A nomeação de Danneels para o Sínodo sobre a família e o silêncio descarado da mídia.

Por Il Blog di Raffaella | Tradução: Gercione Lima – Fratres in Unum.com – Caros amigos, eu fiz uma busca pelos meandros da internet e percebi que não se encontra um só artigo comentando a nomeação do ex-primaz da Bélgica, o Cardeal Danneels, para o sínodo sobre a família programado para o próximo mês, no Vaticano.

Não é a minha intenção me lançar contra essa pessoa (além disso… quem sou eu para julgar?) Mas eu gostaria de analisar e denunciar o comportamento da mídia.

Em 2010, ele esteve envolvido no escândalo da pedofilia que explodiu na Bélgica e foi acusado dos telhados. O blog tem todos os artigos da época assinalados mais abaixo. Mesmo em 2013, às vésperas do conclave, muitos meios de comunicação insistiram na necessidade de “excluir” três cardeais eleitores pelos motivos listados abaixo.

Entre eles estava também o ex-primaz da Bélgica, que de qualquer modo acabou participando do conclave e saiu exultante pelo resultado da eleição. Não só isso, ele até recitou uma oração na Missa de inauguração do pontificado do Papa Francisco como o primeiro dos cardeais presbíteros.

E desde aquele momento começamos a sentir o fedor de queimado da mídia, porque os ataques contra ele e outro cardeal candidato “jornalístico” [a articulista se refere ao Cardeal Roger Mahony, Arcebispo Emérito de Los Angeles] à exclusão do conclave cessaram quase imediatamente quando apenas há alguns dias antes estavam muito ativas no Twitter.

Vocês se lembram dos artigos moralistas e de cronistas “escandalizados” com a idéia de que alguns cardeais poderiam escolher o novo papa? Tudo isso caiu no esquecimento.

No entanto, eu pensava que jamais chegariam ao ponto de fazer uma nomeação como a de Danneels, feita ontem, ao menos por respeito a Bento XVI, alvo número um das setas da mídia.

Sim, meus caros amigos, agora podemos dizer claramente: o escândalo de pedofilia que explodiu em 2010 a nível mundial tinha e tem apenas um um alvo: Joseph Ratzinger.

Hoje, que ele é carta fora do baralho, é possível fazer qualquer tipo de nomeação porque ninguém vai mais contestar por consideração às vítimas que antes, com boa fé, protestavam.

Esse é um tema que me toca de maneira especial porque esse blog construiu um dossiê completo sobre a luta contra a pedofilia na Igreja por parte de Ratzinger, cardeal e papa.

Pena que este trabalho tornou-se uma resposta para a mídia e não uma forma de ajudar as vítimas como Bento XVI tanto queria.

Dói mesmo perceber e ter provas de que o pontificado de Bento XVI teria tido um resultado muito diferente e muito menos problemas” se a mídia (e sabe-se lá quem mais dentro e fora da igreja…) não tivessem decidido entravá-lo desde o dia 19 de abril de 2005.

A nomeação de Danneels… no que me diz respeito, é mais um outro ponto de não retorno.

Vamos ler novamente os artigos que proponho mais abaixo para recordar o clima de um determinado período e para verificar como os tempos mudaram, embora não tenha mudado sequer uma virgula na Igreja, a não ser a considerada “percepção” da mesma e, obviamente, o Papa.

E surge então a pergunta: o que teria acontecido se um colaborador do colaborador do substituto de um vigário amigo de um conhecido do Papa Bento XVI tivesse apenas cogitado em nomear Danneels?

LO SPECIALE DEL BLOG SUL CASO PEDOFILIA IN BELGIO (CON GLI ARTICOLI CHE RIGUARDANO LA VICENDA DEL CARDINALE DANNEELS)

ALTRI ARTICOLI:

Col Conclave arriva al pettine il nodo degli abusi, combattuti da Ratzinger tra critiche più o meno velate di importanti esponenti del collegio cardinalizio (Galeazzi)


Scicluna: Votino anche i cardinali discussi ma non li assolvo. In conclave non ci sarà il card. O’Brien (Izzo)

Pedofilia, i cardinali elettori che imbarazzano il Vaticano. Il coraggiosissimo articolo di Franca Giansoldati

Cardeal Danneels: Vaticano II rompeu com o passado.

