A via alemã para a subversão da Igreja.

Por Marco Tosatti, 24 de julho de 2018 | Tradução: FratresInUnum.com:  Uma conversa com um prelado americano traz à tona analogias entre a estratégia do Cardeal Marx, da Alemanha, e tudo que aconteceu nos Estados Unidos com a criação de grupos católicos a favor do aborto. Mas, aqui, a estratégia está diretamente apontada contra o coração da Igreja: a Eucaristia.

Há alguns dias, falava com um prelado estadunidense da Igreja sobre alguns desenvolvimentos de uma situação de crise e de confusão que se estão verificando, particularmente na Alemanha. O tema central era a intercomunhão, isto é, a possibilidade que os cônjuges protestantes pudessem participar [comungar] da Eucaristia, mas sem se converter ao catolicismo, permanecendo, então, na fé em que se encontravam.

Já assistimos as diversas fases do balé. A aprovação do subsídio pastoral por parte da Conferência Episcopal alemã, o apelo feito por sete bispos e cardeais a Roma, ao aparente “stop” da Congregação para a Doutrina da Fé, o adiamento de uma discussão para o outono, as declarações do Pontífice sobre as responsabilidades de cada bispo, as declarações a favor do experimento de alguns bispos, aos quais, porém, responderam sacerdotes de sua própria diocese… Enfim, uma situação de extrema confusão e de pouca clareza, em que se evidencia o impulso propulsionado dos bispos alemães, não adequadamente controlado e freado por quem, em Roma, teria autoridade de fazê-lo.

Mas, o amigo do outro lado do oceano me fez perceber algo interessante. Isto é, o modelo de estratégia posto em operação pelo Cardeal Marx e os seus colegas. Uma estratégia que ele conhece bem, porque a viu idealizada e posta em prática no seu país. Quando foi criado o Conselho Populacional para o controle do crescimento da população, nasceram as Católicas pelo Direito de Decidir, que são aquelas que se dizem católicas e, ao mesmo tempo, apoiam o aborto. Ajudadas pela Fundação Ford, foram cumpridos diversos passos.

O primeiro foi o de criar mudanças conceituais para quanto dizia respeito ao aborto e à regulação da natalidade. Uma vez lançadas as bases ideológicas e filosóficas da operação, passou-se ao momento sucessivo, em que se criavam discussões públicas para mover a opinião pública e colocar o problema em primeiro plano, nos tempos e nos modos queridos pelos organizadores da campanha. Na época, o objetivo era mudar, como de fato aconteceu em vários países, e como recentemente aconteceu na Irlanda, a lei civil sobre o aborto. E, não por acaso, Lifesitenews, um verdadeiro watchdog sobre estes temas, ainda recentemente denunciou como a Ford Foundation tenha distribuído milhões de dólares para organizações “católicas” que promovem o aborto na América Latina

Mas, fazia-me notar o prelado, o objetivo dos bispos alemães parece de alcance e gravidade muito maiores, enquanto a tentativa é de mudar a lei eclesiástica, e sob o ponto mais central e delicado, isto é, a Eucaristia. Uma verdadeira revolução na Igreja, desde dentro. E que prosseguiria, depois, outros objetivos, que já se estão delineando: o celibato eclesiástico, através dos “viri probati”, o diaconato feminino e a contracepção com métodos químicos ou mecânicos.

Cardeal Marx: o desafio número um enfrentado pela Europa é a “mudança climática”.

Agora entende-se por que  “estúpidos” e “perversos” foram adicionados à listinha de epítetos da era da Revolução da Ternura.

Por Breitbart News  | Tradução: Juceli Bianco –  Ao lançar uma conferência internacional do Vaticano sobre o futuro da Europa na sexta-feira, o cardeal alemão Reinhard Marx enumerou sua ideia dos três maiores desafios que a Europa enfrenta, sendo a maior delas a “mudança climática”.

“A União Européia e toda a Europa encontram-se diante de grandes desafios”, afirmou o cardeal em uma conferência de imprensa na manhã de sexta-feira, “para os quais os cidadãos esperam, se não respostas conclusivas, pelo menos objetivos claros e perspectivas de seus políticos e da política”.

O fórum do Vaticano intitulado “(Re) pensar a Europa: um contributo cristão para o futuro do Projeto Europeu” é considerado “um diálogo de alto nível entre a Igreja e os atores políticos” e é coorganizado pela Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia (COMECE) e a Santa Sé.

Como o primeiro dos três desafios em sua lista, Marx falou: “As mudanças climáticas… precisam mudar nosso estilo de vida insustentável a médio prazo. Unidos para este que é o problema dos custos das mudanças ecológicas e sua distribuição “.

Os outros dois grandes desafios, declarou Marx, são “mudanças no mercado do trabalho”, como a digitalização e a robótica, e a crise dos migrantes da Europa.

