LA PLATA, 25 ago. 21 / 04:15 pm (ACI).- O arcebispo emérito de La Plata, na Argentina, dom Héctor Aguer, disse que as restrições à missa tradicional estabelecida pelo motu proprio Traditionis custodes do papa Francisco não são um avanço, mas um “lamentável retrocesso”.
“O atual pontífice declara que deseja avançar ainda mais na constante busca da comunhão eclesial (prólogo da Traditionis custodes) e para tornar efetivo esse propósito elimina a obra dos seus predecessores, colocando limites arbitrários e obstáculos àquilo que eles estabeleceram com intenção ecumênica intra-eclesial e respeito pela liberdade de sacerdotes e fiéis! Promove a comunhão eclesial ao contrário. As novas medidas implicam um lamentável retrocesso”, escreveu o prelado em um artigo enviado à ACI Prensa, agência em espanhol do grupo ACI, em 23 de agosto.
Dom Héctor afirmou que, com o novo texto pontifício, a decisão de autorizar ou não o uso do missal de 1962 “fica nas mãos dos bispos diocesanos” e, nesse sentido, “começa tudo de novo”.
“Tememos que os bispos sejam avaros na concessão das licenças. Muitos bispos não são Traditionis custodes, mas traditionis ignari (ignorantes), obliviosi (esquecidos), e pior ainda traditionis evertores, destructores”, continuou.
Dom Héctor questionou se, “para aqueles que já se serviam da forma extraordinária do rito romano”, ou seja, que usavam o missal de 1962, “não bastava a vigilância ordinária dos bispos e a eventual correção dos infratores? Era preciso ser caridoso e paciente com os rebeldes”.
Para o arcebispo emérito, “a limitação de lugares e dias para celebrar segundo o missal de 1962 (Art. 3, §2 e §3) são restrições injustas e antipáticas”. Além disso, “o artigo 3º, nº 6, é uma restrição injusta e dolorosa, porque impede que outros grupos de fiéis possam gozar da participação da missa celebrada segundo o missal de 1962”.
Entre as disposições do documento pontifício publicado em 16 de julho, o papa estabelece que o bispo é quem pode autorizar os sacerdotes que queiram celebrar a missa nessa forma, ou seja, com o missal de 1962, bem como onde e quando poderão ser as celebrações, desde que não sejam em igrejas paroquiais, e que os grupos de fiéis que nelas participam terão um sacerdote delegado que os acompanhará pastoralmente.
O texto pontifício, no nº 6 do artigo 3º, também afirma que o bispo diocesano não autorizará a criação de novos grupos que desejem celebrar a missa tradicional em latim.
Abusos litúrgicos
“Sei que muitos jovens das nossas paróquias estão cansados dos abusos litúrgicos que a hierarquia permite sem corrigi-los. Desejam uma celebração eucarística que garanta uma participação séria e profundamente religiosa. Não há nada de ideológico nesta aspiração”, escreveu dom Héctor.
“Também acho antipático que o sacerdote que já tem permissão e uma prática correta deva pedir permissão novamente (art. 5.) Não será esse um artifício para tirar sua permissão? Eu acho que deve haver vários bispos (novos, por exemplo) que farão resistência antes de concedê-la”, afirmou.
O artigo 5º da Traditionis custodes estabelece que “os presbíteros que já celebram segundo o Missale Romanum de 1962, pedirão ao bispo diocesano autorização para continuar a manter aquela faculdade”.
Dom Aguer afirmou que “todas as disposições da Traditionis custodes seriam tranquilamente aceitáveis se a Santa Sé prestasse atenção ao que eu chamo de ´devastação da liturgia`, que se verifica em múltiplos casos”.
Como exemplo, ele falou do que “acontece na Argentina. Em geral, é bastante comum que a celebração eucarística assuma um tom de banalidade, como se fosse uma conversa que o sacerdote mantém com os fiéis e na qual a sua simpatia é fundamental. Em certos lugares, torna-se uma espécie de show presidido pelo ´animador`, que é o celebrante, e a missa das crianças vira uma festinha, como aquelas de aniversário”.
