Por FratresInUnum.com, 20 de julho de 2021 – A pedra fundamental de todo o Motu Proprio sadicamente intitulado de Traditioni Custodes é a afirmação de que “os livros litúrgicos promulgados pelos santos Pontífices Paulo VI e João Paulo II, em conformidade com os decretos do Concílio Vaticano II, são a única expressão da lex orandi do Rito Romano” (art. 1).

Esta pretensão de Francisco é simplesmente uma aberração teológica com aparências de sapiente e, em si mesma, tal afirmação não exprime coisa alguma, mas apenas vacuidade.
De um lado, o significado do axioma “lex orandi, lex credendi” é precisamente o de indicar a tradição litúrgica da Igreja como fonte da fé teologal da mesma: ou seja, o acervo de textos da longa tradição litúrgica da Igreja é um grande monumento da ortodoxia da fé católica e, por isso, fonte mesma para a sua elaboração teológica.
Neste sentido, a liturgia romana tradicional é em si mesma, independentemente do que diga quem quer que seja, exímia expressão da “lex orandi” e da “lex credendi”, pois é um colosso de ortodoxia que organicamente se foi desenvolvendo ao longo dos séculos, numa continuidade comovente, que remete, em última análise, à Fé apostólica.
No referido Motu Proprio, Francisco demonstra ignorar o significado preciso dessa terminologia teológica, entendendo por “lex orandi” aquilo que o Papa determinar segundo o seu arbítrio, aleatoriamente, autoritariamente. “Lex orandi”, na cabeça do papa argentino, são as normas litúrgicas tais quais expressas no direito positivo.
A má vontade de Bergoglio para com os “rígidos” conservadores é tamanha que ele, durante toda a vida, ignorou as lições do Papa alemão, dentre as quais:
“O Papa não é monarca absoluto, cuja vontade é lei; antes, ele é guardião da Tradição autêntica e, portanto, o primeiro garantidor da obediência. Ele não pode agir como bem entende e, por isso, ele pode se opor àqueles que, por sua vez, querem fazer o que lhes vem à cabeça. A sua lei não é a do poder arbitrário, mas da obediência na fé. É por isso que, no que diz respeito à Liturgia, ele tem o papel de jardineiro, e não de técnico que constrói novas máquinas e joga as antigas no ferro velho” (Cardeal Joseph Ratzinger, prefácio a “O Desenvolvimento Orgânico da Liturgia”, 2005).
Na carta aos bispos que acompanha o motu proprio, Francisco chega ao primarismo de dizer que está fazendo o mesmo que São Pio V, isto é, abolindo os livros litúrgicos precedentes. Ora, São Pio V jamais quis criar uma nova missa em seu tempo. Seguindo exatamente o critério teológico “lex orandi, lex credendi”, restaurou a liturgia romana como em sua tradição e retirou alguns usos recentes, de menos de 200 anos, garantindo então uma desintoxicação protestante e estabelecendo os novos livros como obrigatórios, justamente porque mais antigos e não porque mais novos.
O Novus Ordo, ao contrário, foi produção de laboratório, criado por um time que incluía protestantes e maçons em sua redação — certamente de participação menos relevante e perigosa que a dos próprios modernistas titulares da equipe. Nunca se inventou uma nova liturgia do dia para a noite na Igreja e, aliás, não foi isso que o Concílio Vaticano II pediu que se fizesse. Os reformadores foram muito além do que solicitado pelo Concílio e, neste caso, nem a autoridade do Papa pode mudar os fatos: diferentemente da missa tradicional, a missa nova não foi uma produção orgânica, mas um experimento laboratorial imposto sobre todos os fiéis.
