Arautos do Evangelho declaram “comissariado inválido”.

Redação (Sábado, 19-10-2019, Gaudium Press) Reportagem exclusiva à Gaudium Press traz  esclarecimentos sobre o comissariado dos Arautos do Evangelho, divulgado pela Santa Sé, os Arautos do Evangelho foram manchetes de  algumas das mais famosas agências noticiosas do mundo e responde as calúnias.

Logo após a difusão da notícia sobre o comissariado dos Arautos do Evangelho divulgada pela Santa Sé, a Associação foi inserida nas manchetes de algumas das mais famosas agências noticiosas do mundo. Enquanto alguns órgãos procuravam enfocar a situação com profissionalismo, outros preferiram prestar-se – antes de comprovar a realidade dos fatos – à veiculação de versões parciais, ou até mesmo distorcidas, dos fatos de maneira a, consciente ou inconscientemente, denegrir a boa reputação da entidade. Desejosos de encontrar a verdade no meio de todas as informações, inclusive contraditórias, que têm circulado pela internet e pelas redes sociais nos últimos dias, realizamos uma reportagem exclusiva junto às autoridades e aos membros dos Arautos do Evangelho, para apurar a sua versão dos fatos, e apresentá-la ao grande público.

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Secretária de Fundação Luterana: “O Papa comentou que fez uma intervenção em um grupo católico brasileiro chamado Arautos do Evangelho por conta do fundamentalismo religioso”.

Conheça o dossiê sobre violação de direitos entregue ao Papa Francisco

No dia 3 de agosto, o Papa Francisco recebeu uma comitiva brasileira

Por Marco Weissheimer – Sul 21 – Porto Alegre, 

A comitiva foi formada pelo professor Paulo Sérgio Pinheiro, ex-secretário de Estado de Direitos Humanos (durante o governo FHC), a jurista Carol Proner, Cibele Kuss, membro do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (Conic) e da Fundação Luterana de Diaconia, e Marinete Franco, mãe de Marielle Franco, vereadora do PSOL do Rio de Janeiro, assassinada no dia 14 de março deste ano. A delegação foi ao Vaticano conversar com o Papa sobre a situação social e política brasileira, em especial sobre o processo jurídico e político que cercam a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a crescente violação de direitos no país e o assassinato de lideranças sociais e militantes de direitos humanos.

Da esquerda para a direita: Marinete Silva, Carol Proner, Papa Francisco, Paulo Sérgio Pinheiro e Cibele Kuss - Créditos: Divulgação

Da esquerda para a direita: Marinete Silva, Carol Proner, Papa Francisco, Paulo Sérgio Pinheiro e Cibele Kuss / Divulgação

Secretaria Executiva da Fundação Luterana de Diaconia, a pastora Cibele Kuss conversou com o Sul21sobre o teor da conversa que a missão brasileira manteve com o Papa por quase uma hora. “Procuramos compartilhar aspectos relacionados ao aspecto jurídico envolvendo a prisão de Lula, informações sobre os retrocessos que vêm ocorrendo no Brasil desde 2016 e , a partir do caso da Marielle Franco, falar um pouco da realidade vivida hoje pelos defensores de direitos humanos no país. Além disso, no campo da religião, conversamos também sobre a relação entre a violência política e a violência religiosa pós-2016, detalhando alguns casos”. Três documentos foram entregues ao Papa com informações sobre esses temas.

Cibele Kuss definiu a conversa como “muito potente e emocionante”. “O Papa é uma grande liderança religiosa que também tem enfrentado fundamentalismos e resistências no âmbito da Igreja Católica Romana”. Carol Proner fez um relato sobre o processo jurídico e político contra Lula, apontando um conjunto de violações ao processo legal e à presunção de inocência. Neste momento, diz Cibele Kuss, o Papa se manifestou falando sobre o cenário de golpes na América Latina onde a presunção de inocência não está sendo respeitada. “Quando abordamos alguns aspectos relacionados ao processo de impeachment, ele citou a Dilma dizendo que a encontrou três vezes, que ela é uma amiga e uma mulher muito honesta. Foi uma referência bem impactante que ele fez sobre a Dilma”.

Paulo Sergio Pinheiro fez um relato sobre as violações de direitos humanos que vem acontecendo no Brasil. O documento entregue pelo ex-secretário de Direitos Humanos, afirma que, em somente dois anos, a proteção dos direitos humanos sofreu retrocessos dramáticos no Brasil. “Não somente foram eliminadas as garantias constitucionais aos gastos sociais em educação e saúde como se abandonaram agendas fundamentais para a proteção de grupos marginalizados como as agendas de proteção e promoção de direitos dos afrodescendentes (que constituem metade da população), dos povos indígenas, das crianças, meninas e mulheres. O resultado prático destas ações é um crescente estado de la estar social”, diz o texto.

