Por FratresInUnum.com, 11 de setembro de 2020 – A epidemia do vírus chinês ceifou milhares de vidas, confinou sociedades inteiras e se tornou o ambiente adequado para a promoção do maior experimento comportamental de todos os tempos, experimento que encontrou a Igreja totalmente complacente, de portas abertas para o “novo normal”.

Contudo, não foi apenas a totalidade dos fieis que se fragilizou com a epidemia. Já é evidente para todos que a crise sanitária provocou um impressionante bloqueio no pontificado de Francisco. O papa argentino teve não apenas de ver canceladas suas duas grandes iniciativas do ano – o “pacto educacional” e o “pacto econômico” –, mas ele mesmo teve de desaparecer, foi obrigado a ocultar-se no isolamento vaticano.
Ora, ninguém é eterno e, na geriontocracia católica, meses podem equivaler a anos: papas envelhecem e perdem vigor, morrem, colaboradores adoecem, desgraças acontecem… Não é sem razão, portanto, que alguns começam a falar que a epidemia marca o “início do fim” deste pontificado, a sua última etapa, ou, como preferem os mais otimistas ou – por que não dizê-lo? – os mais progressistas, a sua “segunda fase”.
Em todo caso, o próprio Francisco parece acenar para uma mudança de “fase” quando decide escrever uma encíclica sobre “o mundo pós-pandemia”. Em outras palavras, a novidade do documento não está propriamente em seu conteúdo – o qual, entre outras coisas, assim como a Evangelii Gaudium, não será senão uma reportatio das próprias reflexões feitas por Francisco em suas homilias, catequeses, mensagens ou coisas do tipo –, mas no fato mesmo de que um pontífice ancião já não tem os instrumentais adequados para lidar com este tão badalado “novo normal” que eles mesmos não se cansam de repetir em seu progressismo delirante. De fato, a fixação no futuro também os faz vítimas de si mesmos.
Se o vírus chinês é uma linha divisória na história contemporânea, Francisco decerto se coloca aquém. Os seus gestos falam, e falam mais que as suas palavras. O eclipse dos últimos meses foi uma eloquente demonstração de que ações podem ser soterradas por fatos incontroláveis. E este é propriamente o caso.
Mas se não o fosse, não faltaria quem fizesse questão de lembrá-lo. No último sábado, houve protestos em Roma, protestos contra as máscaras, protestos contra o controle social e, o que é mais chocante, protestos contra o próprio Papa Francisco!

Ganharam as páginas dos jornais as fotografias de cartazes que o apresentavam como o “papa de satã” e lhe atribuíam nada menos que o número da Besta, o 666.
O fato não pôde ser ignorado sequer pelo Vatican Insider, um serviço de imprensa ultra-bergogliano, que teve de noticiar o acontecimento e ainda reportar palavras dos manifestantes: “Bento XVI é a verdade e Bergoglio é a mentira. Faz parte dos illuminati, do projeto diabólico que há por trás desta mentira que é o coronavírus”. Ademais, o mesmo tabloide teve de mencionar que os manifestantes se referiram nominalmente às denúncias de Mons. Viganò.
O acontecimento pode parecer insignificante, mas não é. Há um despertar na opinião pública e o declive na popularidade de Bergoglio não está apenas se acentuando, mas se tornou absurdamente irreversível. Afinal de contas, qual papa dos últimos tempos foi tão publicamente hostilizado a ponto de ser comparado com satanás e com o anticristo? Lamentavelmente, Francisco escolheu o caminho do descolamento dos fieis católicos e mais, para utilizar a analogia de Mons. Viganò, o cisma entre a Persona Papæ e o papado se tornou indissimulável: o título sozinho não se sustenta, as queixas dos fieis não podem mais ser contidas.
E, embora todo o entourage pontifício queira fingir-se de inatacável, Francisco mesmo não consegue disfarçar mais a sua insustentabilidade na Sé de Pedro: ele precisa do respaldo de Bento XVI para garantir alguma sobrevida ao seu pontificado. O livro “Uma só Igreja”, apresentado como de autoria de Ratzinger e Bergoglio, e prefaciado por Parolin, parece mais uma tentativa desesperada de forçar a lenda de que que “há uma continuidade teológica e proximidade íntima entre eles”. O desespero da iniciativa fica totalmente à mostra quando, ao contrário do que se noticia, o público descobre que este não é, de fato, um livro escrito “a quatro mãos”, mas somente uma seleção de textos das catequeses de ambos sobre temas comuns, compilados e introduzidos pelo Secretário de Estado.
