O leitor “fsantosneto” enviou o oportuno comentário que publicamos a seguir. Na verdade, os vírus são mero subterfúgio para a imposição ideológica dos dialogantes modernistas, inserindo-se na agenda de dessacralização que visa pura e simplesmente destruir o culto católico e substituí-lo pela da religião do homem. Só não fecham por completo as igrejas e mandam os fiéis rezar em casa (por enquanto…), pois de lá não é possível promover a $olidaridade. Afinal, não se pode abrir mão da coleta, mesmo sendo o vil metal muito mais perigoso para a propagação do que se pretende combater!
Lamentavelmente a grande maioria dos padres e bispos ignoram assuntos de microbiologia ou apenas conhecem aquilo que lhes foi ensinado nas escolas fundamentais, insuficiente para determinar ações ou tomar decisões como as que estão sendo aqui apresentadas.
A bem da verdade, trata-se de uma ignorância de conhecimento não obrigatório, mas, por outro lado, nada impede que padres e bispos tomem a devida orientação nas instituições públicas de saúde através de médicos e técnicos especializados no assunto.
A título de orientação sobre o assunto, cabe todavia esclarecer o seguinte: a hóstia e o vinho são produzidos sob boas condições de higiene, pelo que sabemos.
Estando ambos limpos e isentos de contaminação microbiológica na sua fabricação, qualquer contaminação no momento da distribuição da comunhão dificilmente poderá trazer qualquer malefício ao comungante, isto por uma razão muito simples:
– infecções intestinais, por exemplo, por ingestão de bactérias patogênicas ocorrem quando o produto ingerido possui contaminação elevada destas bactérias e suas toxinas já produzidas, coisa que a hóstia e o vinho não apresentam no momento da comunhão.
– a presença de uma unidade de bactéria ou fungo apenas (exemplificando) mesmo patogênica, na hóstia, dificilmente poderá causar algum dano ao comungante pois ela sozinha não sobreviveria ao ambiente ácido estomacal.
– dificilmente uma hóstia poderia conter colônias de bactérias no momento da distribuição a menos que, obviamente, tenha estado submetida a um ambiente totalmente inadequado e anti-higiênico. As colônias de micro-organismos patogênicos são o grande problema, pois.
– a menos que o comungante (ou o padre) esteja com a mão imunda, extremamente suja, a presença de uma unidade de fungo ou bactéria dificilmente irá trazer algum transtorno, como disse antes.
Estas devem ser as principais razões por que nos 2 mil anos de história da Igreja não ter havido casos comprovados de contágio.
Por outro lado, todavia, a presença de uma unidade de vírus apenas na mão (corona ou influenza, por exemplo) poderá esta sim trazer uma gripe braba ou outra doença viral, principalmente em época de pandemias. Neste caso, isto deve ser levado em conta nestas ocasiões.
Sem contar que ao momento da comunhão as pessoas terão tocado em dinheiro pouco antes, quando da collecta. Mas isso não tem problema. Creiamos num milagres, pelo qual toda sujeira que imprega cédulas e moedas, nada fará aos fiéis…
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Exceto pela infelicíssima ironia acerca da pretensa avidez clerical por dividendos – quem está minimamente próximo a uma estrutura paroquial ou diocesana sabe a ginástica que é preciso fazer mensalmente para as contas fecharem – a informação acerca da pequena possibilidade de contágio é relevante.
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Um padre da minha paróquia já fazia apologia da comunhão na mão. Agora, a diocese encontrou um bom pretexto para negar ao fiel a comunhão na boca determinando que esta seja feita, doravante, apenas na mão! Jesus, misericórdia!
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Em homenagem à complexa, dinâmica e desafiante interação existente entre a natureza, intensidade e frequencia do agente etiológico agressor com os complexos e dinâmicos mecanismos biológicos de defesa, adaptação e doença do Hospedeiro, nenhum comentário microbiológico, patológico, etiológico, etiopatogênico e ou epidemiológico.
No entanto, este largo espectro científico bem complexo e desafiante das ciências patológicas gerais não invalida uma singela atitude de boa vontade em prevenção.
Afinal, é melhor pecar por excesso de cuidado e amor ao próximo, do que pela sua falta.
Perfeito e Plenamente Sábio Só Deus, que Amorosamente compreende e perdoa suas limitadas criaturas humanas.
E, por derradeiro, um singelo e sincero testemunho. Por onde convivo e convivI na Igreja Católica há no mínimo 60 anos, eu desconheço a dita $olidariedade. Paz e Bem.