Ao colocar a “mudança climática” como o problema número um da Europa, o cardeal Marx ecoou o sentimento geral do povo alemão. Uma pesquisa publicada em agosto passado descobriu que a “mudança climática” era a principal preocupação de mais de 70% dos alemães, enquanto menos da metade dos entrevistados classificava a migração em massa como uma causa de ansiedade.

Curiosamente, em sua análise, o prelado não mencionou a profunda crise na Igreja Católica Alemã, que tem estado a sofrer hemorragia de fiéis nos últimos 20 anos.

Como Breitbart News informou em agosto passado, a Igreja Católica progressista na Alemanha perdeu 160 mil membros adicionais em 2016 e 537 paróquias foram fechadas. Desde 1996, a população católica na Alemanha diminuiu de 27.533.000 para 23.582.000 – um declínio de mais de 14%.

Cardeal diz que bispos alemães não estão aptos para liderar a Igreja contra o secularismo.

IHU – Um antigo cardeal alemão acusou os bispos de seu país de serem “completamente inaptos para trabalhar contra o crescente secularismo”, depois de o presidente da Conferência dos Bispos dizer que eles não poderiam ficar esperando pela aprovação de Roma para permitir que os católicos recasados ​​civilmente possam receber a Comunhão.

A reportagem é de Abigail Frymann Rouch, publicada na revista The Tablet, 25-03-2015. A tradução é de Claudia Sbardelotto.cardeal-cordes

O cardeal Paul Cordes (foto), presidente emérito do Pontifício Conselho Cor Unum, atacou o cardeal Reinhard Marx depois de ele dizer aos jornalistas, no final de fevereiro, que a Conferência Episcopal Alemã iria seguir com o seu próprio programa de pastoral, independentemente do resultado do Sínodo sobre da família, em outubro.

A questão de remover a proibição aos divorciados novamente casados ​​de receber os sacramentos é uma das questões mais disputadas que serão debatidas no Sínodo. A maioria dos bispos alemães é a favor de permitir os católicos recasados ​​civilmente de receber a Comunhão em certas circunstâncias. Na Inglaterra e no País de Gales, quase 500 padres assinaram uma carta resistindo a qualquer mudança de relaxar a proibição da Comunhão aos divorciados novamente casados.

“Nós não somos um ramo de Roma”, disse Marx em fevereiro numa coletiva de imprensa ao final da reunião plenária dos bispos. “Nós não podemos esperar que um Sínodo nos diga como temos que moldar o cuidado pastoral para o casamento e a família aqui”.

O cardeal Cordes, 80 anos, emitiu uma refutação robusta, segundo relatou a agência de notícias católicas com sede nos EUA, Catholic News Agency, esta semana, em uma carta datada de 7 de março para o jornal nacional católico alemão Die Tagespost. As declarações de Marx causaram confusão e demonstram uma “indefinição teológica que faz você se questionar”, escreveu ele. A linguagem de Marx estava mais adequada para uma conversa de bar do que para uma discussão teológica, e não estava certamente “imbuída do espírito de communio”, disse ele.

Ele disse que estava além da competência do cardeal Marx em decretar qualquer reforma sobre o assunto. “O presidente argumenta sobre o drama dos divorciados novamente casados! … Esse assunto está ligado diretamente ao centro da teologia. Neste campo, nem mesmo um cardeal consegue cortar um nó górdio tão complexo com um único golpe de espada. Ele tem [como referência] a teologia sacramental do Concílio de Trento”.

Cordes chegou a dizer que os bispos alemães não estavam qualificados para oferecer instruções para o mundo católico. Ele apontou para o declínio acentuado do catolicismo na Alemanha e citou uma pesquisa que mostrou que apenas 16% dos católicos afirmam acreditar em um Deus pessoal, concluindo que “não há razão para nos orgulhamos de nossa fé”.

“O aparelho eclesial alemão existente é completamente inapto para trabalhar contra o crescente secularismo”, disse ele.

Foto: CNS

Müller: “Seria anti-católico deixar que as Conferências Episcopais decidissem sobre doutrina”.

Em nova entrevista, Cardeal Müller, responsável pela doutrina, critica comentários de líder dos bispos alemães, Cardeal Marx. 

Por Catholic Herald | Tradução: Fratres in Unum.com – A idéia de que as conferências episcopais possam tomar decisões doutrinais sobre o matrimônio e a família é “absolutamente anti-católica”, afirmou o responsável doutrinal do Vaticano.

Em uma entrevista exclusiva à revista francesa Famille Chrétienne, o Cardeal Gerhard Müller declarou: “Trata-se de uma idéia absolutamente anti-católica que não respeita a catolicidade da Igreja. As conferências episcopais têm autoridade sobre determinados assuntos, mas não um magistério em paralelo ao Magistério, sem o Papa e sem comunhão com os bispos”.