Por The Tablet | Tradução: Fratres in Unum.com – A Igreja libertou-se de seu passado negativo e de “rejeição ao mundo” após o Concílio Vaticano II, afirmou um veterano Cardeal.

Em discursos proferidos na última semana na catedral de Clifton, em Bristol, e na Catedral de St. George, em Southwark, no sul de Londres, o Cardeal Godfried Danneels declarou que o Vaticano II representou uma “descontinuidade com o pensamento passado” comparável àquela do Concílio de Nicéia, em 325, quando o credo niceno foi formulado.

As suas observações, no entanto, parecem entrar em conflito com a análise do Papa Bento XVI de que o Concílio deveria ser compreendido como uma reforma dentro da continuidade. O Papa também critocou a “hermenênutica da descontinuidade” enquanto análise do Vaticano II.

O cardeal belga discursou dentro de uma série de conferências em ambas as dioceses por ocasião do início do Ano da Fé. Danneels, que esteve presente como perito no Concílio Vaticano II em 1962, disse aos ouvintes que o concílio demonstrou que as tradições e práticas da Igreja “não precisam, necessariamente, permanecer eternamente daquela forma [imutável]”.

O legado do Cardeal Godfried Danneels.

As investigações da polícia belga após denúncias de abuso sexual de menores por integrantes da Igreja Católica daquele país desencadearam uma crise diplomática entre o Vaticano e o governo de Bruxelas. Depois de uma megaoperação de busca e apreensão, a Santa Sé convocou ontem o embaixador belga junto ao Vaticano, Charles Ghislain, para transmitir sua revolta sobre o que classificou de ataques, e ainda o chamou para uma reunião com o secretário das Relações Exteriores da Santa Sé, Dominique Mamberti.

A notícia é do jornal O Globo, 26-06-2010.

Na quinta-feira, policiais revistaram a arquidiocese da capital, o escritório que apura casos de abuso sexual em Louvain, e a casa de um cardeal  (Danneels) que deixou o posto de arcebispo em janeiro.

Eles ainda foram à cripta da catedral Saint Rombout, em Malines, onde procuravam dossiê sobre pedofilia que estaria escondido em uma tumba.

Arcebispo compara operação com cena de filme

Ontem, o Vaticano se disse “surpreso” e “indignado” com as incursões direcionadas a tumbas e arcebispos. Em nota, a Secretaria de Estado exprimiu “vivo espanto pela modalidade com a qual foram feitas algumas buscas conduzidas pelas autoridades judiciárias belgas, e seu ressentimento pelo fato de que as tumbas dos cardeais Jozef-Ernest Van Roey e Léon-Joseph Suenens — falecidos arcebispos de Malines-Bruxelas — tenham sido profanadas”. O Vaticano ainda disse que qualquer abuso pecaminoso e criminoso a menores por membros da Igreja deve ser condenado. A nota também enfatizava que há uma necessidade de Justiça e reparação dos danos.

Na cripta da catedral Saint Rombout, em Malines, investigadores abriram as duas tumbas à procura de documentos que poderiam incriminar a Igreja, disse o porta-voz do Ministério Público de Bruxelas, Jean-Marc Meilleur.

O atual arcebispo da Bélgica, Andre-Joseph Leonard, condenou a busca, afirmando que a batida policial teve ares de cenas de “livros sobre crimes e (o filme) ‘O Código da Vinci’”.

Durante a operação, a polícia revistou a casa do ex-arcebispo Godfried Danneels, apreendendo documentos e seu computador.

A Igreja belga é uma das atingidas pela onda de denúncias de pedofilia envolvendo religiosos.

Em abril, o ex-bispo de Bruges Roger Vangheluwe teve sua renúncia aceita pelo Vaticano após enviar à Santa Sé uma carta na qual admitiu ter abusado sexualmente de uma criança durante anos. Também houve suspeitas de que Danneels, que chefiou a Igreja do país entre 1979 e 2009, ficara sabendo dos abusos cometidos nos anos 1990 por Vangheluwe.

