Nova etapa da viagem ecumênica.

Bento XVI e Rowan Williams vão rezar juntos novamente em Roma.

Dr. Rowan Williams.
Dr. Rowan Williams.

IHU – O Dr. Rowan Williams, arcebispo de Cantuária e primaz da Comunhão Anglicana, estará em Roma no próximo final de semana, por ocasião do milênio da fundação do eremitério dos Camaldulenses, em Toscana. Há séculos, a Comunhão Anglicana estabelece relações permanentes com esta ordem religiosa, que alia o eremitismo e a regra beneditina.

A reportagem está publicada no sítio do jornal francês La Croix, 07-03-2012. A tradução é do Cepat.

Em Roma, os Camaldulenses estão presentes na Basílica de São Gregório Magno. Em 596, o Papa Gregório o Grande, cuja memória a Igreja celebra no próximo domingo, dia 11 de março, enviou à Inglaterra, desde esta basílica, um grupo de 40 monges beneditinos, entre os quais se encontrava Agostinho, que se tornaria o primeiro bispo de Cantuária. Às 17h30 do sábado, dia 10, o Dr. Williams irá celebrar as vésperas com Bento XVI nesta basílica, que é agora o ponto de encontro dos peregrinos anglicanos em Roma, e o primaz e o papa deverão, nesta oportunidade, pronunciar dois importantes discursos.

“Trata-se de continuar o diálogo entre as Igrejas católica e anglicana”, analisa o Pe. Robert Byrne, responsável pelo diálogo ecumênico na Conferência dos Bispos da Inglaterra e País de Gales. Ele ressalta que, “apesar das óbvias diferenças de fé e de opinião entre as duas Igrejas, uma e outra estão determinadas a continuar a viagem ecumênica rumo ao futuro. Esta visita a Roma do arcebispo da Cantuária é um novo exemplo das relações aquecidas que continuam a se desenvolver entre as duas Igrejas”.

Durante sua visita a Londres, em 17 de setembro de 2010, Bento XVI entrou, pela primeira vez, no Lambeth Palace, residência do primaz da Comunhão Anglicana. Os dois líderes deram longas e calorosas manifestações de afeto.

Outra manifestação do calor nas relações entre Roma e Cantuária: o coro da Capela Sixtina unirá suas vozes, pela primeira na sua história, às do coro da Abadia de Westminster, na Basílica de São Pedro em Roma por ocasião da festa dos Santos Pedro e Paulo, nos dias 28 e 29 de junho próximo.

Liturgia banal “dissuade anglicanos”.

30 de junho de 2011 – The Tablet: A “banalidade” das liturgias paroquiais desde o Concílio Vaticano Segundo tem sido o maior obstáculo para que muitos anglicanos ingressem em plena comunhão com a Igreja Católica, afirmou uma proeminente professora em um encontro sobre o Ordinariato em Melbourne. A Professora adjunta Tracey Rowland, reitora do Instituto João Paulo II para o Matrimônio e Família em Melbourne, disse em um encontro sobre a estrutura do ordinariato para receber grupos de anglicanos na Igreja Católica que o Papa Bento XVI estaria igualmente preocupado com a “sacro-pop” e a “música utilitária” na liturgia. Você pode ler o discurso da Professora Rowland aqui.

Distrito Norte-Americano da FSSPX comemora conversão de anglicanos.

Brasão do Ordinariato Pessoal Nossa Senhora de Walsingham.
Brasão do Ordinariato Pessoal Nossa Senhora de Walsingham.

FSSPX EUA – Tradução: Fratres in Unum.com: Ao celebrar as boas novas do tempo da Páscoa, convém que retransmitamos as boas notícias de 900 anglicanos que se converteram ao Catolicismo na Páscoa, um tempo tradicional quando os convertidos são recebidos na Igreja. Este encorajador número o é ainda mais quando consideramos que dentre eles encontram-se 61 ex-ministros anglicanos.

Apesar de algumas reservas sobre a constituição apostólica Anglicanorum Coetibus e o ordinariato pessoal erigido para tais convertidos do anglicanismo, apesar de tudo, nós verdadeiramente nos regozijamos ao ouvir de sua recente conversão e sinceramente lhes damos boas-vindas como novos membros do Corpo Místico de Cristo. Possam eles incessantemente voltar-se à padroeira do ordinariato, Nossa Senhora de Walsingham, como auxílio na restauração da Fé de seus antepassados Católicos, cuja fervorosa devoção à Beata Maria Sempre Virgem outrora fez que seu país fosse chamado o Dote de Nossa Senhora.

