Por Padre Jerome Brown, FratresInUnum.com, 16 de junho de 2022 – Desde minhas primeiras recordações, o mais belo do ano. Tapetes de sal, velas, incensos, cantos – particularmente o Lauda Sion – carro andor, benção do Santíssimo.
E eu fui sendo levado do menino que tingia o sal ao padre que levava a Sagrada Hóstia.
Quantas noites sem dormir, ansioso por esse dia! Quantas madrugadas erguidas para, antes do sol, Adorar o Sol.
E aquele constante dilema se chove ou não chove…
Oh, meu Jesus Sacramentado! Tudo por Vós. Nunca fui mais que o Teu animal de carga, que o Teu jumento a conduzir-Te.
E agora?
Agora, já velho, sou levado onde não quero.
Que falta sinto, meu Amor Eucarístico, de levar-Te pelas ruas! Que falta, ter-Te em minhas pobres mãos! Que falta pisar por sobre os tapetes feitos em Tua homenagem.
Mas, se tudo assim permites, ainda eu não quererei?
Ficarei debatendo-me como peixe fora da água?
Odiarei a Ti, na esperança de que ao não Te amar, sinta menos falta de Ti?
Não. Não tendes culpa.
Não tens culpa do que me fazem.
Não tens culpa, mas tens o domínio.
E tendo o domínio sobre todas as coisas, se permites que eu não Te leves, é porque me levas a mim. Se não estás em minhas pobres mãos, é para que eu esteja nas Tuas. Se não piso os tapetes, permites que eu seja pisado como uva no lagar da amargura para, fermentado no tempo, dar em Tua honra o vinho que alegre o Teu Coração.
Meu Deus escondido, escondei-me tão profundamente em Ti que o mundo me esqueça.
E que eu seja Teu e Tu sejas meu.
Lindo
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