Por FratresInUnum.com, 18 de outubro de 2021 – Na Solenidade de Nossa Senhora Aparecida, o arcebispo Dom Orlando Brandes fez, em seu sermão, uma afirmação politizada que despertou a cólera dos católicos: “Para ser pátria amada não pode ser pátria armada”. A retórica politiqueira é recorrente na boca de Dom Brandes na festa da padroeira. A tentação de transformar o altar em palanque é, para ele, irresistível demais. Não faltaram reações de crítica, muitas delas bastante contundentes, tanto por parte dos fiéis, quanto por parte dos jornalistas. O povo, em geral, desaprovou a “indireta” do arcebispo e o criticou duramente pelas redes sociais.
Pois bem, dois dias depois, no dia 14 de outubro, o Deputado Estadual Frederico D’Ávila (PSL-SP) fez um veemente pronunciamento na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP), em que xinga Dom Orlando Brandes, a CNBB e o Papa Francisco. Houve destempero em sua fala, o que o faz perder muito de sua razão.
Ontem, a CNBB lançou uma forte carta ao presidente da ALESP praticamente pedindo a cabeça do deputado e dizendo que vão usar a força judicial contra ele. Em todos estes anos, talvez a missiva de ontem tenha sido o escrito mais agressivo da CNBB; nada de diálogo nem de misericórdia.
Na sequência, numerosos bispos, padres e leigos replicaram a nota em suas redes sociais, na mais rasgada demonstração de corporativismo, que é, no final das contas, a única religião do clero e do laicato engajado. Não existe mais a Fé católica nem os valores morais cristãos, não existe mais a honra de Deus nem a defesa da nossa santa religião, a única coisa que restou é a replicação das posições institucionais e a defesa dessas mesmas instituições; em suma, o bom-mocismo característico de uma sociedade hierárquica que já não tem mais convicções profundas.
Quiséramos ver tal demonstração de zelo quando a imagem de Nossa Senhora Aparecida foi profanada num muro da cidade de São Paulo. Ali, Dom Odilo Scherer não fez nenhuma live de execração; mas ontem ele a fez para defender a CNBB. Em outras palavras, para ele e para os demais, a CNBB está acima de Nossa Senhora e merece defesa mais do que Ela. É isso que ele está confessando com os seus atos, ainda que de maneira insconsciente, pois esta cegado pelo bom-mocismo institucionalista.
Do mesmo modo, não param de acontecer profanações, blasfêmias e até sacrilégios por todo o país. Deus tem sido continuamente ofendido, até escolas de samba agridem a Cristo de forma proposital, enquanto o clero católico permanece imobilizado e mudo, como cães que não sabem ladrar.
Contudo, a verdadeira razão que está por traz de tão cenográfico chilique é evidentemente, aliás, como sempre, de natureza política. O parlamentar ousou atacar a teologia da libertação e colocou o dedo na ferida: o clero progressista é apenas panfletário do petismo mais rançoso que existe, daquele esquerdismo que abençoa invasões de terra e subscreve as ações da Via Campesina. Além do mais, foi eleito pelo PSL, partido que elegeu o presidente Bolsonaro. Eles se sentiram instigados em seu brio, o veneno da jararaca gritou feito demônio, foi impossível conter a manifestação de ódio e de rixa.
Com tamanha efervescência de instintos tão animais, quem na CNBB seria capaz do bom senso de perceber que o deputado se excedeu, mas deu voz à revolta de milhares de fiéis? Quem tem a sapiência de tirar a conclusão de que a Igreja está por demais politizada num país dividido e que ela, a CNBB, é culpada por parte desta divisão, da qual se tornou vítima? Quem tem a lucidez de perceber que o cenário que se abre para 2022 requer do clero muito comedimento, porque a situação será profundamente mais agressiva que em 2018?
A resposta é simples: praticamente ninguém, pois os poucos sensatos jamais serão ouvidos por bispos que foram treinados para serem cabos eleitorais fanáticos de um partido político dos mais vergonhosos que jamais existiram neste país. Eles são os petistas mais fanáticos e pretendem mais uma vez usar a máquina eclesial como ferramenta de campanha para o Lula em 2022.
Dito de outro modo, tudo se resume a isto: a campanha eleitoral já começou e quase ninguém ainda se deu conta!
A declaração do deputado foi ruim, mas a reação da CNBB e asseclas foi pior. Não há nada para ser louvado em todo esse evento, a não ser a sensatez do povo, que manifestou o seu repúdio sem perder o respeito pela Igreja, como de praxe em todo fiel católico brasileiro, que há décadas tem de aguentar a apostasia esquerdista dos seus pastores sem perder a linha nem a reverência pela sua santa religião.
