A orfandade de um pontificado: Bergoglio se volta contra a Igreja na Itália

Conte e Francisco
Giuseppe Conte, o atual Primeiro Ministro da Itália, e o Papa Francisco, rindo, rindo muito.

FratresInUnum.com – 1º. de maio de 2020 – Como noticiamos em artigo anterior, o governo italiano iniciou a “fase 2” no combate à epidemia do COVID-19 e, mesmo autorizando gradualmente a retomada de shoppings e museus, não permitiu a retomada do culto público às Igrejas. A reação dos bispos foi imediata! Desde a presidência da Conferência Episcopal até a bispos e padres individuais, houve uma forte manifestação de repúdio à injusta restrição da liberdade de culto aos cidadãos.

Há alguns dias, de fato, em uma homilia na Casa Santa Marta, o Papa Francisco disse, referindo-se à “repreensão” que um suposto bom bispo lhe fizera: “‘esteja atento para não viralizar a Igreja, para não viralizar os Sacramentos, para não viralizar o Povo de Deus’. A Igreja, os Sacramentos, o Povo de Deus são concretos. É verdade que neste momento devemos ter esta familiaridade com o Senhor desse modo, mas para sair do túnel, não para permanecer aí. E essa é a  familiaridade dos apóstolos: não gnóstica, não viralizada, não egoísta para cada um deles, mas uma familiaridade concreta, no povo. A familiaridade com o Senhor na vida cotidiana, a familiaridade com o Senhor nos Sacramentos, no meio do Povo de Deus”.

Alguns dias depois, o amigo íntimo de Francisco, D. Victor Fernández, arcebispo de La Plata (Argentina), “coincidentemente” escreveu que “pensamos em apoiar a vida interior dos fiéis e incentivar seu crescimento, encontramos a séria dificuldade de vê-los privados da Eucaristia durante muito tempo, prevendo também que essa situação possa se prolongar por vários meses” e que “não se constrói nenhuma comunidade cristã se esta não tem a sua raiz e centro na celebração da Sagrada Eucaristia”.

Contudo, esta semana, após a manutenção da interdição das missas pelo governo italiano e a consequente reação dos bispos, Francisco “mudou de ideia”. Na terça-feira, mais uma vez durante a homilia em sua missa diária, ele disse: “Neste tempo, no qual se começa a ter disposições para sair da quarentena, rezemos ao Senhor para que dê a seu povo, a todos nós, a graça da prudência e da obediência às disposições, para que a pandemia não volte”.

Na audiência geral da quarta-feira, Francisco disse que “devemos estar atentos para não ler essa Bem-aventurança (dos perseguidos) de maneira vitimista, de auto-comiseração. De fato, o desprezo dos homens nem sempre é sinônimo de perseguição (…). Portanto, há também um desprezo que é culpa nossa quando perdemos o sabor de Cristo e do Evangelho”.

Explicando a postura de Francisco, “um alto prelado vaticano” declarou a Vatican Insider que “mais do que rechaçar diretamente a dura nota da noite de domingo, o Pontífice quer evitar que prevaleça na CEI (Conferência Episcopal Italiana) a linha de confronto com o (poder) executivo italiano”.

Como explicar esta mudança? Por que Francisco se mostra tão disponível a recuar quando o assunto é o retorno das missas para os fieis italianos, justamente quando os mesmos são autorizados de, além de irem a supermercados e farmácias, a irem também a shoppings e museus?

Talvez seja interessante notar que o atual primeiro ministro da Itália, Giuseppe Conte, considerado como um homem muito discreto e até misterioso, foi um antigo estudante da chamada Villa Nazareth, Colégio universitário há muito tempo conduzido pelo Card. Silvestrini, um dos cabeças da esquerda católica nos tempos de João Paulo II. Villa Nazareh foi o ambiente onde se formou uma verdadeira elite que sempre esteve em contato estreito com a esquerda da Democracia Cristã, que, após a dissolução do partido, enveredou pelas sendas do mais franco progressismo.

