
Francisco diante da Pachamama, a imagem que chocou o mundo católico.
FratresInUnum.com – 12 de maio de 2020 – Aonde é que Jesus Cristo está sendo mais traído, no Palácio do Planalto ou no Vaticano? Quem é que tem causado mais danos à fé católica, verdadeiro patrimônio constituinte da Igreja, um papa que assina um documento minuciosamente escrito para respaldar a heresia sem declará-la rasgadamente ou as piadas e tolices de um presidente da república semi-catequizado?
Para aqueles que acompanham as publicações deste blog, a resposta parece ser bastante clara, mas, circulando pela isentosfera católica na internet, percebemos que, quando o assunto é ir à fonte dos verdadeiros problemas, a galera desconversa e finge demência.
Padres e leigos, fulanos mais ou menos conhecidos, alguns que se notabilizaram na subida da onda bolsonarista em 2018, e que agora se dedicam, estufando o peito e falando grosso, a explorar cada palavra ou silêncio do mandatário brasileiro ou de qualquer outro personagem da política nacional, na tentativa de proteger a pureza dos católicos contra estes execráveis perigos à sã doutrina, enquanto se dedicam ao mais devoto silêncio ou ao passapanismo descarado quando o assunto são os erros de Francisco.
Honestamente falando, é impossível que alguém possa ser entusiasta de São Pio X, ou mesmo de Bento XVI, e do Papa Francisco ao mesmo tempo! A não ser, é claro, no caso de alguém que vendeu completamente a sua consciência para a oficialidade e esteja disposta a dizer que “o negro é branco” só para não desagradar as autoridades eclesiásticas.
Não sejamos hiprócritas, todo mundo sabe muito bem quem aqui está errado, quem é herege ou suspeito de heresia, quem é católico ou quem odeia o catolicismo até às vísceras. Os progressistas não são e nunca foram papistas, apenas são bons de faro e percebem muito bem para que lado puxa Francisco. Os “conservadores”, quando não querem fazer carreira ou manter-se na sua posição, apenas fingem aquele papismo falso, para proclamarem a própria fidelidade institucional, enquanto vivem acusando heresias à torto e à direito justamente para desviar a atenção dos seus ouvintes das heresias de Francisco e desorientá-los por completo. Estão do lado do lobo, não das ovelhas.
Será que os treteiros de plantão, os caçadores de hereges, os radares de opinião, os fiscais da moralidade alheia, os valentões das postagens, os confessores da ortodoxia verbal, os doutrinadores políticos puristas, os defensores da humanidade desprotegida, estes mesmos, não poderiam emprestar um pouco desta sua suposta coragem para enfrentar os seus chefes? É muito fácil ter coragem para enfrentar políticos contra os quais toda a hierarquia está mobilizada e dos quais jamais receberão o mínimo contra-ataque! Aonde está a valentia destes homens para enquadrar a hierarquia traidora, diante da qual eles ficam calados e baixam a cabeça como cadelas procurando o dono?
Os católicos estão sendo continuamente afrontados não fora, mas dentro de sua própria Igreja; estão sendo silenciados, invisibilizados, sufocados no seu grito. Uns aplicam o magistério do porrete e outros chegam em seguida com o magistério da anestesia, mas a violência não para de ser perpetrada, enquanto estes mesmos senhores se fingem de populares, pastores com cheiro de ovelhas, servos do povo de Deus…
Até quando vamos tolerar este fingimento? Os católicos precisam estar alertas contra estes desinformadores que se valem da sua posição clerical ou da nossa boa-fé para nos paralisar em nossa resistência, enquanto eles se beneficiam às nossas custas para os seus projetos de carreira eclesiástica ou de futura projeção política.
Eles sabem muito bem quem é o Papa Francisco e quais são os seus absurdos, sabem quem são os nossos bispos e o quanto eles já se distanciaram não apenas da fé, mas do povo católico. Eles sabem muito bem que estão mentindo, que são protagonistas de um jogo de comunicação calculado para ludibriar a opinião pública e aliviar as críticas a este papa esquerdista, e continuarão a fazê-lo enquanto não forem desmascarados.
Desconfie de todo herói que apenas bate em bolas de sabão e faz guerras meramente verbais, que luta contra indivíduos isolados, que enfrenta exércitos virtuais, mas que, diante do seu chefe, fala fino e lambe-lhe as botas. É nisto que consiste o seu heroísmo, é nesta mentira que se resume a valentia dos covardes.