Separadamente, foram apreendidos cerca de 500 documentos de um painel independente que investiga casos de abuso sexual por padres. As vítimas têm hoje entre 60 e 70 anos. O Vaticano condenou a ação, dizendo lamentar a violação de privacidade dos que sofreram abuso.

Vaticano reage a processo nos Estados Unidos

A notícia sobre a batida policial foi bem recebida pela ONG americana Rede de Sobreviventes de Abuso Sexual por Sacerdotes (Snap, na sigla em inglês).

“Membros do Vaticano que criticam a operação da polícia belga à hierarquia da Igreja de Bruxelas deveriam se envergonhar”, afirmou uma nota do grupo.

“Enquanto membros da Igreja falam sobre um fim aos abusos, a polícia da Bélgica age para acabar com eles.” Em outro episódio sobre pedofilia, o Vaticano pediu a um juiz federal que rejeite uma tentativa de interrogar o Papa Bento XVI sobre um processo de abuso sexual nos Estados Unidos.

A Santa Sé alega que não há provas de ligação de funcionários da instituição, e afirma que forçar o Pontífice — um chefe de Estado — a dar um depoimento, violaria o direito internacional.

O processo acusa a Santa Sé de orquestrar uma operação para encobrir padres que abusaram sexualmente de crianças em todos os EUA. Em março, o advogado de Louisville William McMurry pediu a deposição de Bento XVI e de outros funcionários do Vaticano.

A ação desta semana foi uma resposta da Igreja.

Fonte e destaques: IHU

O antigo Núncio Apostólico da Bélgica solta os cachorros em cima do Papa.

Em seu blog, o respeitado vaticanista Sandro Magister noticia que o arcebispo aposentado Karl-Josef Raube, antigo Núncio Apostólico na Bélgica e Luxemburgo, em entrevista a “Il Regno“, soltou o verbo ao se referir ao Papa Bento XVI.

A insatisfação vem de longa data. Para Raube, Ratzinger começou a trilhar as veredas de um conservadorismo acentuado já em sua época de docência em Ratisbona, quando servia de ligação entre a Universidade e Roma.

Quando Raube era núncio na Suíça, Ratzinger, então prefeito do Santo Ofício, o denunciara quatro vezes à Secretaria de Estado por criticar publicamente o celibato e por falar mal de seus confrades bispos.

Mas o desafeto Ratzinger ainda não havia descarregado todo o seu arsenal. A nomeação do novo arcebispo de Bruxelas-Malines, Dom André Mutien Léonard, para substituir o ultra-modernista Godfried Danneels, foi a gota d’água.

O motivo: o nome de Léonard não constava nem na primeira, nem na segunda terna (lista de 3 nomes indicados pelo núncio, com cooperação da Conferência Episcopal), enviadas por Raube com os indicados ao posto. Bento XVI em pessoa decidiu e fez Dom Léonard primaz da Bélgica, contra a vontade do Núncio, dos bispos e inclusive do Rei.

Um novo primaz para a Bélgica.

Numa das mais esperadas nomeações do ano, um jornalista italiano diz que uma das principais vozes progressitas em toda a Igreja deve ser sucedida pelo “bispo mais tradicional” de seu país.

Depois de uma prolongada batalha pela sucessão, Andrea Tornielli do Il Giornale informou no início desta noite que Dom Andre Mutien Leonard, de Namur, 69 anos, “nos próximos dias” será nomeado arcebispo de Malines-Bruxelas. A mudança chega dezenove meses depois do veterano primaz Cardeal Godfried Danneels atingir a idade de aposentadoria dos 75 anos.

[…] Em seu lugar no comando da igreja de 1,6 milhões de membros de Bruxelas — e um rebanho belga computando uns 7 milhões — o pontífice ostensivamente escolheu o chefe da menor diocese do país, mas a que, conforme o relatado, ostenta a metade dos 70 seminaristas belgas. Chefe de sua igreja nativa desde 1991, Leonard é um colaborador de longa data do Papa, tendo trabalhado como membro da Comissão Teológica Internacional do Vaticano durante o período do então Cardeal Joseph Ratzinger no conselho consultivo da Congregação para a Doutrina da Fé, e, segundo Tornielli, um  “entusiasmado” defensor de Summorum Pontificum, o motu proprio de Bento XVI facilitando a ampla celebração do Missal de 1962. (Leonard celebrou uma Missa Tridentina de alto nível, mostrada acima, durante o Congresso Eucarístico de 2008 em Quebec). O bispo igualmente pregou o retiro quaresmal de 1999 para o Papa João Paulo II e a cúria romana.