Giuseppe Conte foi preceptor de estudantes na Villa Nazareth, mas houve um outro personagem, também este muito discreto, que subiu aos altos postos da carreira eclesiástica: o Cardeal Pietro Parolin, nomeado diretor de Villa Nazareh, o atual Secretário de Estado do Vaticano. Como noticiava Il Foglio, Conte “tinha contatos de altíssimo nível. Uma rede de proteção que hoje, não por acaso, permite-lhe ser o preferido das hierarquias por um governo que feche a porta ao Salvini que ostenta Rosários e abra a porta para os católicos sociais, que hoje velejam com o vento em popa”. De fato, Matteo Salvini havia levantado a sua voz em apoio aos bispos inconformados e aos católicos famintos.

Em resumo, não há nada de religioso, de espiritual, de devoto ou mesmo de humanitário por detrás de todas estas posturas cenográficas de Bergoglio. A única obsessão deste político vestido de branco é levar adiante o seu comício cotidiano e humilhar a Igreja inteira sob o seu absolutismo despótico. A Conferência Episcopal Italiana foi humilhada porque merece sê-lo. Ela escolheu submeter-se servilmente ao governo italiano e agora é tratada como escrava, e ainda é chutada pelos sapatos negros do ditador argentino.

Bergoglio é amante do poder e das cortes, não está minimamente preocupado com a população italiana ou com a epidemia. Giuseppe Conte guiou desastrosamente a Itália durante este período: sem visão, sem expertise; primeiro permitiu o total colapso do sistema sanitário e, depois, com o lockdown, uma crise econômica gigantesca que não para de se agigantar. Mas, em oposição a Salvini, é inteiramente respaldado por Francisco, que simplesmente dá as costas aos seus bispos e fieis.

Primeiro, naufragaram a “Igreja pobre e para os pobres”, os “pastores com cheiro de ovelha” e a “Igreja em saída”; agora, naufraga também a “sinodalidade”, mais um destes clichês criados pelo “papa ditador”.

Enquanto isto, Bergoglio envia o seu esmoleiro para sustentar um grupo de transexuais que se prostituíam em Roma porque, com a crise do coronavírus, “não têm mais clientes”.

Realmente, não há saída. Os fieis estão relegados à mais completa orfandade! O pequeno resto que ainda permanece fiel precisa reagir, com absoluta confiança em Deus e sem nenhum respeito humano.

10 comentários sobre “A orfandade de um pontificado: Bergoglio se volta contra a Igreja na Itália

  1. Consolo-me com as palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo: “Guardai-vos dos falsos profetas. Eles vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos arrebatadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinhos e figos dos abro­lhos? Toda árvore boa dá bons frutos; toda árvore má dá maus frutos. Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem uma árvore má, bons frutos. Toda árvore que não der bons frutos será cortada e lançada ao fogo.”
    Mateus VII, 15-19

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    1. Quais os frutos de Bergoglio?
      Não necessariamente nesta ordem, mas podem completar:
      1. Pachamama.
      2….
      Quando terminarem, cortem a árvore e lancem-na ao fogo.

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  2. Sinceramente, alguém consegue entender uma sentença que o papa diz? Isso não é normal, eu sou burro, mas já estou achando que estão me fazendo assim.
    Eu não ENTENDO NADA do que Francisco diz, seja numa entrevista, homilia ou documento papal.

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    1. Você levantou um ponto interessante que eu já havia notado. Comecei a pensar e colocar-me culpado pela incompreensão de minha parte.
      Até que me lembrei de ter passado por situação semelhante quando comecei a ouvir os pronunciamentos de uma dama que, posteriormente, foi defenestrada do palácio do Planalto.
      Resumindo: qualquer semelhança…

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  3. Há ainda alguém que consiga dizer “…mas o papa não quis dizer isso…”??? Talvez exista, já ouvi um luterano entusiasmado com as mudanças que Bergoglio promove, e segundo o pensamento dele a falta de vocações é culpa unica e exclusivamente do celibato. Claro que as palavras usadas no dia são impublicáveis!

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