E, para a CNBB um recadinho bem à moda do povo: “quem fala o que quer, escuta o que não quer”. E ainda mais: “aceita, que dói menos”. Dom Orlando quis usar o monopólio do microfone para soltar indiretas contra o presidente sem lhe dar direito de resposta, mas a resposta veio. E veio amarga. Agora, aguente!
Virou ritual, todo ano dom Orlando Brandes faz duas homilias para a solenidade da Padroeira: uma para desbocar contra o presidente da república, outra mais BRANDA para entregar sacrilegamente a Sagrada Comunhão a César recasado.
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Dom Orlando Brandes fez, em seu sermão, uma afirmação politizada que despertou a cólera dos católicos: “Para ser pátria amada não pode ser pátria armada”.
Fez, não é?
Demonstração clara de que D. Brandes nunca foi ao Vaticano e, se foi, não viu a Guarda Suíça e, se viu, não sabe que, por trás daquele soldado vestido com roupas coloridas de amarelo e azul portando uma lança, existe uma tropa fortemente armada que dispõe dos armamentos mais modernos guardados dentro do próprio Vaticano.
Alguém duvida? Ora, basta visitar os vídeos do YouTube.
O seu Vaticano Amado é o seu Vaticano Armado, senhor D. Brandes.
D. Brandes nada mais faz que repetir a retórica sofista de Bergoglio, outrora famosa por propor a derrubada de muros quando ele mesmo se esconde em muros de 30 metros de altura.
O que deve ser lamentado, da mesma forma, é o inútil palavreado e as ofensas de um deputado estadual que, notadamente, não dispõe de conhecimento suficiente para que, com meia dúzias de palavras limpas, reais e verdadeiras possa em minutos derrubar a arrogância e a prepotência de clérigos politiqueiros de plantão.
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Não existe um comentário a ser feito, o que era pra ser dito já foi dito a muito tempo, só existe uma saída, acabar de vez com este sindicato do crime (CNBB), só assim poderemos ter um pouco de paz e esperança.
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Alguém sabe se houve nota da CNBB sobre isso aqui à época?
https://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2012/01/10/casamento-gay-jean-wyllys-associa-bento-xvi-ao-nazismo-e-o-chama-de-genocida.html
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Sempre gostei de ir à Aparecida quando era garoto, meu intesse depois que minha participava da Missa e nos fazia participar junto dela, era um só, comprar brinquedos baratos, comer e correr pelo largo pátio da basílica. Claro que como adulto, voltamos à basílica para um propósito bem mais sério que é de fato fazer as nossas orações e súplicas à Santa Mãe de Deus e se tiver um tempinho, descansar na cidade pacata. Participar da missa nos dias de hoje me Aparecida, me cansa mais de quando era garoto, antes eu só queria me divertir, hoje você não suporta ouvir a militância em forma de sermão, mas que eles insistem em dizer que é sermão/homilia, mas que no fundo sabem, que não convencem e nem convertem a ninguém. Se deslocar da sua cidade até o interior de SP pra ouvir militante, eu fico em casa, faço minha novena e ganho mais.
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Na minha infância era regra assistir a missa de Aparecida na TV Cultura todos os domingos às 8hs, enquanto tomávamos o café da manhã, e mesmo na vida adulta mantive esse hábito. Mas desde que o sr. Orlando Brandes assumiu o bispado de Aparecida o que era uma experiência de fé a cada domingo se tornou algo doloroso, pois era insuportável ver como em cada homilia esse sr. buscava dar um jeitinho de atacar ou cutucar os fiéis de viés mais conservador em praticamente todos os domingos.
Chegou ao cúmulo desse sr. aproveitar um dia em que havia uma romaria da Administração Apostólica por lá para lançar um “Tradição sim, tradicionalismo não!”, até chegar na infame homilia do dia 12 de outubro de 2019, que repercutiu aqui e em outros meios.
Isso sem contar as homilias recheadas de ecologismo, globalismo e viés político, e pouquíssimo Jesus e Maria. De minha parte não assisto mais as missas, é o que posso fazer. Mas me entristece ver a casa da Mãe Aparecida como um palco das ideologias desse sr. que a meu ver é indigno do cargo que ocupa.
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Quem sabe, Dom Orlando Brandes estaria dentre aqueles mais de 60 bispos adeptos da anti cristã TL-PT-PCs e presentes diversos “movimentos sociais” esquerdistas que se reuniram há vários anos na cidade de Londrina, flagrados por Bernardo Küster, aqueles dando apoio e consentimento a disparates e à verborragia dos discursantes, um deles, adaptando um trechinho do livro do Apocalipse à ideologia da famigerada TL, associada aos diabolistas PCs?
