma tentativa de exportar e espalhar a doença para a Igreja universal?
O Papa Francisco usa a “sinodalidade” de uma maneira extremamente contraditória e minimamente sinodal! “Sinodalidade” é um dos “mantras” do atual pontificado, a solução mágica para todos os problemas que afetam a vida da Igreja. A tão aclamada “conversão sinodal” substituiu a conversão a Cristo. É exatamente por isso que a “sinodalidade” não é a solução, mas o problema.
Além disso, o Papa Francisco parece conceber a sinodalidade como uma via de mão única: os atores, o conteúdo e os resultados são planejados e dirigidos de maneira direcionada e inequívoca. Como resultado, a instituição sinodal é seriamente deslegitimada e a adesão dos fiéis a ela fica prejudicada.
Também se tem a impressão de que a sinodalidade está sendo apreendida e usada como um instrumento para se libertar da Tradição e daquilo que a Igreja sempre ensinou. Como pode existir verdadeira sinodalidade onde a fidelidade absoluta à doutrina está ausente?
Falando no Angelus sobre a assembleia recém-concluída, Francisco disse: “Caminhamos fitando-nos nos olhos e ouvindo-vos com sinceridade, sem esconder dificuldades.” Essas palavras falam de uma sinodalidade exercida a partir de baixo, não de Cristo, o Senhor, nem de ouvir sua verdade eterna. Elas refletem uma sinodalidade sociológica e mundana que serve a um projeto ideológico meramente humano.
LSN: O senhor tem alguma ideia de como o aparelho de mídia do Vaticano lidou com o Sínodo? Os críticos dizem que perdeu toda a credibilidade.
AV: Durante o Sínodo, assistimos a um gerenciamento de comunicação no estilo soviético, com a imposição de uma “versão oficial” que quase nunca coincidia com a realidade. Quando a evidência de mentiras ou ambiguidade foi trazida à luz por tantos jornalistas corajosos, eles o negaram ou denunciaram uma conspiração.
As vestes foram rasgadas, a ponto de se registrar uma queixa-crime sobre as deusas-mães Pachamama jogadas no rio Tibre! Depois vieram os epítetos habituais – católicos conservadores e fanáticos; retrógrados que não acreditam no diálogo; pessoas que ignoram a história da Igreja –, segundo um editorial publicado no Vatican News favorável às estátuas, completado com uma citação do cardeal S. John-Henry Newman. No entanto, a citação de Newman, segundo a qual os elementos de origem pagã são santificados por sua adoção na Igreja, não apenas testemunha a má-fé da pessoa que a usou, mas também se volta contra ela.
A citação de Newman, de fato, ressalta a diferença substancial existente entre a prática sábia da Igreja de Cristo e os métodos da apostasia modernista. De fato, a Igreja Romana, que destruiu a tirania dos ídolos demoníacos (pense na demolição dos templos de Apolo por São Bento ou no carvalho sagrado por São Bonifácio) e estabeleceu o reino de Cristo, adota formas da antiga religião pagã e as batiza. Os novos modernistas, pelo contrário, que acreditam que Deus deseja positivamente a diversidade das religiões, se entregam alegremente ao sincretismo e à idolatria.
LSN: O que especificamente sobre a Igreja e sua fé foi posto em risco ou ameaçado pelo Sínodo da Amazônia?
AV: O Sínodo Amazônico faz parte de um processo que visa nada menos que mudar a Igreja. O pontificado do Papa Francisco está repleto de atos sensacionais que visam minar doutrinas, práticas e estruturas que até agora eram consideradas consubstanciais à Igreja Católica. Ele próprio definiu esse processo como uma “mudança de paradigma”, isto é, uma clara ruptura com a Igreja que o precedeu.
Com o Sínodo da Amazônia surgiu a utopia de uma nova igreja tribalista e ecologista. É o antigo projeto deste progressismo latino-americano – já enfrentado por João Paulo II e pelo então cardeal Ratzinger, mas nunca realmente erradicado –, que agora está sendo promovido pelo topo da hierarquia católica. O objetivo deste Sínodo é avançar para a consagração definitiva da teologia da libertação em sua versão “verde” e “tribal”.
Com esse Sínodo, como em outras ocasiões, a Igreja Católica parece estar alinhada com as estratégias que dominam a cena globalista, as quais são apoiadas por forças e finanças poderosas. Essas estratégias são radicalmente anti-humanas e intrinsecamente anticristãs. A agenda inclui até a promoção do aborto, da ideologia de gênero e do homossexualismo, e dogmatiza a teoria do aquecimento global antropogênico.
