Prossegue atuação de grupos de pressão para acirrar divisão na Igreja e na CNBB.

Por FratresInUnum.com, 31 de julho de 2020 – Foi divulgada ontem uma carta de apoio à carta dos bispos petistas contra o presidente da república. Apesar de que se tenha publicado que havia mais de mil padres signatários, a verdade é que houve 879 padres, 6 irmãos, 114 freis (dos quais não sabemos quantos são ordenados) e 59 diáconos (dos quais não sabemos quantos são permanentes).

Mesmo que o número possa impressionar num primeiro momento, a verdade é que, num universo de 27 mil padres, o número representa apenas 3,9% do clero brasileiro, de modo que há ainda 96,1% dos padres que não coadunam formalmente com esta radicalização e divisão. Ademais, a carta não revela a idade média dos signatários, que, desconfiamos, será bastante alta.

Em todo caso, o fator mais importante para a análise do fenômeno não são os dados meramente estatísticos, neste caso muito baixos e inexpressivos, mas são outros quesitos, que pensamos serem mais determinantes:

Verdade objetiva. Não podemos jamais equivaler a ideologia com a realidade. As filosofias que enfatizam demais a narrativa ou apenas as articulações dos discursos pressupõem a inexistência da verdade, coisa que é flagrantemente mentirosa. A verdade não apenas existe, como ela é a maior força que move o mundo. Esses padres podem protestar o quanto quiserem, mas os seus protestos não terão o sufrágio do povo fiel exatamente por irem contra os fatos, por serem incoerentes.

Tendência do processo histórico e o momento atual. Um movimento popular que seja contrário ao processo histórico em andamento não pode ter sucesso se não estiver identificado com os sentimentos em voga na própria população. O petismo e todos os movimentos que lhe são solidários recaíram sob a hostilidade do povo como um todo. A própria CNBB recaiu sob a mesma hostilidade e está numa crise de credibilidade na sociedade brasileira, depois de terem apoiado de modo tão acrítico os movimentos de esquerda. Se esse processo não for revertido, a Igreja perderá toda a sua credibilidade.

Adesão da opinião pública e índices de crescimento religioso. Não existe no Brasil nenhuma localidade em que exista um índice de crescimento da Igreja Católica, enquanto os índices de crescimento das comunidades pentecostais, intrinsecamente conservadoras do ponto de vista moral, não param de crescer. Essa defasagem católica, causada pela teologia da libertação, não poderá ser resolvida com mais teologia da libertação. Além disso, essa defasagem, ainda mais representada por número tão pouco representativo do clero, é maximamente pouco incisiva sobre a opinião pública.

Desmoralização intelectual da teologia da libertação. Quando aconteceu o assalto da Teologia da Libertação na década de 70, o povo católico não estava minimamente preparado, ninguém sabia do que se tratava. Hoje, está todo mundo muito advertido, inclusive pelo próprio Magistério da Igreja, de modo que a sua tentativa de ação contra o laicato provocará uma reação proporcional do próprio laicato, com o sepultamento definitivo desta ideologia, sepultamento que lamentavelmente não aconteceu até hoje. O discurso da TL está desgastado, os partidos de esquerda estão desmoralizados, não lhes resta senão o uso do jus sperniandi. É justamente o que eles fazem com essas notas e cartas.

Efeitos colaterais. Manifestações como essas não são isentas de um efeito colateral importante, que é a localização de onde estão os elementos de esquerda mais radicais no clero. O povo agora pode saber quem são, onde estão e como atuam. Desta forma, a neutralização desses agentes comunistas dentro da Igreja pode ser mais facilmente realizada pelo laicato, não necessariamente de modo belicoso.

Divisão na Igreja. Se a Igreja já está num processo social de enfraquecimento, quanto mais se ela se dividir por questões políticas tão ideológicas. A aposta do clero libertador é usar este momento atual como ponto de ignição de um processo revolucionário que detone a revolta na parte esquerdista do clero. Dentro dos grupos libertadores, agora o debate é “como tirar os neutros de cima de muro” e acirrar ainda mais o debate. Se os bispos morderem a isca, começarão um processo de desgaste eclesial interno ainda maior que, somado aos desgastes da epidemia, do abandono dos fieis, das dificuldades pastorais presentes, será insuportável e não poderá ter uma longa sobrevida. O corpo eclesial sofrerá demais com o agravamento dessa divisão.

Uma análise calma e atenta nos mostrará que, embora os inimigos históricos da Igreja estejam comemorando de modo tão efusivo essas manifestações de racha e contenda, na verdade, o caminho mais sábio e mais prudente não é este. A Igreja não está em condições para enfrentar uma oposição generalizada, por dentro e por fora; ela já não goza mais do prestígio que gozava justamente por embrulhar com suas bandeiras essas máfias políticas; e, sobretudo, não podemos perder os fieis que ainda nos restam e que são amorosos, devotos, piedosos e sinceros.

Por que Bolsonaro não respondeu à provocação dos bispos petistas?

