Comunhão sonegada, entre o delito e o crime

Dom Joaquim Mól nega a comunhão para a jovem no dia de sua Crisma, porque ela quis comungar de joelhos e na boca.

FratresInUnum.com, 8 de agosto de 2023 – O escândalo protagonizado neste fim de semana por Dom Joaquim Mól, bispo auxiliar de Belo Horizonte, mostrou a força dos fieis verdadeiramente católicos do Brasil. Embora as análises de conjuntura da CNBB tentem sempre confinar o conservadorismo católico nos estreitos limites de uns poucos grupos, o que se viu foi uma verdadeira onda de indignação, que causou reboliço.

Os libertadores acham que podem tudo. Acham que o fato de serem respaldados por um papa ideologicamente alinhado com eles lhes garante total isenção de imputabilidade por delitos canônicos, ainda que públicos. Talvez tenham, realmente, razão.

O problema não é somente a hipocrisia da tolerância e da inclusão seletivas – advogam a comunhão para adúlteros enquanto a sonegam para católicos fieis, conclamam a acolhida dos homossexuais em pecado público enquanto sonegam a Eucaristia a uma católica no dia de sua Confirmação –, mas é a completa desfaçatez, inclusive diante do flagrante ilícito.

Sim, porque se dar a Comunhão sob as duas espécies na mão é terminantemente proibido pela Igreja, querer obrigar uma pessoa a ser cúmplice desse pecado público é não apenas autoritarismo, mas a imposição da desobediência como lei, pelo abuso da obediência. Não se tratava tanto do direito de comungar de joelhos e na boca, assegurado pela Igreja a todo fiel, mas do dever de um católico não ser cúmplice de um delito cometido pelo bispo. Repito: dar a comunhão sob as duas espécies na mão é proibido pela Igreja!

No mais, tudo naquele vídeo é grosseiro, aviltante: desde a vexação pública de uma pessoa diante de uma multidão até o agravante de fazê-lo no próprio dia em que recebia a Crisma, desde o fato de uma violência moral até a circunstância de que foi perpetrada de um homem contra uma mulher, de um adulto contra uma adolescente, de um bispo contra uma fiel. É tudo absurdo! Tudo chocante!

Ao invés de reconhecer o erro e pedir humildemente desculpas, o bispo reafirma o que fez e se escusa invocando uma pandemia que já acabou e a alegria dos jovens que tiraram foto após a Crisma, como se tudo isso o isentasse dos inúmeros delitos, canônicos e civis que ele cometeu. Se os libertadores desconhecem a humildade e são seres embriagados de soberba, isso não lhes permite atropelar pessoas impunemente. As ideias sanitárias ou as manias que queira fomentar o bispo são um problema dele; nada disso é de fé; e querer impô-lo não passa de puro abuso de autoridade, ainda em contrariedade às leis da Igreja.

Porém, como tudo na Igreja hoje está condicionado pelo sequestro ideológico da Sé Apostólica, não se pode esperar que algo de realmente efetivo seja feito contra uma delinquência pública e grave. E é aqui que acaba a misericórdia bergogliana, a Igreja inclusiva e a sinodalidade. Tudo não passa de retórica morta, discurso farisaico para o empoderamento da ala revolucionária que pretende utilizar a estrutura da Igreja Católica como meio de execução da agenda da nova esquerda.

O que assistimos nesse final de semana não foi uma excepcionalidade, foi uma imagem da eclesiologia vigente hoje: a imposição de uma ideologia maluca em prejuízo da piedade e do direito dos fieis! Nisso se pode resumir a versão do catolicismo episcopal dos nossos dias. Não importa o que pensam os leigos, os seus sentimentos, as suas devoções; o que importa é o que o alto clero pensa e quer impor; não importa se há um êxodo imenso de católicos para as seitas pentecostais e a não adesão dos mesmos à ideologia de seus pastores; o que importa é que eles querem cega e obstinadamente prosseguir em seu intento revolucionário, mesmo que isso lhes custe a perda total da reputação.

