Sã reação de indignação.

Por FratresInUnum.com, 5 de julho de 2021 – A decisão autoritária de Francisco contra a Missa de Sempre mexeu até com quem não era adepto. Muitas pessoas que frequentam apenas o rito moderno ficaram profundamente chocadas e contrariadas com a medida ditatorial. E isso por alguns motivos.

Lille, França, 1976: Mons. Lefebvre celebra missa em um ginásio para milhares de fiéis, um mês após ter sofrido suspensão a divinis.

Em primeiro lugar, porque tudo está baseado sobre uma mentira. Como muito bem afirmou o Pe. Francisco José Delgado, é simplesmente falso que um Papa possa cancelar uma liturgia multissecular e impor um rito de cinco décadas como única alternativa, ainda mais utilizando a expressão lex orandi como instrumento de uma imposição arbitrária.

“Como isto é falso, a legislação que brota deste princípio é inválida e, de acordo com a moral católica, não deve ser observada, o que não implica desobediência. Bastaria simplesmente ignorá-la. Mas creio que, neste caso, isso não seria suficiente. Creio que é nosso dever como sacerdotes fieis exercer a obrigação moral de defender a verdade, pública e notoriamente, enfrentando as possíveis consequências. E, assim, convido todos os meus irmãos fieis a que o façam. Até hoje, não senti a necessidade de celebrar a Missa Tradicional. Sim, assisti e rezei o breviário anterior à reforma, mas por causa dos meus trabalhos paroquiais não me parecia imprescindível fazê-lo. Porém, graças a Francisco, isso muda hoje. Proponho-me a começar celebrar o quanto antes de forma privada a Missa Tradicional. Obviamente, não a posso impor aos meus fieis, mas posso fazê-lo quando não interferir em minhas obrigações paroquiais. Ademais, considero que é necessário tornar público este ato de alguma maneira. Estou fazendo-o aqui, mas me parece que seria muito conveniente que se organizasse algum tipo de iniciativa que desse notoriedade aos que fizéssemos este gesto”.

Límpido como um cristal. Esta lei é iníqua e, consequentemente, não é lei; logo, não ocorre obediência. O padre vai além. Ele diz que é necessário tornar pública essa resistência, deixando muito claro não se tratar de rebeldia, justamente porque se não está desobedecendo a lei alguma nem a um legítimo exercício de autoridade. Tal atitude seria impensável antes de Traditionis custodes. A agressão de Bergoglio provocou-a, fortalecendo, deste modo, colateralmente, a reação católica.

O exemplo do Pe. Delgado é emblemático. Ele não é tradicionalista, não se sentia ligado à “forma extraordinária”, não é um adepto da liturgia tridentina… Ele simplesmente acordou para a verdade da questão porque foi provocado pela violência institucional do Papa argentino. Quantos outros haverá que se terão comportado do mesmo jeito?

Na prática, quem já celebrava na forma tradicional continuará celebrando, pública, privada ou clandestinamente. Os bispos tolerantes continuarão tolerando, os intolerantes continuarão perseguindo e tendo de tolerar que se lhes ignore. Simple as that!

O outro motivo que nos parece mais do que necessário para produzir nos fieis uma sã reação de indignação é justamente o fato de Francisco penalizar os católicos que procuram honrar a Deus com um digno culto ortodoxo enquanto a Igreja está incendiada por todos os lados com blasfemadores, sacrílegos, hereges, pervertidos, tarados, bandidos, corruptos e todo tipo de gente desgraçada que se possa imaginar, e bem debaixo do nariz dele.

Diante do escândalo do caminho sinodal alemão, com suas bênçãos em duplas homossexuais e outras barbaridades, qual é o sentido de se punir católicos que não cometeram delito algum com a privação de sua liturgia? Se o próprio magistério, inclusive citado por ele, reconhece como legítimas as reinvindicações dos fieis pela forma tradicional do rito romano, por que ele os trata como renegados, sonegando-lhes o bem mais estimado, que é a Santa Missa de Sempre?

