Steiner sobre padres casados: “haverá um caminho”

FratresInUnum.com, 24 de agosto de 2022 – Com informações de GloriaTV – Um antigo “amigo” do nosso blog, nas vésperas de ser criado cardeal, resolveu bater perna na Alemanha, quem sabe conseguir alguns fundos para a Amazônia e, como não poderia ser diferente, dar alguma entrevista polêmica. Trata-se de ninguém menos que Dom Leonardo Ulrich Steiner, atual arcebispo de Manaus.

À agência Kath.ch, Dom Leonardo afirmou que “haverá um caminho” para se repropor a ordenação dos chamados viri probati, relevando que seria muito importante para a resolução de situações práticas e pastorais: “necessidades de nossas comunidades”, “Eucaristia apenas duas vezes por ano”, “não privar as pessoas da vida sacramental” etc.

Enfim, os reformadores não param!

Steiner celebrando a Missa

29 comentários sobre “Steiner sobre padres casados: “haverá um caminho”

  1. Penso que se houvesse caminho, seria indicado por quem é O Caminho, A Verdade e A Vida. Qualquer outro caminho é atalho para longe de Deus.

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  2. O sínodo amazônico foi uma cena. Falo com conhecimento de causa e conhecimento da realidade amazônica. Os problemas da região são reais. Um colega possui 70 capelas em sua paróquia. Porém, não se discutiu nunca a possibilidade de ampliar convênios com outras dioceses, atrair missionários, abrir institutos para este fim, investir na formação sacerdotal. Desde o início a meta era a ordenação de homens casados. Igualmente os problemas reais da desestrutura familiar não foram tocados, como o incesto e a pedofilia, que são uma chaga regional. Ao contrário, a preocupação com os botos cor-de-rosa e as queimadas eram a pauta do dia. Bem se poderia propor algo como melhorar a celebração da palavra realizada pelos leigos. Não, os bispos proporam um rito pachamânico para a Amazônia. Enfim, este é o caminho.

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    1. E além disso, essa Pachamama nunca fez sequer parte da mitologia dos índios da Amazônia, mas sim da região dos Incas bem distante.

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  3. Sacerdotes casados? Que ridículo… É só incentivar o diaconato. Eles são os viri probati. E eles podem muito bem celebrar cerimônias de batizado e abençoar casamentos. O primeiro mártir da nossa fé foi um diácono: Santo Estevão… Essas novidades não vem de Deus.

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    1. É a velha mania jesuítica, de que a eucaristia seja o sucrilhos do católico, um remedinho para a alma cansada.
      Dizer que a divina-liturgia é um rito unitivo e que procede do rito conciliativo da confissão e jansenismo, dizem eles, dizer que é prêmio-imerecido é calvinismo, não importa se a acusação sequer faz sentido.

      Tarde foi, mas parece-me que os “jansenistas” estavam certo.
      Cardeal Noris, o laxismo venceu triunfante.

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  4. Alguém por favor avisa a ele que nós já somos privados dos sacramentos mesmo em centros urbanos… Quem nunca sentiu na alma a dor de não conseguir um “agendamento” pra se confessar?

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  5. Não faltam padres; falta fé. Onde existe religião verdadeira, ainda que vez ou outra os sacerdotes não estejam presentes, a Igreja é viva.

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  6. Duas observações:
    1. Padres casados não são exatamente novidade no orbe cristão, visto que é a realidade entre os bizantinos e outros orientais, para os que não fazem votos monásticos. Não é o costume, claro, entre nós latinos.
    2. Os tais “diáconos permanentes casados” não trazem nenhuma vantagem à Santa Igreja, sendo muito mais um capricho de burocratas vaticanos. Eles não podem realizar nenhuma função sacerdotal, e o que podem fazer – casamentos e batizados – qualquer fiel leigo também pode, inclusive senhoras. Na prática, criou-se uma classe de “super leigos”, que mais confundem e atrapalham que ajudam. A tendência é que desapareçam ou permaneçam na atual insignificância.

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    1. Tendência… a tendência é que o catolicismo seja banido e os atuais católicos morram ou de velhice ou de perseguição. Mas ao final o Imaculado Coração vencerá. Jamais prevalecerão.

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    2. Com a diferença que o diaconato é um Ministério Ordenado. Ou seja, faz parte do Sacramento da Ordem. Logo, não são super leigos. São ministros ordenados no primeiro grau do Sacramento.
      Quanto à sua análise sobre eles, nada a acrescentar…

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  7. Já existem padre católico romano casado nas chamadas igrejas católicas orientais. Um bispo oriental no Brasil já ordenou um brasileiro casado na Igreja Católica Romana Melquita aqui mesmo no país e o atual padre é pároco no Brasil. Francisco acabou com a proibição de ter padres casados orientais nos países latinos e a tendência é ordenar mais casados. Este mesmo bispo Melquita oriental do Brasil já está “formando” e ordenando diáconos casados que serão em breve ordenados padres. As igrejas orientais, ao lado dos diáconos leigos casados, serão os principais exemplos para ordenação de casados nas igrejas católicas ocidentais.