Rezamos também por todos os convertidos da Páscoa deste ano, para que perseverem na Igreja Una, Santa, Católica e Apostólica, e com isso alcancem o prêmio eterno da visão beatífica de Nosso Senhor Ressuscitado.

Usurpadores que pretendem falar em nome da Igreja Católica: responsável por ecumenismo na CNBB perdão a anglicanos por ação de “tradicionalistas”!

IHU – O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic) tem novo presidente, o bispo católico da Diocese de Chapecó, Manoel João Francisco, 65 anos. A eleição ocorreu na sexta-feira, 11, na XIV Assembléia Geral do organismo ecumênico nacional, para o período 2011 a 2015.

A reportagem é de Marcelo Schneider e publicada pela Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação – ALC, 14-03-2011.

A abertura do encontro teve um momento de demonstração de humildade e comunhão. O presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom José Alberto Moura, pediu perdão, em nome da Igreja Católica, à Igreja Episcopal Anglicana no Brasil por conta do episódio do empréstimo da catedral romana de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, para a sagração do cônego Francisco de Assis Silva, bispo eleito pelos anglicanos para liderar a diocese local.

Grupo de católicos tradicionalistas pressionou o bispo da Diocese de Santa Maria a retirar a cessão da catedral aos anglicanos.  “Aquela nunca foi a posição oficial da igreja”, salientou dom José Moura.

Ao final da devocional, o cônego anglicano pediu a palavra e acolheu o pedido de perdão do bispo católico, selando, assim, um dos momentos mais expressivos da atmosfera de cordialidade e compromisso que marcou o primeiro dia da assembléia. [que lindo…!]

Delegados e delegadas foram divididos, de acordo com suas denominações, para avaliar o trabalho do Conic nos últimos anos, de onde partiram reflexões sobre o cenário ecumênico brasileiro e propostas de novas ações.

A reverenda Cacilene Nobre, da Igreja Presbiteriana Unida (IPU), destacou que o Conic tem uma boa expressão, mas pode melhorar. “Precisamos trabalhar mais intensamente na defesa dos Direitos Humanos. Sonhamos com um conselho de igrejas que lute incessantemente pelos direitos das mulheres”, afirmou.

A presbítera Elinete Wanderley Paes Miller, também da IPU, afirmou que o momento do Conic reflete a dinâmica das igrejas. Elas “estão se fechando cada vez mais”, analisou, por isso é preciso “ampliar o exercício do diálogo, para que o Conselho não se restrinja a relações institucionais, mas esteja vivo no cotidiano de nossas comunidades.”

Vão acompanhar dom Manoel na diretoria do Conic o primeiro vice-presidente, bispo Francisco de Assis da Silva, da Igreja Episcopal, a segunda vice-presidenta é a presbítera Elinete Wanderley Paes Miller, da Igreja Presbiteriana Unida, a secretária, Dra. Zulmira Ines Lourena Gomes da Costa, da Igreja Ortodoxa, e o tesoureiro, pastor sinodal Altermir Laber, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

O Conselho Fiscal está constituído pelo pastor luterano Marcos Ebeling, monsenhor Hélio Pacheco Filho, e o anglicano Fabiano Nunes. O Conic reúne-se em assembléia a cada dois anos.

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Com todo respeito a dom José Alberto Moura, perguntamos: quem o constituiu autoridade para falar em nome da Igreja Católica? No máximo, o senhor fala em nome do sindicato nacional de bispos ao qual o senhor está filiado. E só. Pois então, comprometa apenas a este sindicato, já descreditado pelos católicos em geral por conta de suas esdrúxulas posições, e não a Igreja Católica Apostólica Romana enquanto tal. Nunca é demais recordar as palavras do então Cardeal Joseph Ratzinger: “A decisiva e nova ênfase sobre o papel dos bispos é na realidade contida ou corre o risco de ser reprimida pela inserção dos bispos em conferências episcopais que são sempre mais organizadas com estruturas burocráticas frequentemente pesadas. Não devemos nos esquecer de que as conferências episcopais não possuem base teológica, de que elas não pertencem à estrutura da Igreja, tal como Cristo a desejou, e que não pode ser eliminada; elas possuem apenas uma função prática, concreta. (The Ratzinger Report, 59-61)”.

