“Müller tem o dever de defender a sã doutrina da fé na Igreja, por isso deve abandonar essa ingenuidade e ser mais prudente”.

Duras palavras do Cardeal Cipriani Thorne a respeito de Dom Gerhard Müller e sua simpatia pela Teologia da Libertação.

Por Fratres in Unum.com – Com informações de Vatican Insider: Novo ataque do Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, arcebispo de Lima, ao Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Cardeal Cipriani Thorne.
Cardeal Cipriani Thorne.

Além da recente disputa entre Müller e Cipriani em torno da PUCP, que terminou numa vexatória derrota de Müller após sua intervenção em favor de seus amigos da Teologia da Libertação, há um mês, Cipriani fez duras críticas a Müller e agora ratifica sua posição em nova entrevista:

« Volto a qualificar (Müller) como um ingênuo. Gustavo Gutiérrez concelebrou a missa com o Papa junto a outros vinte e cinco sacerdotes. Ao fim da missa, o Papa saudou a todos e é o que fez com Gutuierrez. Não inventamos uma audiência e uma reconciliação ».

O jornalista, então, fez referência a uma resposta de Müller de que não se importaria de “ser ingênuo”, mas que considerava necessário “reconciliar” os “partidos” que existem dentro da Igreja; ao que Cipriani retrucou: « Não estou de acordo com a afirmação sobre partidos na Igreja. Creio que esteja equivocado. Dom Müller tem o dever de defender a sã doutrina da fé na Igreja, por isso deve abandonar essa ingenuidade e ser mais prudente. Digo isso com toda humildade ».

Sorry, Müller.

Universidade “rebelde” do Peru e o erro do Prefeito Müller.

O ainda Secretário de Estado convocou uma reunião para avaliar a intervenção do “guardião da ortodoxia católica” junto ao ateneu peruano.

Por Andrés Beltramo Álvarez | Tradução: Fratres in Unum.com

You did it wrong!
You did it wrong!

A universidade “rebelde” do Peru permanecerá sem professores de teologia. Assim determinou a Santa Sé, após uma reunião realizada há alguns dias em Roma. Um encontro de alto nível que lançou por terra a tentativa do prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Gerhard Ludwig Müller, de intervir a favor dessa instituição educativa em seu conflito com o Arcebispo de Lima e com o Vaticano. Um apoio que foi tomado como um grave erro do “guardião da ortodoxia católica”.

A reunião interdicasterial foi convocada pelo Secretário de Estado da Sé Apostólica, Tarcisio Bertone. O objetivo? Analisar a validade de uma carta enviada pelo próprio Müller ao arcebispo de Lima, Juan Luis Cipriani Thorne, no fim de janeiro.

Na missiva, o prefeito solicitou ao cardeal peruano explicações sobre a sua decisão de não renovar a permissão eclesiástica para lecionar a todos os professores do Departamento de Teologia da “antiga” Pontifícia Universidade Católica do Peru (ex PUCP). Esta determinação, comunicada às autoridades universitárias em dezembro, foi produto do decreto emitido pela Santa Sé em junho de 2012, que proibiu à entidade ostentar seus títulos de Pontifícia e Católica.

Uma sanção aplicada com o aval do Papa e que mantém sua plena vigência jurídica pela negação contumaz  da Assembléia Universitária em reformar seus estatutos para aderir às normas vaticanas sobre as instituições de educação superior católicas: a constituição apostólica “Ex Corde Ecclesiae”.

O prefeito alemão decidiu atuar em decorrência de uma queixa enviada a Roma por aqueles professores aos quais foram revogados o mandato canônico para lecionar. Eles argumentaram que a revogação foi aplicada por “motivos doutrinais”. Müller levou em conta sua reclamação e ordenou — em sua comunicação — que a universidade continue dando cursos de teologia, enquanto a Santa Sé não resolver o conflito de fundo.

Mas a missiva estava viciada na origem. E, portanto, foi considerada inválida pela [reunião] interdicasterial. Em primeira instância, porque se tratou de uma iniciativa “pessoal” do prefeito, que não cumpriu os requisitos de consulta aos especialistas no tema dentro da Congregação para a Doutrina da Fé.