A desproporção é evidente demais e não se pode ficar indiferente diante dela, pois trata-se de uma injustiça de fato: reprime-se um bem excelente enquanto não se diz nada na presença de males absurdos, que deveriam ser perseguidos com o rigor da disciplina apostólica. Bergoglio está operando um verdadeiro favorecimento de tudo que é mal e destrutivo para a Igreja, enquanto tiraniza os bons e os amordaça numa posição insuportável.

O Pe. Delgado, compartilhando a sua experiência, com a coragem que lhe é peculiar, diz que:

“Até agora não tive necessidade ou ocasião de celebrar a Missa Tradicional. Simplesmente foi incompatível com a vida pastoral que até agora eu tive. Tinha pensado em, no futuro, aproveitar que costumo deixar-me um “dia livre” em que não há Missa com o povo na paróquia para ir celebrando algumas vezes a Missa na forma extraordinária. No entanto, fiz o propósito de não deixar passar mais tempo: a partir de agosto começarei a fazê-lo com regularidade. Digo-o aqui e o comunicarei oportunamente ao meu bispo, não para pedir permissão, porque entendo que não lha devo pedir, mas porque me parece que a tomada de posição deve ser pública, aconteça o que acontecer. Não que eu pretenda fazer uma luta encarniçada pela Missa Tradicional, como disse um querido amigo sacerdote galego (difamado comigo nos comentários de um blog alojado nesta web) – seguramente o mais inteligente e inclusive divertido seria voltar à clandestinidade que havia antes de Bento XVI –, mas o que não penso aceitar é que me façam engolir uma contradição à força de decreto. Se se deve desembainhar a espada para afirmar que a forma extraordinária do Rito Romano é expressão válida da lex orandi deste, ainda que seja apenas para fazer uma espécie de ‘haraquiri’ eclesial, que assim seja”.

Pois bem, Bergoglio mexeu num vespeiro e terá de arcar com as consequências de ter dado uma lei inválida. Todos perceberam isso e agora só lhe resta continuar fingindo enquanto a vida segue o seu rumo. A parte mais prejudicada somos sempre nós, os leigos, que teremos de esmolar assistir uma Missa escondida. Que haja mais exemplos audazes como o do Pe. Delgado, os quais certamente atrairão mais e mais graças sobre a Igreja e anteciparão o momento da intervenção divina.

8 comentários sobre “Sã reação de indignação.

  1. Obrigado e parabéns ao Fratres por estar postando vários artigos mostrando a patifaria e a monstruosidade de Bergóglio em tentar, em vão, destruir a Venerável e Bendita Missa antiga.
    Não digo que a Missa nova é inválida ou herética, mas, dizer que ela expressa de maneira inequívoca os Dogmas Católicos, da mesma maneira que Antiga, é ser idiota, tonto,ou pior, usar de má fé.
    Claro, que uma pessoa embebida da maldita tl, eleito por uma Máfia pior ainda que a maldita tl, só pode fazer atos deploráveis como ele faz.
    Bergóglio é tão dissimulado que ainda tem a desonestidade de aparecer ao lado de Bento XVI como um continuador e admirador de sua obra….DEUS NOS LIVRE DE TAMANHA FALTA DE CARÁTER.
    Os artigos aqui postados mostram, inequivocamente, a contradição absurda do tal motu proprio, que é digno das lixeiras de banheiro, pensar que isso foi saído de um Papa só nos mostra a crise asquerosa que atinge a Igreja de Deus, até no título o lixo é contraditório.
    Bergóglio passará como sua obra nefasta e repugnante, a Igreja de Deus continuará iluminando e santificando o mundo com sua DOUTRINA IMUTÁVEL e imune a qualquer ação perversa.
    GRACAS E LOUVORES SE DEEM A TODO MOMENTO,
    AO SANTÍSSIMO E DIVINÍSSIMO SACRAMENTO!!!!!!!!!

