Por FratresInUnum.com, 9 de outubro de 2020 – Foi em 1971 que John Lennon compôs Imagine, o seu single mais vendido, em que auspiciava um mundo de paz – aquela paz hippie e mundana: sem nenhum tipo de barreiras ou divisões religiosas nem nacionais, em que a humanidade procurasse viver naquele velho estilo despojado, anti-civilizacional, tribalista, sob o lema “peace and love”.
Em “Fratelli tutti”, mais uma vez, Francisco tenta emprestar para si a imagem do grande Santo de Assis. Ele o fez, na verdade, desde o dia de sua eleição, escolhendo o seu nome; depois, na famosa foto com o homem que tinha o rosto deformado; em seguida, pela encíclica “Laudato si”, em que toma o início do “Cântico das criaturas” como tema do seu texto; e, agora, usando não apenas as palavras do santo como título de seu documento, mas também servindo-se de sua própria tumba para assiná-lo. O uso, porém, não para por aí.
Na encíclica, a história do encontro de São Francisco com o Sultão é deturpada – o santo teria ido apenas dialogar com o muçulmano – para ser usada como desculpa para favorecer a tal fraternidade universal sob o preço do indiferentismo religioso. Execrável! O encontro teve como único objetivo converter o maometano à fé católica!
De fato, não se trata de São Francisco, mas de John Lennon. Ele é o verdadeiro protótipo por detrás desta encíclica vazia de sobrenatural e cheia daquele ranço de Imagine, cujos 50 anos são celebrados propriamente no próximo ano que estamos por começar. Os progressistas, definitivamente, assumiram o estilo retrô: estacionaram nos anos 70 e não há quem os tire daquela fossa!
Contudo, não é esta a única ilha em que se confinaram os progressistas. A bolha ideológica em que se enfiaram já não lhes permite ter acesso à realidade como tal. Num círculo de auto-confirmações e adulações mútuas, eles não se permitem mais aquela crítica que os faria deixar de se idolatrarem diante do espelho.
A “encíclica” é um sinal eloquente desse fato. Com efeito, Francisco teve a “modéstia” de citar a si mesmo 180 vezes durante o texto, enquanto citou João Paulo II e Bento XVI em torno de apenas 20 vezes. “Fratelli tutti”, na verdade, é fruto de um confinamento, fruto da consciência de um homem fechado em si mesmo, em suas próprias impressões e ilusões, incapaz de enxergar outra coisa a não ser a sua própria ânsia de ser o capelão da nova religião universal propulsionada pelo movimento globalista.
Antigamente, os ghostwriters dos papas tinham o bom senso de conservar aquele tom de continuidade entre os magistérios anteriores, faziam sempre referências sobrenaturais, mantinham ao menos a aparência de humilde catolicidade. Agora, os lacaios contratados por Bergoglio sujeitaram-se a uma vassalagem psicológica tão vexaminosa que não conseguiram disfarçar sua desesperada ansiedade por demonstrar a idolatria ao chefe, adulação aceita por ele, mas que contrasta fortemente com a humildade franciscana. De fato, não é São Francisco, é John Lennon!
A solenidade com a qual o povo ignora tudo isso chega a ser fascinante! Mesmo a imprensa mal consegue entender o que significa um papa reciclar clichês moralistas entre quem deras e contradições… Afinal de contas, quem assinou nestes dias um acordo com a maior ditadura do mundo, a China, não foi Trump, mas o Vaticano.
“Fratelli tutti” é apenas a extravagância do sonambulismo quimérico de um papa herdeiro daquelas ilusões dos “anos dourados”. Os católicos o percebem, mesmo que não consigam explicar, mesmo que mantenham a abstinência verbal quanto a criticar o pontífice. O que não se nota é entusiasmo, interesse, envolvimento…
Seria “Fratelli tutti” um testamento? Não sabemos. O tom é este, tanto o do texto – pesado e idealista, triste e moralista – quanto o tom do mundo – estão todos cansados dessa cantilena repetitiva: “Imagine there’s no countries… And no religion too”… Em toda a história, nunca houve documento mais maçônico assinado por um papa, e justamente sobre a sepultura do Poverello de Assis, um serafim em forma humana, que sempre quis viver completamente distante dos favorecimentos financeiros e da troca de favores.