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A argumentação principal é que ao dar a comunha na boca, os dedos do padre pode tocar a saliva e em seguida tocar na próxima hóstia.
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E na mão não tem também o risco dos dedos do padre/ministro tocarem a mão contamimada de um receptor?
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A arquidiocese de Olinda e Recife não emitiu nenhuma nota precavendo os foliões do bloquinho da pastoral (promovido e apoiado) no carnaval. Nenhum folião foi alertado sobre os perigos de contaminação e acima de tudo dos pecados graves cometidos…mas isso não tem mais importância.
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Mais uma recomendação infeliz das autoridades, o fiel de maneira altamente improvável pegará a nova gripe através do recebimento da hóstia na boca (pegará por outras maneiras), o padre (ou o ministro da comunhão) também provavelmente pegará a gripe por outros meios e não através da administração na boca dos fiéis. Qual o medo??? Morrer servindo a Deus??
Como fica??? Receber o corpo de Cristo nas mãos ?!!! Chegaram ao absurdo de se retirarem a água benta das igrejas !!!!!! Pobres homens, que falta de fé!!! Desconhecem o milagre de Santo Antônio e o burro, existem vários relatos de doentes que vomitaram a hóstia e sacerdotes piedosos a consumiram em seguida!!!
E como fica o fiél? Ao peso de obedecer uma “recomendação” infeliz, acaba sim por sofrer uma imposição draconiana e ter por final a hóstia negada, como presenciei hoje. Padres sem fé. Se esquivam e negam a hóstia alegando uma pseudo obediência, nestes momentos são todos servos obedientes.
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Exatamente.
Quanto medo de morrer!
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Perfeito!!! É isso!
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Aos leprosos serão negados a vida eterna, disse o padre do século vinte e um enquanto esfrega a mão em álcool gel.
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Faço minhas as palavras do Prof. Carlos Ramalhete, que transcrevo abaixo:
Excelentíssimos e Reverendíssimos Senhores Bispos da Província Eclesiástica de Pouso Alegre, pela graça de Deus Nosso Senhor nossos bons pastores:
Escrevo preocupado em relação a um dos pontos presentes na recente orientação dada por Vossas Excelências Reverendíssimas em relação à preocupação com o contágio do dito coronavírus. É evidentemente correta a orientação dada aos fiéis para diminuir o contato humano direto (dar-se as mãos e ósculo da paz) e indireto (água benta) na liturgia, bem como a preocupação de que as igrejas estejam bem arejadas quando da celebração dos Sagrados Mistérios.
Por outro lado, a sugestão dada de “que se receba a Sagrada Eucaristia nas mãos, e não diretamente na boca” fere os mais basilares princípios de higiene epidemiológica e prevenção à contaminação. No caminho de casa à igreja nossas mãos tocam inúmeros objetos, em sua imensa maior parte anteriormente tocados por outras mãos, sendo elas a parte mais suja e com maior probabilidade de contaminação por micro-organismos em todo o corpo. Ao contrário dos sagrados ministros, todavia, não temos ocasião de higienizar as mãos antes da liturgia. Não se trata apenas do coronavírus, mesmo por não ter sido este, felizmente, identificado ainda em nossa Província Eclesiástica, mas de todo tipo de sujeira e doença, da hepatite ao cólera, da gripe comum às diversas formas de disenteria e verminose. Em termos de infestação por micro-organismos, a palma das mãos é várias vezes mais povoada por vírus e demais patógenos unicelulares que, por exemplo, a sola de pés calçados ou as nádegas.
Nossa cultura brasileira, graças a suas raízes indígenas, preza a higiene mais que praticamente qualquer outra; é comum que estrangeiros pasmem-se ao perceber que brasileiros praticamente nunca tocam com as mãos a comida que consomem, segurando com guardanapos os salgados e sanduíches, embalando os pães em sacos fechados até que sejam usados, segurando docinhos de festa pela forminha de papel, etc. Isto se deve à percepção cultural de que não é apenas possível, mas provável, que nossas mãos carreguem micro-organismos que nos fariam mal ao serem ingeridos. Lavamos sempre as mãos, mas não como os fariseus que viam na sujeira física um pecado, sem contudo perceber no pecado real uma sujeira da alma, sim para evitar o contágio pelos tantos micro-organismos patogênicos cuja sobrevivência fora do corpo humano, esperando a chegada de novo vetor vivo de transmissão, nosso ambiente quente e úmido permite frequentemente por dias a fio.
