A Consagração da Rússia e da Ucrânia. Reaberto o caso Fátima!

Por FratresInUnum.com, 16 de março de 2022 – Para a surpresa de todo o orbe católico, na última terça-feira, a Sala de Imprensa da Santa Sé confirmou a notícia de que o Papa Francisco consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria, na tarde do próximo dia 25 de março, solenidade da Anunciação do Senhor, durante uma celebração penitencial.

O tema, um dos mais apaixonantes da história recente da Igreja, merece a nossa atenta consideração.

A derrocada da versão oficial

O mero anúncio da iniciativa do Papa Francisco de consagrar a Rússia faz cair por terra de modo cabal a narrativa de que a Consagração da Rússia, tal como Nossa Senhora pediu, teria sido feita por João Paulo II em 1984 e ratificada como suficiente pela própria Irmã Lúcia. 

Os jogos de palavras e as minuciosíssimas restrições mentais foram estudados à exaustão por autores como Fr. Michel de la Saint-Trinité, Malachi Martin, Solideo Paolini, Antonio Socci, Christopher Ferrara, Paul Kramer, Nicholas Gruner e Saverio Gaeta. Se já não restava dúvidas de que a Santa Sé manipulou fatos e textos para evadir-se da Consagração da Rússia e esquivar-se de tratar seriamente as questões relativas ao chamado “Terceiro Segredo de Fátima”, agora, a versão oficial cai completamente em descrédito. 

De fato, no ano 2000, o então Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, o Card. Tarcísio Bertone, na apresentação do documento “A Mensagem de Fátima”, havia escrito que “a Irmã Lúcia confirmou pessoalmente que este ato, solene e universal, de consagração correspondia àquilo que Nossa Senhora queria: ‘Sim, está feita tal como Nossa Senhora a pediu, desde o dia 25 de Março de 1984’ (carta de 8 de Novembro de 1989). Por isso, qualquer discussão e ulterior petição não tem fundamento”.

Este “como Nossa Senhora queria” se refere ao fato de que o “ato foi solene e universal” ou à concreta petição de que a Rússia fosse consagrada?… As palavras da Irmã Lúcia, dispostas dessa forma, induzem o leitor a pensar que ela teria concretamente afirmado que seria desnecessário consagrar nominalmente a Rússia, o que contradiria o que a própria Irmã Lúcia afirmou quando disse em outras ocasiões que era a Consagração da Rússia e não a Consagração do mundo que Nossa Senhora teria pedido.

Quanto ao “Terceiro Segredo de Fátima”, as incongruências são ainda maiores. Por exemplo, a versão oficial diz explicitamente que “uma vez que a Irmã Lúcia, antes de entregar ao Bispo de Leiria-Fátima de então o envelope selado com a terceira parte do ‘segredo’, tinha escrito no envelope exterior que podia ser aberto somente depois de 1960 pelo Patriarca de Lisboa ou pelo Bispo de Leiria, o Senhor D. Bertone pergunta-lhe: ‘Porquê o limite de 1960? Foi Nossa Senhora que indicou aquela data?’. Resposta da Irmã Lúcia: ‘Não foi Nossa Senhora; fui eu que meti a data de 1960 porque, segundo intuição minha, antes de 1960 não se perceberia, compreender-se-ia somente depois. Agora pode-se compreender melhor. Eu escrevi o que vi; não compete a mim a interpretação, mas ao Papa’”.

Como se vê, a própria Irmã Lúcia apela, no final, para a “interpretação do papa”, como que tomando distância do assunto e deixando ampla margem para eventualmente percebermos uma restrição mental. Nós precisamos nos colocar na pele da Irmã Lúcia: imaginem o que é, para uma monja carmelita formada na mais profunda e religiosa obediência receber um mandato expresso da Santa Sé… Ela simplesmente não conseguiria sustentar a sua posição diante de uma ordem autoritativa dos superiores!

Todavia, quando a questão se reacendeu, no dia 31 de maio de 2007, o Card. Bertone foi à TV, no programa “Porta a porta” e mostrou o envelope em que a Irmã Lúcia escrevera: “Por ordem expressa de Nossa Senhora, este envelope pode ser aberto em 1960”. 

Ora, como a Irmã Lúcia não teria se contradito? O que o Vaticano nos está querendo esconder?