Por FratresInUnum.com, 30 de julho de 2020 – Saiu hoje uma análise interessante da Profa. Ariane Roder, da UFRJ, cientista política, segundo a qual o presidente Jair Bolsonaro resolveu não responder às críticas dos bispos petistas da CNBB por razões de “sobrevivência política”.

A análise da professora é especialmente interessante sobretudo por causa da inversão total da realidade objetiva.

Na verdade, o presidente da república não respondeu às provocações porque elas são superlativamente irrelevantes. Não possuem a mínima importância. Os bispos não têm mais apelo popular algum, tornaram-se um gueto que fala apenas para si mesmo, especialmente depois da sua resposta eclesialmente suicida à epidemia do vírus chinês.

Não é o presidente que precisa sobreviver politicamente, mas a Igreja no Brasil, especifialmente sua hierarquia, que precisa sobreviver (e em termos estritos). Apesar de não sermos militantes de nenhum movimento político, não podemos negar os dados objetivos: veja-se, por exemplo, a recepção que o presidente teve hoje no Piauí, tradicional rincão eleitoral do PT. Isso nada tem a ver com crise de popularidade…

Não existe no Brasil sequer um índice estatístico que demonstre algum crescimento da Igreja Católica. Ela está definhando enquanto as igrejas protestantes estão crescendo exponencialmente e atingirão a maioria da população na próxima década.

Ontem, o ex-senador Magno Malta fez em seu perfil do instagram um vídeo de comentário à tal carta que deveria causar profunda vergonha nos seus signatários, pressupondo que os mesmos fossem passíveis a tal sentimento. Em poucas palavras, ele simplesmente desmascarou o petismo flagrante dos bispos, mostrando que os mesmos sempre ficaram calados diante dos crimes do PT e, pior, diante de todas as blasfêmias cometidas pelos movimentos feministas e LGBTs, enquanto eles, os evangélicos, estavam defendendo o que seria a honra da Igreja Católica.

É verdade!

Adoecidos pela teologia da libertação, os bispos se tornaram defensores de todos os inimigos da Igreja, bajuladores da esquerda imoral e criminosa, amordaçaram os católicos que lutam em defesa da vida e da família em um discurso politicamente correto, enquanto a militância pela defesa da moralidade se tornou uma prerrogativa exclusiva dos pentecostais, sempre ridicularizados por eles como “obscurantistas” ou como suspeitos de uma mistura entre “religião e poder” (promiscuidade pela qual sempre primaram quando o assunto foi construir um país comuno-petista).

Enquanto os petistas amargurados da CNBB atacam o presidente da república, os pentecostais saem às ruas em demonstrações fervorosas de oração e, também por isso, conquistam o povo brasileiro e se tornam a força política mais importante, aqueles que são relevantes tomar como interlocutores.

Não é à toa que, ao ponto de nomear Renato Feder como ministro da educação (o que seria um desastre, dada a ligação dele com as fundações internacionais globalistas), foi um telefonema de Silas Malafaia que impediu o presidente de tomar esta infeliz decisão, levando-o a que nomeasse, por fim, um pastor, Milton Ribeiro, da Igreja Presbiteriana. A indicação não foi do Pr. Silas, mas o veto, sim.

Ora, aqueles que amam a Igreja Católica precisam encontrar algum modo de acordá-la desta psicose destrutiva, deste fanatismo partidário. Sabemos que a mentalidade comunista cega as pessoas e as torna completamente impermeáveis à realidade. No entanto, sem um profundo choque de realidade, a Igreja Católica brasileira segue para o mais trágico naufrágio.

Nesta altura do campeonato, talvez o único recurso que tenhamos à disposição seja a pura e simples humilhação pública. Por amor, os católicos brasileiros precisam começar a humilhar intelectual e moralmente a CNBB, mostrar que eles estão loucos, abalar profundamente as suas crenças políticas tendenciosas, mostrar-lhes que eles estão se atirando (e nos atirando) para o precipício.

Desgraçadamente, essa arrogância institucional, esta soberba coletiva, misturada com a cegueira ideológica, fez com que a nossa Igreja se diluísse na mais completa desimportância no contexto nacional. É melhor para todos que os nossos líderes sejam humilhados agora do que termos de pagar o preço de uma humilhação histórica, da aniquilação social da Igreja Católica em nosso país.

Tudo que os comunistas tocam vira esterco. E isto está acontecendo com a nossa Igreja há décadas. Quanto tempo ainda precisaremos para refazermos humildemente o caminho de retorno?

Grupos de pressão se articulam em apoio aos bispos petistas.

Por FratresInUnum.com, 29 de julho de 2020 – Os católicos do país estão acostumados a ver movimentações eclesiásticas estranhas sem entender qual exatamente é a sua fonte. Os leigos não entendem nada, mas continuam assistindo coisas esquisitas acontecerem e não sabem exatamente o que fazer.

REDES SOCIAIS: das “Tias do Zap” aos Heróis da Resistência
Padres de esquerda em sua versão “tias do zap”.