“Catedral ainda está emprestada se eles quiserem”.

Jornal A Razão

Edição de quinta-feira, 10 de março de 2011 (pág. 17)

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O bispo Dom Hélio [Rubert], ainda na coletiva, explicou o mal entendido que, segundo ele, aconteceu nas últimas semanas envolvendo a cedência da Catedral para Sagração do Bispo eleito da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Cônego Francisco de Assis Silva. Membros da igreja [Católica] espalhados pelo Brasil ameaçaram um grande protesto caso fosse confirmado o empréstimo, pois não concordavam com o bispo.

Ele afirmou que após ter dado a sua palavra não haveria motivo para voltar atrás. “Aconteceram pressões para que não fosse usado o espaço, mas temos um bom relacionamento com nossos irmãos anglicanos. Conversei com outros bispos e todos foram favoráveis ao empréstimo”, disse Dom Hélio.

Ele garante que não existe uma lei que proíba o uso da catedral por outras religiões. O fato acabou criando um constrangimento entre católicos e anglicanos, que ao final preferiram fazer a ordenação em sua própria sede. “Não voltei atrás da palavra. Os irmãos usaram o bom senso e resolveram fazer a sua ordenação na sua sede para evitar mais polêmicas”, afirmou.

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Duas recordações ao senhor bispo:

1ª – Existe uma Lei que proíbe sim o uso da Catedral Católica por seguidores de outras religiões. Chama-se Lei de Deus, foi promulgada pelo próprio Senhor e entregue a Moisés. Está na Bíblia (inclusive na usada pelos anglicanos);

2ª – As palavras do senhor bispo destoam do testemunho apresentado pelo “cônego” anglicano José de Deus Luongo da Silveira: “menos de um mês da Sagração, Dom Hélio Rubert, inopinadamente, sem entrar em contato de modo oficial com o Bispo Primaz, com a Autoridade Eclesiástica da Diocese Sul-Ocidental, nem como o Bispo Eleito, simplesmente, vai até a Deã da Catedral Anglicana, acompanhado do seu Vigário Geral, e diz que não mais autorizará a sagração na sua Catedral, como já havia antes pactuado, porque a Igreja Anglicana ordena mulheres e gays”. Quem está mentindo?

Ecumenismo no Brasil: escancarando o ódio anglicano à Igreja Católica.

A mobilização dos leitores de Fratres in Unum que resultou, após grande relutância do ecumênico bispo diocesano de Santa Maria (RS), no cancelamento do empréstimo de sua Catedral para a realização da encenação de uma ordenação anglicana, reacendeu a ira — seguindo a tradição de Henrique VIII — dos tolerantes e abertos anglicanos contra a única e verdadeira Igreja de Cristo, a Católica Apostólica Romana.

Procurando lançar luz sobre o variável pensamento anglicano sobre o ecumenismo, cujo entendimento se molda à conveniência e às necessidades de maneira aproveitadora e oportunista,  publicamos abaixo o verdadeiro “pensamento” anglicano sobre o “diálogo” com a Igreja Católica, lançado inicialmente no site da “Capela da Inclusão”, da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, de Campo Grande, MS.

Esta série de comentários, sub-repticiamente retirada do ar, reunia os pareceres de expoentes do anglicanismo brasileiro, demonstrando que o  tão propalado ecumenismo só é útil quando atendidos os anseios dos inimigos da Igreja, sendo, de fato, um mero instrumento com o qual procuram fazê-la renunciar sua doutrina e rejeitar todo o seu passado.

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Católicos tradicionalistas atravancam caminhada ecumênica.

(IHU) Um grupo de católicos tradicionalistas, seguidores de Marcel Lefebvre, pressionou o bispo da Diocese de Santa Maria, dom Hélio Adelar Rubert, a retirar a cedência da igreja católica local para a sagração do bispo eleito da Igreja Episcopal Anglicana (IEAB), cônego Francisco de Assis Silva, no dia 20 de março.

A notícia é da Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação (ALC), 02-03-2011.