Dom Joaquim Mól pode ser promovido a arcebispo e até receber o barrete cardinalício, contudo, não poderá jamais gozar de prestígio entre os fieis verdadeiramente católicos. A máscara caiu. O diabo mostrou as suas fuças!

Como tais bispos já cancelaram completamente o povo de seu horizonte de consciência, pouco lhes importa o que pensa ou como são por ele julgados: importa-lhes mais demonstrar fidelidade à causa para obter benefícios de carreira e a lisonja de seus pares clericais. E ainda gritam veementemente contra o clericalismo, o carreirismo, a intransigência, o fanatismo, o autoritarismo, a autorreferencialidade, a lógica do poder e todas as outras atitudes que eles mesmos encarnam com exatidão estarrecedora.

A única coisa que não podemos esquecer é que, embora o partidarismo pontifício tenha restringido a justiça àqueles que não lhe são entusiastas, do ponto de vista civil – já que clamam tanto pela laicidade do Estado –, qualquer cidadão pode exigir reparação aos constrangimentos sofridos. Para isso, porém, os fieis precisam ter a clareza necessária de que o pastor não passa de um lobo disfarçado que se serve do benefício de seu cargo eclesiástico para cometer crimes e que, no caso, denunciá-lo nada mais é que reparar a justiça, a equidade. Terão os fieis a fibra moral necessária para perceber a realidade e tomar as medidas cabíveis? Duvido muito.

Enquanto Dom Mól ri da cara de todos os seus críticos e deles despreza com sua arrogância prelatícia fingida de mansidão, resta-nos ter paciência e exercer o direito que nos cabe, o famoso jus sperniandi, até que o mal por si se destrua, não sem uma especial intervenção de Nossa Senhora.

Bispos católicos colocam bispos petistas em seu devido lugar: “quem faz uso político da Igreja são vocês”!

FratresInUnum.com, 26 de outubro de 2022 – O desespero dos bispos petistas está cada dia mais gritante. Eles querem, a todo custo, eleger o seu filhote de cruz-credo, o “católico ao seu modo”, segundo expressão do falecido Dom Cráudio (como gostava de chamá-lo o referido), ninguém menos que o descondenado Luíz Inácio Lula da Silva.

Em seu ímpeto de conduzir ao pódio o seu mascote, bispos petistas lançaram uma carta apelativa, em que manifestaram todo o seu discurso odioso, ainda que em tom aparentemente conciliador, em desfavor do atual presidente da república.

Inconformados com o teor instrumentalizante da missiva, bispos católicos ergueram a sua voz para colocar os pingos nos is e dizer aos fieis que o voto católico se dá a partir de princípios, não pelo autoritarismo, clericalismo, enfim, não pela carteirada de bispos esquerdistas, que é o que mais tem essa sofrida Igreja no Brasil.

Confiram, abaixo, a carta dos bons bispos e, mais abaixo, a carta dos bispos petistas (ambas anônimas, por óbvios motivos).

Presidente Bolsonaro consagra o Brasil a Nossa Senhora e ao Santo Anjo da Guarda da nação

FratresInUnum.com, 6 de setembro de 2022 – Um pequeno gesto, mas que pode ter repercussões espirituais extraordinárias: o Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, assistiu a Santa Missa celebrada por dezenas de sacerdotes, recebeu deles orações e bênçãos, e, ao final da cerimônia, Consagrou o Brasil a Nossa Senhora e ao Santo Anjo da Guarda da nação. Gesto sem precedentes! A maior autoridade do país, de joelhos, entrega o país à Mãe de Deus e roga por toda a nação!

O Presidente Bolsonaro consagra o Brasil a Maria Santíssima

Crise diplomática: Papa Francisco é duramente criticado por comentários sobre a morte da filha de Alexander Dugin

FratresInUnum.com, 26 de agosto de 2022 – Com informações de CNN – No Brasil chegaram poucos reflexos da forte crise diplomática e das intensas críticas feitas ao Papa Francisco por mais uma vez fazer declarações inoportunas e mal pensadas.