Para todos nós católicos, a paisagem da Santa Igreja está se tornando mais escura a cada dia. A ofensiva progressista em curso anuncia uma revolução real, não apenas na maneira como a Igreja é entendida, mas também nas imagens apocalípticas que ela dá para toda a ordem mundial. Com profunda tristeza, vemos o presente pontificado marcado por fatos incomuns, comportamentos desconcertantes e declarações que contradizem a doutrina tradicional e semeiam uma dúvida geral nas almas sobre o que é a Igreja Católica e quais são seus verdadeiros e imutáveis princípios. Parece que estamos nas garras de um caos religioso de proporção gigantesca. Se esse plano satânico for bem-sucedido, os católicos que aderem a ele de fato mudarão de religião, e o imenso rebanho de Nosso Senhor Jesus Cristo será reduzido a uma minoria. Essa minoria provavelmente terá muito que sofrer. Mas será sustentada pela promessa de Nosso Senhor de que as portas do inferno não prevalecerão contra a Igreja, e com Ele vencerá no Triunfo do Imaculado Coração de Maria prometido por Nossa Senhora em Fátima.
LSN: O que o senhor acha que os organizadores do sínodo obtiveram do ponto de vista deles? Que avanços eles fizeram em sua agenda?
AV: Os organizadores e protagonistas do Sínodo certamente alcançaram um de seus objetivos: tornar a Igreja mais amazônica e a Amazônia menos católica. O paradigma amazônico não é, portanto, a etapa final do processo de transformação visado pela “revolução pastoral” promovida pelo atual magistério papal. Serve como uma passarela para baldear o que resta do edifício católico rumo a uma religião universal indefinida.
O paradigma amazônico, com sua veneração panteísta da Mãe Terra e a interconexão utópica entre todos os elementos da natureza, deve permitir (de acordo com as especulações teológicas desenvolvidas na área germânica) a superação da religião católica tradicional através de um panteão mundial e apátrida. O recente Sínodo obteve sucesso no sentido de criar uma igreja amazônica constituída por um conjunto de crenças, adoração, práticas pagão-sacramentais, liturgias inculturadas em comunhão com a Natureza e muitos clérigos indígenas casados, com vistas à ordenação de mulheres. É um passo aberrante e verdadeiramente significativo na agenda de uma “igreja em saída”, ocupada no processo da Grande Substituição do Catolicismo por Outra Religião, que glorifica o Homem no lugar de Deus.
LSN: O senhor foi Núncio Apostólico nos Estados Unidos. O que acha da ideia de os leigos inundarem as Nunciaturas Apostólicas do Vaticano com cartas?
“O Reino dos Céus é arrebatado à força e são os violentos que o conquistam” (Mt 11, 12). Como o professor Roberto De Mattei nos convida: “Precisamos militarizar nossos corações e transformá-los em uma Acies Ordinata. A Igreja não tem medo de seus inimigos e sempre vence quando os cristãos lutam. Nossos adversários estão unidos pelo ódio ao bem; devemos nos unir no amor ao bem e à verdade. Esta não é uma batalha comum, mas uma guerra! É urgente que diante do processo contínuo de autodemolição da Igreja, a resistência católica seja fortemente unida e visível, e também supere ‘os muitos mal-entendidos que frequentemente dividem o campo do bem e busque entre essas forças uma unidade de propósitos e ação, mantendo suas diferentes identidades legítimas’” (De Mattei).
Nesta hora das mais graves, os leigos são certamente a ponta de lança da resistência. Por sua coragem, eles devem apelar a nós pastores, e nos encorajar a avançar com mais coragem e determinação para defender a Noiva de Cristo. A advertência de Santa Catarina de Siena é dirigida aos pastores: “Abram os olhos e observem a perversidade da morte que veio ao mundo, e especialmente ao Corpo da Santa Igreja. Ai de mim! Que seus corações e almas explodam ao ver tantas ofensas contra Deus! Ai de mim! Chega de silêncio! Gritem com cem mil línguas. Vejo que, através do silêncio, o mundo está morto, a Noiva de Cristo está pálida.”
LSN: O senhor gostaria de adicionar algo?
AV: Vamos dar a última palavra a Santa Brígida da Suécia, co-padroeira da Europa:
“O Pai falou, enquanto todo o exército do céu estava ouvindo, e Ele disse:
‘Diante de vós declaro minha queixa, entreguei minha filha a um homem que a atormenta terrivelmente e amarra seus pés a uma estaca de madeira, de tal modo que a medula saiu de seus pés.’