O templo anglicano local está em reformas, daí o pedido de empréstimo do templo católico. Além de ser contrário a qualquer atividade ecumênica, o grupo tradicionalista frisou que anglicanos ordenam gays e mulheres. O cônego José de Deus Luongo da Silveira, da IEAB local, lamentou o fato em carta, destacando que se tratava de um desserviço à causa ecumênica.

Encontro no dia 20 de fevereiro reuniu, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, o primaz anglicano, dom Maurício de Andrade, o bispo católico local, o presidente regional do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic), bispo católico emérito dom Sinésio Bohn, o cônego José Luongo, o bispo anglicano eleito e outras autoridades das duas denominações para análise da situação.

“A reação dos católicos tradicionalistas foi violenta. Aqui, ocorreu um mal-entendido, que foi resolvido”, disse à ALC o coordenador diocesano de pastoral, padre Rubens Natal Dotto.

Dom Maurício agradeceu “a firme e reiterada disposição” da Igreja Católica de acolher os anglicanos em sua catedral, mas, ouvindo as suas lideranças clericais e leigas, resolveu transferir a ordenação e sagração do cônego Francisco de Assis Silva para o templo anglicano.

Depois do episódio, anglicanos e católicos romanos de Santa Maria, apesar dos esforços do grupo tradicionalista, “selam o compromisso de estreita caminhada ecumênica” e entendem o ecumenismo como irreversível, como expressão da vontade de Deus.

“Cremos que o verdadeiro ecumenismo não se realiza só por decreto das autoridades eclesiásticas se nas bases, nas pequenas comunidades e no meio do povo de Deus esse espírito de unidade não fizer parte das lideranças locais”, manifestam católicos e anglicanos de Santa Maria.

A catedral católica de Santa Maria já foi cedida, quando dom Ivo Lorscheiter pastoreava a diocese, para a ordenação de bispo anglicano. “Cremos que todos os batizados que aceitam a Jesus Cristo como seu Salvador estão em comunhão entre si, ainda que imperfeita, e que se torna imprescindível buscar a superação das divergências doutrinárias, históricas e culturais”, testemunham os líderes das duas denominações.

“Ordenação” anglicana na Catedral de Santa Maria cancelada!

Parabéns aos leitores de Fratres in Unum e aos diocesanos de Santa Maria pelas inúmeras mensagens enviadas às autoridades do Vaticano, particularmente à Congregação para a Doutrina da Fé. Tendo em vista a resposta do senhor bispo diocesano de Santa Maria, Dom Hélio Rubert, na qual defendia sua atitude ecumênica, tal mudança de direção só pode ser creditada à intervenção de autoridades superiores.

Abaixo publicamos um trecho do comunicado da “Diocese Sul-Ocidental” anglicana, subscrito pelo senhor “Cônego” José de Deus Luongo da Silveira:

Caros Irmãos em Cristo:

Pax nobis!

Lamentavelmente, a caminhada ecumênica é uma estrada difícil e pedregosa. Vejamos a ocorrência de um fato inusitado, que muito nos entristece. O Bispo Católico Romana da Diocese de Santa Maria, RS, Dom Hélio Adelar Rubert, cedeu (emprestou) a sua Catedral para a Sagração do Bispo Eleito da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Cônego Francisco de Assis Silva, uma vez que a nossa Catedral Anglicana, da mesma cidade, encontra-se em reforma.

A Ordenação e Sagração Episcopal está marcada para o dia 20 de março próximo. Todos os convites foram enviados para o clero anglicano, povo e autoridades. Na data aprazada haverá vários encontros nacionais e internacionais, inclusive, com os irmãos da província do Cone Sul (Uruguai).

Pasmem todos, menos de um mês da Sagração, Dom Hélio Rubert, inopinadamente, sem entrar em contato de modo oficial com o Bispo Primaz, com a Autoridade Eclesiástica da Diocese Sul-Ocidental, nem como o Bispo Eleito, simplesmente, vai até a Deã da Catedral Anglicana, acompanhado do seu Vigário Geral, e diz que não mais autorizará a sagração na sua Catedral, como já havia antes pactuado, porque a Igreja Anglicana ordena mulheres e gays.

[…]

Frise-se, de que as razões levantadas para caçar a cadência da Catedral Romana não encontram nenhum suporte válido, já que quatro bispos anglicanos da IEAB foram sagrados em catedrais romanas nos últimos tempos, quando já havia padres gays  nos EEUU e mulheres ordenadas na Igreja Anglicana.

