Aborto na Argentina e o silêncio calculado de Francisco.

Por FratresInUnum.com, 29 de dezembro de 2020 – Na madrugada de hoje, às 4h10min, o aborto foi legalizado na Argentina por uma votação no Senado (por 38 votos a favor, 29 contra e 1 abstenção). As feministas gritam, choram, comemoram: agora, as mães argentinas poderão matar os filhos dentro do próprio útero com respaldo da lei, e as portas para o avanço deste genocídio silencioso se abrem na América Latina. A morte avança como um cão furioso sobre os nossos países, mas, enquanto isso, uma pergunta não quer calar:

O que faz Jorge Mario Bergoglio?…

Papa Francisco encontra Alberto Fernandez no Vaticano | Mundo | G1

Janeiro de 2020: Papa Francisco e Fernandez se encontram no Vaticano.

Quando era já iminente a legalização do aborto em sua pátria de origem, Bergoglio limitou-se a três intervenções discretas: a primeira, uma carta escrita a um grupo de mulheres pró-vida; a segunda, uma carta a ex-alunos seus; e a terceira, uma carta a um sacerdote chamado Padre Pepe, em que sublinha que a reprovação ao aborto não é um tema religioso, mas científico. C’est tout!

Por que, quando o tema é o aborto, ele age de modo tão comedido, temperante, discreto, mas quando o assunto são os imigrantes e a ecologia, escreve encíclicas, convoca sínodos, dá entrevistas, faz telefonemas, lança todo tipo de impropério contra seus opositores e mobiliza todo o seu lobby papal? Será uma mera desatenção?

Já em 2013, em sua polêmica entrevista ao Padre Spadaro, Bergoglio disse que “não podemos insistir somente sobre questões ligadas ao aborto, ao casamento homossexual e uso dos métodos contraceptivos. Isto não é possível. Eu não falei muito destas coisas e censuraram-me por isso. (…) Os ensinamentos, tanto dogmáticos como morais, não são todos equivalentes. Uma pastoral missionária não está obcecada pela transmissão desarticulada de uma multiplicidade de doutrinas a impor insistentemente”.

Na verdade, ele pensa exatamente como os progressistas que infestam o clero da Igreja Católica: não fazem uma apologia descarada à legalização do aborto — a não ser em casos excepcionais, como o de grupos de freiras ou padres ultra-feministas —, mas anestesiam a opinião pública; são não apenas voluntariamente tímidos no combate ao aborto, mas são sobretudo proselitistas da timidez, inventando argumentos para neutralizar a militância pró-vida, tirando importância do assunto e o silenciando através da gritaria em torno de toda a agenda esquerdista.

O político vestido de branco que agora se senta sobre a Cátedra de Pedro é ostensivamente de esquerda: nunca hesitou em manifestar sua oposição ao presidente anterior da Argentina (Macri era um liberal também absurdo, diga-se de passagem) e chegou a dar um beijo na progressista Cristina Kirshner (!) – sim, o mesmo papa que não aceitou que os fieis lhe beijassem a mão; Francisco nunca escondeu sua simpatia por políticos de esquerda, chegou a receber o condenado Lula e lhe dizer que está “muito contente de vê-lo caminhando pela rua”, recebeu um crucifixo blasfemo das mãos de Evo Morales, em que Nosso Senhor está crucificado na foice e no martelo, símbolos do Partido Comunista, além de muitos outros gestos, como, por exemplo, elogiar Emma Bonino, uma defensora ferrenha do aborto, como uma entre “os grandes da Itália”.

Aliás, a propósito da visita de Lula a Francisco, não podemos esquecer que esta aconteceu por intermédio do presidente da Argentina, Alberto Fernández, o que prova a sua amizade com o pontífice argentino e, portanto, a omissão deste em usar de sua influência para barrar a legalização do aborto. Fernández, no dia mesmo de sua eleição, durante a apuração, “publicou uma foto em seu Twitter mostrando a letra ‘L’ com as mãos, símbolo do movimento Lula Livre… ‘Também hoje faz aniversário meu amigo Lula, um homem extraordinário que está preso injustamente há um ano e meio’”, escreveu.