Desde a eleição de 2018, quando a esquerda perdeu o protagonismo do debate político público, os grupos progressistas se confinaram em seus próprios círculos de debate, tentando encontrar meios para pressionar tanto a sociedade quanto a hierarquia da Igreja e, para isso, utilizam o mesmo método: lançam alguma provocação agressiva, a qual é posteriormente endossada por grupos de pressão, que publicam notas que só eles mesmos leem, mas que, multiplicando-se, criam a narrativa de um consenso absoluto, de uma aprovação oriunda, por assim dizer, de toda a humanidade.

Um exemplo claro disso foi a afrontosa e criminosa declaração do Padre Edson Adélio Tagliaferro, da Diocese de Limeira, que acusou numa homilia todos os eleitores do presidente da república de pecado e chamou-o, na sequência, de bandido. O padre não apenas se excedeu – como declarou a diocese posteriormente, minimizando a sua ação –, mas realmente cometeu calúnia grave e poderia ser processado por isto.

A metodologia posterior foi rigorosamente a mesma: o fato foi noticiado pela grande mídia e explodiu em sites de esquerda; em seguida, surgiu uma “repreensão” moderadíssima do seu bispo, que tomou distância daquele ato e pediu desculpas, apenas para evitar qualquer medida processual contra a diocese; depois, vieram as notas de apoio de diferentes grupos de esquerda, especialmente de um grupo autointitulado “Padres da caminhada”, um de grupo de padres da Teologia da Libertação que se articulam em todo o Brasil. Neste vídeo, o Padre Edson Tagliaferro agradece a cada um dos grupos apoiadores, citando, inclusive, este grupo de pressão, os “Padres da Caminhada”. A última versão da carta de apoio conta com 512 signatários, número irrisório, considerando-se que temos 27 mil padres no Brasil (mas que pode ser útil para traçar um mapa de onde se esconde o clero progressista brasileiro).

Agora, com a nota apócrifa escrita pelos bispos petistas e publicada à revelia da CNBB, o protocolo foi o mesmo: primeiro, a carta “vazou” na grande mídia – no caso, em nada menos que na Folha de São Paulo; depois, a CNBB tomou distância oficiosamente e, agora, começam a aparecer os apoios dos grupos de pressão.

O grupo “Padres da caminhada” está organizando um abaixo-assinado em apoio à Carta dos bispos petistas, obviamente com o objetivo de engrossar o coro e se articular ainda mais. É interessante notar como querem pegar números celulares de padres para aumentarem grupos de WhatsApp, a fim de afinarem a articulação e fazerem pressão simultânea sobre o episcopado, para puxá-los para a esquerda de modo cada vez mais declarado. Seria a versão “cebísta” das estigmatizadas “tias do zap”?

Outras organizações, também minoritárias e irrelevantes, lançam notas de apoio, como o Conselho Nacional do Laicato, o Conselho Justiça e Paz, o Centro Nacional de Fé e Política, o Núcleo de Estudos Sócio-Políticos, para dar impressão de endosso popular e criar aquela atmosfera de encorajamento totalmente artificial.

O problema dessas manifestações é que todas acontecem em um clima de segredo, quase como o de uma “sociedade secreta”, propiciado por pessoas que se sentem ameaçadas e estão acuadas, por não terem nenhuma conexão com a população real. O povo, por outro lado, nem se dá conta dessas manifestações; ao contrário, quando fica sabendo de algo, é com muita estranheza que o sabe e não se sente minimamente incluído em nada disso.

Em outras palavras, essas articulações são internas e de grupos que se comunicam entre si e falam apenas para si mesmos. Podem surtir algum efeito sobre a Conferência Episcopal, mas será sempre para a sua própria desmoralização social, pois o povo brasileiro está caminhando para outra direção. Este é um triste espetáculo de se ver: um grupo de padres idosos idealistas, que nunca saíram do “maio de 68” e estão no crepúsculo de suas vidas, aprisionados em seu próprio delírio.

Desgraçadamente, esses senhores apenas desmerecem a imagem da Igreja Católica no Brasil, já definhando pelo abandono em massa dos fieis, acelerado muitíssimo por esta epidemia, e que agora ainda tem de assistir tão deplorável psicose coletiva.

Uma análise parcial dos signatários da Carta comunista que rachou a CNBB.

Por FratresInUnum.com, 28 de julho de 2020 – Um entusiasta da tal carta escrita pela ala podre da CNBB publicou em seu perfil do facebook uma lista com os supostos nomes dos firmatários. A principal incongruência da lista é que a mesma anuncia 152 nomes, tal como noticiado pela Folha, mas, na contagem nome por nome, aparecem apenas 126. O que aconteceu com os demais? Por que não fizeram uma publicação oficial com a lista completa dos firmatários? Continuarão eles escondidos covardemente? Precisamos saber quem são para que o povo tenha um mapa exato do esquerdismo do episcopado brasileiro.

Alguns detalhes, porém, chamam a atenção.

Primeiramente, o número de assinaturas: 152 num total de 479 bispos (32%), sendo que a maioria visível deles é composta por bispos eméritos, ou seja, aposentados. O quadro é bastante interessante e sugere que a “Teologia da Libertação”, apesar de toda a pressão de Francisco, perdeu força no episcopado que está na ativa.

