Igreja, “hospital de campanha”?

Por FratresInUnum.com, 11 de maio de 2020 – Todos os chavões eclesiológicos inventados por Jorge Mário Bergoglio foram solenemente desmentidos por ele mesmo. Em sua primeira entrevista à revista dos jesuítas, ao Padre Antônio Spadaro, ele disse:

“Vejo com clareza que aquilo de que a Igreja mais precisa hoje é a capacidade de curar as feridas e de aquecer o coração dos fiéis, a proximidade. Vejo a Igreja como um hospital de campanha depois de uma batalha. É inútil perguntar a um ferido grave se tem o colesterol ou o açúcar altos. Devem curar-se as suas feridas. Depois podemos falar de tudo o resto. Curar as feridas, curar as feridas… E é necessário começar de baixo”.

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Um pouco adiante, o Papa Francisco ajuntou:

“Como estamos a tratar o povo de Deus? Sonho com uma Igreja Mãe e Pastora. Os ministros da Igreja devem ser misericordiosos, tomar a seu cargo as pessoas, acompanhando-as como o bom samaritano que lava, limpa, levanta o seu próximo. Isto é Evangelho puro. Deus é maior que o pecado. As reformas organizativas e estruturais são secundárias, isto é, vêm depois. A primeira reforma deve ser a da atitude. Os ministros do Evangelho devem ser capazes de aquecer o coração das pessoas, de caminhar na noite com elas, de saber dialogar e mesmo de descer às suas noites, na sua escuridão, sem perder-se. O povo de Deus quer pastores e não funcionários ou clérigos de Estado. Os bispos, em particular, devem ser capazes de suportar com paciência os passos de Deus no seu povo, de tal modo que ninguém fique para trás, mas também para acompanhar o rebanho que tem o faro para encontrar novos caminhos”.

Pois é, durante a presente pandemia, a Igreja Católica (falamos aqui de seu lado humano) foi tudo, menos um hospital de campanha; foi uma excelente funcionária do Estado, mas nada de Mãe e Pastora; zelosíssima com seus dízimos e ofertas, mas omissa em servir as almas; especialista em higiene, como uma ONG sanitária, mas não uma Igreja em sentido evangélico, pois resolveu encerrar-se em sua própria assepsia.

Fieis mortos sem sacramentos, pecadores não atendidos no fórum da confissão, filhos morrendo de fome eucarística, enquanto a esmagadora maioria de seus pastores os esnobam, escudando-se por trás de decretos governamentais e em dados alarmantes.

“Hospital de campanha”? Não, mas uma hierarquia da Igreja em campanha, em campanha política aberta, descarada, ostensiva, com o respaldo da mídia e deste Papa, cujo telefonema oportunista ao cardeal de São Paulo foi realizado justamente para ser instrumentalizado pela mídia e pelo governador de São Paulo, em seu afã ditatorial de manter os cidadãos num confinamento que não deu certo, como os próprios números demonstram.

A cúpula da Igreja Católica no Brasil age como uma instituição partidária e, assim como toda a esquerda, tomou como questão de honra o golpe de estado branco, parlamentar ou judiciário, usando a quebradeira econômica como motivo para a destruição do país e a inviabilização do governo legitimamente escolhido pelo povo.

Não há nada de “pastoral” neste lockdown eclesiástico. O arcebispo de Manaus, Dom Leonardo Steiner, homem de cúpula do PT, contrariando a decisão da Assembleia Legislativa do seu Estado, que considerou as atividades religiosas como essenciais, resolveu que, em sua arquidiocese, as Igrejas permanecerão fechadas. Ele também recebeu um telefonema “pastoral” do Santo Padre. E ainda tem coragem de dizer que a Igreja tem uma “presença samaritana”, “cuidadora”, na sociedade. Nada de se admirar se nos lembrarmos que, quando secretário geral da CNBB, o mesmo Steiner afirmou à Folha de São Paulo que “mais importante que a porcentagem de católicos no Brasil é quantas pessoas realmente buscam a justiça e vivem o amor até as últimas consequências”…

Enquanto isso, as Igrejas estão vazias e os católicos abandonados, como ovelhas sem pastor. Concretizam-se aquelas tristes palavras do Profeta Jeremias, em Lamentações (I,1-2):

“Como está deserta a cidade,

    antes tão cheia de gente!

Como se parece com uma viúva,

    a que antes era grandiosa entre as nações!

A que era a princesa das províncias

    agora tornou-se uma escrava.

Chora amargamente à noite,

    as lágrimas rolam por seu rosto.

De todos os seus amantes

    nenhum a consola.

Todos os seus amigos a traíram.

    tornaram-se seus inimigos”.

7 comentários sobre “Igreja, “hospital de campanha”?

  1. Se Francisco tivesse sido contemporâneo de Nosso Senhor Jesus Cristo, teria sido dos que Lhe disseram: “Tu tens palavras duras, quem pode suportá-las?”.

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    1. Concordo q a igreja deve sim apoiar seus fiéis e peço ao Espírito Santo q os ilumine pois tem cada um deles um rebanho q devem conduzir pelo verdadeiro caminho da verdade e da vida!!!! E q serão cobrados pelo seu descuido !!! Q a Mãe da Igreja os abençoe e proteja para q tomem a decisão certa visando nossas almas!!!

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  2. Nenhuma surpresa nos chavões eclesiológicos de Bergoglio a menos que não fosse comunista.
    Seu discurso acompanhará sempre o momento e a necessidade do padrão ONU.
    Seguirá conforme a batuta da OMS e dos gestores ocultos da Internacional Comunista (que alguns chamam de socialista).
    Não se surpreendam, jamais.

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  3. >>>Como estamos a tratar o povo de Deus? Sonho com uma Igreja Mãe e Pastora…
    Com todo respeito, quem é que liga para o que o Santo Padre sonha? Que se importem tanto quanto a respeito do meu, isso é, nada de necas. O meu, o dele e de qualquer outro vale o mesmo nada diante da atualidade perpétua do Corpo Mistico de Cristo; o que difere quem quer a igreja da aldeia global ou a igreja do gueto tridentino? Nada, a Igreja nao é dele e nem depende dos delirios e sonhos molhados desse e daquele?

    Papa Francisco não é o Cristo, é—apenas e somente—o papa; não tem que querer igreja alguma, tem que dar a todos aquilo que recebeu de Cristo.

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  4. Os católicos estão agonizando…
    Sinceramente o virus existe …mas nada de tao alarmante como estao pintando…
    O mais triste da doença em si, i e os fieis sendo enterrados como bichos sem a menor dignidade..sem os sacramentos, q são a vida da Igreja …triste., .esse artigo resume tda a nossa indignação…
    Com esse papado estamos como bem disse ovelhas sem pastor…

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  5. Com essa Pandemia a Máscara da Igreja Pós-Conciliar caiu de vez. Só não enxerga quem não quer. Fecharam a porta na cara do povo. Tem padre celebrando missa na TV para xerox de fotografia. Qual a finalidade disso? Para que serve esse clero. Pastores que na primeira dificuldade escondem-se e fecham as portas na cara do povo. Isso não será esquecido e se a frequência as missas já era baixíssima, mesmo aos Domingos, quando abrirem as igrejas ficarão literalmente às moscas. O povo não costuma se esquecer quando aqueles que deveriam encorajá-los e dar esperança e cuidado são os primeiros a virar as costas e fugir. O triste destino dessa Igreja Conciliar de mentira é acabar. Breve chegará o tempo que não haverão sequer fotos coladas nos bancos para “assistir” as missas.

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