Assim como todo o clero esquerdista, quando o tema é “aborto”, Francisco reduz o protesto ao volume de um sussurro, para não correr o risco de favorecer o lado oposto. É exatamente assim que sempre agiu o clero petista no Brasil: quando os católicos falavam do seu abortismo, eles fingiam – e ainda fingem – que é uma pena, mas que não há nada de mal, que precisamos ser democráticos e aceitar o contraditório, mesmo que com tristeza, mas que temos que nos concentrar sobre temas muito mais importantes e nos quais temos grandíssima convergência, como, por exemplo, a salvação das árvores e das tartarugas.

A defesa da vida, da família natural, da liberdade de culto dos católicos, do respeito aos nossos sinais de fé, tudo isso é recalculado em função do benefício à esquerda internacional, financiada pelos super-capitalistas (pois essas duas desgraças, socialismo e capitalismo, ambos condenados pela Igreja, nunca foram contraditórios)… Como Bergoglio poderia manifestar uma opinião contundente contra o aborto e mudar o rumo das coisas na Argentina se o que ele quer é ficar trocando gentilezas ao lado dos próprios financiadores internacionais do aborto, membros do Conselho de Capitalismo Inclusivo, do qual Bergoglio quis fazer parte?

Não adianta fecharmos os olhos para a realidade. Temos um papa escravo da esquerda internacional e que se recrutou no mais descarado globalismo. A traição à Igreja já foi consumada e, agora, o que vemos são os resultados deste iscariotismo!

Uma coisa é certa: o protagonismo dos brasileiros no combate ao aborto, à ideologia de gênero e a todos os inimigos da fé católica é imenso e, agora, o nosso dever de resistir nos é imposto de maneira muito mais intensa! Mais do que nunca, agora é a hora da resistência. Ajude-nos Deus! Ajude-nos Maria Santíssima!

24 comentários sobre “Aborto na Argentina e o silêncio calculado de Francisco.

  1. O texto é auto-explicativo e não merece reparos apenas elogios. Entretanto nossa luta contra os Herodes modernos deve se dar de formas diferentes porque as atuais não estão dando resultado. Em que pese todos os esforços espirituais que são fundalmentalmente válidos creio eu que se faz necessário e urgente uma mudança de rotulação, de denominação. Devemos conceituar como aborto o ato natural e involuntário da gestante que perde seu bebê. Aconteceu com minha irmã e minha cunhada. E quase aconteceu com minha esposa na gestação da nossa segunda filha. O que foi aprovado na Argentina não pode nem deve ser denominado aborto: é INFANTICÍDIO PRÉ-NATAL. Este termo é mais adequado para descrever àquele ato horrendo e covarde.

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  2. Maconha no Uruguai, aborto na Argentina e sexo livre com adolescentes infratores no Brasil. O hedonismo chegou para ficar na América Latina. Sobre a Igreja e o aborto: “Condenar com pastoral integridade e energia este gênero de crimes e recordar que,segundo o cânon 2350 do Código de Direito Canônico, os autores e cúmplices do aborto, sem excluir a mãe, uma vez que se tenha seguido o efeito, incorrem na excomunhão reservada ao Bispo local.” , Declaração dos Bispos do Peru, Arequipa, 29/10/1940.
    Sequer meu pai nasceu em 1940 mas numa época de guerra como aquela, a II Guerra Mundial, e esta, contra a peste, o Dom Walmor da Argentina, respaldado pelo Papa Francisco, deveria excomungar todos que votaram à favor do aborto. Seria menos pornográfico que não ter tomado antes os cuidados para que sequer o projeto de lei aprovado entrasse em pauta.

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  3. O artigo reflete bem a realidade atual, porém ainda deve se complementar os acontecimentos de San Rafael que aconteceu esse ano. O boicote a comunhão na mão chegando a absurdo de uma ato de autoritarismo fechando o seminário mesmo com protestos dos fiéis locais e dos seminaristas, algo tão obscuro que chegou o fato de um sacerdote agredir fisicamente o bispo por pedir esclarecimento de alguns evento relacionados.
    Escutei do nosso saudoso prof. Orlando Fedeli, “quem pode mais pode menos”. Se é permitido que se comungue o próprio Deus sem o decoro exigido o que será das pobres crianças? É um resultado já esperado de uma nação que o próprio clero faz pouco caso do Santíssimo Sacramento.

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  4. Iludem-se os que pensam que na história da Igreja de Cristo, de traidor só houve Judas Iscariótis…

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  5. “A religião do Deus que se fez homem encontrou-se com a religião (porque o é) do homem que se faz Deus. O que aconteceu? Um choque, uma luta, uma condenação? Tudo isto poderia ter-se dado, mas não aconteceu. A antiga história do samaritano foi a regra da espiritualidade do Concílio. Uma simpatia imensa invadiu-o completamente.”