Outra surpresa muito interessante foi o comparecimento de Dom Alberto Taveira entre os apoiadores da carta contra o governo. 

Ele sempre se apresentou como bispo conservador, chegou até a celebrar a Missa na forma extraordinária do rito romano, sempre foi o queridinho da Renovação Carismática Católica e da Canção Nova, mas, agora, literalmente, “a máscara caiu”. Já há alguns anos, no Encontro Nacional de Formação da RCC em Aparecida, Dom Taveira deu um chilique em relação a muitos carismáticos que usavam correntes de consagração a Nossa Senhora, véu, saia, enfim, que adotavam usos tradicionais. 

Hoje, começou a se espalhar um áudio em que Dom Taveira tenta explicar o inexplicável: “foi elaborada uma carta por alguns bispos. Pediram que nós assinássemos. Nós, os bispos de Belém, dissemos ‘vamos, pelo menos, ficar unidos aos outros bispos’… Só que essa carta deveria passar por uma revisão do Conselho Permanente da CNBB. Infelizmente alguém vazou essa Carta. Agora, então, é sofrimento e correr atrás do prejuízo”. 

Em outras palavras, ele tentou se enturmar e acabou exposto, como não gostaria que acontecesse.

Em outras mensagens, alguns bispos disseram que a CNBB teria emitido alguma nota não pública em que afirmou: “que o documento nada tem a ver com a Conferência e é de responsabilidade dos signatários”, tomando distância daqueles que assinaram, o que, aliás, é muito razoável, pois, se os signatários não publicam o seu nome é porque sabem que fizeram algo errado.

Em participação nesta manhã na rádio Band News, a jornalista Mônica Bérgamo, que publicou o vazamento e teve contato direto com aquele que lhe forneceu o texto, disse que “a ‘Carta ao Povo de Deus’, assinada por 152 bispos, rachou a CNBB, reforçou esta divisão, que já vinha há algum tempo, entre uma parte dos religiosos que é muito crítica ao governo do Jair Bolsonaro e um outro setor, que inclusive já se reuniu com ele, discutiu questões de publicidade, rádio e televisão religiosa. Os bispos que assinaram este documento com críticas duríssimas ao presidente Jair Bolsonaro buscam agora o apoio até do Papa Francisco, para que o texto ganhe ainda mais peso do que já tem e não seja bombardeado pela ala dita conservadora da Igreja. Entre os signatários desta carta estão alguns amigos do Papa Francisco, inclusive Dom Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo. A carta que a gente divulgou com exclusividade na Folha de São Paulo no domingo já foi enviada ao Papa Francisco e também a Dom João Brás de Aviz”. 

E, conclui a jornalista, “o temor de que ela fosse para a gaveta pelas mãos dos chamados conservadores fez com que um passarinho (sic!) chegasse com ela no bico pra mim e nós divulgássemos o texto. Esta divulgação gerou um desconforto enorme na cúpula do clero, com as divergências se acirrando. E foi marcada uma reunião para o dia 5, agora, do Conselho Permanente da CNBB, para discutir este documento”. 

Em síntese, eles estão com medo e, por isso, precisam pedir reforços!

A CNBB, que foi uma pioneira na colegialidade entre os bispos, agora está sendo a pioneira no sepultamento desta mesma colegialidade, e sob a presidência de Dom Walmor Azevedo. A ação, em si, é grave e, como toca interesses de fanatismo ideológico muito enraizados no atual Vaticano, pode desencadear um endosso papal que só virá a confirmar que a colegialidade foi uma experiência frustrada, a ser deixada para trás.

A esquerda, a propósito, não respeita e nunca respeitou as chamadas “regras do jogo”, que existem apenas para amarrar e impedir a ação dos seus opositores. Diferentemente dos conservadores, que têm estes apegos simbólicos às formalidades, os esquerdistas não têm compromisso nenhum com isso. Portanto, para eles, jogar fora a tal “colegialidade conciliar” é algo óbvio, justamente quando isso não convém mais para os interesses políticos deles.

Por outro lado, o desespero dos bispos libertadores com o avanço dos conservadores na política brasileira revela uma completa impotência. Eles já não sabem mais o que fazer, sobretudo porque um abismo os separa da opinião pública. O quadro, para eles, é de completo pânico: mesmo com epidemia, com crise econômica, com polêmicas e mais polêmicas artificiais, a esquerda continua inexpressiva em todas as pesquisas para as próximas eleições presidenciais. 

O que esses bispos não conseguem entender é que o protagonismo do debate político foi retirado de suas mãos justamente pela aliança espúria que os uniu em matrimônio indissolúvel com a esquerda petista. Eles não conseguem mais produzir um impacto real na sociedade brasileira. O povo não os quer mais e resolveu relegá-los ao completo ostracismo, ainda mais depois de serem expulso das Igrejas nesta aposta de desgaste do governo pela pandemia, aposta que eles, evidentemente, perderam.

Se continuarem com esta teimosia socialista, os bispos do PT terão fatalmente o que enquanto bispos não deveriam: começarão a ser desacatados publicamente pelo povo e, com isso, os dias de vergonha da Igreja no Brasil estarão apenas começando. Quem avisa, amigo é.