Ademais, não foi enviada aos canais institucionais da nunciatura apostólica em Lima. No Arcebispado da capital peruana, receberam-na como um simples fax. E, o mais importante, a carta ignorou o Código de Direito Canônico, que confere ao bispo diocesano a autoridade para outorgar e revogar as permissões aos professores de religião ou ciências eclesiásticas em sua circunscrição eclesiástica. ,

O resultado da análise já foi comunicado às partes no Peru através da mala diplomática. A carta de Gerhard Müller não tem validade e se mantém intacta a decisão do arcebispo Cipriani de não conceder as permissões para o ensino da teologia na ex PUCP. O que põe a instituição em sérios apuros para cobrir os cursos obrigatórios dessa matéria no próximo ano letivo.

Por ora, as conclusões da reunião vaticana presidida por Bertone, ainda Secretário de Estado, constituirão um duro revés para o prefeito da Doutrina da Fé e, na Cúria Romana, abrirão a interrogação quanto a sua idoneidade para ocupar um posto de enorme poder que não permite improvisações nem erros, nem de forma, nem de fundo.

Cardeal Cipriani proíbe ensino de teologia em universidade rebelde.

O Cardeal de Lima, Juan Luis Cipriani, proibiu os sacerdotes que pertencem à ex-PUCP (antiga Pontifícia Universidade Católica do Peru) de dar cursos de teologia. Através de um comunicado, o Centro Federado de Estudios Generales Letras da universidade confirmou que o cardeal proibiu que sacerdotes dêem o curso de teologia, bem como ocupem qualquer cargo em tal casa de estudos.

Cardeal Cipriani.

Por Perú21 | Tradução: Fratres in Unum.com – Esta informação, que começou a circular nas redes sociais, foi confirmada a Perú21 por um professor da casa de estudos, que preferiu o anonimato.

O catedrático contou que a medida foi comunicada aos religiosos através de uma carta assinada pelo próprio prelado, que chegou na sexta-feira, 21 de dezembro, ao campus universitário.

Segundo a fonte citada, a carta, que é de cumprimento obrigatório, sobretudo aos padres diocesanos, enfatiza também que estes padres não podem ocupar cargos administrativos nem realizar assessorias na PUCP.

“É um tipo de demissão para sacerdotes que têm 20 ou 25 anos na universidade”, observou o professor.

Comunicado de la Mesa Directiva Centro Federado EEGGLL

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Atenção: blog em recesso até a segunda semana de janeiro.

Em Lima, não à Comunhão na mão.

O Arcebispo de Lima não prega apenas contra a inconveniência da Comunhão na mão. Ele corta o mal pela raiz.

Mesas da comunhão na catedral de Lima
Mesas da comunhão na catedral de Lima

(Kreuz.net, Lima) Na catedral de Lima, no Peru, os fiéis podem receber a Comunhão somente de joelhos e na boca. Dois genuflexórios são colocados na frente do altar para a distribuição da Comunhão.

O Arcebispo do Peru, Cardeal Juan Luis Cipriani Thorne, deseja fazer de Lima uma “cidade eucarística”. Antes de sua nomeação ao episcopado, o Cardeal era padre da prelazia pessoal Opus Dei.

O Cardeal Cipriani também exortou os fiéis a visitarem o Santíssimo em uma das setenta capelas de Adoração da cidade. Em seu sermão de domingo ele disse: “A forma mais respeitosa de receber a Comunhão é de joelhos e na boca.” O texto do sermão está publicado no sitio da Arquidiocese.

O Príncipe da Igreja enfatiza que “se trata de nossas almas”: “Precisamos redescobrir o sentido de respeito e reverência perante a Eucaristia porque o amor a Jesus está no centro de nossa vida cristã.”

Cada vez mais contra a Comunhão na mão

Já em agosto o Cardeal Cipriani pregou sobre a maneira de receber a Comunhão: “Vamos usar as patenas.” Assim, se evita que partículas da Comunhão caiam no chão: “Recebemos a Comunhão sobre a língua. Assim, evitamos que as nossas mãos sujas toquem o Corpo de Cristo.” Os sacerdotes não deveriam distribuir o Corpo de Cristo como quaisquer impressos de papel.