Por FratresInUnum.com, 17 de fevereiro de 2020 – A visita de Lula ao Papa Francisco foi um escândalo impossível de ser contido. A reação do povo foi tão rápida quanto doída.
Afinal de contas, se, de um lado, Lula não é mais representante de nenhuma instância do Estado, de outro, é um criminoso repetidamente condenado, um blasfemador que chegou a dizer que não precisava confessar-se, alegando “não ter pecado”, capaz de dizer que não havia pessoa mais honesta que ele em lugar algum, “nem na Igreja Católica”.
Recebendo-o, impondo as mãos sobre ele, dizendo-lhe que estava “feliz por vê-lo andando pelas ruas”, Papa Francisco lança-se de modo ainda mais veemente no descrédito em relação aos fiéis. Quem sai manchado deste acontecimento é Francisco!
Não bastasse termos de engolir tamanha rasgação-de-seda pontifício-esquerdista, rindo da justiça brasileira a valer, temos ainda de surportar os cathboys em sua infernética operação de amordaçamento dos críticos, lançando contra eles acusações morais deste tipo: “o católico não maldiz o papa, mas sim reza por ele”. São os bons-moços complacentes, os bajuladores de plantão, tentando blindar a opinião pública para que seja tão complacente contra eles diante desaa atitude insana de acolhida de Lula. Como se os fiéis, por amar o Papa, tivessem de permanecer silenciosos diante da instrumentalização do papado para fins políticos. Falsa dicotomia!
Argumenta-se: Francisco só recebeu um pecador, assim como Jesus o fez. Ora, mais do que isso, é importante ver quem Francisco não recebe: Dom Rogelio Livieres, heróico bispo de Ciudad del Este, morreu esperando uma audiência. Aliás, foi a Roma para tentar ver Francisco; não conseguiu e, pior, foi removido do cargo estando lá! Os cardeais dos dubia Caffarra e Meisner morreram aguardando uma palavra de Francisco. O Cardeal Zen, bravo combatente chinês, não consegue ser recebido de jeito nenhum! Já Lula obteve uma audiência com um simples pedido do presidente argentino e lá estava, em Roma, poucas semanas depois!
Mas, prossigamos.
A coisa se tornou ainda mais agressiva quando Lula publicou o vídeo da conversa, em que mostra um Francisco obeso, escutando os seus discursos demagógicos com gosto e afirmando com a cabeça como que se demonstrasse sua concordância com cada frase. No final, o Papa o saúda dizendo: “estou muito contente de te ver novamente andando da rua”.
Bem, argumentam os cleaners: “O Papa não disse nada de errado, ele não afirmou que Lula é inocente, não defendeu o socialismo”.
Ora, há muitas formas de fazê-lo sem o dizer. Palavras não são necessárias. Os atos, omissões, e muitas vezes, a ausência de palavras falam, e falam muito!
Por exemplo, a insistência de Francisco em conceder entrevistas a Eugenio Scalfari, o editor do La Reppublica, é uma clamorosa demonstração de que ele está pouco se lixando para as heresias que o senil jornalista reiteradamente atribui a ele. Muito mais do que isso, repetir as entrevistas demonstra que ele quer exatamente que seja assim!
Com a audiência a jato concedida a Lula, a batina de Francisco se tornou uma camiseta do PT. Como chefe de estado do Vaticano, nada mais inconveniente que receber um condenado de outro país; como chefe da Igreja Católica, não se sensibiliza minimamente para o absurdo simbólico do seu ato, que massacra a esperança de milhares e milhares de católicos fiéis. A imagem do Papa é emprestada a uma causa nefanda, em uma chancela tácita às maracutaias do petista.
Legalistas de plantão, ouçam bem: para apoiar uma causa, Francisco não precisa escrever uma bula papal e mandar ao cartório para reconhecer firma de sua assinatura. Ele pode, simplesmente, colocar-se na posição que os inimigos da Igreja desejam e agir exatamente como eles esperam. Isso basta.
Justamente em um momento em que o número de protestantes continua subindo em velocidade constante e em que o número de católicos está despencando, não era a hora para fazer de uma audiência papal um palanque político, e justamente para o Lula!