Dividida: a banda podre da CNBB racha com o resto da Conferência e abre fogo contra Bolsonaro.

Por FratresInUnum.com, 27 de julho de 2020 – Foi uma semana tensa para a ansiedade da velha guarda da CNBB, aqueles petistas de sacristia que alçaram voos para o episcopado com o pacto firme de promover a ascensão do partido mais corrupto da história, mas que, no final, fracassaram e estão terminando a vida frustrados. Frustrados! Fracassados! Diga-se em alto e bom tom! Frustrados, porque o povo pobre preferiu seguir as seitas pentecostais e renegar a politicagem mofada desses fanáticos comuno-lulistas. Fracassados, porque, salvo eles mesmos, ninguém leva a sério as notinhas que eles pretensiosamente pensam ser “profecia”.

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A conivência com a qual esses mesmos senhores sempre trataram os crimes do PT é vergonhosa. Eles sempre usaram a Igreja como máquina de propaganda do partido, sempre a mantiveram calada quando foi para proteger a sua cria, e, agora, querem usá-la mais uma vez para uma afronta que só beneficiaria o PT.

Por isso, a agitação panfletária da semana passada foi tão febril. Mesmo não conseguindo senão uma adesão minoritária, os bispos da esquerda não conseguiram se conter e soltaram para ninguém menos que a Folha de São Paulo o seu odioso panfleto.

Programada para ser publicada no dia 22, festa de Santa Maria Madalena, graças ao protesto de muitos bispos que não se quiseram acumpliciar, a tal “Carta ao Povo de Deus” foi adiada, adiada, até que… vazou!  Assim, ingenuamente, aproveitando a impossibilidade de que os bispos se reúnam fisicamente, já que a epidemia de coronavírus obteve o cancelamento da assembleia geral deste ano.

É interessante como, para as manifestações tradicionais, a CNBB precise manter a comunhão e os bispos devam conservar o consenso na mordaça, mas, para as manifestações de esquerda, os minoritários reivindiquem o direito de autonomia para se manifestar e publicar o seu protesto ideológico.

Nos bastidores, conjectura-se que o autor da carta tenha sido Dom Joaquim Mól, o qual aparece na matéria da Folha como um dos signatários. Se isso for verdade, como os bispos podem permanecer calados?

Eles votaram em quem para ser o Secretário Geral, em Dom Joel Portella ou em Dom Joaquim Mól?

Mól, de campanha vigorosa nas últimas duas eleições da CNBB, foi rejeitado em ambas pelo episcopado, graças também aos apelos feitos por este blog.

Como pode um bispo não eleito ter tanto poder assim? 

Outro articulador relevante do “manifesto” foi Dom Leonardo Ulrich Steiner, também defenestrado da presidência da CNBB na última eleição.

Ora, senhores bispos: a Assembléia Geral da CNBB, que elege e é a autoridade maior da entidade, é um simples jogo de cena?

Os senhores rejeitam dois prelados, mas deixam-se indiretamente ser guiados por eles?

Tomem postura! Falem! Façam algo!

É verdade que esse cenário contrasta com outra informação de bastidores, a de que o seu arcebispo, o presidente da CNBB, Dom Walmor Azevedo, teria se posicionado internamente contra a publicação. Mas, nesta altura do campeonato, isso é apenas um boato ou é realmente um teatro voluntário? Quem o pode saber?

Para além das conjecturas, um fato impõe-se como verdadeiro: Dom Walmor não teve a fibra moral de manter a Conferência Episcopal naquela propagada união de consenso e, agora, sob a sua presidência, a divisão que já era antiga fica escancarada. A tal “comunhão” foi quebrada. 

Há um grupo de agitadores que mantém a CNBB sob as suas rédeas e que agora se precipitou e causou escândalo. Apesar de uma grande parcela de bispos ter mandado notas de repúdio à presidência, a ala comunista avançou obstinada como um trem. Bom… Um mérito ela tem: para que serve uma Conferência Episcopal já que eles podem se lançar em iniciativas independentes e falar o que querem, aos quatro ventos, nos jornais? Justo esses que sempre usaram o nome da CNBB, agora, jogam a colegialidade do Vaticano II bem na lata do lixo!

Dane-se! Façamos profecia!

Seria esta uma oportunidade para os bons bispos do Brasil se posicionarem. O Brasil tem dimensões continentais… Para que ter uma Conferência Episcopal única? Não seria a hora de levar adiante o processo que já começaram na Amazônia, com a criação da tal Conferência Eclesial Amazônica – um organismo novo, desprovido de personalidade canônica e que ninguém sabe exatamente no que vai dar – e criar várias Conferências Episcopais no Brasil?

Que a CNBB era canhota todo mundo já sabia, mas, agora, realmente virou bagunça. Dividida, a CNBB virou um circo que perdeu a razão de existir. De partido político, virou uma piada política, e piada de mal gosto.