Por essas e outras razões, percebemos claramente que a Consagração da Rússia está intimamente conectada com a revelação completa do “Terceiro Segredo de Fátima”, o qual, na verdade, é necessário para que se compreenda a real necessidade deste ato solene do Papa e dos bispos. A Santa Sé não pode privar os católicos de toda a verdade sobre Fátima, não pode censurar Nossa Senhora. A versão oficial se tornou insustentável, também e sobretudo naquilo que se refere ao “Terceiro Segredo”.

Possivelmente, os acontecimentos relatados no “Terceiro Segredo” estão acontecendo de modo tão clamoroso que já não é mais possível para a alta hierarquia colocar em dúvida a veracidade do evento “Fátima”. Uma das testemunhas do “Terceiro Segredo”, o Pe. Malachi Martin, disse que “Rússia e Kiev estão envolvidas” aí. Basta ver o vídeo com um trecho de uma sua importante entrevista.

O que fica claro, porém, é que a iniciativa de Francisco coloca um fim à questão, a qual, de resto, era bastante evidente: de fato, a Rússia ainda não foi consagrada tal como Nossa Senhora havia pedido.

Um brevíssimo resumo da questão “Consagração da Rússia”

Como se sabe, o “Segredo de Fátima” possui três partes, na segunda das quais, Nossa Senhora disse às crianças: “A guerra vai acabar, mas se não deixarem de ofender a Deus, no reinado de Pio XI começará outra peor. Quando virdes uma noite, alumiada por uma luz desconhecida, sabei que é o grande sinal que Deus vos dá de que vai a punir o mundo de seus crimes, por meio da guerra, da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. Para a impedir virei pedir a consagração da Rússia a meu Imaculado Coração e a comunhão reparadora nos primeiros sábados. Se atenderem a meus pedidos, a Rússia se converterá e terão paz, se não, espalhará seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja, os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sufrer, várias nações serão aniquiladas, por fim o meu Imaculado Coração triunfará. O Santo Padre consagrar-me-á a Rússia, que se converterá, e será consedido ao mundo algum tempo de paz” (os erros ortográficos correspondem ao documento original).

Em 13 de junho de 1929, no convento das Irmãs Doroteas, em Tuy, a Irmã Lúcia recebeu uma aparição da Santíssima Virgem, que lhe disse: “é chegado o momento em que Deus pede ao Santo Padre fazer, em união com todos os bispos do mundo, a consagração da Rússia ao meu Imaculado Coração, prometendo salvá-la por este meio. São tantas as almas que a Justiça de Deus condena por pecados contra Mim cometidos, que venho pedir reparação; sacrifica-te por esta intenção e ora”.

Em março de 1937, ela escreve a Pio XI nos seguintes termos: “O bom Deus promete terminar a perseguição na Rússia, se Vossa Santidade se dignar fazer e mandar que o façam igualmente os Bispos do mundo católico, um solene e público ato de reparação e consagração da Rússia aos Santíssimos Corações de Jesus e de Maria, e aprovar e recomendar a prática da devoção reparadora”. 

A resposta de Pio XI foi um clamoroso silêncio. De fato, ele não acreditava nessas intervenções sobrenaturais e costumava dizer que “se Cristo quisesse dizer alguma coisa para a Igreja, diria para mim, que sou o seu vigário”, ignorando que Deus se serve sempre dos pequenos para tocar o coração dos grandes. 

Pio XII fez a Consagração, mas de forma privada. 

A partir de João XXIII, as relações com Moscou se intensificam. Paulo VI, um dos principais articuladores da política de abertura para com o regime comunista, prossegue com a mesma atitude. 

João Paulo II coloca em crise a Oustpolitik, dificultando a posição de distensão com o regime soviético, sustentada pelo Cardeal Casaroli.

Em 1982, um ano após o atentado que quase lhe tirou a vida, João Paulo II compôs uma Consagração a Nossa Senhora, na qual não se mencionou a Rússia. Em 1984, ele fez a Consagração do mundo, mas mencionou apenas “aqueles homens e aquelas nações, que desta entrega e desta consagração têm particularmente necessidade”. 

Meses depois, a Irmã Lúcia deu uma entrevista à revista “Sol de Fátima” em que afirma: “Não houve participação de todos os bispos e não houve menção da Rússia.” O entrevistador pergunta: “Então a consagração não foi feita como foi pedida por Nossa Senhora?” e a Irmã Lúcia respondeu: “Não. Muitos Bispos não deram importância a este ato”.