O Brasil, em 2017, disse ainda Paulo Sergio Pinheiro, foi o país no mundo com o maior número de assassinatos de defensores de direitos humanos. O assassinato de Marielle Franco, já em 2018, “é provavelmente o símbolo mais forte da violência e da debilidade da democracia no Brasil”, assinalou o professor aposentado da Universidade de São Paulo (USP). “Esta violência tem uma mensagem clara: falar pelos marginalizados implica sérios riscos. Defender os direitos dos pobres, dos excluídos é enfrentar estruturas de poder que intimidam seja por meio da violência direta como por meio da intimidação judicial”. Entre os retrocessos em curso no Brasil, Pinheiro apontou o retorno do país ao mapa da fome, o crescimento da pobreza e da extrema pobreza, a redução das políticas sociais, o aumento do desemprego, a diminuição do poder de compra do salário mínimo, o aumento da violência nas prisões e a crise na saúde.

Cibele Kuss fez um relato ao Papa sobre como, a partir do golpe de 2016, a narrativa fundamentalista no discurso brasileiro passou a ficar muito explícita. “Isso abriu um cenário para que essa instrumentalização religiosa passasse a ser cada vez mais utilizada para legitimar desde o impeachment de uma presidenta eleita pelo voto até questões como ideologia de gênero e escola sem partido. Eu apresentei alguns casos emblemáticos como a destruição de casas de reza dos guarani kaiowá, no Mato Grosso do Sul, que mostra o quanto o agronegócio está conectado também ao aspecto religioso. Eu defendi que precisamos apostar muito mais em uma teologia herética que seja capaz de denunciar o deus mercado. Sentimos que ele se conectou bastante com esse discurso. Neste momento, o Papa comentou que fez uma intervenção em um grupo católico brasileiro chamado Arautos do Evangelho por conta do fundamentalismo religioso”.

A representante da Fundação Luterana de Diaconia também fez um relato sobre ataques a terreiros que têm ocorrido no Brasil. “Esses ataques têm um forte componente de racismo. Os terreiros também são um espaço de resistência e de articulação da luta contra o racismo. Matar os deuses e as deusas de outras religiões também significa matar suas lutas”, disse Cibele. Além dos problemas, ela falou também dos grupos cristãos que resistem e lutam contra o fundamentalismo religioso.

“Há uma esperança. Mesmo dentro de espaços conservadores, há grupos fazendo resistência. A gente vive um cenário tão forte de fundamentalismo religioso, de violência política e religiosa, que até algumas práticas tão particulares da fé cristã, como visitar e praticar a solidariedade, estão sendo extremamente questionadas. Dei o exemplo do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs que fez uma visita a um terreiro em Brasília e foi atacado por grupos fundamentalistas. Por praticar esses gestos de solidariedades, recebemos críticas dentro de nossas próprias igrejas. O Papa falou um pouco sobre isso e disse que cristãos que pensam assim não podem ser chamados de cristãos”.

O Papa Francisco, relatou ainda Cibele, perguntou sobre a relação da Igreja Universal do Reino de Deus com alas conservadoras da política no Brasil. “Eu disse que ela está presente dentro de partidos políticos, elege parlamentares, tem rede de televisão e um projeto político muito forte. Por outro lado, observei que o pentecostalismo no Brasil não é homogêneo e também há esperança dentro dele. A Universal já é uma igreja bastante mapeada e estudada. O nosso grande desafio é mostrar que as nossas igrejas, que arrogantemente se chamam de igrejas históricas, também têm suas articulações e suas bases conservadoras que mantém relação com partidos políticos de direita. Precisamos olhar para dentro de nós”.

Veja aqui, os documentos com denúncias sobre violação de direitos, violência política e religiosa no Brasil entregues ao Papa Francisco pela delegação brasileira.

Diretor da TFP italiana se pronuncia.

“A TFP originária e os Arautos do Evangelho são instituições diversas”

Afirma-o Montes, após a renúncia do fundador João Clá durante uma investigação vaticana e um vídeo no qual se dá crédito a teorias reveladas por um suposto demônio.