É-nos bastante sabido que Dom Orlando Brandes aprecia fazer politicagem pró esquerdas, porque tempos atrás, protagonizou a cena digna de circo ao afirmar durante a celebração da S Missa que a direita é “violenta e injusta”, o que demonstraria que as esquerdas não são assim! Perguntemos sobre a escravização que rola na ilha-prisão Cuba e a Venezuela em êxodo do povo e nos países da extinta “Cortina de Ferro” que tanto admiram!
Respeitemos os fiéis católicos que, com razão preferem a direita política, menos ruim que as esquerdas que são aliadas dos comunistas, mais que certo!
À época, deixou escapar seu esquerdismo ao citar o “dragão do tradicionalismo”, dando no mesmo os comunistas antagonistas da Igreja respeitarem-lhe as tradições, abolidas pelo seu amado Concílio Vaticano II que passou a não condenar praticamente a ninguém, nem a peste do comunismo pelo alienante Pacto de Metz, além de o relativista modernismo material-ateísta condenado por inúmeros papas, para o qual não oferece perigo algum!
Quanto à Pátria Armada para os cidadãos, em caso de os golpistas comunistas tentarem se apossar do poder e a população sem armas, de como poderiam reagir esses cidadãos a esses inescrupulosos, malignos bandidos e refinados piratas?
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Se o ‘destempero’ tivesse vindo de um deputado de esquerda, ainda assim seria destempero ou seria um ataque vil, ofensivo e grosseiro? Apesar de não concordar com nada da CNBB, o bispo em Aparecida criticou uma ideia, não atacou pessoas, não fez ofensas pessoais. Não acho que deveria fazer essas colocações na homilia, mas fez e o próprio ambiente era político com a ida do evangélico Bolsonaro à Aparecida. Sim, porque quando cai a popularidade, ele corre pra fazer média com os católicos, igual ao Haddad e a Manuela na missa nas últimas eleições. Bolsonaro não é católico, está aí o Youtube que não deixa mentir com o vídeo do evangélico Bolsonaro sendo batizado pelo pastor Everaldo em 2020.
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Ninguém precisa atacar pessoas ou ofendê-las com palavras diretamente.
Muitas vezes as ofensas se fazem com palavras indiretas que demonstram claramente que o orador despreza a inteligência do auditório ou dos leitores.
D. Brandes e seu séquito de esquerda faz exatamente isto e, ao declarar que “Para ser pátria amada não pode ser pátria armada”, ofende e menospreza a inteligência não apenas dos presentes mas de todos os brasileiros, pois todos sabem que não existe pátria desarmada no mundo, mesmo que não seja amada.
O próprio Vaticano, notoriamente um país, é um exemplo claro e inequívoco.
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Só uma pergunta: Quantas vezes teremos que ver um presidente que se diz católico e que de católico nada tem a comungar sacrilegamente é não termos um único sacerdote católico a se manifestar contra esse abuso?
Quanto ao artigo: Perfeito!
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Sucessão de “erros”, q corroboram a matéria, pois não se importam com Cristo e nem a Igreja ( por conseguinte a salvação do próprio fiel), o negócio é apenas o lado ideológico…
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Acho muito triste a igreja se manifestar,queremos Deus e Cristo e não política, sou católica,penso que tudo tem a hora certa e o local certo.
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Minha cara Maria Neves, andas assistindo muito a TV Globo e lendo “ISTO É”. Acho que todos os candidatos de oposição ao Bolsonaro gostariam de ser tão “impopulares” quanto ele…
Quanto ao Deputado (ou Depufede, como já dizia o saudoso Sérgio Porto), seu nível, como de resto de quase todos os políticos brasileiros, é realmente de dar pena. Por outro lado, Bolsonaro é um Católico (re)casado com uma protestante, e decididamente jamais deveria receber a comunhão, pois como Católico está em flagrante adultério, além de ser Católico somente no nome….
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Porque toda essa fúria desmedida da CNBB contra o deputado? Fácil explicar: a direção dela e os outros calados contra ela para não causarem “divisões” – salvos alguns bispos que não vão na onda dela – sabe-se de sobejo que sempre foi o pronto-socorro do PT nos momentos em que estava em apuros; é como adoeceu: tem de procurar socorro, não é?
Recordam de como D Raymundo Damasceno recebia Dilma aos sorrisos, como gente de casa? Estaria acuada por certas circunstancias no poder para sondar se ele poderia dar-lhe uma força e retirá-la do sufoco pelo qual estava passando, suporia eu!