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    1. De fato, esse “acordo de cavalheiros” entre a Santa Sé e as chamadas Igrejas Uniatas ou “Católicas Orientais” – não propriamente “romanas”, ainda que ultimamente sujeitas ao Papa e aderentes a práticas e devoções nossas como o Rosário, Bênção do Santíssimo, entre outras – acordo pelo qual não se teriam padres casados em territórios de maioria romana entre os católicos (como o Brasil) já foi suavizado há alguns anos, salvo engano nos EUA. Convém recordar também o caso de ministros anglicanos casados que se convertem a Roma e são ordenados sacerdotes, permanecendo casados. A diferença nesse caso citado pelo amigo é que o fiel casado em questão é latino/brasileiro, e não de origem oriental (ele, é claro, frequentou a igreja melquita local, com liturgias em português); é inclusive ligado ao Rito de S. Pio V e ao Centro Dom Bosco, tendo sido também vocacionado redentorista. Tanto assim é que sua primeira providência após a ordenação foi solicitar ao Cardeal Tempesta a faculdade de celebrar no Rito Romano; e já ingressou na comissão arquidiocesana de aplicação do “Traditiones Custodes” – esperamos que já esteja celebrando a Missa Tridentina para estes fiéis, do CDB ou outros. Enfim, são caminhos um pouco enviesados, mas, sim, é uma forma de se terem padres casados na (ou “também para a”) Igreja ocidental. PS. Curiosamente, este digno sacerdote é ou era membro laico da “Ordem do Santo Sepulcro”, agremiação católico-romana recriada por S.S. Pio IX quando da restauração do Patriarcado de Jerusalém dos Latinos, o que ocorreu justamente sob grande protesto… …do Patriarca dos Melquitas! – pois este reclamava, além da sede de Antioquia, também a da Cidade Santa – algo só definido pela Santa Sé décadas depois. A modernidade e suas contradições…

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    2. Os melquitas, infelizmente, não podem ser usados de exemplo para muita coisa, muito menos quando o assunto é tradição.
      Abandonaram os ritos, abandonaram as sedes, abandonaram os santuários, abandonaram os hinos; sinceramente, não sobrou nada.
      Infelizmente tomaram gosto pelo abandono, e da violência [bizantina e latina] que sofreram, tornaram-se isto que são hoje, querem ser contados entre os [antigos] algozes, cada qual pela preferência, mas nunca como quem foram.

      Na falta da comunidade assírio-caldeu, considero-me melquita-extraordinário, mas é triste ver a completa falta de identidade que assola-os.
      E os latinos seguem a trilha melquita da desolação…
      O resultado será, também, tristíssimo, arrasador, e espero não viver para ver.

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    3. Prezado P. Weber
      O tal “moço padre casado” melquita, pelo que me informaram, quando leigo, frequentou a igreja melquita e seu então pároco quis que ele fosse “diácono permanente”. [Este então pároco de igreja melquita, mesmo não sendo brasileiro, fazia missas melquitas “abrasileiradas” e também realizava missas no novo rito conciliar para atrair fiéis brasileiros e também para trabalhar nas igrejas latinas vizinhas]. O tal “moço casado”, para ser ordenado “diácono permanente” teria que fazer os cursos por correspondência de Dom Estevão Bittencourt… (!!!) Provavelmente os superiores negaram tal ordenação, tanto que o tal “moço” passou depois a frequentar igreja católica ortodoxa e a participar das missas ortodoxas com hábito ortodoxo, se afastando das missas melquitas. O então pároco citado acima acabou se tornando bispo e o moço casado voltou aos melquitas, sendo ordenado diácono e padre pelo novo bispo. Este novo bispo passou a utilizar os serviços do moço – pois o mesmo é advogado – e agora governa com “mãos de ferro”, apoiando a CNBB e ameaçando quem “fala mal” do papa, quem não obedece o bispo etc… Me disseram que vários melquitas deixaram de frequentar as missas por causa do novo bispo, da ordenação deste moço brasileiro, das ameaças etc

      Já a tal “Ordem do Santo Sepulcro” é uma agremiação, um “clubinho”, que reune ricaços, poderosos, advogados “tarimbados” e artistas, sem espiritualidade alguma, pelo menos na cidade do Rio de Janeiro. Existem várias reportagens sobre tal grupo.

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    4. Sr. Martins, poderia dizer-me o que tem por missas melquitas à la brasileiras?

      Eu não estou ciente do que corre à boca-pequena, das novidades, então não sei de nada do que está falando; atualmente quem assiste-me é o padre Ziad, irmão do padre George, e que foi erguido em 2006, mas não tenho nada para depor contra.
      Os melquitas—não desde sempre, mas muito tempo—estão dispostos em conformar a prática ao ambiente que estão, então, mesmo não sabendo o que você quer dizer com «abrasileiradas», isso absolutamente não deve ser nada contrário ao que fazem os melquitas.
      E eu, que não sou boa-régua de nada, de tecnicidades e firulas, nunca vi nada de escandaloso no padre Ziad.

      Agora, se o que tem pra dizer é das outras agremiações melquitas pelo Brasil, e não da paulista, então não sei o que dizer, só ouvir, mas confesso que estou desgostoso com tua postagem.

