IHU – Segundo estudo recentemente publicado, o número de católicos na Argentina caiu mais de 13 pontos nos últimos 11 anos, enquanto o número de evangélicos e de “pessoas sem religião” aumentou.
A Igreja Católica argentina não experimentou o “efeito Francisco” como alguns esperavam. A eleição do ex-arcebispo de Buenos Aires, em março de 2013, não conseguiu deter o declínio no número de fiéis na Argentina.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas de la República Argentina – CONICET, com uma amostra representativa de 2.421 pessoas, a proporção de católicos na população do país caiu de 76,5% em 2008 para 62,9% em 2019.
A reportagem é de Arnaud Bevilacqua, publicada por La Croix International, 26-11-2019. A tradução é de Isaque Gomes Correa.
Como em outros lugares, este declínio explica-se pelo efeito da secularização em um país que passou pela separação entre Igreja e Estado. Ao mesmo tempo, o número de participantes que informaram não ter religião subiu de 11,3% para 18,9%, com os evangélicos aumentando de 9 para 15,3%.
Os participantes do estudo responderam a uma pergunta direta sobre a eleição do papa argentino: 82% disseram que ela não teve impacto algum sobre a sua religiosidade e somente 8% disseram que ela fortaleceu as suas crenças religiosas.
Até mesmo o próprio papa acabou se tornando uma figura divisora no país: 27,4% dos respondentes o consideram um “líder mundial” a denunciar situações de injustiça no mundo, mas um número quase idêntico (27%) acredita que o religioso tem se envolvido demais na política e que isso tem atrapalhado a sua função espiritual.
Fratura geracional
O estudo, publicado em 19 de outubro, é a segunda parte de uma pesquisa nacional sobre crenças e atitudes religiosas na Argentina.
Desde a década de 1960, quando o censo nacional deixou de operar, a presente pesquisa serve como ponto de referência, focando-se na questão da afiliação religiosa. Em sua primeira edição, mais de 90% dos argentinos se declaravam católicos.
O estudo publicado este ano ilustra, sobretudo, uma grande ruptura geracional.
Entre os argentinos com idade de 65 anos ou mais, a proporção de católicos ainda é bastante alta (81,5%), mas é apenas 52,5% entre os jovens de 18 a 29 anos e 57,4% entre os adultos de 30 a 44 anos.
Por outro lado, a parcela dos “sem religião” aumentou quase 25% entre os jovens de 19 a 29 anos, em comparação com os menos de 8% entre os argentinos com 65 anos ou mais.
A distribuição é a mesma para os evangélicos: 20% entre os mais jovens, em comparação com 9,5% entre os mais velhos.
A pesquisa também revelou algumas disparidades regionais. Há uma maior presença dos que se identificam como “sem religião” na região de Buenos Aires, onde a parcela de católicos é uma das mais baixas no país (56,8%), número aproximado ao da Patagônia (51%).
De forma semelhante, as mulheres parecem mais religiosas: 65,3% declararam-se católicas e 16,9% declararam-se evangélicas, em comparação com os 14,5% das que disseram não ter religião.
Por outro lado, quase 1/4 dos homens (23,8%) definem-se como não tendo religião, em comparação com os 60% dos que se identificam como católicos e 13,6% entre os que se consideram evangélicos.
Sob o nome “concilio Vaticano II” se oculta a maldição divina e a esterilidade. A Argentina, caríssima Argentina, verdadeiro horto de tomistas, pela qualidade e variedade de nomes, mui diferente, neste âmbito, do triste Brasil, afunda-se na podridão protestante e no ateísmo prático.
Enquanto a depravação herética e cismática da dupla Roncalli Montini não for varrida dos ambientes católicos, só devemos esperar FRACASSO, VERGONHA e HUMILHAÇÃO.
Os seus obstinados e ridículos defensores, dentre os quais avulta seu legítimo intérprete o antipapa malignoglio SJ, deviam suplicar as luzes do Espirito Santo ou simplesmente sair de cena para sempre com toda a sua parafernália pós-circense plumosa e buchuda.