“A reforma litúrgica, na sua realização concreta, distanciou-se a si mesma ainda mais da sua origem. O resultado tem sido não uma reanimação, mas uma devastação. Em vez da liturgia, fruto dum desenvolvimento contínuo, puseram uma liturgia fabricada. Esvaziaram um processo vital de crescimento para o substituir por uma fabricação. Não quiseram continuar o desenvolvimento, a maturação orgânica de algo vivo através dos séculos, e substituíram-na, à maneira da produção técnica, por uma fabricação, um produto banal do momento”. (Cardeal Joseph Ratzinger, Revue Theologisches, Vol. 20, Fev. 1990, pgs. 103-104)
Obviamente, pressupõe-se que, havendo matéria, forma e intenção, a Missa Nova é válida, mas isso não significa que ela esteja liturgicamente numa continuidade intrínseca com a “lex orandi” objetiva da Igreja e muito menos que não possa e até não deva ser corrigida em seus defeitos e melhorada (aquilo que Bento XVI chamava de “reforma da reforma”).
Em todo caso, é absurdo, ridículo, fruto de ignorância, tentar definir de maneira propriamente legalista qual é a “lex orandi” da Igreja mediante um decreto. Isso não é apenas atropelar os fatos e impor despoticamente uma opinião infantil, mas é sobretudo ignorância acerca da própria natureza da coisa e dos próprios limites em que existe a autoridade pontifícia.
Há muita leviandade que se diz atualmente, inclusive com boa intenção. Uma delas é a ideia de que, se o Papa alterou, temos que obedecer; que ele tem autoridade para mudar ritos na Igreja, etc.
O que essas almas bem intencionadas não entendem é que isso aqui não se trata de uma mudança de rito (aliás, estamos falando sempre do Rito Romano, o qual sofreu não uma reforma, mas uma recriação na chamada reforma litúrgica – precisamos dar o nome correto para as coisas!), mas uma simultaneamente ignorante e abusiva nova interpretação do que significa “lex orandi”, como se um papa pudesse criá-la ex nihilo, ao invés de identificá-la e determiná-la em sua fidelidade intrínseca e objetiva.
Assim como a Sagrada Escritura é uma das fontes da Teologia, a “lex orandi” é uma das fontes da Tradição. Não se trata de uma regra canônica, de uma lei eclesiástica positiva, a qual se possa mudar de qualquer modo. O conceito teológico de “lex orandi” é muito mais rico e preciso e dizer que, a partir de agora, os novos livros litúrgicos são a sua única expressão para o Rito Romano é simplesmente ridículo. Não é algo que se possa levar à sério.
Portanto, aqui não é o caso de se obedecer ou não. É que o que está escrito não tem sentido, mesmo. É como querer mudar as leis da física ou da lógica por decreto, é extrapolar os limites de uma autoridade e da própria realidade. Isso, Francisco não pode fazer. Assim como ele não pode mudar os dogmas, alterar as Sagradas Escrituras ou o conteúdo mesmo da Tradição. Ele é um Papa, não é um Deus.
Para quem já aboliu parte dos Mandamentos e do Evangelho, abolir um rito é fácil.
Mas são palavras e decretos vãos, sem efeito real, porque feitos em posição de rompimento com a Revelação e com o Magistério Papal.
Francisco está sentado na cátedra de Pedro, e ao mesmo tempo espiritualmente rompido com a Cátedra de Pedro.
A Providência tudo resolve.
Em breve, Bergoglio e seus milhares de asseclas clericais serão apenas mais uma página suja dos livros de História Eclesiástica, assim como os nestorianos, arianos, et caterva.
CurtirCurtir
Após a profanante entronização da diaba índia Pachamamma no Vaticano, em detrimento do verdadeiro e único Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, com o pontificado do papa Francisco de aceder à China pagã e anti eclesial católica a concessão de eleger “validamente prelados” para “igreja patriótica chinesa” e mais fatos inusitados anti Igreja católica tradicional, como destruir todos todos os alicerces da Igreja católica,, desde os fiéis às edificações, ainda confinando bispos e padres nos gulags, tudo é propenso e viável de acontecer – nada será senão acréscimo de descaminhos, aberrações e acompanhados das mais diversas malversações – e a LEX ORANDI tradicional não escapou à regra à nova reforma litúrgica!