Entendemos que os mecanismos que foram usados prestam um desserviço à causa ecumênica e humilha uma Igreja membro do CONIC, na véspera da Sagração de um de seus Bispos.

Bispos da Inglaterra e País de Gales anunciam detalhes de novo ordinariato anglicano.

(Catholic Culture) A conferência dos bispos da Inglaterra e País de Gales anunciou os detalhes do novo ordinariato anglicano que permitirá a recepção de comunidades e indivíduos anglicanos na Igreja Católica enquanto mantêm aspectos de sua espiritualidade e tradição.

“Cinco bispos anglicanos que atualmente tem intenção de entrar no Ordinariato já anunciaram sua decisão de renunciar o ministério pastoral na Igreja da Inglaterra, com efeitos a partir de 31 de dezembro de 2010”, apontou a conferência em uma nota de 19 de novembro. “Eles entrarão em plena comunhão com a Igreja Católica no começo de janeiro de 2011. Durante o mesmo mês, espera-se que o decreto estabelecendo o Ordinariato seja publicado e anunciado o nome do Ordinário a ser indicado. Posteriormente, aqueles antigos bispos anglicanos não aposentados, cujos pedidos para serem ordenados forem aceitos pela CDF [Congregação para a Doutrina da Fé], serão ordenados ao diaconato e sacerdócio Católicos para o serviço no Ordinariato”.

A declaração continua:

Espera-se que os antigos bispos anglicanos aposentados, cujos pedidos para serem ordenados forem aceitos pela CDF, sejam ordenados ao diaconato e sacerdócio Católicos antes da quaresma. Isso lhes permitirá, juntamente com o Ordinário e os outros ex-bispos anglicanos, ajudar na preparação e recepção do antigo clero anglicano e seus fiéis na plena comunhão com a Igreja Católica durante a Semana Santa.

Antes de iniciar a quaresma, aqueles clérigos anglicanos com grupos de fiéis que decidirem ingressar no Ordinariato iniciarão, então, um período de intensa formação para a ordenação como padres Católicos.

No início da quaresma, os grupos de fiéis, juntamente com seus pastores, serão arrolados como candidatos para o Ordinariato. Então, em uma data a ser definida entre o Ordinário e o Bispo diocesano local, serão recebidos na Igreja Católica e crismados. Isso provavelmente acontecerá durante a Semana Santa, na Missa da Ceia do Senhor na Quinta-feira Santa ou durante a Vigília Pascal. O período de formação para os fiéis e seus pastores continuará até Pentecostes. Até lá, estas comunidades receberão os cuidados sacramentais do clero local, como combinado pelo Bispo diocesano e o Ordinário.

Por volta de Pentecostes, aqueles antigos padres anglicanos cujos pedidos para ordenação forem aceitos pela CDF serão ordenados ao sacerdócio Católico, o que será precedido pela ordenação diaconal durante o período posterior à Páscoa. A formação na teologia e prática pastoral Católicas continuará por um apropriado período de tempo após a ordenação.

“Ao responder generosamente e oferecer uma calorosa acolhida àqueles que procuram a plena comunhão eclesial com a Igreja Católica dentro do Ordinariato, os Bispos sabem que o clero e os fiéis que estão nesta jornada de fé trarão seus próprios tesouros espirituais que mais adiante enriquecerão a vida espiritual da Igreja Católica na Inglaterra e País de Gales”, acrescentou a conferência em sua declaração.

Muitos bispos católicos descontentes com Ordinariato Anglicano.

(Catholic Culture) O bispo anglicano N.T. Wright, um importante estudioso bíblico, disse a Church of Ireland Gazette que vários bispos católicos na Inglaterra estavam descontentes com a estrutura de ordinariato desenvolvida pelo Papa Bento XVI para atender às necessidades pastorais de anglicanos que desejam preservar suas tradições ao entrar em plena comunhão com a Santa Sé.

“Muitos dos bispos Católicos Romanos que conheço na Inglaterra não ficaram terrivelmente felizes com a idéia de que talvez eles tenham que administrar esse tipo de detalhe adicional no alto da estrutura complicada que eles já possuem”, disse o bispo Wright, “e de fato ouvi um padre Católico Romano — o quão representativo não sei — dizendo que nós absolutamente já temos tradicionalistas o suficiente em nossa própria Igreja mesmo sem ter todos os seus”.