Enquanto o sacerdote lava as mãos antes de adentrar o presbitério e repete o ato no Ofertório, e demais ministros da Sagrada Comunhão certamente o fazem antes de tomar seus postos na liturgia, os fiéis simplesmente não têm ocasião de fazê-lo, chegando à igreja diretamente da rua, com as mãos carregadas de micro-organismos de toda espécie. Os fiéis presentes em qualquer missa dominical ou ferial brasileira, em sua quase unanimidade, chegando a uma lanchonete ou restaurante, fariam fila diante de uma pia para lavar-se as mãos e, ainda assim, interporiam por princípio e hábito uma barreira à contaminação na forma de um guardanapo ou equivalente entre a pele das mãos e a comida a ingerir. Seria adequado que esta medida culturalmente tradicional tão evidentemente saudável de higiene e cuidado com a saúde deva ser violada justamente para o recebimento da Santa Comunhão, mormente em tempos de pandemia?! Deveria o Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo tornar-se a única, ou quase única, ocasião de contaminação dos fiéis por ingestão de micro-organismos patogênicos?! Seria grave contratestemunho.
Far-se-ia assim prudente do ponto de vista epidemiológico retirar a orientação dada, substituindo-a, ao contrário, por ou bem orientação no sentido oposto, ou seja, de não receber o Corpo e Sangue do Senhor Sacramentado nas nossas mãos nuas e frequentemente imundas ou bem, melhor ainda, pela revogação, ainda que temporária, do indulto que permite aos fiéis receber nas mãos nuas o Santíssimo Sacramento. Medidas ulteriores poderiam ser tomadas, como colocar ao lado de cada ministro a distribuir a Sagrada Comunhão um assistente portando um recipiente com álcool líquido em que o ministro mergulharia brevemente as pontas dos dedos se sentisse ter feito contato com a boca de um fiel (o que, lembro, carrega mesmo assim chance infinitesimal de transmissão de patógenos, ao contrário do contato direto da Sagrada Hóstia com a palma da mão não-higienizada do fiel), mesmo tendo sido as mãos dos ministros higienizadas com álcool gel na sacristia, etc. Apenas impedir o recebimento do Santíssimo Sacramento nas mãos nuas pelos fiéis leigos, todavia, já seria enorme avanço no sentido de inibir as chances de transmissão de qualquer doença durante a sagrada liturgia. Que isso ainda teria excelentes efeitos no tocante ao respeito pelo Santíssimo Sacramento sequer é preciso dizer.
Trago respeitosamente à memória de nossos bons pastores que é sempre direito do fiel escolher receber o Santíssimo Sacramento na boca ao comungar, como nos lembra, inter alia, a Instrução Redemptionis Sacramentum em seu n. 92. A própria Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos reiterou a inviolabilidade deste direito em responsum dado em 24.VII.2009 a dúvida acerca, justamente, de determinação (não mera orientação) ilicitamente exarada por autoridade eclesiástica inglesa tentando inibir este direito com o fito exposto de “diminuir a possibilidade de contágio” pela então grassante pandemia de gripe H1N1. Bem sei que a negação deste direito não se opera em nossa Província Eclesiástica, onde houve apenas orientação, não tentativa de proibição do modo tradicionalmente ordinário e multissecularmente aprovado de recepção do Senhor Sacramentado pelo fiel. É contudo possível que haja ministros da Comunhão que, sem perfeita percepção da situação, venham a tentar impedir esta prática por moto próprio, o que seria lamentável em dois planos: a negação da lei da Igreja e o aumento – não diminuição – do perigo de contágio por micro-organismos patogênicos.
Devido à publicidade dada nas redes à orientação da Província Eclesiástica e a determinações que incorrem no mesmo problema de incompreensão dos aspectos epidemiológicos da situação feitas por outras dioceses, bem como à urgência do tema, em que vidas humanas estão em risco, tomo a liberdade de publicar esta carta em meu nome enquanto a envio a Vossas Excelências Reverendíssimas por via virtual.
Despeço-me implorando a nossos bons pastores sua bênção e suas orações, e colocando-me, como sempre, em perfeita obediência e disponibilidade a Vossas Excelências Reverendíssimas.
Na Quinta São Tomás,
em Carmo de Minas, Diocese da Campanha,
na festa dos santos Hilário e Macário,
no Sábado depois das Cinzas,
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Prof. Carlos Ramalhete
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