A situação para Francisco não é nada animadora. De um lado, se ele quisesse renunciar, agora, efetivamente, não poderia: não é viável convocar um conclave em meio a esta crise sanitária e, mesmo que ele falecesse, a situação seria realmente dramática neste momento para a realização de uma eleição; de outro lado, não renunciando, ele permanece preso no Vaticano, totalmente limitado em suas iniciativas e, assim como todos, ele também não sairá o mesmo deste período de confinamento, não terá as mesmas forças de antes para tocar a sua revolução, a não ser que seja assistido por poderes preternaturais.
O que irá acontecer no futuro ninguém pode adivinhar, mas, ao fim e ao cabo, é certo que estamos vivendo a sobrevida cansada de um pontificado em agonia.
Os progressistas o sabem e tentam extrair até as últimas gotas do néctar de esperança que eles tiveram com a eleição deste papa do “fim do mundo”, como ele mesmo se intitulou no dia de sua eleição. Também este é um triste fim para o progressismo, ao menos até que se reinvente: a sua última tábua de salvação é o papado que eles desde sempre atacaram e de cuja desconstrução agora eles mesmos são vítimas.
Não é fácil uma agonia. É triste, dolorosa, cansada. Mas teremos de ter paciência, muita paciência. Afinal de contas, na ordem da Divina Providência, tudo está disposto para que todos vejam o quão grave é a ferida e o quão urgente é a sua cura.
Parabéns, Fratesinunum, pela lucidez, clareza, firmeza e honestidade de suas tão úteis informações. Ad Majoren Dei Glorian.
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Muito forte esse artigo, nós traz uma triste realidade…
Cada dia mais nos sentimos órfãos
Sentimos com se a Catedra estivesse vazia…
Será mesmo o fim…??
Oremos….
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Muito oportuna essa reflexão sobre o atual estágio do Pontificado do Papa Francisco!
Concordo que a pandemia do novo coronavírus deu um golpe muito duro no pontificado de Francisco. Porém, acho difícil dizer quanto tempo resta ainda de seu pontificado. Francisco parece manter o seu perfil “pop”, apesar dos problemas que a humanidade e a Igreja vem passando.
Ao meu ver, um acontecimento decisivo seria a chamada “fuga do Papa de Roma”, prevista em uma profecia de São João Bosco. Porém não sabemos se esse papa que fugirá de Roma será Francisco, Bento XVI ou outro papa.
No mais, o pontificado de Francisco tem sido uma dura provação para a Igreja e isso já dura 7 anos. 7 anos de provações! O que mais virá pela frente? Temo que as perspectivas não sejam as melhores.
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Quando disse que Francisco parece manter um perfil “pop” não quis dizer que a sua popularidade não esteja em baixa, mas que ele continua se mostrando como alguém “pop”, alguém que é aclamado por sua popularidade.
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Como já disse, além do que já foi dito pelo texto, acredito que um evento chave para compreender o futuro do papado é a chamada profecia da fuga do Papa de Roma. Essa profecia pode ser conferida no seguinte artigo https://fratresinunum.com/2020/06/18/profetico/ .
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O papa Francisco vem, desde antes da epidemia, sendo acuado, doravante estaria deprimido e se sentiria desprestigiado, pois teria agido com excessivo progressismo que redundou numa imensa retração de visitas na Praça de S Pedro, sendo o pior, a quantidade de maus elementos anti cristãos e péssimos exemplos comportamentais junto a si – como a mega abortista Ema Boninno, com mais de 10 000 abortos, para ele um exemplo de mulher; o homossexualista Pe James Martin e mais uma plêiade de ditadores sanguinários que ele acalenta, sem rodeios, valeram-lhe duras críticas, desde vários cardeais, dezenas de renomados prelados de comprovadas virtudes e ações e por muitas centenas de exímios e ilibados sacerdotes!