    “São” Paulo VI, o sofredor.

    E não tem essa de Samaritano. É bem outro o “personagem”…

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  6. Afora as doidivanas que chutam o pau da barraca florida, tudo, no clero, passa pelo crivo dos mais neuróticos cálculos do “que vão pensar de mim se … eu for 0,0001% destoante da política padresca local?”

    Os seminaristas só aprendem isso no seminário: “como sobreviver mais ou menos numa corte renascentista de fofoca e intriga?”

    Quero dizer: tirando o clero tradicionalista autêntico, muitíssimo poucos vão abrir a boca pra denunciar a extensiva e generalizada necrose do clericalismo clerical clerofílico e megalomaníaco.

    O único problema da Igreja é o clero. O resto se acerta facilmente: reinos, impérios, continentes, milagres, conversões e ressurreição de mortos.

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  7. Excelente reflexão. Queria saber qual a explicação para enviar uma carta a um grupo de mulheres pró-vida? Será que eram essas mulheres que precisavam ouvir sobre o porquê de não abortar? Curioso…

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  8. Vivemos dias terríveis, penso e sei que hão de piorar! Francisco não tem mais jeito, não há se quer uma manifestação calorosa a cerca do assunto. O povo reza em silêncio, outros ficam maravilhados com os discursos fracos e sem vida do Papa e outros ainda não sabem o que fazer. Francisco como sugerem por aí, está nas fileiras da nova ordem mundial que está por se instalar em breve, quando tudo estiver bem escancarado, ele pedirá sua renúncia e se esconderá no “fim do mundo” onde vai assitir o circo pegar fogo.

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  9. O aborto entra de vez na América Latina pelo país de nascimento do Papa em exercício e tanto a CNBB do Brasil, quanto da Argentina, emitem notas ridículas de condenação sem qualquer ação prática. Desviam do assunto sobre o aborto para falar da condição social das pessoas e como alguém pode ter condição social se sequer nasceu? Opinei aqui mesmo pela excomunhão dos deputados e senadores que votaram a favor mas quem já está excomungado são exatamente os bispos e cardeais de quase toda a Argentina e, num futuro não muito longínquo, do Brasil. Acredito que excomungados diretamente pelo Criador. Não mais creio em autoridade de bispo, que só se reúnem em épocas eleitorais ou para confiscar dinheiro dos fieis no Domingo de Ramos.

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  10. O primeiro genocida, a Serpente do Éden, Satã, está à solta, à vista de todos, apenas não o percebendo quem não o quiser! Aguardem mais castigos do Céu, argentinos, também por optarem por 2 comunistas à frente da conturbada e ex cristã Argentina, hoje em grande ou maior parte apostasiada!
    Apenas não percebe a presença dele quem não quiser ou for pró infanticídio, pois ao inverso, o aborto, aporta a desordem, o senso do do descartável a bel prazer ou conveniências, de uma irresponsabilidade existencial para com o próximo e do permissivismo geral que adentrarão feroz e destrutivamente para minar a base da sociedade, onde deveria ser o nascedouro das vocações sacerdotais e religiosas – a familia cristã é a espinha dorsal da sociedade – nascedouro e célula-mater de vocações sacerdotais e religiosas, quando o ambiente de cada uma delas o favorece!
    Ao contrário, o aborto é um crime hediondo que brada ao Céu por vingança e, de certo modo, também promovido pela infiltrada dentro do Vaticano membros da diabólica Maçonaria Eclesiástica na Alta Hierarquia, com a qual contam com diversos membros – sem contabilizar as centenas ou muitos milhares de martelo e foice sacerdotes da TL-PCs e simpatizantes!
    Nos tempos do gatuno PT no Brasil, a executora do aborto foi a serviçal da detestável vermelha Dilma, Eleonora Menicucci, que considera o aborto uma espécie de libertação das mulheres do machismo e das “imposturas” da Igreja católica, especialmente em relação às mulheres mais pobres e essa pseudo argumentação também foi o teor de muitos comentários que projetaram na sociedade, tentando convencê-la, porém, nós resistiremos também a esse modelo de diabolismo!
    A Argentina torna-se no primeiro grande país da América Latina a aprovar a interrupção voluntária da gravidez, juntando-se à curta lista de pequenos países que incluía Cuba, Uruguai, Guianas além de Oaxaca e Cidade do México!
    O inferno está em festa – ganhou milhões de almas de uma só tacada das promotoras, executoras, apoiadoras e simpatizantes ao aborto!
    E a CNBB até agora continua silente, retrátil, nada tem a ver?