O teólogo Pe. René Laurentin deu uma entrevista à revista Chrétiens-Magazine, em março de 1987, afirmando que “a Irmã Lúcia continua insatisfeita. […] Ela pensa, parece, que a consagração não foi feita de acordo com o pedido de Nossa Senhora”.

“Tarde demais!” – As profecias sobre a Consagração

Deus, porém, não engana os seus servos. E assim foi com a Irmã Lúcia. Numa comunicação íntima, Nosso Senhor lhe disse: “Não quiseram atender ao meu pedido. Como o Rei da França, arrepender-se-ão; e fá-la-ão, mas será tarde. A Rússia terá já espalhado os seus erros pelo mundo”.

Nosso Senhor se referia aí ao fato de que Ele pedira ao Rei de França, Luís XIV, que a consagrasse ao seu Sacratíssimo Coração. O Rei não quis atender ao pedido feito através de Santa Margaria Maria Alacoque e, em exatos 100 anos, seu sucessor, Luís XVI, fê-la na prisão, mas já era tarde demais: ele foi logo depois guilhotinado, durante a sangrenta Revolução Francesa.

Em carta ao seu confessor, aos 18 de maio de 1936, a Irmã Lúcia escreveu: intimamente, tenho falado a Nosso Senhor do assunto; e há pouco perguntava-Lhe por que não convertia a Rússia sem que Sua Santidade fizesse essa consagração”. Foi esta a resposta: “porque quero que toda a minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o seu culto e pôr, ao lado da devoção do meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado Coração”.

A este propósito, vem a calhar uma visão profética tida por Jacinta no leito de sua enfermidade, segundo relato da própria Irmã Lúcia na “Terceira Memória”: “passado algum tempo, a Jacinta ergue-se e chama por mim: – Não vês tanta estrada, tantos caminhos e campos cheios de gente, a chorar com fome, e não tem nada para comer? E o Santo Padre em uma Igreja, diante do Imaculado Coração de Maria, a rezar? E tanta gente a rezar com Ele”?

Essa visão parece explicar de modo muito nítido que a Consagração pedida pela Santíssima Virgem seria, um dia, feita, mas que, dada a desobediência de oito papas, seria tarde demais… Agora, há quase 100 anos do pedido feito por Nossa Senhora à Irmã Lúcia, estamos diante de mais uma tentativa.

As condições requeridas

Em 1917, a Santíssima Virgem anunciara que viria a pedir a Consagração da Rússia. Depois, em 1929, detalhou em que consistiria essa Consagração: deveria ser consagrada a Rússia pelo Papa, ato ao qual deveriam unir-se os bispos de todo o mundo (Ela não diz que precisariam fazê-lo simultaneamente nem no mesmo lugar). 

O ato de reparação mencionado por Lúcia na carta a Pio XI de 1937 parece não fazer parte da essência mesma do próprio ato de consagração, mas, sim, ser uma decorrência lógica deste, pois a Consagração consiste em transferir a Deus a posse sobre um objeto ou pessoa, reconhecendo o seu domínio absoluto sobre aquilo e o seu direito de dispor daquilo como bem o queira, subtraindo-o de outros domínios que são alheios à sua vontade (ou seja, reparando simultaneamente a inadequação daquele objeto à finalidade própria da consagração).

É importante que se distinga muito bem aquilo que pertence à substância da Consagração daquilo que é uma decorrência acidental da mesma, pois não faltam aqueles que não desistem de encontrar sempre detalhes mínimos que invalidariam um ato que, pela sua própria natureza, corresponderia à petição da Santíssima Virgem.

Ademais, alguns têm objetado que a adição da Ucrânia à Consagração poderia invalidá-la de acordo com a petição de Nossa Senhora. A isso cabe-nos dizer que, à época do pedido, a Ucrânia pertencia ao território da Rússia e, além disso, a própria Rússia nasceu de Kiev, atual capital da Ucrânia. Por fim, Nossa Senhora pediu a Consagração da Rússia e não mencionou nenhuma cláusula excludente: fazendo-a, devemos pressupor que está feita! 

Eventuais problemas da próxima Consagração

As condições requeridas pela Santíssima Virgem precisam ser decididamente obedecidas. Diante do que dissemos, podemos mencionar as duas principais condições

  1. A consagração deve ser feita pelo Papa. Ora, diante das questões que se levantam no atual pontificado, como podemos garantir essa questão? A renúncia de Bento XVI foi válida? A eleição de Bergoglio foi válida, diante da manipulação da máfia de St. Gallen? Caso essas dificuldades tenham uma resposta positiva, as heresias pronunciadas por Francisco, especialmente no caso de Amoris Lætitia, o qual foi objeto de pública advertência por parte de quatro cardeais, não o fariam perder ipso facto o sumo pontificado?