O solipsismo de Francisco já não pode mais ser disfarçado. Quem dera o catolicismo possa voltar aos seus verdadeiros “anos dourados”, em que não vivia à mercê de um ditador narcisista e mundano, mas podia simplesmente ser a Igreja de Cristo, fiel à sua doutrina, aos seus sacramentos e aos seus mandamentos.
O seráfico São Francisco de Assis que enfrentou e desafiou o Sultão muçulmano Malik Al Kamil, esse não se dispôs a topar seu desafio da forma proposta por aquele, diferenciando-se substancialmente doutro falsário São Francisco de Assis de laboratório de engenharia social, dedicando-se a ser mais um serviçal das esquerdas ONU-NOM, assim como dos ditadores comunistas e de países tirânicos como Cuba, China, Venezuela e de vários mais sanguinários déspotas vermelhos.
Acertadamente, citou o solipsismo como a consequência extrema de se acreditar que o conhecimento deve estar fundado em estados de experiência interiores e pessoais repassados na socialista Fratelli Tutti, não se conseguindo estabelecer uma relação direta entre esses estados e o perscrutar objetivo de algo para além deles, portanto, seria um estado crítico patológico de uma mente de um solitário egocentrista, desejoso infantilmente que todas as atenções estivessem direcionadas para si, em sua pessoal e veneranda psicopatologia
Recordamos os viventes de ilusões de um humanismo grotesco, bas fond, à la Fratelli Tutti, vivido pelos toxicômanos “hippies” dos anos 60, ligados aos “Imagine” da vida, os quais sofreram contínuas lavagens cerebrais e polpudos recursos para propagarem o humanismo horizontal da alienação e do niilismo das esquerdas.
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Cada dia me convenço mais: Bergoglio é o Papa que os nossos pecados fizeram por merecer.
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É verdade. Não podemos deixar de reconhecer as nossas culpas pela fumaça do satanás ter-se infiltrada na Igreja Católica.
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Citar a si mesmo muitas vezes mais que aos outros é um claro sinal de que não se interessa em saber o que os outros pensam ou, na pior das hipóteses, que o escritor não tem cultura para tal.
No caso da primeira hipótese, tratando se de um pontifíce (governante absoluto), isto não seria exatamente um problema, apenas um erro….
O duro é saber que, neste caso, a segunda hipótese (falta de cultura) se aplica melhor ao indivíduo….
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Quanto a isto, creio que a “melhor” citação de si mesmo na encíclica foi a de um DOCUMENTÁRIO localizado no parágrafo 281:
Entre as religiões, é possível um caminho de paz. O ponto de partida deve ser o olhar de Deus. Porque, «Deus não olha com os olhos, Deus olha com o coração. E o amor de Deus é o mesmo para cada pessoa, seja qual for a religião. E se é um ateu, é o mesmo amor. Quando chegar o último dia e houver a luz suficiente na terra para poder ver as coisas como são, não faltarão surpresas!»
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P.S:O documentário está até na NETFLIX. O título não colocarei aqui , para incentivar a vocês mesmos verificarem no “Fratelli Tutti” que isto não é uma simples piada ou “fake news”.
P.S 2: Se lembram o que a Igreja sempre ensinou acerca do BATISMO, onde nos tornamos filhos de Deus ? E do PRIMEIRO MANDAMENTO onde entra o ateísmo? Será que teremos novamente uma mudança no catecismo para ficar de acordo com a ideologia do papa como foi feito com a pena de morte?
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“Alguns Papas, Deus dá.
Alguns, Ele tolera.
Outros, nos inflige por castigo.”
São Vincent Lerins.
Acho que estamos vivendo a terceira frase.
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