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  11. Novamente Herodes ressurgi para matar os inocentes afim de atingir o Rei dos Judeus. Mas uma vez o egoismo, a soberba, o amor ao poder, a auto-idolatria afronta ao Deus Verdadeiro. Rezemos para que esses assassinos se convertam a tempo, pois a todos veio a Salvação em Um Menino. É essa a vontade de Deus: a Nossa Santificação. Não sejamos como os não cristãos que deseja o mal aos que fazem mal, rezemos para que se convertam e deem a devida gloria a Deus. Sobre o silêncio covarde do papa, nada tem-se a dizer.

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  12. Bom dia, feliz ano novo!
    Quem me conhece sabe o quanto desaprovo o pontificado de Francisco (embora eu não seja ninguém para tal) porém, existem algumas coisas que, ao meu ver, devemos olhar com um pouco mais de realismo e menos paixão.
    Os Papas, durante séculos, representaram a autoridade máxima de toda a Terra. Nenhum rei ou príncipe cristão entrava em guerras ou até mesmo sequer ousava se casar sem aprovação do Papa reinante… Bons tempos? Não sei, é bem relativo… Mas uma coisa é certa, este tempo passou….
    O que representa um Papa nos dias de hoje para os governos e seus “reis e príncipes”? Apenas um senhor de idade avançada, que sai bem nas fotos e que precisa medir as palavras para não se indispor com eles.,..é triste, mas é isso….
    Onde quero chegar com essa observação ? É simples: embora exista todo o problema (já conhecido por nós) em relação ao clero esquerdista, o Mundo todo sabe a posição oficial da Igreja em relação a aborto, homossexualismo e demais abominações sendo assim, valeria a pena fazer qualquer declaração que gerasse polêmica ? Qual impacto as palavras do papa teriam na decisão do governo argentino ? Ao meu ver, sinceramente, nenhuma. Para mim, o silêncio foi de fato a melhor resposta.
    Na minha opinião, nós devemos lutar para defender a nossa Igreja destas abominações e não lutar para que todo o mundo seja obrigado a pensar como nós….
    Sei que minhas palavras não vão agradar muitos que as lerem mas, com certeza, seria mais interessante cuidar da nossa casa, limpa-la, reataura-la, livra-la das “infiltrações” para, somente depois, irmos cuidar das ruas e das casas dos vizinhos…

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    1. “Amarás ao Senhor teu Deus como tuda tua alma e com todo teu entendimento”
      Deveras o papa não tem poder algum temporal sobre os estados, quicás sobre as pessoas. Contudo a ele foi dado o poder e a missão de ” uma vez confirmado, confirma teus irmãos.” No descalabro em que o chamado “chefe da Igreja Católica”, aprova, participa e até estimula tantas práticas “abomináveis” aos olhos de Deus, sim, pois todo o pecado é abominável aos olhos de Deus. Os poderes “transitórios” e anti-cristãos, entenda-se anti-cristão contra Deus, pois não há meio terno; se acham no direito agora de afrontar a Lei Divina e a Lei Natural. Leis essas que está acima da liberade humana, pois quem transgride divinas estão declarando abertamente sua condenação.
      Quando o responsável de guiar as ovelhas as deixam ao léu, ou ainda pior as induzem ao caminho da perdição, as ovelham dever sim fazer seu direito a salvação suplantar ao poder meramente hierárquico, que antes de tudo é poder moral de obrigação junto ao Senhor da ovelhas. É latente que muitas posições do papa atual, e de muitos que o sucederam, brandam ao Céus pedido justiça, afinal está ele, roubando as ovelhas do Verdadeiro e Supremo Pastor. Aqui, no nosso quintal, por diversar vezes fizemos pressão tanto no Legislativo quanto no Judiciário para que pecados (pecado é uma desobediência voluntária a Lei de Deus e da Igreja, tornando a alma que o comete merecedora do Inferno) viessem a serem considerados naturalmente direitos humanos. Ou seja, o divórcio, o aborto, as uniões homoafetivas com matrimônio, cessação da pregar o Cristianismo, e tantas manobras de destruoção da vontade de Deus, se tornassem legais. Infelizmente muitas já passaram e pasme, com conivencia de autoridades que se dizem cristãs. Calar-se diante do erro, é conivente a ele, o que não retira a responsabilidade junto a Deus.
      Rezemos para que as almas se convertam, e Deus bem melhor do que nós, sabe que deve se converter.
      Um Santo de Feliz Natal e Ano Novo de Nosso Senhor Jesus Cristo

