Por FratresInUnum.com, 12 de junho de 2020 – Como expusemos em artigo anterior, o jornal “O Estado de São Paulo” fez uma reportagem maliciosa sobre uma reunião de representantes de TVs Católicas com deputados e o presidente da República. O mais impressionante foi a reação quase imediata da Comissão Pastoral da Comunicação da CNBB, que não hesitou em qualificar a reunião como “barganha”. A partir daí, a avalanche de ataques não parou de acontecer, especialmente por parte da ala progressista da Igreja Católica.
A melhor resposta, porém, foi dada pelo arcebispo de Curitiba, Dom José Antônio Peruzzo. Atendo-se aos fatos públicos, ele escreveu ao seu clero: “a reportagem do Estadão foi inteligentemente malévola: divulgou o acontecimento com grande tardança e os apresentou em distorções grosseiras. Outros grandes jornais do país também acompanharam e nada publicaram. Acaso o Estadão é o único ‘concessionário da lucidez’? Pareceu maldade encomendada. Tudo se tornou ainda mais debatido depois da nota do setor de comunicações da CNBB. Também foi uma nota infeliz. Foi detrativa. Embora especialistas, tomaram como veraz uma reportagem viciada. E puseram-se a falar que a Igreja não aceita barganhas. É uma pena que chamaram de barganha o que e quem nada barganhou. Basta verificar e acompanhar toda a reunião”.
Diante de toda a celeuma provocada, por enquanto, nem Comissão de Comunicação nem a Presidência da CNBB publicaram alguma retratação. A omissão é especialmente grave, visto que esses canais de televisão são praticamente a única recordação ao povo simples da existência da Igreja Católica, nesses nossos dias de pandemia e o lockdown sacramental das dioceses. É impróprio alegar que a medida não traga consequências, pois as emissoras sobrevivem da contribuição dos fieis e podem, sim, ser profundamente prejudicadas pela difusão de informações falsas.
A não retificação não é isenta de consequências legais, tanto civis quanto canônicas. Civilmente, podem ser facilmente processados por calúnia. Mas a situação não é diferente do ponto de vista canônico.
A Lei da Igreja não é tão complacente com crimes contra a honra quanto possa parecer à primeira vista. O Código de Direito Canônico prevê o crime, bem como a sua penalização: “Quem apresentar ao Superior eclesiástico outra denúncia caluniosa de delito, ou por outra forma lesar a boa fama alheia, pode ser punido com pena justa, sem excluir uma censura. O caluniador pode ainda ser compelido a dar a satisfação conveniente” (c. 1390 § 2-3) e também: “Pode ser punido com pena justa em conformidade com a gravidade do delito: quem afirmar alguma falsidade em documento eclesiástico público” (c. 1391, nº 3).
Mesmo que nenhum dos interessados quisesse abrir um processo canônico em um tribunal eclesiástico contra qualquer um dos responsáveis pelas entidades que assinaram a nota, poderia apresentar uma queixa diretamente à Congregação para os Leigos, à Congregação para os Bispos e ao Pontifício Conselho para as Comunicações sociais, todos no Vaticano, para obter alguma resposta por parte da Igreja.
A este propósito, como a nota foi pública e moveu escândalo entre os fieis, qualquer pessoa poderia manifestar a sua queixa, pois o delito foi notório e inflige diretamente as leis eclesiásticas, dando espaço a que os fieis acionem a justiça da Igreja. É muito triste que, ao invés de procurarem os interessados e se inteirarem de um vídeo público, organismos da Igreja se juntem apressadamente a jornalistas para atacar caluniosamente “dissidentes” da corrente única (a da Teologia da Libertação) na Igreja do Brasil, a despeito da “pluralidade” que dizem defender.
Seria muito desejável que houvesse uma reparação às TVs católicas e que os mesmos que as ultrajaram viessem a público para se retratar. Sua pressa político-ideológica fez com que cometessem uma ação desastrada e danosa para a própria comunhão da Igreja, que eles dizem tanto defender.
Pois é, mesmo Dom Peruzzo se manifestando os orgulhosos sa CNBB, deixaram os grilos cantando…
Oremos !
CurtirCurtir
Com todo o respeito, mas a referida nota do setor de comunicacão da CNNB causa indignação, e é ofensiva às dezenas de milhões de católicos simples e humildes que em nossas centenas de dioceses pelo Brasil assistimos ao conteúdo católico nelas veiculados (Terços, Novenas, Homilias, Catequeses, Conferências, Direções Espirituais, Palavras de Esperança e Vida), sempre em comunhão com o Santo Padre, e o decreto Inter Mirifica do Papa São Paulo VI.