Mais que comprovado que o Vaticano II é possuidor de problemas teológicos dúbios e incoerentes com os antecessores a ele, anexamente com a infiltração da Igreja católica pela maçonaria eclesiástica advenha mais ostensiva após a década de 30, de modo particular! Pior: o Vaticano II acolheu a todos os tipos de intrometidos doutras religiões pagãs que nada tinham a ver com ele – seria o nascimento da Igreja misericordiosa que a ninguém mais condenaria e sem ressalvas quaisquer, embora a despeito de contrariar o santo Evangelho, de certo modo, seriam as extinções do inferno e do Juízo Final, constantes na Exortação Apostólica Amoris Laetitia, pág 181!
Temos a obrigação, como inabaláveis católicos de crer na validade ao *”quod semper, quod ubique, quod ab omnibus creditum est”, na LEX ORANDI tradicional e todo o restante desatendido, e a neo exegese atual pareceria-se com o mutante protestantismo – a cada sucessor pastor-chefe de uma seita, diverge, subtrai ou acresce termos ou textos em alguns ou em muitos pontos do antecessor.
* S Vicente de Lérins.
CurtirCurtir
O texto tem razão. O papado de Francisco é uma ruptura total com o de seus predecessores. É fácil de constatar que isso não é católico. O próximo papa terá muito trabalho para restaurar a fé católica.
CurtirCurtir
Culto com a pachamama pode. A Missa tradicional não pode! Vá para o inferno essa nova ordem!
CurtirCurtir
MENOSNPREZEMOS O “TRADITIONIS CUSTODES” – NÃO MERECE CRÉDITO – MANTEHAMO-NOS CONSOLIDADOS NO MAGISTÉRIO ANTERIOR, ABAIXO!
Após a profanante entronização da diaba índia Pachamamma no Vaticano, em detrimento do verdadeiro e único Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, com o pontificado do papa Francisco de aceder à China pagã e anti eclesial católica a concessão de eleger “validamente prelados” para “igreja patriótica chinesa” e mais fatos inusitados anti Igreja católica tradicional, como destruir todos todos os alicerces da Igreja católica,, desde os fiéis às edificações, ainda confinando bispos e padres nos gulags, tudo é propenso e viável de acontecer – nada será senão acréscimo de descaminhos, aberrações e acompanhados das mais diversas malversações – e a LEX ORANDI, LEX CREDENDI tradicionais não escapou à regra à nova reforma litúrgica!
Mais que comprovado que o Vaticano II é possuidor de problemas teológicos dúbios e incoerentes com os antecessores a ele, anexamente com a infiltração da Igreja católica pela maçonaria eclesiástica advenha mais ostensiva após a década de 30, de modo particular! Pior: o Vaticano II acolheu a todos os tipos de intrometidos doutras religiões pagãs que nada tinham a ver com ele – seria o nascimento da Igreja misericordiosa que a ninguém mais condenaria e sem ressalvas quaisquer, embora a despeito de contrariar o santo Evangelho, de certo modo, seriam as extinções do inferno e do Juízo Final, constantes na Exortação Apostólica Amoris Laetitia, pág 181!
Temos a obrigação, como inabaláveis católicos de crer na validade ao *”quod semper, quod ubique, quod ab omnibus creditum est”, na LEX ORANDI, LEX CREDENDI tradicionais e todo o restante desatendido, e a neo exegese atual pareceria-se com o mutante protestantismo – a cada sucessor pastor-chefe de uma seita, diverge, subtrai ou acresce termos ou textos em alguns ou em muitos pontos do antecessor.
* S Vicente de Lérins.
CurtirCurtir
Caros Fratres:
Enquanto não se fizer uma revisão completa do malfadado concílio, estás confusões continuarão a prosperar
É necessário acabar com o discurso de “continuidade” e assumir que há uma ruptura. Passou da hora os discursos bonitos.
Não há como conciliar água e óleo, verdade ou mentira, luz ou trevas.