Com Bruxelas agora supostamente ocupada, entre outros esperando seus sucessores na frente global estão os cardeais-arcebispos de Seul, Cidade da Guatemala, Praga, Manila, Bogotá, Turim, Guadalajara, Santiago de Chile, Jacarta, Cidade de Ho Chi Minh e, na terra  natal de Bento XVI, outro dos postos mais influentes da Europa: o arcebispado de Colônia, onde o Cardeal Joachim Meisner completou 76 anos no dia de Natal.

Fonte: Rocco Palmo – Whispers in the Loggia

Curtas da semana.

João Paulo II e Pio XII, veneráveis.

No último sábado, 19, o Santo Padre, o Papa Bento XVI, autorizou a Congregação para Causa dos Santos a promulgar vários decretos, dentre eles os relativos às virtudes heróicas de Pio XII (Eugenio Pacelli) e João Paulo II (Karol Wojtyła).

A estratégia.

Segundo Paolo Rodari, ‹‹ O Papa, de fato, escondendo suas intenções de todos (eu tenho minhas dúvidas de que mesmo o seu secretário particular não sabia de nada), promulgou o decreto sobre as virtudes heróicas de Pio XII com o de João Paulo II. De Wojtyla se sabia. De Pacelli, não. Neste ponto, a estratégia me parece clara: fazer avançar juntos os dois processos a fim de mover um pouco a atenção do controverso (segundo alguns) Pio XII ao unanimemente amado Wojtyla. O processo de Pacelli foi aberto ao fim do Concílio por vontade de Paulo VI. O decreto sobre as virtudes heróicas (é a penúltima etapa para a beatificação) havia sido aprovado pela congregação dos santos em 2007. Esperava-se apenas a assinatura de Ratzinger que, significativamente, ocorreu a cerca de um mês de sua visita à sinagoga de Roma.

Apesar dos lobos.

Excerto de artigo de Jean Madiran: ‹‹ Bento XVI passa, pois, por cima do insolente veto dos anti-papistas em frente ao qual primeiramente ele havia  parado. A pressão anti-papista exercida sobre a Igreja por meio de veto midiático é de um peso enorme. Ela impediu a beatificação de Isabel, a Católica. Tem retardado até agora a de Pio XII. E ela o faz de muitos outros. Seu peso não vem somente pelo fato dos anti-papistas ocuparem hoje um lugar frequentemente dominante na imprensa e na televisão, na edição, na vida política e no sistema bancário. Além disso, ele vem eco cúmplice que encontra, através de persuasão ou através de intimidação, numa parte notável do clero, de sua hierarquia e da opinião pública católica. Isso também é um resultado desastroso do “espírito do concílio” condenado por Bento XVI. […] Le Figaro de segunda-feira acusa grosseiramente Bento XVI de ter desejado relançar “o debate sobre o Vaticano e o nazismo”. Isso manifesta como o ponto de vista católico é totalmente estranho ao Figaro. Pois do ponto de vista católico, Bento XVI não relançou este debate, ele o fechou ›› .

Fúria. Líderes judeus criticam declaração de virtudes heróicas de Pio XII.

(Catholic Culture) “Não quero crer que os católicos vejam em Pio XII um exemplo de moralidade para a humanidade”, disse o rabino francês Gilles Bernheim. “Dado o silêncio de Pio XII durante e depois da Shoah, espero que a Igreja irá renunciar a este plano de beatificação e então honrar sua mensagem e seus valores”. “É um claro rapto dos fatos históricos relativos à era Nazi”, disse Stephan Kramer, que chefia o Conselho Central Judaico da Alemanha. “Bento XVI reescreve a história sem ter permitido uma séria discussão científica. É isso que me deixa furioso”. Já o rabino chefe de Roma, Riccardo di Segni, é mais moderado: “Se a decisão de hoje [sábado] tivesse que implicar uma opinião definitiva e unilateral da obra histórica de Pio XII, reforçamos que a nossa avaliação permanece crítica”, mas indicando que não podem, “de nenhum modo, interferir em decisões internas da Igreja que se referem às suas livres expressões religiosas”. Por sua vez, o rabino David Rosen, responsável pelo diálogo inter-religioso do Grande Rabinato de Israel, lamenta a decisão que “não mostra grande sensibilidade com relação às preocupações da comunidade judaica”, tomada, além disso, “a apenas três semanas da visita programada pelo Papa à Sinagoga de Roma”.