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    2. Caro H.S.J,

      Lamento informá-lo mas é meu dever por caridade alertá-lo:

      – Se você não se arrepender do que foi dito acima e em sã consciência continuar a negar verdades da Santa Igreja Católica, você automaticamente se coloca para fora da Igreja Católica. Por mais pesado que seja mas é a única verdade, e não podemos fugir da verdade.

      Se você negar uma verdade da Igreja Católica, automaticamente você nega todas, e deixa de ser Católico (no sentido mais literal do que significa ser “católico”). E não por menos inúmeros Santos e o próprio Cristo pregaram sobre a dificuldade de se entrar no Reino dos Céus, e por isso devemos nos esforçar para nos mantermos católicos.

      Pode ser por pura ignorância, e por caridade que respondo o seu comentário, para assim instruí-lo à voltar para a verdade. Porque por postar isso você não somente se coloca fora da Igreja Católica, como também acaba propagando falsas idéias sobre a Igreja Católica, correndo o risco de pessoas incautas concordarem contigo e seguirem os mesmos erros. E aqui acrescenta-se a isso o pecado gravíssimo do escândalo.

      E aqui não é a minha opinião (eu não sou ninguém). Mas o que a Igreja nos ensina:

      Pio IX no Syllabus de erros coloca:

      (em tempo, o Syllabus compila a lista de proposições que a Igreja condena que alguém diga)

      E sobre o seu texto acima destaco:

      54º Os Reis e os Príncipes não só estão isentos ela jurisdição da Igreja, mas também em resolver as questões de jurisdição são superiores à Igreja.

      55º A Igreja deve estar separada do Estado e o Estado da Igreja.

      56º As leis morais não carecem da sanção divina, e não é necessário que as leis humanas sejam conformes ao direito natural ou recebam de Deus o poder obrigatório.

      80º O Pontífice Romano pode e deve conciliar-se e transigir com o progresso, com o Liberalismo e com a Civilização moderna.

      Facilmente seus comentários entram em sintonia com as proposições acima, ocorrendo então que você esteja proclamando heresias. De tal forma, e espero que por pura ignorância, ao conhecer esses detalhes você pode ter a misericordiosa oportunidade de se arrepender de tais afirmações.

      Lembro também que Pio X condenou veementemente qualquer pensamento que diminua a autoridade do Papa, ideia a qual os modernistas sempre negaram. E dessa forma você se torna um católico modernista/liberal ao dizer para o Papa Francisco não interferir, que era “apenas antigamente” que existia autoridade Papal sobre os Estados.

      Jamais!

      A autoridade do Santo Papa é autoridade para sempre sobre todos os estados. E aqui não falamos de autoridade humana, mas autoridade divina dada pelo próprio Cristo. Por isso o Santo Papa é chamado de “Vigário de Cristo” (aquele que substitui Cristo aqui nesse mundo).

      Assim como, é execrável a idéia que devemos “nos adaptar ao espírito dos novos tempos”. Se os Reis e Príncipes de nossa época não seguem mais a Autoridade Papal, isso não é desculpa para o Papa abandoná-los, muito pelo contrário. Jesus Cristo o Bom Pastor ensinou justamente a procurar as Ovelhas Perdidas.

      Por isso o Papa deveria se manifestar não por opiniões próprias, mas como autoridade máxima da Igreja. Peca-se por ações, mas peca-se muito e talvez até pior por omissões.

      Pio XII não é “condenado” até hoje por sua suposta omissão frente ao Nazismo? (que todo bom católico sabe que não é verdade).

      O que significa o Nazismo frente aos milhões de abortos que são realizados?
      Segundo estatísticas, o Nazismo matou cerca de 21 milhões.

      O aborto num único ano mata de 40 a 50 milhões, por ano. (Dados OMS)

      O que espera-se de um Papa é que ele salve almas.

      Do Presidente Argentino (muito próximo inclusive do Papa), de todos os Políticos da Argentina que votaram à favor, e de todas as mulheres que agora amparadas pelo Estado irão abortar livremente.