Dessa forma, até famosos teólogos leigos insurgiram-se contra ele e teria se acuado igualmente por nunca dar respostas a nenhum dos questionamentos de certas suas atitudes e palavras – poderia ser um sinal de que também não possuiria argumentação satisfatória para revidar seus “caluniadores”!
Ele, desde o começo, foi elogiado pelos maçons oficiais, pelos esquerdistas da Teologia da Escravidão, alcunhada de Teologia da Libertação e vários mais reconhecidos péssimos exemplos pessoais, inclusive renomados comunistas, como Evo Morales, Maduro, Mujica, Lula a quem teria enviado cartas e vários mais trastes martelo e foice, incluindo-se casais em segunda união, mais tranquilos em seus adultérios e até mesmo gayzistas mais consolados em suas sodomias!
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Desde 04 de setembro , Bento XVI se tornou o papa mais idoso da história da Igreja. Bendito seja Deus!
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Caros Fratres;
Rezemos!
Infelizmente, não há nada de ruim que não possa piorar!
Como tenho 80 anos, ainda me lembro de junho de 1963, quando João XXIII faleceu. Na época sentimos muito, mas, esperávamos que o sucessor organizasse o Concílio, que estava a conduzir-se sob a orientação do episcopado germânico (com seus “peritti”, entre os quais Ratzinger).
Infelizmente, o sucessor foi muito pior que o falecido. Todos sabemos e sofremos até hoje a insegurança do Cardeal Montini, o pusilânime “Papa Hamlet”.
Rezemos!
E, rezemos muito!
Afinal, o colégio cardinalício está fortemente composto pelas nomeações do atual pontífice.
Que o Bom Deus tenha misericórdia de nós!
Imaculado e Doloroso Coração de Maria, rogai por nós!
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Esse senhor veio para mostrar em que pé está o clero (que docilmente cedeu a todo tipo de agressão à doutrina católica, inclusive à promulgação da poligamia serial por parte do jesuíta e de Kasper Risadinha). Chama a atenção é que mesmo as conservadoras, devotissimas de “são” João Paulo 2, e que gostam de apontar o dedo sujo na direção dos católicos, ficaram quietinhas em suas carruagens de cinderela com formato de abóbora flamejante.
Ultimamente, fundaram uma seita megalomaníaca, herética, scismática e cismada cujos devotos mais enfronhados receberão o dom da contemplaçao infusa a fim de restaurar a cristandade vaticanense segunda sob os auspícios roncalliescos e as bênçãos de Joaquim de Fiore dentre muitos outros de triste e proscrita memória.
Um circo total. Só falta um Nero.
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É santo sim, prezado, sem aspas.
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Prezado PW
Alguns textos atrás você comentou que os protestantes franceses pregavam ferraduras nos pés de monges e frades. Isso é verdade? Tens as fontes? Nunca soube dessas histórias e tenho muita curiosidade em conhecer. A única coisa que me ensinaram foi a noite de São Bartolomeu. Desde já agradeço.
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Prezado Antônio,
Não posso lhe ajudar informando o título, mas a obra em que vi uma gravura de cistercienses ou cartuxos sendo arrastados para terem os pés cravados por ferraduras é uma recolha iconográfica de pinturas relativas às guerras religião ou a perseguição que os bondosos protestantes franceses moveram contra os católicos. Não me lembro. O livro estava em francês e eu o vi numa feira de livros. Não anotei o título, infelizmente.
Um capítulo especialmente triste, para além da supressão de quase 900 mosteiros na Inglaterra por Henrique VIII, quando este, com o apoio de quase todo episcopado local, lançou as primeiras sementes daninhas da carunchada seita anglicana, é a supressão dos monges cartuxos de Londres ( que eram especialmente queridos pela população). Procure saber que fim tiveram…
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Eu sinceramente queria saber qual é a colaboração concreta de quem escreve esses textos do blog para o reparo de tudo aquilo que aconteceu de ruim na Igreja nós últimos tempos. Só sabem reclamar, apontar o dedo… mas só digo uma coisa: os padres que trouxeram muitos de volta à vivência da Fé Católica não eram tradicionais. Ou será que a era pré-conciliar foi as mil maravilhas?
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Texto simples, preciso e triste.