Cardeal Danneels e a beatificação de João Paulo II: “criar uma beatificação por aclamação é inaceitável”.

“Eu penso que se deveria respeitar o procedimento normal. Se o processo, por si mesmo,  avança velozmente, tudo bem. Mas a santidade precisa passar por corredores preferenciais. O processo deve tomar todo o tempo que precisar, sem fazer exceções. O Papa é um batizado como todos os outros. Por isso, o procedimento de beatificação deveria ser o mesmo previsto para todos os batizados. Certamente, não gostei do grito ‘santo subito!’ [santo já] que se ouviu nos funerais, na Praça de São Pedro. Não se faz assim. Há algum tempo, disseram que se tratava de uma iniciativa organizada, e isso é inaceitável. Criar uma beatificação por aclamação, mas não espontânea, é uma coisa inaceitável”. Palavras do Cardeal Godfried Danneels, arcebispo de Bruxelas, à 30 Giorni.

A resposta do secretário de João Paulo II.

« Evidentemente, [Danneels] fala do que não sabe e de um processo que não conhece » , respondeu o cardeal de Cracóvia, Stanislao Dziwicsz, secretário do Papa Wojtyla.

Elefantes cruzados.

(The hermeneutic of continuity) ‹‹ No último mês de julho, como você deve se lembrar, os cristãos no estado indiano de Orissa foram submetidos a severa perseguição. Uma freira de 22 amos foi queimada até a morte, um orfanato em Khuntpali foi incendiado por uma multidão, outra freira foi violada por uma gangue em Kandhamal, multidões atacaram igrejas, queimaram veículos e destruíram casas de cristãos. Pe. Thomas Chellen, diretor do centor pastoral que foi destruído com uma bomba, escapou por pouco depois de uma multidão hindu incendiá-lo. Ao todo, mais de 500 cristãos foram assassinados e milhares de outros feridos. Num acontecimento extraordinário, uma manada de elefantes viajou uns 300 km para atacar as cidades que foram as piores perseguidoras dos cristãos, deixando as casas cristãs intactas ››.  A arquidiocese de Colobo (cujo arcebispo é Dom Ranjith) traz mais informações.

Novidades sobre as conversações teólogicas FSSPX x Santa Sé.

O site Panorama Católico Internacional traz algumas anotações ao sermão proferido por Sua Excelência Reverendíssima, Dom Alfonso de Galarreta, em 19 de dezembro, numa ordenação diaconal e sacerdotal: “O resultado da primeira reunião foi bom. Principalmente, se estabeleceu o tema e método da discussão. Os temas a discutir são de natureza doutrinal, com exclusão expressa de toda questão de ordem canônica relacionada à situação da FSSPX. O ponto de referência doutrinal comum será o Magistério anterior ao Concílio. As conversações seguem um método rigoroso: é apresentado um tema, a parte que questionada envia um trabalho fundamentando suas dúvidas. A Santa Sé responde por escrito, com intercâmbios prévios por email dos assessores técnicos. Na reunião se discute. Todas as reuniões são gravadas e filmadas por ambas as partes. As conclusões de cada tema subirão ao Santo Padre e ao Superior Geral da FSSPX. A cronologia destas reuniões dependem de se o tema é novo ou já vem sendo discutido. No primeiro caso, será aproximadamente a cada três meses. No segudo, a cada dois. A próxima reunião é prevista para meados de janeiro. Os representantes teológicos da Santa Sé “são pessoas com as quais se pode falar”, falam “nossa mesma linguagem” teológica (interpreto, são tomistas). […] O bispo repitiu que os resultados da primeira reunião são bons, relativamente à situação anterior. Se falou com plena liberdade e somente de temas de doutrina num marco teológico tomista”.