
FratresInUnum.com, 24 de setembro de 2020 – “Hoje, quinta-feira, 24 de setembro, o Santo Padre aceitou a renúncia do cargo de Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos e dos direitos anexos ao Cardinalato apresentada por sua Eminência, o Cardeal Giovanni Angelo Becciu”, publicou a Sala de Imprensa da Santa Sé.
Segundo o site Faro di Roma, a renúncia de Becciu estaria ligada ao episódio do “Prédio de Londres”, que está sob investigação da magistratura vaticana.
Becciu foi durante 8 anos substituto da Secretaria de Estado da Santa Sé (cargo importantíssimo: o terceiro na hierarquia, abaixo apenas do Papa e do Secretário de Estado) e foi elevado ao cardinalato pelo Papa Francisco no ano passado, sendo nomeado Prefeito da Congregação para a Causa dos Santos e delegado pontifício para a Ordem de Malta.
Após a nomeação do novo substituto, o venezuelano D. Egnar Peña Parra, surgiram documentos comprometedores relativos a operações financeiras dos tempos de Becciu, especialmente a aquisição de um imóvel em Londes, na “Sloane Avenue”, cujo preço teria triplicado em relação aos valores iniciais, e que teria custado centenas de milhões de euros.
Contactado na tarde de hoje por AdnKronos – sempre segundo informações de Faro di Roma –, Becciu teria declarado: “Prefiro o silêncio”. A decisão teria sido comunicada pelo Papa na audiência privada de hoje, às 18h30min, audiência cujo tema eram as aprovações dos decretos para as próximas canonizações.
Em relação à compra do imóvel de Londres por um valor acima de 200 milhões de euros, justamente quando ele fora substituto da Secretaria de Estado, Becciu se defendeu dizendo que “alguém teria se aproveitado da situação”. Ele esclarecera que nada tinha sido usado do Óbolo de São Pedro (coisa aparentemente negada pela magistratura vaticana) e que o prédio tinha sido um ótimo investimento para o Vaticano.
Apesar de Becciu ter alegado que sempre agira de acordo com a aprovação de seus superiores, a magistratura vaticana teria considerado a situação anômala, o que levou à apreensão de computadores da Secretaria de Estado e à demissão de cinco funcionários, incluindo-se aí Mons. Mauro Carlino, secretário de Becciu.
A situação teria produzido violentas tensões entre o Secretário de Estado, o Cardeal Pietro Parolin, que teria qualificado a operação de especulação imobiliária como “opaca”, e o ex-substituto, Cardeal Becciù, que teria chegado a evocar a “macchina del fango” (literalmente, “máquina de lama”, o que equivaleria, em português, à expressão “jogar lama no ventilador”).
A investigação sobre o prédio de “Sloane Avenue” inclui ainda outros imóveis, além de uma operação principal contra a lavagem de dinheiro.
Nossa que coisa …
Ainda bem q saiu fora … escândalos vindo a tona …
A Igreja precisa ser lavada pelo Sangue do Cordeiro…
Oremos
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Ah… como a ganância e a vaidade consomem o episcopado…
Dinheiro, prestígio e poder, somados à vaidade: problemas nesta e na outra vida…
Pobre alma!
Rezemos!
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É vergonhoso fazer um comentário sobre o que está acontecendo na maior cúpula da Santa igreja Católica. A gente vê acontecer essas coisas em outros meios de classes políticas e até é aceitável. Mas, dentro da Igreja Católica isso é inaceitável.
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Numa declaração emitida ao final da tarde, o Vaticano não pormenorizou das razões que levaram o Papa Francisco a aceitar a renúncia do cardeal Becciu, embora sua exposição ao escândalo imobiliário teria influência nessa decisão – quem sabe?
O cardeal Becciu foi implicado num escândalo financeiro que envolveu negócios imobiliários em Londres, no qual a sede da Igreja Católica perdeu milhões de euros em comissões pagas a intermediários, e há um ano que o Financial Times divulgou que o Vaticano investigara um investimento de 200 milhões de dólares (180 ME), considerado pouco transparente, que envolveu o empresário angolano Antônio Mosquito com o Cardeal Becciu, que fôra embaixador em Angola de 2001 a 2009!
“Aqueles que ambicionam tornar-se ricos caem nas armadilhas do demônio e em muitos desejos insensatos e nocivos, que precipitam os homens no abismo da ruína e da perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Acossados pela cobiça, alguns se desviaram da fé e se enredaram em muitas aflições”.. I Tm 6 9-10.
“Vivei sem avareza. Contentai-vos com o que tendes, pois Deus mesmo disse: Não te deixarei nem desampararei”. Hb 13, 5.