Há uma Igreja anterior e outra posterior ao concílio dos papas João XXIII e Paulo VI, com teologias, liturgias e conceitos muito diversos entre ambas.
Não adianta tergiversar, é evidente o contraste. Como disse Nosso Senhor: “Não podeis servir a dois senhores!”
Assim, com essa decisão, a igreja conciliar demonstra que um facho de luz incomoda àqueles que jazem nas sombras da morte.
Que o Bom Deus tenha misericórdia de nós!
Imaculado e Doloroso Coração de Maria: rogai por nós!
CurtirCurtir
Pergunta sincera de um simples leigo, padre. Considerando hipoteticamente que jamais houvesse reforma Litúrgica ou CVII, a missa Tridentina estaria possivelmente sofrendo os mesmos abusos que a missa de Paulo VI. Sei que ninguém aqui é “adivinho”, mas esse argumento é usado à granel pelos ditos continuistas.
CurtirCurtir
O Texto está perfeito…
Resumindo Francisco não sabe nada …
E nós temos q engolir a seco tanta barbaridade..
Patachama liberadassa!!!
Em breve cremos q essa página será virada !
Oremos
CurtirCurtir
Um resumão:
CurtirCurtir
Summorum Pontificum: “Ut autem Sacra Liturgia hoc munus efficacius expleret, plures alii Romani Pontifices decursu saeculorum peculiarem sollicitudinem impenderunt, inter quos eminet Sanctus Pius V, qui magno cum studio pastorali, Concilio Tridentino exhortante, totum Ecclesiae cultum innovavit, librorum liturgicorum emendatorum et «ad normam Patrum instauratorum» editionem curavit eosque Ecclesiae latinae usui dedit. (…) Recentioribus autem temporibus, Concilium Vaticanum II desiderium expressit, ut debita observantia et reverentia erga cultum divinum denuo instauraretur ac necessitatibus nostrae aetatis aptaretur. Quo desiderio motus, Decessor noster Summus Pontifex Paulus VI libros liturgicos instauratos et partim innovatos anno 1970 Ecclesiae latinae approbavit; qui ubique terrarum permultas in linguas vulgares conversi, ab Episcopis atque a sacerdotibus et fidelibus libenter recepti sunt. Ioannes Paulus II, tertiam editionem typicam Missalis Romani recognovit. Sic Romani Pontifices operati sunt ut «hoc quasi aedificium liturgicum […] rursus, dignitate splendidum et concinnitate» appareret [4].”
Ratzinger: “Podríamos decir que entonces -en 1918- la liturgia se parecía a un fresco que, aunque se conservaba intacto, estaba casi completamente oculto por capas sucesivas. Gracias al Concilio Vaticano II, aquel fresco quedó al descubierto y, por un momento, quedamos fascinados por la belleza de sus colores y de sus formas. Sin embargo, ahora está nuevamente amenazado, tanto por las restauraciones o reconstrucciones desacertadas, como por el aliento de las masas que pasan de largo.”
Quattuor abhinc annos: “a) That it be made publicly clear beyond all ambiguity that such priests and their respective faithful in no way share the positions of those who call in question the legitimacy and doctrinal exactitude of the Roman Missal promulgated by Pope Paul VI in 1970.
b) Such celebration must be made only for the benefit of those groups that request it; in churches and oratories indicated by the bishop (not, however, in parish churches, unless the bishop permits it in extraordinary cases); and on the days and under the conditions fixed by the bishop either habitually or in individual cases.
c) These celebrations must be according to the 1962 Missal and in Latin.
d) There must be no interchanging of texts and rites of the two Missals.
e) Each bishop must inform this Congregation of the concessions granted by him, and at the end of a year from the granting of this indult, he must report on the result of its application.
This concession, indicative of the common Father’s solicitude for all his children, must be used in such a way as not to prejudice the faithful observance of the liturgical reform in the life of the respective ecclesial communities.”
Há mesmo alguma diferença entre PVI, JPII, BXVI e F?
CurtirCurtir