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    5. Caro Luis, desconhecia estes detalhes referentes ao novo padre melquita/romano casado.

      É compreensível que as igrejas melquitas tenham liturgias em português e também missas no Novus Ordo de Roma, já que o grupo original de fiéis imigrantes, passadas tantas décadas, já faleceu e/ou se dispersou; seus descendentes não falam mais a língua, assimilaram-se na Igreja latina ou até abandonaram a fé; fora a questão da localização destes templos, em bairros centrais, comerciais. Trata-se de uma questão de sobrevivência (financeira, inclusive).

      A informação de que ele teria passado à igreja ortodoxa é deveras preocupante. Não sou canonista, mas me parece um delito previsto no can. 1364 (do CIC; não sei no CCEO), cuja pena é a excomunhão latae sententiae. Ele deve ter sanado isso, claro, se foi esse o caso. Pode ter sido alguma experiência ou programação ecumênica, quem sabe.

      O que não bate nessa história é ele, um conservador, ligado ao Rito de S. Pio V e ao CDB, ter entrado em acordo com um padre/bispo modernista e apoiador do Papa e da CNBB. Mas não seria o primeiro caso de clérigos que precisam “engolir sapos” da hierarquia pra obter a almejada ordenação.

      Finalmente, em relação à Ordem dos Cavaleiros do S. Sepulcro, apenas ressaltei a ironia de um melquita fazer parte dela, por motivos históricos. É certo que os membros sejam ricos, pois sustentam o Patriarcado de Jerusalém. Os cavaleiros medievais tampouco deviam ser pobretões. Evidentemente, não podem descurar da parte espiritual. JMJ

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  8. Ora, ora! Esta tertúlia já encontrou o Caminho procurado pelo purpurado junto a seus patrícios tudescos. Uma grande Missão Amazônica Melquita (MI.A.ME.)! Com padres casados e, pelo que informaram acima, muita “inculturação”! Centenas de “viri probati” (ou seu equivalente no idioma árabe) surgirão de repartições públicas, corretoras de seguro e quartéis, atendendo ao chamado de Frei Ulrico, para implantar a “Civilização do Amor” bizantino-antioquena em nossas matas setentrionais. Salve, Tupã!

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  9. Como os padres de rito oriental casados sustentam suas famílias? Os membros do CDB aceitariam assumir os encargos familiares de um padre católico casado? Pensões e planos de saúde de que nível?

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  10. Manobra, tudo não passa de uma manobra para por em voga àquilo que eles pensam em comum com o caminho sinodal alemão, os ideais de alguns bispos tupiniquins são os mesmos dos alemãs, só apresentado com menos elegância. Não resta dúvidas que eles não querem conduzir seu rebanho ao céu, se um dia tiveram fé ou essa perspectiva de eternidade junto de Deus. A mim parecem homens comuns, que vestem “batina”, com seus títulos cardinalícios, fazendo política, levantando bandeiras e seguindo ideologias. Pode ser loucura, mas faz sentido as denúncias de Taylor R. Marshal em seus livros, quando fala que a Igreja foi infiltrada, aí está o resultado, o que gera uma questão, o que essa gente quer???

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  11. Não sei, Maria, imagino que alguns tenham trabalhos civis, ou vivam exclusivamente do ministério, caso haja mínimas condições, nos países do Oriente. Pensando na realidade brasileira, você vai encontrar pastores protestantes casados que vivem apenas da igreja e outros que tem atividades profissionais como qualquer pai de família. Nesse caso brasileiro específico, o rapaz que foi ordenado para a Eparquia tem um trabalho que o mantém. E não, coitado do CDB, creio que eles não sustentem sacerdote nenhum… …isso é função das paróquias, dioceses, etc. Só mencionei que este padre melquita tem alguma relação com o Centro, já gravou vídeos pra lá, deu aulas, algo assim (tampouco sei se ele celebra missa tridentina lá, apenas inferi; só sei que ambos são ligados ao Rito romano antigo, logo não seria o fim do mundo).

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  12. Quantos católicos concordariam em sustentar a família do(s) padre(s) em uma paróquia, levando-se em conta que o vocacionado é o padre e não necessariamente sua esposa e filhos, que continuam leigos? Vimos o exemplo dos leigos consagrados desde os primeiros tempos na Canção Nova saírem da comunidade quando a situação econômica apertou, alegando que precisavam ganhar mais para financiar o futuro preparo profissional de seus filhos. Se um padre não providenciar esse preparo à altura das expectativas da família, poderá perder o pátrio poder por abandono intelectual? Se procurar aumentar seu número de empregos, não irá diminuir o tempo dedicado à sua vida espiritual e à paróquia?

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  13. O futuro arcebispo de Aparecida.
    O nome que hoje mais soa para Aparecida é o deste Sr. cardeal.

    Bem como para a presidência da CNBB (além do Dom Paulo Cézar). O Papa Francisco não está mexendo nas peças sem nenhum interesse.

    Anotem…aguardem

    O Arcebispo de BH não será reeleito presidente da CNBB. Novos velhos ares

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