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“Nada há de novo sob o sol.” (Eclesiastes 1:9)
Infeizmente, a exemplo dos vendilhões, transformaram a Casa de Deus numa cova de ladrões. Sobre tudo ladrões de almas, que as levam para a condenação eterna. Quando se fala do 7º do Mandamento – Não Furtar – reduziu-o a uma mera contravenção penal temporal de coisas, patrimônio temporário. O que de despreza a dimensão de roubar, furtar a alma da convivência de Deus, da Graça. Cada vez mais o homem se enrudece no materialismo, no naturalismo, deixando o sobre natural para trás, como algo meramente mítico, de fabula. Escândalos, não porque são pecados, mas por estarem previsto em leis humanas, assim pensam os homens, assolam cada vez mais o Templo Santo de Deus,sua Igreja. Clérigos que pregam o amor ao próximo, o dar, o compartilhar, mas que na verdade estão roubando de Deus, furtando de Deus as almas, a sua adoração. E ainda usufluem dos bens terrestres que deveriam guardar para o bem das almas, em favores próprios e até a uma vida promíscua. É notório que os cofres de São Pedro está sendo usados para “socorrer” da Justiça desse mundo, muitas Dioceses que se encontram em descrédito pelas vida “impiedosa” de seus sacerdotes. Infelizmente, muitas dessas denúncias procedem, mas nada desses se arrependerem, apenas uma “mea culpa” politicamente correto e um acordo financeiro. O que nos consola é que “Deus não habita em templos humanos” (Atos 17:24), ou seja, templos materiais são apenas meios, e não o fim. ao contrário do que se vive muitos que pregam o contrário, afinal, estão presos a títulos, cargos, instituições, e sabe mais o que, roubando de Deus suas almas para a Demônio. Quando Francisco de Assis de despojou de suas vestes, não o fez por mero “espírito de revolta”, mas para dizer que tudo o que tinha, do que se servia, não lhe deveria ser maior que Deus. Assim, indo contra vontade de seus pais, não deixou que mundo roubasse aquilo que lhe era mais caro: a sua alma. Rezemos pela conversão do pecadores ( Deus sabe muito bem quem são, apenas rezemos)
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Os templos são necessários para o culto a Deus através da Santa missa, o santo sacrifício que se memoriza e atualiza. A instituição também é necessária; ter uma organização hierárquica para manifestar o evangelho. O problema é que tem pessoas que, ao invés de pregar o evangelho e dar exemplo de prática deste, dão exemplo de conduta anticristão. Sim, também é certo dizer que o termo igreja vai além de templos materiais. Todos nós somos igreja. Mas a doutrina transmitida por Cristo aos seus apóstolos pertence à sua guarda e exposição aos bispos, sucessores dos apóstolos e ao papa, sucessor de Pedro.
Nós podemos anunciar esta revelação divina de nosso Senhor, mas tendo como parâmetro o magistério eclesiástico. Rezemos especialmente pelo papa, cardeais, bispos, padres e diáconos. Rezemos por aqueles do clero que, ao invés de testemunharem Jesus, dão exemplos de escândalos diabólicos. E oremos por aqueles do clero que procuram serem santos para que estes perseverem na prática dos mandamentos e do evangelho.
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Duro ler esse tipo de notícia! Vemos padres e bispos caindo por causa do apego ao dinheiro, outros por apego a imagem, como vão aparecer nas redes sociais, na mídia e outros ainda se banham nas águas sujas do comunismo que se geudou na Igreja como um lodo, esses querem viver como os pobres, mas tudo não passa de uma grande fantasia porque os mesmos também querem mamar em tetas fartas. Nos resta rezar e pedir a Deus que diminua as dores de sua Igreja.
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“… usufruem dos bens…”
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São as Profecias de Nossa Senhora de La Salette e de Nossa Senhora de Fátima se cumprindo. Parce nobis, DOMINE. Miserere nobis.
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Uma leitura interessante de tal assunto:
A LAMENTÁVEL – FALSA – NARRATIVA DO “PAPA TRAÍDO”.
Caros amigos e inimigos de Stilum Curiae, vejo que nos jornais – ou pelo menos em alguns deles – estão procurando construir uma narrativa na qual o pobre Pontífice reinante, que está tentando limpar as finanças do Vaticano e arredores, infelizmente foi traído… Isso seria muito bonito e edificante, se fosse verdade; mas de fato não é assim; e até nos jornais geralmente bem informados e que certamente não são mainstream, encontramos reconstituições e histórias que são fruto de rancores pessoais jamais mitigados, mas que ainda dão uma impressão enganosa. Para aqueles que acompanham com atenção e de maneira desapaixonada os acontecimentos do Vaticano, vários elementos emergem desse caso.