Por Domenico Agasso Jr, Vatican Insider, 15 de junho de 2017 | Tradução: FratresInUnum.com – “Diante de certo número de notícias e vídeos veiculados pela mídia e por blogs predominantemente de inspiração católica sobre os Arautos do Evangelho, julgo necessário fazer um esclarecimento, em nome de numerosos sócios e fundadores da TFP brasileira e de pelo menos 28 organizações que se inspiram na obra de Plinio Corrêa de Oliveira em todo o mundo. Na verdade, o conhecido pensador e homem de ação católico brasileiro deu origem a uma realidade completamente diversa daquela dos Arautos do Evangelho” – afirma Juan Miguel Montes, diretor do escritório romano Tradição Família Propriedade (TFP), após as notícias dos últimos dias.

As notícias são a renúncia do fundador dos Arautos, João Scognamiglio Clá Dias, 77 anos, como superior geral (continua a ser “pai” do Instituto), enquanto o Vaticano (a Congregação para os Religiosos) investiga as excentricidades de cultos milenaristas e exorcismos realizados invocando o nome dos fundadores.

Em seguida, a difusão de um vídeo que mostra monsenhor João Clá dar crédito a perturbadoras teorias reveladas por um suposto demônio, com uma exaltação semidivina do fundador da TFP Plinio Corrêa de Oliveira e de sua mãe.

Embora “uma ordem judicial provisória lhes tenha dado a posse legal da TFP – declara Montes –, no Brasil e em alguns outros países, os Arautos do Evangelho não deram continuidade ao pensamento, às práticas e às ações que caracterizaram o mencionado Plinio Corrêa de Oliveira, fundador moral desta vasta família espiritual; em vez disso, eles se organizaram usando uma denominação que ele desconhecia antes de seu falecimento em 1995”.

Muitas pessoas “que acompanharam Plinio Corrêa de Oliveira durante décadas, tanto em estreita proximidade por parentesco familiar e/ou outras relações civis e institucionais, quanto o subscrito, que o representou em Roma nos últimos doze anos de sua vida, são testemunhas unânimes de que nada de parecido com o que se narra nos vídeos e nas notícias que circulam nestes dias sobre os Arautos do Evangelho, jamais aconteceu perante o fundador da TFP brasileira ou foi de seu conhecimento em qualquer uma das associações TFP.”

Mons. João Clá renuncia a posto de Superior Geral dos Arautos do Evangelho.

Em carta datada de 2 de junho de 2017, Monsenhor João Scognamiglio Clá Dias, fundador dos Arautos do Evangelho, renunciou ao posto de superior geral.

A renúncia se dá após a divulgação de vídeos que causaram perplexidade entre os fiéis e autoridades da Igreja, criando rumores bastante difusos de que a Santa Sé planejava já uma visitação apostólica.

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Fonte da imagem: Arautos do Evangelho.

Roma fará visita apostólica aos Arautos do Evangelho e comissão já está sendo formada.

Por Padre Augusto Bezerra – A Congregação para os Institutos de Vida Consagrada está preparando uma visita apostólica à Associação Internacional de Fiéis Arautos do Evangelho, segundo revelou o correspondente do Vaticano Marco Tosatti em um artigo na Nuova Bussola quotidiana.

arautosFontes da Congregação que foram consultadas por Tosatti disseram que está se formando uma comissão composta de um bispo, uma religiosa e um canonista, afim de analisar a situação dos Arautos do Evangelho. Esse ano a Associação esteve envolvida em polêmicas em torno de alguns exorcismos feitos em diversos de seus membros.

A forma de conduzir o ritual por parte do Monsenhor Clá causou estranheza a muitos fiéis que viram os vídeos em redes sociais, estes que mais tarde foram removidos do YouTube sob alegação de direitos autorais. Além do próprio exorcismo, foi feito um vídeo de mais de 1 hora em que o Monsenhor expunha coisas ditas pelo demônio sobre os Arautos, o mundo, a Igreja, o Papa e profeciais sobre os tempos vindouros.

Embora oficialmente a razão para a visita apostólica seja desconhecida, recentemente o prefeito desta Congregação, o Cardeal João Braz de Aviz, observou em uma entrevista a necessidade de prestar especial atenção às “novas famílias religiosas”.