“O Filho respondeu: ‘Pai, eu a redimi com meu sangue e a tomei como noiva, mas agora ela foi raptada à força.’
“O Pai exclamou: ‘Meu Filho, compartilho o vosso lamento, vossa palavra é minha, vossas obras são minhas. Vós estais em Mim e eu em Vós. Que vossa vontade seja feita.’
“Então a Mãe falou, dizendo: ‘Vós sois meu Deus e meu Senhor. Meu seio portou os membros do vosso Filho abençoado, que é vosso verdadeiro Filho e meu verdadeiro Filho. Não recusei nada a Ele na terra. Por causa de minhas orações, tende piedade de sua filha, a Igreja!’
“O Pai respondeu: ‘Visto que nada me recusastes na Terra, não quero Vos recusar nada no Céu. Que seja feita a vossa vontade.’
“Depois disso, os anjos falaram, dizendo: ‘Vós sois nosso Senhor, em Vós possuímos tudo de bom e não precisamos de nada além de Vós. Quando Vós escolhestes esta Noiva, todos nos alegramos; a essa altura, temos motivos para ficar triste, porque ela foi entregue nas mãos dos piores homens, que a ofendem com todo tipo de insultos e abusos. Portanto, tende piedade dela, segundo vossa grande misericórdia, e não há ninguém para consolá-la e libertá-la senão Vós, Senhor, Deus Todo-Poderoso.’
“Então Ele disse aos anjos: ‘Vós sois meus amigos e a chama do vosso amor queima em meu coração. Terei piedade de minha filha, minha Igreja, pelo amor de vossas orações’ ”(Revelações, livro I, capítulo 24).
Mais uma vez, permitamos que Santa Brígida fale:
“Saiba que, se algum Papa conceder aos padres a permissão para contrair matrimônio carnal, ele será espiritualmente condenado por Deus […]. Deus privaria completamente o mesmo Papa da visão e audição espirituais, bem como das palavras e ações espirituais. Toda a sua sabedoria espiritual ficaria completamente congelada. Então, após sua morte, sua alma seria lançada no inferno para ser atormentada para sempre, para se tornar alimento de demônios eternamente e sem fim. Sim, mesmo que o próprio Papa São Gregório tivesse decretado isso, ele nunca obteria o perdão de Deus a partir dessa sentença, a menos que a revogasse humildemente antes da morte” (Apocalipse, livro VII, 10).
Senhor, tende piedade da vossa Igreja, pelo amor de nossas orações e aflições!
Fico feliz em ver nesta entrevista que ainda existe muitas pessoas lúcidas no comando de nossa Igreja.
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O cardeal foi muito feliz ao mencionar sobre o não cumprimento das recomendações do Documento de Aparecida.
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O arcebispo Viganò saiu de Roma para a embaixada nos Estados Unidos após descobrir certas coisinhas sujas e feias na Cúria Romana.
Lá chegando, nos Estados Unidos, digo, danou-se a falar mal dos bispos italianos e da Cúria.
Quando Ratzinger resolveu cair fora em vez de abraçar a palma do martírio físico e/ou moral, os cardeais Norte-Americanos chegaram no conclave que “elegeu” o charlatão jesuíta prontos para recusar qualquer candidatura italiana. Quem sobrava? O humilde, refinado, culto, honesto e conciliador jesuíta argentino.
Conclusão. Viganò contribuiu bastante para que a situação, hoje, fosse precisamente esta: a emporcalhação da doutrina e a tentativa de alinhamento da instituição com os Donos do Mundo. Pois, afinal, quem paga, manda. E não deve ser muito barata uma eleição simoníaca desse porte.
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PW, será que você não está impondo culpa em demasia? Pergunto isso pois em 90% das postagens você atribui a culpa a alguém, mesmo que aquela pessoa esteja denunciando a mentira e escancarando a verdade. Digo-lhe de maneira caridosa para reflexão, pois sei que a medida que usarmos será usada contra nós mesmos. Assim como, podemos cair na tentação de imputar aos outros verdades e julgamentos que não sejam necessariamente verdadeiros. Fique com Deus.