A nossa impressão é que tais questões são muitíssimo difíceis de serem resolvidas, demandam a autoridade magisterial e infalível da Igreja, e que, na pior das hipóteses, estaríamos naquilo que o Direito Canônico chama de jurisdição de suplência em caso de erro comum e, sendo assim, estando na posição de cabeça da Igreja, Francisco poderia eventualmente fazer a Consagração.

Não será isso a que alude a misteriosa linguagem do Segredo de Fátima quando descreve a confusa figura de “um Bispo vestido de Branco que ‘tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre’”?

  1. A consagração deve ser feita por todos os bispos em união com Ele. Na comunicação da Sala de Imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni afirma que “na sexta-feira, 25 de março, durante a Celebração da Penitência que presidirá às 17h na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco consagrará a Rússia e a Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. O mesmo ato, no mesmo dia, será realizado em Fátima por Sua Eminência o Cardeal Krajewski, Esmoleiro de Sua Santidade, como enviado do Santo Padre”.

Ali, não se mencionam os bispos de todo o mundo. Esta seria uma omissão grave. 

Hoje, a presidência do CELAM convocou todos os bispos das 22 conferências episcopais latino-americanas a se unirem a Francisco no ato de Consagração da Rússia e da Ucrânia ao Imaculado Coração de Maria. Que o mesmo aconteça com os demais episcopados do mundo inteiro e, sobretudo, que venha a conclamação por parte da Santa Sé! Rezemos por isso!

Consequências da Consagração

Nossa Senhora deixou bem claro que a finalidade da Consagração é a conversão da Rússia. Deus usa muitas vezes instrumentos inadequados, ineptos, para alcançar os seus fins. Precisamos ter confiança na Divina Providência e esperar que Deus se sirva da boa disposição dos seus filhos nessa hora decisiva da história humana. 

Talvez, a situação nebulosa que esteja para acontecer mais adiante (não esqueçamos que o Vaticano tem informações muito mais precisas do que todos nós) e o perigo de uma guerra atômica sejam aquelas circunstâncias que obrigam os homens da Igreja a acreditar, mesmo que tenham tido o coração duro até agora.

Nossa Senhora deixou muito claro que, feita a Consagração, “a Rússia se converterá”. Esta, aliás, é uma prova de que as Consagrações anteriores não foram válidas e, portanto, será o fruto que teremos de verificar caso esta o seja.

É muito interessante a linguagem da Santíssima Virgem. Ela não afirma a conversão dos russos, mas a conversão da Rússia: ou seja, Ela está falando de um Estado Católico, do reinado social de Jesus Cristo numa nação e na bênção que isso será para o mundo inteiro.

Numa carta ao seu diretor espiritual, em18 de maio de 1936, Irmã Lúcia escreveu:

“Intimamente, tenho falado com Nosso Senhor sobre o assunto [da consagração da Rússia]; e há pouco perguntava-Lhe por que não convertia a Rússia sem que Sua Santidade fizesse essa consagração. ‘Porque quero que toda a minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Imaculado Coração de Maria, para depois estender o seu culto e pôr, ao lado da devoção do meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado Coração’. Mas, meu Deus, o Santo Padre não me há-de crer, se Vós mesmo não o moveis com uma inspiração especial. ‘O Santo Padre! Ora muito pelo Santo Padre! Ele há de fazê-la, mas será tarde! No entanto, o Imaculado Coração de Maria há-de salvar a Rússia. Está-Lhe confiada’”.

Mesmo que o ato de consagração não seja efetivamente realizado dentro das condições pedidas por Nossa Senhora, algo da benevolência divina se desatará sobre nós, como aconteceu com as Consagrações de 1942 e de 1984, que encurtaram a 2ª. Guerra Mundial e conseguiram a queda da União Soviética.

Uma questão crucial fica, ainda, em pé: nós precisamos saber as palavras de Nossa Senhora quanto ao “Terceiro Segredo”, pois apenas isso nos mostrará o verdadeiro porquê dessa Consagração. 

Não podemos cair numa esperança pueril e romântica, de que o triunfo do Imaculado Coração de Maria chegará semana que vem, nem no fatalismo de quem acha impossível que aconteça uma especial intervenção divina mediante a Consagração. 