Arautos do Evangelho é a primeira Associação Internacional de Fiéis de Direito Pontifício erigida pela Santa Sé no terceiro milênio, em 22 de Fevereiro de 2001. Fundada por Mons. João Dias Clá formado principalmente por jovens e presente em 78 países. Conforme definido nos estatutos dos Arautos, a espiritualidade tem como diretrizes “adoração a Jesus Eucarístico, filial piedade mariana e devoção ao papado, fundamento visível da unidade da fé”. Seu carisma leva os membros desta associação “buscar ato perfeição em busca de pulchritude em todos os atos da vida diária”, seguindo a ordem de Cristo “Sede perfeitos como vosso Pai celeste é perfeito.”

Fonte: InfoVaticana

Arautos do Mercado Imobiliário.

Castelo que era ‘igreja’ pode virar resort em Ubatuba

Novo carisma dos Arautos do Evangelho: atuar no mercado imobiliário, construindo "igrejas" para depois vendê-las como hotéis.
Nova Evangelização e o novo carisma dos Arautos do Evangelho: atuar no mercado imobiliário, construindo “igrejas” para depois vendê-las como hotéis.

Veja – Um castelo em estilo medieval construído em uma das praias mais isoladas de Ubatuba, no litoral norte paulista, tem aguçado a imaginação de pescadores e despertado a ira de ambientalistas. Com quase 9 mil m² de área construída, a propriedade fica ao lado da paradisíaca Praia do Pulso, cercada por Mata Atlântica e mar azul. Mas, para erguer o empreendimento, o grupo católico Arautos do Evangelho não precisou de licença ambiental: o palácio foi classificado como “igreja”, o que livrou os responsáveis pela obra de pedir qualquer autorização à Companhia Ambiental do Estado (Cetesb).

Indignados, moradores da região moveram uma ação civil pública que pedia ao Ministério Público Estadual a demolição do imóvel. Mas o castelo, que estava misteriosamente fechado havia quase um ano, acabou vendido para um grupo do mercado imobiliário americano. Com mais de cem cômodos e torres com guaritas, o lugar está em obras. Ninguém sabe dizer ao certo o que será feito ali.

Na prefeitura de Ubatuba, a obra consta como “ampliação de instalação religiosa” e ainda pertence ao grupo católico. Mas não é isso o que os funcionários dizem. “Aqui é agora uma propriedade particular, não é mais dos padres. No momento adequado, os americanos vão divulgar“, diz o funcionário responsável pela obra, que pediu para não ter o nome divulgado. “Não podemos falar sobre o que vai ser aqui com ninguém.”

Brechas – Outro mistério para os poucos moradores vizinhos e donos de casas de veraneio, todos acostumados a respeitar severas regras impostas pela Polícia Ambiental, é como alguém conseguiu autorização para construir um castelo em um dos pedaços mais preservados de Ubatuba, ao lado da Fazenda Caçandoca. Trata-se de uma região quilombola tombada pelo patrimônio histórico nacional.

O que agora pode até virar um resort ecológico com 20 bangalôs, segundo uma das versões apresentadas por funcionários da obra, nasceu das brechas que existem atualmente na legislação ambiental. Para a construção de igrejas e escolas públicas, não existe a necessidade de autorização prévia de órgãos ambientais do Estado.

Reconhecidos como ordem religiosa pelo Vaticano, os Arautos do Evangelho só tiveram de pedir uma autorização para construção de um templo ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico (Condephaat), em 2004. O grupo assinou um termo de responsabilidade com o órgão, assumindo o compromisso de manter intacta a área verde nativa. A Secretaria de Meio Ambiente e a Cetesb não precisaram ser consultadas.

E assim nasceu o castelo, como igreja, apesar de seus enormes portões com 8 metros de altura nunca terem sido abertos a ninguém que não fosse integrante dos Arautos do Evangelho, uma dissidência ultraconservadora da ala Tradição, Família e Propriedade (TFP) da Igreja Católica. Os padres venderam há dois anos o imóvel para os americanos da Sunrise Homes International, um grupo que constrói casas para estudantes em Santa Bárbara, na Califórnia.

Se quiserem fazer um hotel no local que era, na verdade, para ser uma “igreja”, os americanos também não vão precisar consultar os órgãos do governo estadual, pois esse tipo de empreendimento é liberado pela prefeitura de Ubatuba. O zoneamento municipal permite um empreendimento hoteleiro naquela área.

Desde que o castelo foi aberto, em 2005, a Polícia Ambiental nunca constatou nenhuma irregularidade. “Mas eles cortaram muito da mata. Só que todos os guardas sempre fecharam os olhos para o que eles fazem”, acusa o pescador Adilson da Silva, de 32 anos, que leva turistas para passear de escuna a partir da Praia de Maranduba.