Uma pergunta fica: por que a matéria da Folha divulgou apenas alguns nomes dos 152 signatários, escondendo todos os demais? Será que alguém ali está com medo de ser exposto? Ora, o que mais interessa neste imbroglio é saber o nome de quem assinou: precisamos saber exatamente quem são e onde estão. 

Dom Walmor deveria pura e simplesmente renunciar! Ou, que tal — e os petistas tremem só de ouvir falar — um impeachment?

Os jesuítas da América Latina aproveitam a crise para apostatar do Deus verdadeiro.

Por José Antonio Ureta

O Foro Mundial de Davos quer aproveitar a “oportunidade de ouro” do colapso econômico pós-confinamento para operar um Great Reset do sistema, tornando-o mais ecológico, igualitário e global. Os jesuítas latino-americanos são mais ambiciosos: querem aproveitar a crise para mudar de Deus.

artigo1Eles o deixam claro na revista Aurora, lançada no início da epidemia pela Conferência de Provinciais na América Latina e no Caribe, da qual já publicaram quatro números com artigos de religiosos da Companhia de Jesus e de leigos ligados a ela.

 A mudança de paradigma divino, como era de esperar, se opera em nome do “discernimento” inaciano da situação. Não me estenderei sobre o abuso do conceito porque os leitores já viram em documentos e declarações do Papa Francisco, particularmente no capítulo VIII da Amoris laetitia, aonde sua deformação sociológica e relativista conduz.

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Por que o povo católico chora a morte de Dom Henrique?

Por FratresInUnum.com, 19 de julho de 2020 – A notícia do falecimento de Dom Henrique Soares da Costa, bispo de Palmares-PE, mal tinha começado a ser divulgada, e se desencadeava uma onda enorme de comoção por todo o Brasil, comoção especialmente saliente nas redes sociais. Pessoas de todos os lugares do país, especialmente jovens, lamentaram a morte do bispo como se fosse a morte de seu próprio bispo diocesano, de seu pai, de seu amigo… Nunca se viu uma lamentação tão sentida pela morte de um bispo como foi a de Dom Henrique Soares. Por quê?

Homem de oração, depois de ser monge beneditino e trapista, tendo abandonado a vida contemplativa por limitações de saúde, Dom Henrique transparecia uma espiritualidade verdadeira, de modo que suas palavras eram carregadas de uma força sobrenatural.

Pregador assíduo, utilizava todos os meios possíveis, inclusive as redes sociais, para ensinar a doutrina católica, respondendo perguntas simples ou sofisticadas, mas sempre com sabedoria, erudição e eloquência.

Exemplar, tinha um porte respeitoso, casto, varonil e paterno, que conciliava a firmeza e o carinho numa harmonia rara, tão ausente hoje em nossa sociedade.

Dom Henrique não era um bispo de aeroporto ou de WhatsApp, distante das ovelhas ou frio com o clero, não era um burocrata politicamente correto, um administrador que visava somente os ganhos econômicos, não se preocupava consigo mesmo, antes, morreu por sua abnegação: zeloso por seu ministério episcopal, deixou a saúde própria por último. 

Dom Henrique falava como um pastor e não como membro de uma corporação. É por isso que suas palavras vinham do coração, pois ele não estava falando para ser admirado pelos seus pares no episcopado, mas para ser entendido pelo povo mais simples e católico.

O povo fiel sente hoje a sua ausência como uma orfandade porque encontrava nele um bispo-bispo, não um bispo politiqueiro, um bispo membro de uma ONG, um bispo gerente de uma empresa, um bispo apresentador de programa de televisão, um bispo incoerente com sua vocação ou laicizado e de moral duvidosa. Não, ele realmente era um bispo-bispo.

Apesar de defender o Concílio Vaticano II e de não ter nunca celebrado publicamente uma missa tridentina – antes, era um entusiasta da tal “hermenêutica da reforma na continuidade” e da “reforma da reforma” –, ele efetivamente era alguém que sabia compaginar a nova liturgia com elementos tradicionais, sobretudo com a piedade e a devoção que os sacramentos requerem por sua própria natureza. Embora compreendesse a crise da Igreja a seu modo, nele transbordava o que nem o Vaticano II e suas reformas puderam eliminar: a fé viva em Nosso Senhor Jesus Cristo. 

Era um bispo que carregava o odor daquela tradição católica amada pelo povo, mas odiada por tantos que aprenderam nos seminários a serem brutais e iconoclastas.

Ele se parte e deixa um vazio. É como se os católicos tivessem perdido uma perna e, de repente, tudo ficasse um pouco mais difícil nesse quadro eclesiástico tão nebuloso que vivemos.

Se o nosso clero fosse humilde e sábio – e que os seja! – tiraria as lições desta comoção nacional e começaria a refazer o caminho de retorno para aquela pátria espiritual católica cuja nostalgia faz hoje nosso povo tanto sofrer. Talvez o desaparecimento de Dom Henrique possa despertar os tímidos, os fracos, os deprimidos a voltarem ao front desta batalha pela fé e assumirem o protagonismo que lhes cabe, sem políticas nem concessões, sendo uma imagem corajosa do Cristo Sacerdote que todo padre deveria ostentar.

