Saudades de Sião.

Por Padre Jerome Brown, FratresInUnum.com, 23 de julho de 2022 – No Salmo 136 (137), o povo hebreu senta-se junto aos rios da Babilônia e chora não apenas por estar no exílio, mas, sobretudo, por “saudades de Sião”. O cativeiro por si mesmo já era um sofrimento, mas a recordação de Jerusalém, saber que ela existia, e que – dor maior – ele não estava lá por causa de seus próprios pecados, conduzia-o às lagrimas.

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Assim, os rios de Babilônia se encontravam com os rios das lágrimas de um povo castigado por seus pecados que não podia parar de pensar em um “se” sempre mais doloroso: “e se estivéssemos em Jerusalém…”

Há uma semana partia desse mundo S. A. I. R. Dom Luiz de Orleans e Bragança.

Numa entrevista a uma apresentadora estupefata, na década de 90, seu irmão e agora Chefe da Casa Imperial, S. A. I. R. Dom Bertrand, com sobrenatural naturalidade afirmava a castidade de seu irmão (e também a própria), uma vez que escolheram por não casar. E, com a simplicidade própria dos grandes, dizia que sendo católicos, não sendo casados, viviam puramente.

Nessa semana, considerando o passamento de Sua Alteza Imperial e Real, pensava eu num “se”.

O que seria do Brasil se fosse governado por um homem casto?

E pareceu-me ver como um castigo de Deus que não fosse assim. Um castigo merecido. Esse Brasil imoral, do funk, do carnaval, do orgulho gay, do adultério, da pornografia… não merecia um Imperador casto.

Como o Brasil maçom e positivista não mereceu a Princesa Isabel.

O exílio da Princesa foi um castigo divino para o Brasil. Castigo que perdura.

A providência quis que Dom Luiz partisse no mesmo dia em que a Igreja celebra o Imperador Santo Henrique, que mesmo tendo se casado com Santa Cunegundes, viveu virginalmente e, quando de sua morte, sua esposa estava ilibada.

A monarquia, particularmente considerando os últimos chefes da Casa Imperial, é a Jerusalém do povo brasileiro — povo que precisa chorar os seus pecados para lavar sua imundície e merecer um governante totalmente submetido a Deus e à Santa Igreja.

4 comentários sobre “Saudades de Sião.

  1. E o Brasil merecia imperadores adúlteros, maçons e amigos do protestantismo como Dom Pedro I e Dom Pedro II? Convenhamos, a Monarquia acabou por total irresponsabilidade e falta de senso político de Dom Pedro II, que em seu governo atacou e não deu importância aos militares, aos fazendeiros e à Igreja Católica, criando caso até com o Papa e fechando mosteiros e igrejas. Não estava nem aí para os insatisfeitos: enquanto a capital federal “pegava fogo”, estava de papo pro ar em Petrópolis como sempre fazia, quando não estava no exterior passeando em Paris.

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    1. Eu penso diferente, para mim a Monarquia acabou quando José Bonifácio entrou na jogada. (..) A monarquia portuguesa foi instaurada pessoalmente por Nosso Senhor Jesus Cristo e nós fizemos o desfavor de romper com esta bênção.

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