“Em virtude desse critério, desapareceram os cantos latinos que as pessoas simples acostumavam cantar nas paróquias, como o ´Tantum ergo` na bênção eucarística. A falta de correção dos abusos leva ao convencimento de que ´agora a liturgia é assim`”, lamentou.
Segundo dom Héctor, para corrigir os abusos bastaria “simplesmente fazer cumprir o que o Concílio determinou, com sabedoria profética: ´que ninguém, ainda que seja sacerdote, acrescente, tire ou troque qualquer coisa por iniciativa própria na liturgia`”.
“Não se pode negar que a celebração eucarística perdeu precisão, solenidade e beleza. E em muitos casos o silêncio desapareceu. A música sagrada mereceria um capítulo à parte”, acrescentou.
O latim
Dom Héctor Aguer lembrou que “o latim foi, durante séculos, o vínculo de unidade e comunicação na Igreja do ocidente. Atualmente, não só foi abandonado, como também odiado. O seu estudo é negligenciado nos seminários, precisamente porque não acham isso útil”.
“Não percebem que, assim, o acesso direto aos Padres da Igreja do ocidente se fecha”, embora eles sejam “muito importantes para os estudos teológicos: penso, por exemplo, em santo Agostinho e são Leão Magno, ou em autores medievais como santo Anselmo e são Bernardo. Acho que isso simboliza essa situação de pobreza cultural e ignorância voluntária”.
Sempre “celebrei com a maior devoção que pude o rito vigente na Igreja universal”, disse dom Héctor. “Sendo arcebispo de La Plata, todos os sábados, no seminário maior são José, costumava cantar em latim a oração eucarística, usando o lindo missal publicado pela Santa Sé”, acrescentou.
“Tínhamos formado, segundo a recomendação do Concílio Vaticano II na constituição Sacrosanctum Concilium nº 114, uma ´Schola Cantorum`, que foi eliminada quando me retirei”, afirmou.
Dom Héctor disse que o Concílio Vaticano II incentiva o uso da língua latina nos ritos latinos, “salvo direito particular”. “Infelizmente”, disse o prelado, “o ´direito particular` aparentemente é o de proibir o latim, como de fato foi feito. Quem se atreva a propor uma celebração em latim é considerado um alienado, um troglodita imperdoável”.
“Parece que o juízo da Igreja, através da sua máxima instância, sobre o desenvolvimento da vida eclesial é feito com dois pesos e duas medidas: tolerância, e inclusive estima e identificação com as posições heterogêneas em relação à grande Tradição (´progressistas`, como elas são chamadas) e distância ou desgosto em relação às pessoas ou grupos que cultivam uma posição ´tradicional`”.
O arcebispo emérito de La Plata concluiu lembrando “o intuito de um célebre político argentino que declarou drasticamente: ´para os amigos, tudo; para o inimigo, nem a justiça`. Digo isso com o máximo respeito e amor, mas com uma imensa pena”.
“PARA OS AMIGOS TUDO; PARA O INIMIGO NEM A JUSTIÇA” – SABEMOS, COM CERTEZA, TRATAR-SE DE UM AXIOMA, AFORISMO COMUNISTA!
D Hector Aguer, era um bispo muito virtuoso e conservador e por sinal o maior desafeto do Cardeal Jorge Bergoglio; pertencia, quando ainda pastor, aos ensinamentos da Igreja católica tradicional mesmo durante e pós o V II, e mantinha as mesmas regras dos papas predecessores e às normas da Igreja em seus ensinamentos bimilenares, portanto, teria que rejeitar compulsoriamente as novidades heterodoxas dos progressistas, os quais eram adeptos de ideologias, como os pertencentes à esquerdista TL-PT-PCs, a qual, nas Américas e até nos EUA infiltraram seus sacerdotes apostasiados, embora agentes travestidos de padres católicos, jamais portadores da verdadeira fé; muito contrario, do mais sutil socialismo, parecendo-se reedições dos jacobinos, embora guilhotinando as mentes e a alma – intermediando-se pelo uso do marxismo cultural!