      Lembrando que essas crianças serão Assassinadas, Desmembradas Vivas, e sem receber o Batismo necessário.

      Seu pedido de omissão e que devemos cuidar do nosso quintal é a síntese de um pensamento covarde, modernista, liberal e totalmente contrário às verdades da Santa Igreja Católica.

      Por isso, por caridade peço-lhe: arrependa-se e não corra o risco de morrer fora da Igreja Católica.

      Seria cômodo para mim usar dessa mesma omissão e simplesmente ignorar seu comentário. Mas rezo que seja apenas pura ignorância sua de não conhecer aquilo que a Igreja nos ensina.

      “Respondeu Jesus: “Não terias poder algum sobre mim, se de cima não te fora dado. Por isso, quem me entregou a ti tem pecado maior”.”
      São João, 19 – Versículo 11

      Se o Papa Francisco não age ou agiu como deveria, a culpa maior será dele.
      Se os Pastores não nos ensinam mais as verdades da Santa Igreja, culpa maior será deles.

      Porém Cristo não fala de “culpa total”, mas “culpa MAIOR”.

      Pilatos foi culpado igual. Como nós seremos culpados igualmente se não nos convertermos.

      “Tu tropeçarás em pleno dia, assim como o profeta durante a noite. Eu te farei perecer, porque meu povo se perde por falta de conhecimento.”
      Oséias, 4, Versículo 5.

      Peço-te por último, por caridade, que jamais comente algo sem ter absoluta certeza se o que você está escrevendo esteja realmente em sintonia com que a Santa Igreja nos ensina.

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  13. O papa não está em silêncio. Ele obrigou todos os funcionários do Vaticano a tomarem a vacina da Pfizer, que foi aprovada graças ao aborto. Essa é a mensagem decisiva.

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  14. Fui ao site do Vaticano e fiz uma pesquisa com a palavra “aborto”. Obtive um ranking de ocorrências por Papa. Dividindo o número de ocorrências pela duração do respectivo pontificado, ficou assim: Bento XVI = 6.3 ocorrências/ano; João Paulo II = 5.5 ocorrências/ano; Francisco = 4.2 ocorrências/ano. Ou seja, em parte faz sentido a crítica do Fratres. Realmente, muito tímido o posicionamento do Papa Francisco neste ponto, sem contar certas declarações polêmicas (sobre católicos se procriarem como coelhos e preocupação excessiva a respeito de gays e aborto). Rezemos por nosso Pontífice, porque de nossa parte só nos resta praticamente isto…

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    1. Números? Esse é o parâmetro?

      Papa X Papa Y
      Eu gosto do aborto Eu odeio o aborto
      Eu gosto do aborto Eu odeio o aborto
      Eu gosto do aborto Eu odeio o aborto
      Eu gosto do aborto Eu odeio o aborto
      Eu gosto do aborto Eu odeio o aborto
      Eu gosto do aborto Eu odeio o aborto

      Ranking
      6.0 ocorrências 6.0 ocorrências

      Não matarás!

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    2. Costumo dizer que não deveríamos usar a palavra aborto, pois aborto é qualquer coisa que se interrompe num processo. Por exemplo: um foguete pode sofrer um aborto no momento de seu lançamento.
      A palavra aborto não deveria ser mais usada então, quando se referir à interrupção da gestação da mulher por meios que não sejam naturais.
      A palavra correta deveria ser sempre AGENITOCÍDIO cujo significado corresponderia ao assassinato de um ser humano gerado mas não nascido.
      A utilização desta palavra passa a estabelecer definitivamente a caracterização do ato como assassinato.
      Devemos a adotar os mesmos critérios gramncistas de modo a contrapor a esquerda mundial quando os utiliza para desestabilizar o cristianismo e mostrar sempre a realidade deste crime que se comete, tanto na defesa do ato criminoso quanto na sua prática.

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    1. Era esse padre que gritava “viva a santa erva” depois do Pai Nosso. Quando a gente pensa que já viu de tudo…

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  15. A cada dia está mais difícil a vida dos “papólatras”. Estão cada vez mais próximos da figura do “soldado de Caifás”, ao qual só resta esbofetear quem ousa increpar e questionar o “sumo sacerdote”.

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  16. PW, acho que você se equivoca ao reduzir a questão a uma necessidade de dinheiro. Muito além disso, há uma inimizade de alma, um ódio à doutrina, que se consuma com ou sem as 30 moedas.

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