Na quarta-feira, durante a audiência geral, o Papa resolveu comentar a morte de Darya Dugina, filha do nacionalista russo, Alexander Dugin, dizendo, sobre ““aquela pobre garota jogada no ar por uma bomba sob o banco de um carro em Moscou”, que “inocentes pagam pela guerra”.

No mesmo dia, o embaixador da Ucrânia junto à Santa Sé, Andrii Yurash, criticou as declarações do pontífice: “O discurso de hoje do Papa foi decepcionante e me fez pensar em muitas coisas: não posso falar nas mesmas categorias sobre agressor e vítima, estuprador e estuprado; como é possível mencionar um dos ideólogos do imperialismo russo como vítima inocente? Ela foi morta por russos como vítima sagrada e agora está no escudo de guerra”.

Yurash se refere ao fato de que Darya defendeu as ideias do seu pai e esteve na TV russa apoiando, de sua própria iniciativa, a invasão da Ucrânia.

Quem conhece o mundo diplomático sabe o peso que têm tais palavras e gestos.

Papa Francisco e o embaixador da Ucrânia junto à Santa Sé, Andrii Yurash

Steiner sobre padres casados: “haverá um caminho”

FratresInUnum.com, 24 de agosto de 2022 – Com informações de GloriaTV – Um antigo “amigo” do nosso blog, nas vésperas de ser criado cardeal, resolveu bater perna na Alemanha, quem sabe conseguir alguns fundos para a Amazônia e, como não poderia ser diferente, dar alguma entrevista polêmica. Trata-se de ninguém menos que Dom Leonardo Ulrich Steiner, atual arcebispo de Manaus.

À agência Kath.ch, Dom Leonardo afirmou que “haverá um caminho” para se repropor a ordenação dos chamados viri probati, relevando que seria muito importante para a resolução de situações práticas e pastorais: “necessidades de nossas comunidades”, “Eucaristia apenas duas vezes por ano”, “não privar as pessoas da vida sacramental” etc.

Enfim, os reformadores não param!

Steiner celebrando a Missa

Becciu: “Serei reintegrado nas minhas funções de cardeal”

FratresInUnum.com, 23 de agosto de 2022 – com informações de ANSA –O Card. Becciu celebrou uma missa no último domingo na cidade sarda de Golfo Aranci e disse:

“no último sábado, o papa me telefonou para dizer-me que serei reintegrado nas minhas funções cardinalícias e para convidar-me para as reuniões de cardeais no próximo sábado. Estou muito emocionado com este gesto do papa. Aguardeço-o de coração e reconfirmo a minha comunhão com ele”

Card. Becciu

Fontes vaticanas dizem que este foi apenas um convite para a reunião e não significa que ele reconquista todos os direitos inerentes ao cardinalato. Veremos…

Card. Ângelo Becciu

Lula critica padres e pastores em comício no Anhangabaú

FratresInUnum.com, 20 de agosto de 2022 – Hoje, Lula disse em seu comício no Anhangabaú:

“Tem uma coisa que quero dizer olhando nos olhos de vocês, porque tem muita fakenews religiosa correndo por esse mundo: tem demônio sendo chamado de Deus e tem gente honesta sendo chamada de demônio, porque tem gente que não está tratando a Igreja para cuidar da fé ou da espiritualidade, está fazendo da Igreja um palanque político ou uma empresa para ganhar dinheiro.

E eu quero dizer para vocês que eu, Luiz Inácio Lula da Silva, defendo o estado laico: o estado não tem que ter religião, todas as religiões têm que ser defendidas pelo estado, mas também quero dizer: as Igrejas não tem que ter partido político porque as Igrejas têm que cuidar da fé e da espurutualidade (sic! – ele queria dizer espiritualidade) das pessoas e não cuidar da candidatura de falsos profetas ou de fariseus que estão enganando este povo o dia inteiro.