Fato é que a grande graça de que necessitamos não é apenas uma “paz bélica”, o mero cessar da guerra. A graça maior será entender o que Nossa Senhora falou para que se abra o nosso entendimento para compreendermos sobrenaturalmente o que está acontecendo na Igreja e no mundo. De que adiantaria uma “paz bélica” com o mundo submerso no pecado (desde as mais grotescas heresias até as mais absurdas abominações como o aborto e a sodomia generalizada, desde o triunfo dos hereges dentro da Igreja até a perseguição dos bons no interno da mesma)?

Independentemente do que belicamente há de acontecer, a grande solução para todos os problemas está nas palavras do Santo Anjo na visão do “Terceiro Segredo”: “Penitência! Penitência! Penitência!”. É chegada a hora da conversão. E, neste sentido, não deixa de ser eloquente que a Consagração seja feita durante uma sexta-feira da Quaresma e no contexto de uma celebração penitencial, no dia em que celebramos a festa da Encarnação do Verbo, “por nós homens e pela nossa salvação”, pois a conversão dos homens de Igreja a Cristo é uma etapa necessária para a conversão do mundo.

16 comentários sobre “A Consagração da Rússia e da Ucrânia. Reaberto o caso Fátima!

  1. Há controvérsias, a começar de que houve uma substituição da Irmã Lucia verdadeira por uma impostora e que o 3 segredo anunciado no ano 2000 foi também falsificado.

    De qualquer modo, se esta consagração de Francisco for verdadeira (se a de JPII não o foi o que dirá da Francisco?), então os Redentoristas aqui irão voltar a celebrar a Missa Tridentina, o Zelensky irá deixar de ser judeu, Putin, Trump e Bolsonaro irão deixar de ser divorciado bem como não mais iremos encontrar nas farmácias preservativos e pilulas anti-concepcionais, bem como outras tantas coisas mais.

    Curtir

    1. Pouco importa.
      O fato é que não foi feita consagração alguma e os papas não deram importância alguma àquilo que declararam como verdade.
      Isto é grave, muito grave. Só isto.

      Curtir

  2. A Ucrânia fazia parte da Rússia em 1917, quando Nossa Senhora pediu a Consagração da Rússia? Se sim, Francisco está sendo o primeiro chefe-de-estado a considerar a Ucrânia como parte da Rússia…! Muito curioso.

    Como Deus tem senso de humor…, mesmo sem a união dos bispos com o papa e apesar do grande rio Amazonas de palavras sem-fim sobre se houve ou não a Consagração como Nossa Senhora pediu… Deus deve se compadecer da miséria atual da guerra e da cristandade e há de acatar o pedido.

    E veremos o triunfo do Imaculado Coração, se Deus quiser, a partir da mirrada Ucrânia católica. Já pensaram? Perdem a guerra e ganham os corações para Cristo?

    O próximo Papa bem poderia ser um ucraniano…

    Curtir

    1. A Ucrânia não é Católica, nem o Papa está falando que a Ucrânia faz parte da Rússia, mas está chegando expressamente dois Estados soberanos, que estão envolvidos nessa guerra.

      Curtir

    2. mas rapaz, se existem católicos em algum lugar ali é na Ucrânia! Enfim, espero que pelo menos Deus ainda tenha um pouco de senso de humor em sua caridade e misericórdia infinita.

      Curtir

  3. Me preocupa o fato de que exatamente no momento em que o mundo católico inteiro deveria ter um olhar diferenciado em relação à Rússia, ao contrário, todos se posicionam belicosamente contra ela. Mas, é a ela que a profecia prometeu que se converteria e, quiçá, ganharia um eventual conflito!!! O simples fato de o Imaculado Coração de Maria ter escolhido a Rússia e ter reclamado dos “pecados” e “crimes” do mundo é mais do que suficiente para acender um “alerta de morte” no ocidente católico ou, onde vive o maior números de ditos “católicos”.

    De qualquer modo, não vou me colocar como intérprete da Mensagem de Fátima e nem tenho condições para isto, mas estou satisfeito com os fatos até hoje concretizados. Provam a veracidade do conteúdo da profecia. Fátima continua sempre atual, conforme já disseram muitas vezes.

