“Sede perfeitos, como vosso Pai celeste é perfeito” (Mt. 5, 48). O ideal, pois, da santidade pede do homem uma assimilação da vida divina. Ideal nobilíssimo, quanto mais o seja, mas que supera totalmente as forças humanas. Por isso, na sua inefável bondade, Deus nos enviou um modelo: seu próprio filho, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Para que ele fosse dos nossos, de nossa raça, nosso irmão, podendo legitimamente nos representar, deu-lhe uma natureza humana, formada do puríssimo sangue da Santíssima Virgem Maria; fê-lo nascer de mulher, como os demais homens, de maneira que a todo homem, ao vir a este mundo, Ele pudesse ser apresentado como o protótipo de santidade. Conclui-se que o homem se santifica na medida em que reproduz, na sua vida, a maneira de viver de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Disse alguém que nenhum homem é uma ilha, pois todo indivíduo se acha no seio de uma sociedade doméstica ou sua sucedânea, através da qual ele ingressa na grande sociedade civil. Jesus Cristo não fugiu à regra. Como homem, teve também sua sociedade mais íntima, seus familiares.
É o que se lê em diversos lugares da Sagrada Escritura.
É a São José que o anjo aparece para recomendar-lhe que fuja à ira de Herodes. É ao mesmo São José que, morto o monstro, o anjo adverte que retorne a Canaã com a Sagrada Família.
Maria Santíssima queixa-se a Jesus o ter-se afastado dela e de seu pai quando permaneceu no Templo, aos 12 anos. E a Sagrada Escritura diz igualmente que em Nazaré, Jesus era simplesmente o Filho do Carpinteiro.
Costuma-se dizer que São José é o Pai putativo, Pai nutrício, Pai legal, etc., de Jesus Cristo. Todas expressões verdadeiras, mas que terminam encobrindo o conceito mais profundo e exato de paternidade de São José. Pois que ele é de fato o pai da família nazaretana. E a razão exata porque São José é o pai da família nazaretana, é porque é o verdadeiro esposo de Maria Santíssima, a mãe daquela abençoada família. E como esposo legítimo e verdadeiro, participa da maternidade que sua esposa tem com relação aos frutos de seu seio, ainda que virginais.
Da posição de São José na Sagrada Família decorre o esplendor singular da sua pessoa e a extensão e valor do seu patrocínio.
Com justiça foi declarado por Pio IX patrono da Igreja Universal. E a Santa Igreja recomenda aos fiéis que se acolham sob seu patrocínio. Especialmente como patrono da boa morte é ele invocado, uma vez que teve a ventura de morrer nos braços de Jesus e de Maria Santíssima.
Dom Antonio de Castro Mayer, Heri et Hodie, março de 1986.
Publicado originalmente em 1º de maio de 2013.
Neste dia da Festividade de São José, Patrono da Igreja Universal, a quem Deus Pai confiou seu dois maiores tesouros sobre a terra: seu Divino Filho e Sua Santíssima Mãe; recorremos a sua proteção, para que arrependamos de nossos pecados, sobre tudo as afrontas contra sua Santa Esposa e a Igreja de seu Filho Adotivo. E a exemplo de sua vida silenciosa e humilde, aprendamos a sofrer com resignação e confiança na vontade de Deus. Santo Patrono da Boa Morte, pois teve a Grande Graça de morrer nos braços de seu Filho Jesus e sua Santa Esposa Maria Santíssima. Sempre após a reza do nosso Terço rezemos a belíssima Oração a São José: “A vós São recorremos em nossa tribulação…” (https://formacao.cancaonova.com/diversos/oracao-a-sao-jose-pela-santa-igreja/).
Como dizia Santa Tereza, que nunca havia pedido alguma graça a São José que não tinha sido atendida, peçamos a graça, não só contra esse epidemia, mas para a seu exemplo termos a graça de morremos nos braços de Jesus e Maria.
Casto Esposo de Maria, vos agrade nosso canto.
De nossa alma doce encanto, de nossa alma sois o amor.
Pai querido, ao vosso trono nossa crença nos conduz.
Concedei-nos que morramos entre os braços de Jesus.
(…)
Abençoai-nos, Pai bondoso, em nossa úitima agonia,
Um sorriso de Maria, um amplexo de Jesus.
Extraído do Hinos e Canticos Espirituais da Coleção FTD
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Apenas para se ter uma idéia da situação política da Itália e do Vaticano na época da consagração de São José como padroeiro da Igreja universal, o conclave que elegeu Pio IX foi realizado no palácio papal onde hoje é a sede do governo da Itália, tomado a força pelos revolucionários.
Valei-nos São José!
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Recatado, simples e desprovido de vaidades, hoje seria um antisocial, um simples carpinteiro e trabalhador, porém José era um homem que tinha a Deus como o centro de sua vida, daí as diferenças do modernista vaidoso e exultado!
Impressiona-nos como um homem simples, trabalhador e dotado de uma profunda humildade se tornou o maior Santo depois da Santíssima Virgem, José, o esposo de Maria; tão humilde, permanece escondido em sua história, apesar de tudo isso, por sua fidelidade é exaltado pelos milagres que por sua intercessão temos obtido.
São José devotou sua vida aos cuidados de Jesus e Maria, vivendo do trabalho de suas mãos, como carpinteiro sustentou sua família com dignidade e exemplo. A profissão de carpinteiro propiciava-lhe dignidade à família.
José era um judeu religioso e praticante pois consagrou o menino Jesus no Templo, logo depois que o menino nasceu e esse ato só era praticado na época por judeus piedosos. São José levava sua família regularmente às peregrinações de seu povo em Jerusalém, como, por exemplo, na Páscoa e numa dessas peregrinações em que, na volta para Nazaré, o menino Jesus ficou em Jerusalém conversando com os doutores da lei e o menino tinha, então, doze anos.
José e Maria, aflitos, voltam ao templo e encontram o menino Jesus debatendo com os doutores da lei e nessa ocasião, Jesus afirma que “Tinha que cuidar das coisas de seu Pai”, sendo a última vez que José é mencionado nas Sagradas Escrituras.
Todos os indícios levam a crer que José faleceu antes de Jesus começar sua vida pública, pois em caso contrário, ele certamente teria sido mencionado pelos evangelistas, como o foi Maria.
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