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O que mais me chamou a atenção nesse artigo foi a questão da ruptura geracional, quer dizer, as gerações mais novas têm menos fé que as mais velhas. Seria isso consequência da secularização da sociedade, de um lado, e de outro, da perda das tradições da Igreja, com o Concílio Vaticano II ???!!!
No mais, infelizmente, em todo mundo, em todos os países, vemos esse processo de esfriamento e perda da fé. Não é a toa que Nosso Senhor Jesus Cristo disse no Evangelho: “Mas o filho do homem, quando vier, será que achará fé sobre a terra?” (Lucas 18,8)
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A secularização da sociedade é um tipo de fenômeno; a da Igreja é outro. Ambos, porém, guardam certo nexo interno de mútua influência sobretudo se temos em conta o dialogismo bufão e o entreguismo promovido desde 1958.
A Igreja é o anti-mundo; o mundo é a anti-Igreja. Esta é a solução formulada pela tradição.
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E não há qualquer perspectiva de que essa tendência se inverta, a julgar pelo andar da carruagem vaticana. Ao revés, não tardará e a América do Sul até a metade desse século já não será mais católica de forma majoritária. Parabéns ao Concílio Vaticano II e aos propaladores do “espírito do Concílio” por esse enormíssimo feito. Sem sombra de dúvidas destruir a região mais católica do planeta é um trabalho para poucos.
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“Ao mesmo tempo, o número de participantes que informaram não ter religião subiu de 11,3% para 18,9%, com os evangélicos aumentando de 9 para 15,3%.” Ou seja, só que o que caiu mesmo foi o número de católicos, sendo que, destes católicos, boa parte deve ser ‘católico’ de estatística. Parabéns aos envolvidos.
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A Igreja Católica argentina experimentou sim o “efeito Francisco” que se chama heresia, apostasia e cisma.
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Parece ter sido um estudo sério, o que merece meus cumprimentos. Não trazem novidades, porém: a humanidade está cada vez mais voltada para o materialismo, o que ofusca sua consciência e capacidade de adesão à verdade revelada. Nas igrejas, a liturgia é celebrada com decoro e devoção, mas o coração das pessoas está aferrado demais à terra para depreendê-lo.
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O Brasil deve estar bem pior que isso.
Em muitos lugares a referência de fé e religião no dia a dia, mesmo para os não religiosos, são os ditos evangélicos. Quando as pessoas falam em “igreja” já não se refetem mais ao catolicismo. Conheço bem o Rio de Janeiro, sua periferia e cidades do entorno. Parece uma cópia (mal feita e mais caótica) dos guetos afro e de imigrantes pobres e suburbanos das grandes cidades americanas que vemos em filmes, com suas igrejas pentecostais, modas, música pornográfica e violência.
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O Rio de Janeiro é a simbiose entre Teologia da Libertação e o caudilhismo brizolista.
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Ainda mais diante de uma estatística religiosa tão triste na Argentina, deixo meu testemunho: voltei à Santa Igreja Católica no pontificado de Francisco. Muito obrigado, S.S. Papa Francisco, legítimo Vigário de Jesus Cristo na Terra! Agradeço também o incentivo para que procurássemos a Carta Encíclica “Haurietis Acquas”, do Papa Pio XII, de saudosíssima memória! Belíssimo documento! Agradeço também suas Cartas Encíclicas “Lumen Fidei” e “Evangelii Gaudium”, que tanto nos instruem na fé e no apostolado hodierno. E agradeço imensamente ter me tornado Congregado Mariano, que é a eleição sem a qual não posso mais viver. Eu era a “centésima ovelha” que estava desgarrada, já caindo no precipício infeliz dos pecados da carne e do paganismo, mas Vós, ó Senhor, me resgatastes através do Padre Paulo Ricardo no pontificado do Papa Francisco. Que Nossa Senhora cumule ambos de muitas bênçãos, e lhes dêem sabedoria e coragem em seus ministério e pontificado. A indispensável Barca de São Pedro não irá a pique no mar borrascoso do mundo moderno. Salve Maria Imaculada!
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