    Curtir

  4. Uma coisa que sempre me chamou atenção nisso tudo, com tantos bons Papas que vivenciaram Fátima, pq nenhum deles se propôs a fazer EXATAMENTE o que Nossa Senhora pediu? Vemos que alguns desdenharam, outros acreditaram mas ao que parece acreditaram sozinhos. Qual a dificuldade de se realizar tal consagração? Já ouvi argumentos falando que essa consagração acirraria os ânimos com os ortodoxos…

    Curtir

  5. As aparições de Fátima são um tema riquissimo e no meu entendimento, sábia como só as mães são, ele decifra, desnuda, põe em relevo a crise e os personagens da Igreja no séc XX. No mesmo ano da revolução comunista anti-católica aparece nossa senhora alertando, protegendo, cuidando, exortando, ensinado, profetizando, testemunhando e não negando que existem consequências para a desobediência, como qualquer mãe faria.

    Ela é a mãe da Igreja, a nova Eva, a mulher do gênesis ao Apocalipse, o martelo contra as heresias, a que esmaga a cabeça da serpente infernal, a vitoriosa, cujo coração será triunfante no momento certo!

    E Deus tem enorme senso de humor pois o Papa mais progressista e que está sendo uma pedra de tropeço, talvez, consiga fazer o que os dos ultimos 100 anos não conseguiram. Falei “talvez” pois temos que aguardar os próximos eventos

    Curtir

  6. Excelente artigo! parabéns Fratres! Vale lembrar que, em 1957, a irmã Lúcia revelou ao padre Augustin Fuentes que a Rússia seria o chicote de Deus para punir o mundo. De fato, o vaticano tem informações importantes que não temos acesso. Ainda que a alta hierarquia não tenham mais fé, já não pode mais duvidar da autenticidade das profecias de Fátima. Penso que, ainda que a consagração seja feita pelo papa em união como todos os bispos do mundo, mesmo assim, os castigos serão inevitáveis, porquanto o pedido do céu está sendo feito demasiadamente tarde. Assim, os frutos da conversão da Rússia e da paz no mundo ficarão para depois dos graves castigos que já se avizinham. Estou convicto de que, mais do que a conversão da Rússia, é urgente a conversão da alta hierarquia da Igreja, a começar pelo papa.

    Curtir

  7. Muito interessante a hipótese da suplência de jurisdição em erro comum… Eu já a vinha considerando, depois de ler a obra “SUPPLIED JURISDICTION ACCORDING TO CANON 209”, de F. S. MIASKIEWICZ – uma tese de doutorado em direito canônico publicada em 1940 (e disponível em PDF na internet). A certa altura do livro o autor chega a mencionar expressamente o caso (hipotético) de um suposto papa que, na verdade, não possuísse validamente o sumo pontificado: se ele, todavia, for por aceito, por engano coletivo, pela maioria dos fiéis, a Igreja supriria a jurisdição de todos os seus atos que fossem dependentes só do poder de jurisdição – suplência esta fundamentada no cânon 209 do Código de S. Pio X e Bento XV, que assim formalmente o estipula para os casos de “erro comum” (ou seja, coletivos). Vale a pena ler a obra do Miaskiewicz!

    Curtir

    1. La hipótesis fue expuesta en el año 2015 en el blog La Honda de David en español, en nota titulada “Petrus romanus”

      Curtir

  8. Quem sabe a indicação de consagrar a Rússia e a Ucrânia, o Vaticano não está sinalizando que reconhece a existência de um Estado Russo , mas também de um Estado Ucraniano, ao contrário do que pensa Putim?

    Curtir

  9. Nossa Senhora pediu a Consagração da Rússia em cerimônia pública pelo Papa e pelos Bispos.
    Não pediu a Consagração “da Europa”, “da Rússia e Belarus”, “da Rússia e Ucrânia”. Pediu somente da Rússia.
    Ainda não parece ser o que Nossa Senhora pediu.

    Curtir

  10. Se o papa Francisco fizer a consagração (com todos os bispos) válida da Rússia ao Imaculado Coração de Maria, a imagem de fraco e medroso do papa Bento XVI fica realçada, porque não poderá ser alegado que a ocasião não era propícia, visto que ela o era desde o pedido da Virgem de Fátima (um cavaleiro destemido cria as condições para o pedido de sua amada Rainha ser atendido), e porque os ortodoxos sempre considerarão que a Rússia há mil anos está consagrada à Mãe de Deus.

    Curtir

  11. Parece que no último século o bem ficou esperando na linha de largada e o mau saiu correndo em desparada…

    Curtir

Os comentários estão desativados.