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Rafael,
Se vc pensar bem, verá que não se trata, propriamente, de inculpar a vida PRIVADA de alguém, de fazer futrica ou ficar de conversinha fiada na janela da realidade. Trata-se, sim, de tentar fazer uma avaliação POLÍTICA das ações de pessoas públicas e de ampla visibilidade, ações essas que têm reverberação planetária e atinge (nominalmente) centenas de milhões de pessoas.
Não fazê-lo, significa, dentro do nosso modesto e irrelevante quintal, brincar de cobra-cega sem o benefício de ter que encontrar alguém exceto, talvez, algum avestruz acomodado e sibarita no canto da sala escura.
Se os seus pudores contra a censura de ações públicas e notórias fossem procedentes, tendo-se em conta a premissa de que estamos a avaliar o procedimento externo de pessoas públicas – de internis nemo iudicat – , então, forçosamente, todos os jornais e periódicos deviam ser fechados.
Pois somente um néscio é incapaz de perceber que a maior ocupação dos jornais e periódicos é a de criticar ações que têm redundância sobre a vida social.
É preciso ocupar espaços. Quem não o faz, cede-os para o inimigo. E a Igreja está coalhada de inimigos por dentro e por fora. Só João XXXIII achava que a Igreja não tinha inimigos. Talvez em razão de todos eles serem seus cupinchas e comensais nos lautos banquetes que ele costumava oferecer nas representações diplomáticas guarnecidas de exuberantes adegas…
Mas esta já é outra horrível e gordurosa história…
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Amigo, se voce nao sabe o Cardeal Vigano esta escondio pois foi ameacado de morte apos as denuncias que fez. Mesmo que ele tenha errado o importante e que se arrependeu e agora esta lutando contra esses demonios que invadiram a igreja. Muito poucos tem a coragem de reconhecer o erro e tentar repara-lo. No minimo tem de se reconhecer sua coragem.
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Conclusão: a culpa é sempre dos outros.
O jesuíta argentino a que se refere com estas qualidades deve ser outro.
É bom ainda lembrar que a Igreja só tem um inimigo: Satanás. Parece, todavia, que isto ainda não foi percebido por muitos.
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Tem gente que não consegue compreender a essência máxima da mensagem Divina e do Cristianismo que é a conversão e o perdão, vive no passado e para o passado…
“…Ainda que seus pecados sejam vermelhos como púrpura, ficarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como escarlate, ficarão como a lã.” (“Isaías, 1:18)
O que importa no reino de Deus a Davi que adulterou e matou, a Pedro que negou Cristo 3 vezes e a Paulo que entregava os Cristãos à morte é que eles se arrependeram…
Não se trata de esquecer o passado, mas a confrontação do arcebispo Viganò por pensamentos da sua juventude não procede de Deus e nem serve à Deus…
Minhas preces são a favor do Papa Francisco, que ele ouça o Espirito Santo e se converta em instrumento do Criador na missão de conduzir a Igreja. E assim como Paulo advertiu Pedro, chamando-o à razão publicamente, louvo o arcebispo, que Deus o conserve das pedras que o maligno lhe atira e que nunca esmoreça…
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D. Carlo Maria Viganò subscreveu hoje o documento “Contra Recentia Sacrilegia – Protesto contra os actos sacrílegos do Papa Francisco”.
https://www.contrarecentiasacrilegia.org/pt/
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Caros amigos boa tarde! alguém sabe confirmar se na semana passada (05/11) houve de fato uma missa no STF , a convite de Dias Toffoli , celebrada pelo Pe. Reginaldo Manzotti ?
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Uma sugestão: seria interessante que o site publicasse uma matéria sobre essas indicações do Papa Bento XVI sobre a evangelização na Amazônia, evidenciando o fato de não se ter dado atenção a elas. Não sei onde procurá-las.
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Extremamente crítica a situação da nossa Igreja! o cerne dela que é Roma onde o vigário de Cristo rege a Igreja Católica tornou-se um lugar de grande abominação! Onde mais teremos uma referência de uma Igreja vinculado a Cristo que disse: sem mim nada podeis fazer. E agora o que fará a Igreja se oficialmente confiou a sua condução a Pachamama?
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“Talvez em razão de todos eles serem seus cupinchas e comensais nos lautos banquetes que ele costumava oferecer nas representações diplomáticas guarnecidas de exuberantes adegas…”
Em alusão a este comentário do PW acima, cabe lembrar que, continuar ou acabar com os ágapes no Vaticano é coisa fácil e mesmo válida a um papa, mesmo porque recentemente, por razões diplomáticas que ainda existem, um banquete foi realizado.