Com caixão lacrado, em cerimônia rápida, Dom Henrique foi sepultado às pressas, como mais um contaminado pelo vírus chinês. Decerto, ofereceu sua vida pela Igreja e teve a sua oferenda aceita. Que a sua morte possa trazer vida à nossa religião tão castigada justamente por aqueles que deveriam defendê-la. 

Adeus, Dom Henrique! 

Carta aberta a Mons. Carlo Maria Viganò e a Mons. Athanasius Schneider.

Consenso internacional acerca do debate sobre o Vaticano II

aberto pelos bispos Carlo Maria Viganò e Athanasius Schneider

Fonte: Dies Irae

A revisão crítica do Concílio Vaticano II é um facto inevitável. Foi dado um novo impulso para o debate, nas últimas semanas, através de algumas intervenções articuladas do Arcebispo Carlo Maria Viganò, antigo Núncio Apostólico nos Estados Unidos, e por Mons. Athanasius Schneider, Bispo Auxiliar de Astana no Cazaquistão.    



Hoje, mais de quarenta académicos, jornalistas e intelectuais de todo o mundo publicam um documento de apoio aos dois bispos, renovando o pedido de «um debate aberto e honesto sobre o que realmente aconteceu no Vaticano II e sobre a possibilidade de que o Concílio e a sua actuação contenham erros ou aspectos que favoreçam erros ou prejudiquem a Fé». Disponibilizamos o texto completo, publicado, hoje, em seis idiomas.
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Chateado.

Por FratresInUnum.com, 13 de julho de 2020 – O governo da Turquia anunciou que a Igreja de Santa Sofia será novamente transformada em Mesquita. Dedicada em 537 à Santa Sabedoria, isto é, a Jesus Cristo, sob o governo do imperador cristão Justiniano, a Igreja bizantina foi transformada em Mesquita em 1453, quando os otomanos impuseram a religião maometana em Constantinopla (mudando-lhe o nome para Istambul) e profanaram aquele lugar de culto. Em 1934, a Igreja foi transformada em museu e não foi mais usada como lugar religioso.

2014 - Francisco visita Santa Sofia.
2014 – Francisco visita Santa Sofia.

Na última sexta-feira, o presidente Erdogan anunciou a re-islamização de Santa Sofia, na qual planejam fazer a primeira oração maometana no dia 24 deste mês.

As reações no mundo ortodoxo foram fortes.

O Metropolita Hilarion, presidente do departamento de relações exteriores do patriarcado de Moscou, disse que a transformação da Igreja de Santa Sofia em uma Mesquita “é um duro golpe para a ortodoxia mundial, porque para os cristãos ortodoxos de todo o mundo ela assume o mesmo valor que, para os católicos, tem a basílica de São Pedro, em Roma. Este templo foi construído no VI século e é dedicado a Cristo Salvador e permanece para nós um templo dedicado ao Salvador”.

O patriarca Kiril, de Moscou, afirmou que “com amargura e indignação, o povo russo respondeu no passado e agora responde a qualquer tentativa de degradar ou pisar sobre a herança espiritual milenária da Igreja de Constantinopla”.

O Patriarca de Constantinopla, Bartolomeu, escreveu que “a transformação de Santa Sofia em Mesquita desiludiria milhões de cristãos no mundo” e esconjurou a decisão do presidente.

O arcebispo Chysostomos, de Chipre, disse não querer contatar o patriarca de Constantinopla porque “os turcos estão monitorando os nossos telefones” e ele manifestou preocupação porque “o patriarca ecumênico vive na Turquia e sabemos muito bem que cada pequena respiração que faz aborrece os turcos”.

O patriarca da Geórgia publicou nota em que manifesta preocupação, pois “a humanidade deve enfrentar muitos desafios globais” e, neste momento, “é muito importante manter e reforçar os bons relacionamentos entre cristãos e muçulmanos”.

O patriarca da Romênia enviou a Bartolomeu uma carta em que exprime seu apoio e reafirma “a sua solidariedade a todos aqueles que defendem este símbolo da Igreja universal”.

Até o porta-voz do governo grego declarou que buscará sanções internacionais contra a Turquia.

Enquanto isso, em Roma, esperava-se do Papa Francisco uma vigorosa defesa desta que é a primeira maior Igreja da cristandade, em sintonia com todos os demais patriarcas, mas, ao contrário, seu pronunciamento foi: “Meus pensamentos vão para Istambul. Eu penso em Santa Sofia e estou muito aflito”.

É! Realmente, é tudo só isso, Francisco simplesmente disse que está “chateado” com a situação, e não se atreve a dizer mais nada. Bem… A pergunta que fica é: “se fosse para falar só isso, não seria melhor ficar calado”?

Santa Sofia é a porta em que oriente e ocidente se abraçam e o fato em si tem algo a dizer sobre o nosso mundo: o ocidente está de tal modo vergado diante do islã que já não lhe oferece resistência e isto não se deve a uma tendência sociológica espontânea, coisa, aliás, que não existe.