Nesse caso, a CNBB teria tentado em vão limpar a barra de Dom Orlando Brandes frente ao que disse o deputado; no entanto, deu-se mal porque se os piratas e corsários comunistas que Dom Orlando Brandes veladamente teria protegido, se tentarem voltar ao poder, o povo armado, porque ama a pátria, ajudará a deter os comunistas!
Faz muito bem Bolsonaro ceder armas aos equilibrados e treinados para auto defesa residencial de si, família e da pátria; a essa, se necessária!
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Excelente o artigo. Mudando o assunto no mesmo assunto, alguns comentaristas afirmaram que o presidente Bolsonaro não é católico, coisa que ele o é, embora há que se reconhecer que seu catolicismo seja fraquíssimo para dizer o mínimo e é casado com uma evangélica (diga-se de passagem, se não me engano é seu terceiro casamento).
Que o presidente como católico é um fracasso isso é público e notório. Como também é público e notório que ele se coloca como político, não como candidato às honras dos altares. Se o seu comportamento pessoal lhe merecer o inferno isso é entre ele e Deus. Que nossos sacerdotes falham imensamente ao lhe dar a Santíssima Comunhão sendo ele recasado é outro pecado que brada aos céus. Agora, convenhamos: vocês preferem o catolicíssimo Lula para votar ano que vem? O homem que se diz sem pecado? Que traia a esposa praticamente publicamente? Que fez do caixão dela um palanque? Que também está amasiado sem ser casado? Que perpetrou o maior assalto da história dos roubos?
A eleição em 2022 será para presidente. Façam suas escolhas. Para admiração pessoal rejeitem os vivos. Sugiro a Santíssima Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo.
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Caro Ferreti,
Dom Pedro Luiz Stringhini, publicou um texto em defesa de D. Orlando Brandes, onde diz:
“Cabe aqui lembrar a reação de Jesus Cristo diante de Pilatos ao ser esbofeteado por um soldado: “se falei mal, mostra em que; mas se falei bem, por que me bates?” (Jo 18,23)”. https://www.facebook.com/DiocesedeMogidasCruzes/posts/4493829844038169
Jesus foi esbofeteado diante de Caifás, não diante de Pôncio Pilatos…
Por fim, quanto as palavras de D. Orlando Brandes:
“Para ser Pátria amada não pode ser pátria armada. Para ser Pátria amada (é preciso ser) uma república sem mentira e sem fake news. Pátria amada sem corrupção e pátria amada com fraternidade”!
Parece que o referido Bispo também se esqueceu da doutrina católica, pois dado o pecado original, uma república, uma monarquia ou qualquer outra forma de governo sem mentira é impossível. Ao que parece a Pátria amada de que ele fala é a Jerusalém celestial que descerá do céu apenas depois do retorno de Nosso Senhor, ou seja, essa Pátria amada é o paraíso, o reino dos céus na terra… Isso por si só responde a pergunta do Bispo que não sabe diante de quem Nosso Senhor foi esbofeteado.
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Esquecem ainda o Evangelho.
Pedro, o primeiro papa, andava armado. Tanto é verdade que, no jardim das Oliveiras quando Jesus foi preso, ele cortou a orelha de um soldado com a sua espada o que obrigou Jesus a mais um milagre, o de restaurar a sua ferida.
Pedro amado, Pedro armado.
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Quomodo obscuratum est aurum. A Oração Abrasada de São Luís Grignion de Montfort é a resposta que a Santa Igreja precisa. Senhor, enviai-nos santos que venham renovar a Santa Igreja movidos pelo fogo do Espírito Santo.
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Lamentável o pronunciamento do bispo, semeando a discórdia ao invés de propagar a paz e harmonia, perdeu a oportunidade de divulgar a palavra de Deus de união
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O crime organizado apóia, sem restrições, as palavras do bispo de Aparecida! é nóis!
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Na história bimilenar da Igreja, nas épocas de crise, não faltaram xingamentos ao clero. Os fiéis, que devem respeito aos consagrados (1 Ts 5,13-14/ Hb 6,10-12/ Hb 13,7/ Hb 17,13), nunca respeitaram hereges públicos e notórios (1 Cor 11,19/ Tt 1,13). Mas enfim…
Ademais, eu notei um pingo de hipocrisia e má vontade no jornalista Augusto Nunes e parte dessa direita. Ele meteu o pau no arcebispo esquerdista em um vídeo, mas num outro vídeo que mostra a participação e ativismo político do “paxtô” $ilas Malafaia bradando pela rápida nomeação do ministro “terrivelmente evangélico” eu não vi nem um sarcasmo. Disseram enfaticamente que a Igreja não deve se Interferir em questões políticas. Mas e os pastores protestantes?
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Errata: onde se lê Hb 17,13 leia-se Hb 13,17.
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