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  2. Que casos assim se multipliquem! Tanto porque não esperamos muita coisa dos sacerdotes conservadores de terras tupiniquins, os “mitos de batina” ciosos em CONSERVAR o cargo na diocese, as boas graças dos prelados ou simplesmente a boa aparência como diretor espiritual “influencer” online/offline. O “mito de batina” de Embu das Artes (SP) adiantou-se e suspendeu a Missa tradicional semanal assim que Francisco publicou o motu próprio, sem sequer aguardar o veto do seu Bispo. Questionado pelos orfãos da Missa que abandonou, o padre escreveu que “o Papa é o legislador supremo da Igreja, e continuar a celebrar esta Missa é por-se contra o Papa”. Um fiel redarguiu que o Legislador supremo da Igreja é Jesus Cristo, o obediente embatinado não respondeu, resumindo assim a posição dos conservadores: antes obedecer aos homens que a Deus.

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  3. Tudo isso e mais um pouco ainda é efeito do pontificado de Paulo VI. Foi sobretudo ele quem atropelou o próprio Concílio e traiu a Igreja e a protestantizou via “sua” liturgia fabricada sob auspícios da maçonaria e de
    “pastores” protestantes.

    Quem é esse “deus do universo” a quem se oferece pão e vinho naquele simulacro de ofertório da enredo entendiante e gélida liturgia montiniana?

    Nenhum palpite? Seria bom que as mitologias do Ocidente fossem melhor conhecidas pelos candidatos ao ministério ordenado. São elas que funcionam por detrás dos panos. Padre Manuel Guerra, espanhol, tem toda bibliografia sobre esses assuntos.

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  4. Tudo isso, ainda sob uma intrigante questão que prossegue pairando no ar: o papa Francisco foi validamente ascendido ao papado por causa de antecedentes nada corretos como sacerdote, bispo e cardeal, assim propagado nas redes, como missa de Pinochio, permissão como bispo de dança de tango no presbitério na Catedral de Buenos Ayres após celebração da S Missa, ele, mais um bispo e sacerdotes assistindo a essa profanação, assentados atrás do altar?
    Deduzir-se-ia por isso e mais porque o próprio cardeal Daneells da Bélgica disse verbalmente e por escrito de ter havido uma conspiração para saída forçada do papa Bento XVI, ele mesmo participou das tramas para colocação de um papa conveniente aos modernistas; no caso, aos relativistas, modernistas, desejosos de um papa atualizado com o niilismo, com a alienação e as esquerdas, tipo CNBB-TL e, consequentemente dando força às endiabradas NOM-maçonaria!
    Seria ele que estaria preparando as vias para a chegada do anticristo via esforço contínuo de uma só religião mundialista do modelo abraâmico,, sob a tutela de Roma, arauto do anticristo, esse ocupando por determinado tempo a Sede de São Pedro, até que Jesus, com apenas um sopro o derrubasse e o encadeasse no inferno junto às almas condenadas ao fogo eterno?
    Porque não suspendeu sumariamente a divinis o clero alemão que estava abençoando ilicitamente falsas e demoníacas uniões entre pederastas, porque não?
    Porque suspendeu forçadamente pela canetada a Missa Católica, nomeada “de sempre, versus Deum” em favor doutra, com modificações recentes a critério pessoal e imposturamente?
    Sei não: necessitamos urgentemente seguir: “É, porventura, o favor dos homens que eu procuro, ou o de Deus? Por acaso tenho interesse em agradar aos homens? Se quisesse ainda agradar aos homens, não seria servo de Cristo”. Gal 1,10.

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  5. Resumindo. …vamos continuar assistindo. A santa Missa tradicional …
    Pois como mesmo disse no artigo essa lei é inválida !
    Vamos nessa …nem que for clandestinamente !!
    Vida q segue …

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  6. O heróico personagem diz que urgentemente passará a celebrar privadamente a Missa. E o faz porque o glorioso Bento assim permite em Summorum Pontificum; se quisesse fazê-lo publicamente, poderia?

    É necessário insistir que JPII, BXVI e F, cada um a seu modo, regularam (e restringiram) o uso do chamado rito antigo.

    Por que tanta rebeldia dos radtrads fanáticos e empedernidos?

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