Eu falo isso com a tranquilidade de um homem que crê em Deus, eu falo isso com a tranquilidade de um homem de 76 anos de idade, oito filhos criados, oito netos, cinco filhos e uma bisneta: eu, quando quero conversar com Deus, não preciso de padre ou de pastores, eu posso me trancar no meu quarto e conversar com Deus quantas horas eu quiser, sem pedir favor a ninguém. É assim que a gente tem que fazer para a gente não ser obrigado a escutar pessoas contando mentiras, quando deveria estar cuidando da fé, quando deveria estar cuidando da espurutualidade (sic!), quando deveria estar lendo a Bíblia decentemente e não inventando coisas”.

Interessante. Lula fala isso quando ele mesmo confessou como usou a Igreja para chegar ao poder. Ademais, como também ficou muito bem explicado em sua conversa com Leonardo Boff, a Teologia da Libertação foi o método de criar os embriões do PT, aqueles que o conduziriam à presidência.

Confira o vídeo do trecho do discurso:

Discurso de Lula hoje, no Anhangabaú

A Missa Dominical ainda é obrigatória?

FratresInUnum.com, 11 de agosto de 2022 – Há mais de dois anos, os bispos alvoroçaram-se pelo mundo inteiro, especialmente no Brasil, e não perderem tempo de alertar os fieis de que, dada a emergência do coronavírus, estava decretada a desnecessidade da Missa dominical presencial. Era o lockdowm da Igreja! Não faltaram decretos, cartas, bulas, informes, memorandos, postagens para declarar aos fieis o mandamento supremo da cristandade sanitária: “fique quem casa, a missa a gente vê depois!”

Passado todo este período, não houve ainda nenhuma manifestação eloquente da nossa devotíssima hierarquia dizendo que, havendo cessado a emergência, volta a ser obrigatória – por que não dizer “de preceito”? – a assistência presencial da Missa aos domingos. Estritamente falando, os fieis continuariam dispensados pela autoridade eclesiástica que, até agora, não deu nenhuma manifestação em contrário.

Longe de nós pensar que os nossos ortodoxíssimos bispos não se preocupem com algo tão sublime como a salvação das almas, visto que a salvação do corpo é, para eles, inegavelmente muito, muitíssimo importante; também longe de nós insinuar que, como bispos, eles são excelente agentes sanitários… Mas, assim, sem querermos ser inconvenientes, vale a pena perguntar: a Missa Dominical ainda é obrigatória?

Uma das Missas on-line durante a pandemia

Pontifícia Academia pela Vida afirma, no Twitter, que Humanæ vitæ de Paulo VI NÃO É INFALÍVEL

FratresInUnum.com, 8 de agosto de 2022 – Com informações de InfoCatolica – A Pontifícia Academia pela Vida, dicastério da Santa Sé que deveria ser responsável pela conservação do ensino da Igreja sobre os temas relativos à vida humana e também pelo desenvolvimento de atividades pastorais pela promoção da vida, publicou no último sábado, em seu Twitter, uma postagem altamente esclarecedora e que confirma o ativismo oficial daqueles que, na cúpula da Igreja, querem destruir a doutrina da Humanæ vitæ de Paulo VI:

“Registros históricos feitos pelo arcebispo Lambruschini confirmam que Paulo VI lhe disse diretamente que a Humanæ vitæ não estava sob infalibilidade”.

[Vídeo] Daniel Ortega, presidente comunista da Nicarágua, fecha rádios católicas

FratresInUnum.com, 5 de julho de 2022 – Com informações de VaticanNews – Em 1º de agosto, o governo de Daniel Ortega ordenou o fechamento das rádios da Diocese de Matagalpa, do bispo Rolando Álvarez, discordane do regime. A tropa de choque chegou a invadir uma capela e confiscar todos os equipamentos da rádio.

As cenas do vídeo abaixo são chocantes. Esta foi a últimas de mais de 190 agressões à Igreja Católica registradas desde 2018.

Vale lembrar que Lula, no ano passado, em entrevista ao El País, minimizou a ditadura socialista na Nicarágua.

Nova ofensiva do Governo da Nicarágua fecha rádios católicas. Fonte do vídeo: Divergentes