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A Pachamama pariu o fim de Francisco. Os tíbios católicos, desgraçadamente maioria no redil, pouco se importam com os acontecimentos de sua igreja. Entretanto, existe uma nota na mentalidade dos tíbios. Aceitam bovinamente quase todas perplexidades, mas não as radicais. É preciso jeito para não despertar os tíbios. Francisco passou do ponto com o culto pagão da Pachamama, e chocou até os amolecidos. Eles não protestam, mas deixam de dar louvor. Foi um erro de observação da opinião pública, que ainda não está suficientemente preparada para tal bizarrice. A pretensão afundou junto com o ídolo graças também ao jovem, que não agiu nem um pouco como tíbio. E o prestígio de Francisco também escorreu.
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Joaquim joaquimita, profeta errante do Bosque cujo nome é cismar. Ele pensa que Dona Teresa quer deveras lhe ensinar a lição, logo Ela que logo vê de longe e para mais além, mas bem aquém dos Pirineus.
Joaquim Joaquimita perguntou a Francisco de Montalto: o que viste no burgo em que se ergue a torre do aragonês? Francisco respondeu: vi o Imperador, vi a porta fechada, via até uma nova Ordem cruzada!
Joaquim Joaquimita pensou: sou eu!
Ele cujo nome é de cismar só pensa em degraus para tão alto chegar. Outro Pentecostes, mas íntimo e silente, só para os mais chegados (que coisa inclemente!). Conversou com Arnaldo, conversou com Ramón também! A garotada se animou! A garotada quer também!
Eis um quase cordel mal feito mas acabo.
Nenhum mistério contém.
Pavão misterioso: pensa bem!
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Hegel afirma que “quaisquer contradições e dialéticas podem ser resolvidas com a criação de um modelo que pode refletir no indivíduo e no Estado”. Trocando em miúdos, essa suposta impopularidade do Papa Francisco, bem como, essa aparente teologia que desagrada alguns fiéis, deixa uma impressão que de fato não é o que parece, veja que por trás dos bastidores o Papa Francisco vem conquistando um espaço como nenhum outro, inclusive usando a própria pandemia. Trata-se da defesa de sua Encíclica Laudado de si, que tem como premissa, a defesa do meio ambiente, dos menos favorecidos e como pano de fundo a defesa do dies domini. Com exceção da imposição do domingo como dia mundial de guarda, são premissas dificieis de combater, pois que verdadeiras. Com tais premissas, o Papa Francisco pretende instituir uma Nova Ordem Mundial e governar o mundo, pois fará com que os governantes abracem essa bandeira, que tem como pano de fundo a imposição do domingo como dia universal de guarda/santificação, frise, que este é um dos maiores sonhos da igreja católica, tornar o Domingo como um dia universal de guarda. Com essa tese, fará com que todos: ricos e pobres, governantes e governados adotem esse dia de domingo como dia mundial de guarda/descanso, todos deverão parar no domingo. Alegará, que se pararem no domingo, haverá uma economia de bens não renováveis e da própria poluição, a exemplo da parada na pandemia, que representou uma melhor qualidade do ar, águas de rios mais límpidas etc, referiu o Papa. Entretanto, o verdadeiro dia que Deus determinou para que a humanidade descansasse é o sábado do sétimo dia Êxodo 20:8. O sábado é o sinal de Deus com o seu povo. Ex. 31:12. Ezequiel 20:12 e 20. Mas esse Papa Francisco vai fazer do domingo um sinal de lealdade a Igreja Romana e ao Estado. Nisto consistirá o Decreto da Besta de Apocalipse 13. (O domingo como dia mundial de descanso), uma imposição humana e não de Deus.
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Adventista é o que és.
Sua reflexão delirante, contorcionista e cabulosa, para não dizer “cabalista”, posto que pretensamente hegeliana, é consequente apenas com o serpentário que aguarda o ADVENTO do anticristo acompanhado da besta fera sob auspícios de satanás, inventor das heresias e capataz de todos os réprobos.
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A que ponto chegamos? Até aqui? É rir pra não chorar mesmo…
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Modernista ou protestante, o que é pior? Não sei.
Castro, continue lendo o FiU para tentar entender O QUE é a Igreja de verdade. Quem sabe você escape da desventura protestante e da estupidez com que ela sela as inteligências. Que Deus, o Deus Verdadeiro, e não o inventado pela louca da Ellen White, o ajude a entender o que lê.
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