O que não se admite, em hipótese alguma a um papa, é assistir debaixo de suas barbas rituais pagãos e idolatrias.
Ao que tudo indica o mencionado comentarista é incapaz de ver diferenças naquilo que um papa deve fazer se quiser ou não e o que não pode fazer.
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Até onde sei, o Papa não trocou a fé em Jesus Cristo e Maria, não trocou o nosso creio rezado nas missas por qualquer outra crença. Ele apensa permitiu que se mostrasse as crenças destas culturas que existem na Amazônia.
Me parece que as imagens não foram colocadas para serem adoradas ou veneradas. Não tem sentido isso. Mas sim para mostrar as crenças destes povos das florestas.
O que é essa Pachamama? Pacha Mama ou Pachamama é a Deusa da fertilidade ou a maior Divindade feminina cultuada em diversas culturas – principalmente a Inca -, onde ela teve suas origens na mitologia do mesmo local. Seu nome deriva-se de Quéchua, uma antiga língua utilizada pelos povos andinos, anteriores aos Incas. Pachamama, tem o significado de “Mãe Terra” ou o verdadeiro significado como ” Mãe de todos”, lembrando que Mama é “Mãe”, e o Pacha como “terra”, “mundo”,”cosmos”, assim chamada também de “Mãe Cósmica”.
Quando os portugueses e espanhóis chegaram impuseram suas crenças aos índios. Agora o Papa permite que estes povos mostrem suas crenças. Mas não para nos converterem.
Mas isso dá pano para muitas mangas. Sigamos rezando e orando pela Igreja e nossos líderes.
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Se desse apenas pano para mangas, não estaria tão mau.
O problema é que está dando pano para muitas sujeiras e não há pano suficiente para limpa-las.
O comentarista Klauster tenta, isto sim, colocar panos quentes na fria em que o papa se encontra justificando o injustificável, aplacando o implacável e deturpando mais ainda o que já foi exaustivamente deturpado na fé e na religiosidade do catolicismo.
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Sabe de nada inocente…
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O que paira no ar é uma incerteza a cerca de tudo e sem tamanho. “Tiros” pra todos os lados, uma confusão sem fim, ninguém se entende com ninguém, convicções particulares estão à frente da Doutrina e Tradição. De Jesus pouco se ouviu falar! A confusão dos pastores, chegou até as ovelhas. Esse fato não foi levado em consideração!
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Jair Klauster. O Sínodo é da Igreja, e não da ONU. É (ou deveria ser) uma reunião do clero católico. Como católicos o nosso interesse é na Mãe Igreja e em Nossa Senhora, não numa “mãe terra” de origem pagã. A exposição e “procissão” da imagem dessa deusa andina pelo Vaticano só mostra o estado de confusão reinante na mente de parte do clero, Papa incluso. A Igreja sempre buscou evangelizar os pagãos. É missão dela. A paganização do mundo é algo mais “próprio” da Onu, Nova Ordem Mundial, Maçonaria,etc… Foi desnecessário, inoportuno e imprudente (provável idolatria) tal desfile. Sem contar o culto a essa deusa que fizeram nos jardins, com o Papa presente. Escandaloso isso. Mártires católicos morreram justamente por não prestarem culto a tais “divindades”. PS. para exibição de imagens, já existe o Museu do Vaticano. Não sob o trono da Igreja. Não sob o túmulo de S.Pedro.
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Força Mons. Vigano que o Espírito Santo o ilumine e fortaleça para nos ajudar a discernir o certo do errado, o bem do mal. Como é possível a casa mãe fazer nos tanta confusão, realmente estamos no tempo que são cegos a guiar outros cegos. Afinal o nosso maior amigo Jesus Cristo que deu a sua vida para nos salvar continua a ser atraiçoado por judas. Chega de heresias. Deus entregou a Moisés dez mandamentos : 1 Adorar a Deus e Amá-lo sobre Todas as coisas /Não invocar o Seu Nome em vão e só depois é que vem amar o próximo. Realmente quem não sabe amar a Deus não ama nem respeita o próximo. Estou bastante desiludida com a cúpula da Igreja com aqueles que a deviam proteger e amar e são os primeiros a por em causa tudo o que Jesus ensinou. O Engelho é enganador?!… Que Deus tenha Misericórdia e envie o Espírito Santo para iluminar o representante de Pedro antes que a barca afunde. Chega de heresias!…. Força para o Mons Vigaro e para o Don Sr Bispo Sheneider
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