No entanto, esses acima referidos, conhecidos por detrás dos bastidores como “agentes de transformação” eram subservientes serviçais de partidos comunistas, dirigentes de associações de bairros e outras instituições, os quais, no entanto, mais promoviam um catolicismo imanente, fraternalista, em que todos se reunissem em torno de uma celebração litúrgica em que o transcendente era sempre escamoteado, acordando com a ideologias socialistas, embora tudo isso não passasse de chantagens e esquemas para polarização das massas para o revolucionarismo anti cristão e D Aguer nunca, sob hipótese alguma sintonizou-se com eles!
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Assino embaixo.
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E ele não é lefrebvista …
Será que nem isso serve para mostrar a aberração que Bergóglio e sua trupe infeliz cometeu?
Como diz nos Atos dos apóstolos, penso “que eles estão lutando contra Deus”…
Uma Missa autenticamente DIVINA e milenar não será abalada por uma canetada irracional e tola.
Bergóglio conseguiu tanto desestruturar a Igreja que, os Bispos titulares que se levantarem contra a cachorrada dele, serão, “carinhosamente” visitados canonicamente, e convidados a uma “amorosa” renúncia.
Como e quando isso vai acabar não sabemos mas que, cada vez mais, a situação está se tornando insuportável não podemos negar.
Enquanto isso a igreja sinodal alemã continua, serena e livre, suas práticas abomináveis de abençoar pares homossexuais e colocar mulheres para fazerem homilias ,e com o cardeal Marx, que Bergoglio impediu de renunciar, celebrar uma Missa onde um “rapaz” quase nu fazia uma dança na frente do altar,
pra isso Bergóglio é complacente e carinhoso.
Aqui no Brasil uma Missa é celebrada “solenemente” ,numa Arquidiocese, por uma pessoa falecida que vivia amasiada com seu parceiro, e este último ,ainda fez uma homenagem declarando de “amor eterno” por seu parceiro falecido.
Noutra Arquidiocese uma Missa é celebrada pelas vítimas lgbt tendo por comentarista uma travesti ou transexual; mas Bergóglio não beijou os pés de um travesti numa semana santa passada????
A nós, peixes pequenos, cabe rezar muito e pedir que Deus abrevie esse tempo tisunâmico que atinge a Igreja desde 2013.
Realmente essa Igreja é divina!!!!!!!
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Lendo nas entrelinhas, o Arcebispo usa os termos “ignorante”, “esquecido”, “destruidor” para referir-se a Jorjão, o Meigo.
O fato, meus amigos, é que muito dos ambientes católicos está apodrecido pelo mais feroz mundanismo, pela soberba, pela vaidade histriônica, pela sede satânica de poder, de estrelismo, de dominação.
Como esperar que Missa tradicional seja suportada por essa massa danada de bajuladores e lacaios do mundo se ela, a Missa tradicional, aponta verticalmente para longe desse conluio de endemoninhados que só pensam em se engrandecer?
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Como exemplo, ele falou do que “acontece na Argentina. Em geral, é bastante comum que a celebração eucarística assuma um tom de banalidade, como se fosse uma conversa que o sacerdote mantém com os fiéis e na qual a sua simpatia é fundamental. Em certos lugares, torna-se uma espécie de show presidido pelo ´animador`, que é o celebrante, e a missa das crianças vira uma festinha, como aquelas de aniversário”.
Perfeito, por mais de uma ocasião, me perguntei no meio da missa (se é que era missa): é razoável imaginar que esse pad…, digo ‘presidente da celebração’ tem a intenção de fazer o que a Igreja sempre fez? Por mais de uma vez, levantei-me discretamente e fui embora.
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O babélico “pentecostes” de João 33 e a picareta frenética de Paulo 6 produziram o ridículo híbrido teológico (?) chamado “intenção ecumênica intra-eclesial”.
Que situação chinfrim e pé de chinelo!
Isso é castigo. Pois Deus se esmera em destruir toda obra nascida da soberba.
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