Desde que o castelo começou a ser construído, a Cetesb abriu cinco procedimentos para penalizar condôminos da Praia do Pulso, o loteamento bem ao lado do castelo, por infrações cometidas em áreas de preservação. “E, mesmo assim, deixaram erguer um castelo de arquitetura horrorosa no meio da floresta“, reclama a dona de casa Lucinda Cano, de 51 anos, proprietária de um imóvel no local.

STJ amplia direito de voto a 300 sócios da TFP.

Plínio Correa de Oliveira e Mons. João Clá.
Plínio Correa de Oliveira e Mons. João Clá.

IHU – O destino da Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição, Família e Propriedade (TFP) não poderá ficar concentrado nas mãos de seus antigos sócios fundadores. Ao julgar ontem uma disputa interna na associação que ficou conhecida por combater o comunismo durante o regime militar, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu ampliar a cerca de 300 sócios efetivos da TFP o direito de votar nas assembleias. Representantes dos fundadores afirmam que irão recorrer.

A reportagem é de Maíra Magro e publicada pelo jornal Valor, 28-03-2012.

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Conselho nega pedido para dissidente da TFP criar faculdade.

Por Vinícius Queiroz Galvão e Fábio Takahashi – Folha de São Paulo

O Conselho Nacional de Educação acendeu uma polêmica no meio acadêmico ao negar um pedido da Arautos do Evangelho –associação católica conservadora dissidente da TFP (Tradição, Família e Propriedade)– para abrir uma faculdade com cursos de teologia e filosofia em Caieiras (SP).

Embora afiançada por outras duas instâncias do Ministério da Educação, a proposta de criação da Faculdade Arautos do Evangelho, segundo o conselho, “não apresenta características acadêmicas” e tem caráter “confessional católico”.

Antes da negativa do CNE, a Sesu (Secretaria de Educação Superior) e o Inep (o instituto de pesquisas do MEC) haviam atribuído à faculdade conceito 4, numa escala de 0 a 5, nas avaliações de professores, instalações e organização pedagógica.

No processo enviado ao ministério, a Arautos do Evangelho diz que “o Espírito Santo suscitou em suas almas o anseio de formarem uma instituição de cunho religioso com a finalidade de promover a santificação e a evangelização”.

Entre as metas a serem atingidas, a candidata a faculdade destacava: 1) a disseminação da doutrina cristã e da fé mariana (em Maria); 2) o amor à eucaristia; 3) a devoção ao papa.

Para o CNE, a faculdade seria “um instrumento da evangelização” e não poderia ser “credenciada pelo poder público”.

A Arautos do Evangelho recorreu, dizendo haver violação da Constituição e que já existem universidades cristãs, como a PUC, cujo “curso de teologia é determinado pela fé”.

“A PUC pauta seus cursos por visões abrangentes e polivalentes, o que não acontece no projeto da Arautos”, disse Paulo Speller, relator do conselho.

“O problema deles não está nas instalações, está na proposta. Sugeri que apresentem uma nova proposta que seja mais abrangente e que não tenha um caráter catequético”, afirmou.

Um dos conselheiros que votaram contra a abertura da faculdade é Antonio Carlos Caruso Ronca, ex-reitor da PUC-SP.

Para Milton Linhares, conselheiro que votou a favor da criação da faculdade, a decisão é “incoerente” e “conflitante com princípios constitucionais” porque anteriormente o órgão já havia aprovado a criação da Faculdade Messiânica.

Em São Paulo já existe a Faculdade de Teologia Umbandista. Dos 24 membros do conselho, apenas um votou a favor.

Procurado, o Colégio Arautos do Evangelho, que pediu a criação da faculdade, não respondeu ao pedido de entrevista.

O Vaticano procura um bispo “que tranquilize os fiéis” de Sucumbíos, no Equador.

IHU – O Vaticano está preocupado com o conflito entre os seguidores de um modelo de Igreja social e outro hierárquico na província de Sucumbíos e procura nomear um bispo permanente que tranquilize os fiéis, segundo disse à agência Efe o delegado pontifício, Angel Polibio Sánchez.

A reportagem está publicada no sítio espanhol Religión Digital, 15-09-2011. A tradução é do Cepat.

No próximo sábado, os partidários dos Carmelitas Descalços sairão às ruas para pedir que Roma escolha um bispo que mantenha a Igreja social e comunitária estabelecida na província amazônica de Sucumbíos, na fronteira com a Colômbia, disse à agência Efe o padre diocesano Édgar Pinos.

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