O abuso não tolhe o uso.

Por Sidnei Silveira

Ainda que demônios em pessoa freqüentassem a Missa Tridentina**, um católico romano não amá-la e não defendê-la, quando atacada, é fazer-se diabolicamente um apátrida espiritual, um errante, um pródigo; é não amar a sua própria tradição e – o que é pior – ser conivente com quem demole a casa que abrigou a sua família desde tempos imemoriais.

O católico romano que louva ritos orientais*** e, ao mesmo tempo, é indiferente à avacalhação estética, teológica e litúrgica do seu próprio rito é como quem despreza os pais, o que não se faz sem grave culpa.

O católico romano que não ama a sua magnífica liturgia, a qual foi reabilitada como “rito extraordinário”, para não ferir as revolucionárias susceptibilidades dos que, na prática, a proscreveram, é Esaú no ato de vender a Jacó a sua primogenitura por um mísero prato de comida.

Que futuro pode ter esse católico romano que dá de ombros ao seu passado, senão louvar a grama do vizinho e viver sem identidade própria?

** É óbvio que a Missa Tridentina não nasceu no Concílio de Trento, mas passou a ser assim chamada por referência à sua solene elevação à condição de forma litúrgica perfeita no referido Concílio. É uma analogia!

*** Um católico romano que, neste grave momento, elogia a postura dos orientais está apenas jogando a sua covardia para debaixo do tapete. Como esse pobre-diabo acha que os orientais reagiriam se tocassem na sua liturgia?

5 comentários sobre “O abuso não tolhe o uso.

  1. Boa observação, cansei de ver jovens afetados indo atrás dos ritos orientais, onde mesmo estou, porque isso e aquilo. Bobalhões emocionados a ouvir um sacerdote falar árabe quando o máximo que chegou a ter com foi de comer esfirras; isso é patético e até ofensivo.
    E digo mais, como alguém que abandona a própria casa pode achar que tem moral para falar de quem a vandalizou? Certamente quem, diante da violência nada faz, é pior do que o agressor; o agressor é injusto apenas para com o agredido, o covarde é injusto com os dois.

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  2. Lamentavelmente, nós, cá debaixo, nem que fôssemos sacerdotes, pouco ou nada poderíamos fazer e conseguir, a não ser rezar e protestar aliás, no que estamos veementemente nos exercitando!
    De quando em tempo, alguns sacerdotes aparecem aqui, providencialmente, como nós, caso do Revmo Pe José Antônio, todos queixam-se do Vaticano II; no entanto, que influências possuem para mudar, senão como nos incumbimos: rezar e protestar e por isso alegramo-nos junto com o site fratres de termos acabado com o pernóstico Sínodo oco da Amazônia, hoje, totalmente vituperado – redundou num fracasso total, junto com os endiabrados esquerdistas,os quais, como o diabo, nunca se dão por vencidos, só derrotarmos totalmente a eles quando N Senhora pisar na cabeça da Serpente!
    Que influências fora da Alta Hierarquia temos condições de nos impormos para mudar o inconveniente se não temos voz suficiente – que saiba nenhuma, estamos restritos apenas ao citado: rezar e protestar. Porém, arvorar contra nós não seria justo – somos vítimas de decisões dúbias ou supostamente errôneas do Vaticano II e dos nele infiltrados ou suspeitos convidados partícipes!
    Não fomos nós que elegemos o papa Francisco que é acusado de ser peronista – Perón estava para onde o vento convergisse – assim, protestantes, marxista camuflados de cismáticos da IOR – caso do “bispo” Nikodin falecido e, conferindo seus documentos, era coronel da KGB – gentios de religiões pagãs que redundou em Assis, pior ainda, da maçonaria externa e da pior, a Maçonaria Eclesiástica, composta de infiltrados e/ou traidores, além de suspeitos convidados doutras religiões que teriam comparecido ao Concílio Vaticano II e teriam dado seus palpites de sapo a favor dos globalistas; daí chegamos ao atual caos e o papa Francisco seria apenas o supra sumo da não condenação a mais ninguém desde quando ainda papa João XXIII!

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  3. Neste pequeno texto se definiu o que é ser católico, e me permite dizer, o que mais temos são pessoas de Igrejas, fieis, que se dizem católicos mas se escondem na covardia, no medo de se expor. A colocação abaixo diz tudo. Essa é a diferença entre católico e protestante, o medo de se expor. O protestante expõe a sua fé sem medo, e olha que essa comunidade nem santa é, pois sabemos de onde vieram, quem é seu fundador.
    Já o Católico, que tem a benção do seu Criador, Jesus Cristo, a intercessão de Maria Santíssima e o Martírio dos Santos e Santas, se escondem na falta de fé, de crença, de acreditar que a Igreja Católica é una e sancta e acima de tudo imbatível. Não devemos nos calar, devemos lutar com todas as armas que pudermos ter, devemos nos ajoelhar e rezar o Santo Rosário pedindo misericórdia e perdão pela covardia e medo de muitos.

    “Ainda que demônios em pessoa freqüentassem a Missa Tridentina**, um católico romano não amá-la e não defendê-la, quando atacada, é fazer-se diabolicamente um apátrida espiritual, um errante, um pródigo; é não amar a sua própria tradição e – o que é pior – ser conivente com quem demole a casa que abrigou a sua família desde tempos imemoriais”.

    Parabéns pela belíssima definição.

    SI VIS PACEM PARA BELLUM

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