O próprio Papa Francisco elogiou a Charis, ligada à Renovação Carismática Católica pelo conforto espiritual que tem levado a milhões de pessoas em todo o mundo nesse período da tribulação da Covid-19, pedindo paternalmente e incentivando-os a continuar esse serviço evangelizador. E sabemos que aqui no Brasil a Rede Canção Nova de Televisão e Rádio é a grande força evangelizadora desse movimento de leigos elogiado pelo próprio Papa Francisco.
Acredito que as Redes de TV Católicas, todas elas, nossos Bispos, Padres e Leigos devem reagir com sabedoria, mas também coragem, à ofensa desse setor de comunicação da CNBB, que sem ter ouvido os mais de 400 Bispos Brasil, pensa poder emitir falso testemunho, pecando contra o 8º Mandamento da Lei de Deus. O que é grave.
Aqui o vídeo do Papa Francisco, de 30 de Maio de 2020, há menos de quinze dias atrás, elogiando o trabalho da Charis e da Renovação Carismática Católica, pelos seus meios de comunicação:
https://www.youtube.com/watch?v=uiY83yGZhD8
CurtirCurtir
O elogio do Santo Padre em questões de evangelização tem o mesmo efeito dum elogio do Muhammad em qiestoes de celibato.
Me dói dizer que a opinião do Papa serve mais de barômetro para o contrário do que qualquer outra coisa.
CurtirCurtir
Dom Lefebvre disse que o Concílio Vaticano II foi a Revolução Francesa dentro da Igreja. Sendo assim, tem 2 pensamentos vigentes, assim como a gnose que é dualística: a esquerda (panteísta) e a direita (mística). Esse pessoal das “Tv´s católicas” estão longe de serem católicos! É um pessoal que representa o movimento místico, carismático, pentecostal, muito mas muito longe de ser católico, assim como a turma da teologia da libertação!
Não podemos ser apenas católicos?
Não dá para passar pano para esse pessoal dessas Tv´s que fazem os maiores absurdos contra a Santa Igreja Católica! Espero que este canal também não esteja do lado do Bolsonarismo!
A direita vêm com o discurso da moralidade, mas quando chega ao poder, pratica tudo aquilo que disse combater. Engana muito mais os católicos! Vamos ficar atentos!
CurtirCurtir
Acusação muito genérica Felipe. Você pode estar certo quanto à Canção Nova, mas não há esse carismatismo na Tv Pai Eterno.
CurtirCurtir
“A esquerda (panteista) e a direita (mística)”
COMENTÁRIO: forte cheiro de Gnomo.
O Cardeal Jean Danielou SJ, de funesta memória, mas que Deus o tenha, avalia com mais propriedade qual é a tentação de ambos os lados.
O misticismo da falsa direita é superlativamente panteista. Só o Professor
Gnomo de Jardim nao conseguiu perceber isso.
Mais estudo e menos papagaice!
CurtirCurtir
Marcus, certamente há. Não é preciso nem muito esforço de assistir, o então padre promotor da piedade das mãos ensanguentadas é historicamente um proto-protestante, potestade da famigerada RCC. Quanto a devoção, eu, como leigo, não tenho o que falar, mas por muito a estranho.
A TV Pai Eterno é muito “mais melhor” que a Canção Nova, por exemplo, mas ela está associada de sangue e carne com a RCC.
Isto é fato.
CurtirCurtir
A CNBB tem que acabar!
Era só isso mesmo. Tchau.
CurtirCurtir
Incorreu no cânone citado (que eu desconhecia porque não sou entendido de Direito Canônico) Sua Eminência Reverendíssima (e baixíssima) Dom João Braz Cardeal de Avis, Prefeito da Congregação para os Religiosos, quando deu uma entrevista a uma revista ofendendo gravemente a honra do fundador da Toca de Assis, padre Roberto Lettieri.
CurtirCurtir
“Braz de Avis”: o sobrenome é lindo, sonoro, evocativo, épico, é forçoso confessar, mas a tintura do cabelo…
CurtirCurtir
Quem conhece padre Roberto que o compre, e se puder, compre meiquilo de honra. Eu ainda não me esqueci do que ele fez com Dom Rifan, mui Excelência, quem eu também recomendo dividir, se puder, a metade do quilo.
Dom João, que Deus abençoe, ao menos é homem de só uma cara; pudera se fosse homem de só uma cor de cabelo.
CurtirCurtir