A Igreja Católica um dia foi a Mãe e a Mestra do Ocidente e soube sê-lo de modo eminente, mas, desde após a Revolução Francesa, as forças secretas que queriam a hegemonia sobre o mundo ocidental entenderam que não adiantava mais matar cristãos e agredir o papado. Eles resolveram infiltrar-se na Igreja para desativá-la por dentro. E assim fizeram.

O Beato Pio IX denunciou, com a publicação do documento da Alta Vendita, exatamente como seria esta infiltração. São Pio X, depois, mostrou como os modernistas se organizaram em uma seita justamente para corroerem a Igreja e sua doutrina desde dentro. Pio XII, embora com menos energia, denunciou, na Encíclica Humani Generis, como estes erros tinham se transformado naquilo que se conheceu como Nouvelle Théologie, algo ainda mais elaborado e mais venenoso que o próprio modernismo.

Contudo, no Concílio Vaticano II, todas essas forças, até então discretas, manifestaram-se à luz do dia: colocaram uma linguagem ambígua nos textos conciliares, cuja interpretação, dada anteriormente de modo secreto por eles, seria posteriormente explicitada em termos tais que lançaram a Igreja na completa confusão doutrinal, no vazio, em que eles despontaram como única força organizada.

O resultado foi tão desastroso (destruição dos sacramentos, abandono em massa dos fiéis, deserção também em massa de religiosos e sacerdotes, perda generalizada de toda a doutrina de sempre, profanação de todos os sacramentos, e muito mais), que Paulo VI chegou a dizer que “a fumaça de satanás entrou na Igreja” e que esta passava por um “misterioso processo de auto-demolição”.

Ratzinger, nos anos 80, tentou igualmente fazer a denúncia da Teologia da Libertação como uma espécie de concretização de todos estes desvios do passado sob o recorte marxista: mais do que uma heresia, ela se apresenta como uma espécie de diluidora de toda a doutrina católica para fazer com que a Igreja se transforme apenas numa espécie de ONG focada nas bandeiras sociais que estão na moda (hoje, a revolução sexual e a revolução ecológica). A tentativa de Ratzinger nem precisamos dizer que fracassou completamente: mesmo depois de papa, a máfia de St. Gallen conseguiu desidratar de tal modo o seu pontificado que ele se viu com a única opção de renunciar.

Ora, Jorge Bergoglio é exatamente a imagem de papa sempre sonhada pelas forças revolucionárias que se infiltraram na Igreja, desde a Alta Vendita, passando pelos modernistas e pela Nouvelle Théologie, até a Teologia da Libertação. Ele é o símbolo arquetípico desta Igreja auto-demolidora, pois não apenas introjetou todas as mordaças doutrinais que nos impedem de reagir, mas assimilou completamente o modus pensandi do progressismo católico, que tem ódio do catolicismo tradicional e se pretende ocupar apenas das questões sociais que estão na moda, como ele faz.

Como Francisco poderia se pronunciar duramente contra a conversão de Santa Sofia em mesquita, quando o Vaticano II, em Nostra Aetate, afirma: “A Igreja olha também com estima para os muçulmanos. Adoram eles o Deus Único, vivo e subsistente, misericordioso e omnipotente, criador do céu e da terra, que falou aos homens e a cujos decretos, mesmo ocultos, procuram submeter-se de todo o coração, como a Deus se submeteu Abraão, que a fé islâmica de bom grado evoca”?

Ou, como poderia ele fazê-lo, quando a declaração de Abu Dhabi, que ele mesmo assinou, afirma que: “O pluralismo e as diversidades de religião, de cor, de sexo, de raça e de língua fazem parte daquele sábio desígnio divino com que Deus criou os seres humanos”?

Ora, como ele poderia execrar a profanação maometana de Santa Sofia se ele mesmo é o maior incentivador das migrações em massa de maometanos para a Europa? Como ele poderia falar mal dos muçulmanos sem tirar a mordaça da islamofobia concebida pela esquerda para silenciar qualquer política de resistência no Ocidente? Como ele defenderia a conservação ilícita de Santa Sofia, inclusive como um museu, sem ofender a sensibilidade dos cristãos ortodoxos e, assim, agredir o ecumenismo tão propalado por ele, ecumenismo especialmente querido quando o assunto é o ecologismo do Patriarca Bartolomeu?

O problema não é a descristianização do Ocidente, mas a descatolicização da Igreja Católica, que jogou o Ocidente inteiro nas mãos do secularismo mais atroz, totalmente embebido das bandeiras esquerdistas mais radicais, que foram meticulosamente pensadas para neutralizar a Igreja e deixar o caminho aberto para os seus mais declarados inimigos.

Hoje, Santa Sofia é profanada é transformada em Mesquita. Isto também é um símbolo: símbolo de vitória, símbolo de conquista e hegemonia cultural islâmica! No futuro, quem sabe não se irá cumprir aquele desejo tão profundo dos maometanos antigos: transformar a basílica de São Pedro num estábulo de cavalos. Só nos resta saber se, então, o papa de Roma continuará tão alinhado com os slogans esquerdistas e, obedientemente silencioso, dirá apenas, resignado, que está triste, dolorido, chateado.