É verdade que o Papa Bergoglio tentou, no início de seu pontificado, esclarecer sobre a desordem dos dinheiros do Vaticano. Ele assinou um Motu Proprio, com o qual confiava todas as questões financeiras a um só organismo, a Secretaria para a Economia, e colocou o Cardeal George Pell à frente dela, dando-lhe todo o poder para atuar. Pell, como um bom jogador de rúgbi australiano, jogou-se de cabeça nessa tarefa. Encontrando, obviamente, todas as dificuldades e as objeções daqueles que não queriam ceder seus poderes, e seu dinheiro: a Secretaria de Estado, com a Seção Econômica, a Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA), o IOR, Propaganda Fide com seu orçamento independente, etc. E o que o Pontífice fez? Em conversas com Pell, ele lhe dizia: não se detenha diante de nada, vá em frente. E imediatamente depois assinava uma resolução com a qual satisfazia os oponentes de Pell, e tirava um pedaço de seu poder. E Pell estava amargurado, e talvez ainda o esteja, por esta série interminável de pequenas traições perpetradas por seu Superior. E a pequena selva do Vaticano permaneceu o que era, uma selva. Aquela foi a oportunidade de limpar; mas falhou, e pela única e exclusiva responsabilidade do Pontífice.
Segundo elemento. Como Becciu declarou no passado, ele prestava contas de seu trabalho a seus superiores. Agora, para um Substituto da Secretaria de Estado, o Superior de verdade é o Papa. Em geral, o Secretário de Estado vê o Papa com muito menos frequência do que o Substituto. Pelo que sabíamos nos últimos anos, em tempos insuspeitos, o Pontífice usava Becciu amplamente para trabalhos de todo tipo. Becciu aspirava ao cardinalato. O Pontífice não queria dá-lo a ele; queria dá-lo a Cagliari. E no final Becciu obteve a dignidade de Cardeal, e a Congregação para as Causas dos Santos.
Aqui abaixo você encontrará ainda um artigo de Lucetta Scaraffia, que viveu no Vaticano durante muito tempo; artigo que em nossa opinião é altamente merecedor de ser compartilhado. Mas acreditamos que, além dessas, há outras considerações a fazer. A primeira é de caráter psicológico e comportamental.
Este Pontífice, cujas alterações de humor repentinas, fortíssimas e com conotações inclusive verbais, muito fortes, não são um segredo para ninguém no Vaticano, tem agora uma pequena lista de decapitações em seu crédito, tanto pequenas quanto grandes, e que bate recorde. Gostaríamos de lembrar os funcionários da Congregação para a Doutrina da Fé que foram demitidos sem motivo, o Grão Mestre da Ordem de Malta Matthew Festing, o General Domenico Giani e ainda outros, e agora seu fidelíssimo Becciu.
“Traído” é o que dizem alguns jornais. Mas, sério? Este é o Pontificado no qual, dentro do Vaticano, sabe-se que cada palavra pode ser denunciada e causar problemas; em que os telefones – e os e-mails – estão grampeados, controlados; em que os cardeais vêm com suas chaves para se conectar à Internet, desviando a rede do Vaticano; e querem que acreditemos que o Número Um, que tanto em Buenos Aires quanto aqui em Roma tem ouvidos em todos os lugares, não sabia que já como Núncio na África o Cardeal Becciu tinha uma paixão – talvez inocente e bem-sucedida – por negócios e empreendimentos? Ao contrário, mais uma vez vemos que, assim que qualquer um de seus homens mais confiáveis (McCarrick é o maior exemplo) se envolve, com ou sem razão, em escândalos que correm o risco de tornar-se públicos, a reação é imediata e cortante. Mesmo contra qualquer hipótese de mínima justiça. Aproveite a leitura do artigo de Lucetta Scaraffia, publicado pelo Quotidiano.net e relançado por Il Sismografo.
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Desde que Bento XVI tentou limpar o banco do Vaticano, os escândalos começaram. E os Católicos continuam desorientados – eu sou uma Católica que vive com dor e angústia estes dias que alguns meios de comunicação querem fazer passar por de “grande limpeza no Vaticano”. Como alguém observou, na realidade o que está acontecendo assemelha-se mais às grandes purgas políticas dos regimes totalitários do que a um recurso sério e ponderado à justiça. Há muitos anos, desde que Bento XVI pôs mãos à obra em uma reforma do IOR, o Banco do Vaticano, sucedem-se escândalos, vazamento de notícias, prisões repentinas, julgamentos simulados. É difícil entender o que realmente está acontecendo detrás dessa rajada de tiros constituída pelas “operações de limpeza”.
Acrescente a isto os insistentes rumores de possíveis chantagens com base em escândalos sexuais, mais frequentemente homossexuais e pedófilos, que envenenam a vida e o trabalho das hierarquias do Vaticano. Lembremos que até alguns anos atrás todos os bispos – e sublinho todos eles – eram obrigados a encobrir os escândalos sexuais de fato. Operações que hoje, se surgirem, podem causar sérios terremotos, até nas posições do topo. Vamos tentar levantar uma hipótese: se, como muitos suspeitam, o IOR tem servido durante décadas para limpar o dinheiro sujo das organizações criminosas, é impensável que estas aceitem sem questionar que tal recurso lhes seja tirado. Daí a hipótese lógica, precisamente, de que eles estão tentando impedir a desejada limpeza, ameaçando tornar pública para os fiéis de todo o mundo esta atividade subterrânea do Banco do Vaticano. É fácil imaginar o efeito devastador que esta publicidade teria sobre a vida da Igreja.
Tudo isso talvez explique as infinitas dificuldades que qualquer tentativa de reforma econômica no Vaticano encontra. E de fato, as ânsias de reforma financeira se repetem, sem nenhum efeito real do ponto de vista da limpeza, mas cada vez produzindo repercussões e revelações úteis para as lutas das facções internas. Toda vez que alguém é defenestrado, algum culpado é vetado e, como resultado, sua promoção é abruptamente interrompida. Pode-se suspeitar, então, que as operações de limpeza financeira servem apenas para estabelecer um novo equilíbrio de poder, para eliminar os adversários. Para isto, é fundamental o apoio da mídia. É ela, de fato, que difunde a notícia e cria o culpado, que é, portanto, condenado a priori, irremediavelmente e sem possibilidade de defesa. Portanto, quase nunca se chega a um julgamento de verdade, e se se chega, geralmente é um julgamento não confiável – as regras da justiça do Vaticano estão sempre mudando e você tem a sensação de que elas são mais pro forma – de modo que, na verdade é quase sempre a imprensa que realmente estabelece quem é o culpado.
Também neste caso, que começou há meses com denúncias de peculato em relação à compra de um edifício em Londres, o escândalo eclodiu imediatamente, graças ao envio oportuno de fotos dos suspeitos à mídia. Tendo-se encontrado um bode expiatório – o comandante dos gendarmes Giani, obrigado a renunciar por causa de um vazamento de notícias – passou-se rapidamente à condenação midiática dos acusados que, na verdade, apesar de não ter havido julgamento, foram demitidos.
Uma justiça muito apressada, embora apresentada aos jornais como exemplar, agora atingiu também o Cardeal Becciu. Sem julgamento, sem que lhe tenha sido dada qualquer chance de se defender, ele foi privado do papel e da função cardinalícia, com o único efeito de deixar os fiéis, e não só eles, desconcertados. Mas não sabemos se ele é culpado e, na ausência de julgamento, nunca saberemos. Mas uma coisa sabemos: Becciu decidiu se defender de cabeça erguida, dirigindo-se à mídia para fazer sua defesa, sem recorrer àquela que é a arma mais utilizada no Vaticano, a chantagem.
A uma autoridade de seu nível, de fato, que tinha a responsabilidade de resolver muitas situações controversas “sujando as mãos” pelo Papa, certamente não deve faltar material adequado. Pessoalmente, tenho certeza de que ele também pagou por ter ousado abrir a questão do cappuccino Salonia, que estava prestes a se tornar bispo, acusado de abuso sexual de alguns religiosos. Um crime pelo qual o frade só não foi condenado porque os prazos estabelecidos para a denúncia haviam passado. Como se pode ver, coragem e sinceridade não compensam na Igreja, mas talvez aos olhos dos fiéis sejam virtudes que ainda são apreciadas.
Lucetta Scaraffia [Luchêta Scarafía]
Fonte: https://www.marcotosatti.com/2020/09/29/a-lamentavel-falsa-narrativa-do-papa-traido/
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Salve Maria!
Vejam esta notícia!
https://www.diesirae.pt/2020/10/o-ultimo-apelo-do-cardeal-zen-para.html
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Está cada vez mais díficil para o cardeal Zen jogar toda a culpa no Parolin. Aliás,aqui como no caso do cardeal Becciu ou até outros deste pontificado como o do Sínodo da Amazônia, me parece surreal a insistência na narrativa de que o papa foi traído, manipulado e toda a culpa foi de elementos próximos agindo na contramão ao pontífice . Será que acreditam mesmo nisto ou seria um tipo de cumplicidade dolosa esta persistência comum em meios ditos “conservadores” da Igreja em negar a realidade para manter tal premissa mesmo que deixe a Igreja desprotegida ou, talvez pior, até legitime a ação demolidora dos tais “progressistas”?
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