Cardeal Gerhard Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (foto: CNS).
Cardeal Gerhard Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé (foto: CNS).

O prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé também respondeu às recentes declarações do Cardeal Reinhard Marx, presidente da conferência de bispos alemães.

O Cardeal Marx argumentou que os bispos alemães não são “só uma filial de Roma” e que precisavam implementar suas próprias políticas sobre o matrimônio e a família.

Ele afirmou: “Cada conferência episcopal é responsável pelo cuidado pastoral em sua cultura e devemos, como tarefa própria, anunciar o evangelho por nossa conta. Não podemos esperar até que um sínodo estabeleça algo, como temos feito até aqui, para abordar a pastoral família”.

De acordo com a tradução de Rorate-Caeli, o Cardeal Müller disse à Famille Chrétienne: “Uma conferência episcopal não é um concílio particular, muito menos um concílio ecumênico. O presidente de uma conferência episcopal não é mais do que um moderador técnico, e não tem nenhuma autoridade magisterial particular em decorrência deste título”.

“Ouvir que uma conferência episcopal não é só ‘uma filial de Roma’ permite-me recordar que as dioceses também não são filiais de um secretariado de uma conferência episcopal, nem da diocese cujo bispo preside a conferência”.

“Esse tipo de atitude gera o risco, de fato, de ressuscitar uma certa polarização entre as igrejas locais e a Igreja universal, superada desde os concílios Vaticano I e Vaticano II. A Igreja não é uma soma de igrejas nacionais, cujos presidentes votariam para eleger o seu chefe em nível universal”.

A íntegra da entrevista exclusiva do Cardeal Müller está disponível apenas na versão impressa de Famille Chrétienne.

Cardeal Marx diz que a Igreja da Alemanha não é uma filial de Roma e que Sínodo não pode dizer-lhes o que devem fazer.

O presidente da Conferência Episcopal Alemã, cardeal arcebispo de Munique, Reinhard Marx, declarou que «não somos uma filial de Roma. Cada conferência episcopal é responsável pelo cuidado pastoral em sua cultura e devemos, como tarefa própria, anunciar o evangelho por nossa conta». Quanto à pastoral, o cardeal disse que «o Sínodo não pode prescrever em detalhes o que devemos fazer na Alemanha».

Por Il Foglio/Cathcon/InfoCatólica | Tradução: Marcos Fleurer – Fratres in Unum.com Em declarações à imprensa, o cardeal dá por fato que após o sínodo seguirá uma comissão (em seu país) que analisará os temas mais relevantes já que, segundo ele as polêmicas teológicas sobre o matrimônio, a família e a moral sexual não poderão ser solucionadas em três semanas.

No Sínodo, indica, devemos encontrar um texto base que «conduziria a um maior progresso» na discussão. Também deve se buscar uma posição comum sobre questões fundamentais.

Sobre a doutrina, o cardeal disse que se deve estar em comunhão com a Igreja, mas em questões individuais de atenção pastoral, «o Sínodo não pode prescrever em detalhes o que devemos fazer na Alemanha». Portanto, acrescenta, os bispos alemães tem a intenção de publicar sua própria carta pastoral sobre o matrimônio e a família depois do Sínodo.

O ofício dos bispos não é esperar e receber permissão. «Não somos só uma filial de Roma.Cada conferência episcopal é responsável pelo cuidado pastoral em sua cultura e devemos, como tarefa própria, anunciar o evangelho por nossa conta. Não podemos esperar até que um sínodo estabeleça algo, como temos feito até aqui, para abordar a pastoral familiar».

A polêmica intervenção de Kasper no Consistório. Roberto de Mattei responde. Aumenta a divisão no Colégio Cardinalício.

Kasper muda o paradigma. Bergoglio aplaude

IHU – O texto da conferência-bomba que abriu o Consistório sobre a família já não é um segredo. Indica dois caminhos para readmitir à comunhão os divorciados recasados, seguindo o exemplo da Igreja antiga.

Fonte: http://bit.ly/1eIQkCu

A reportagem é de Sandro Magister e publicada no sítioChiesa, 01-03-2014. A tradução é de André Langer.

A conferência introdutória do cardeal Walter Kasper no Consistório da semana passada já não está fechada a sete chaves. Tornou-a pública, com um furo jornalístico magistral, o jornal italiano Il Foglio, dirigido por Giuliano Ferrara, que se antecipou em muito à saída da mesma conferência em forma de livro, pela editora Queriniana.

Mas, que esta conferência tivesse que ser mantida em segredo é um contrassenso, depois das palavras com que oPapa Francisco a elogiou, no dia 21 de fevereiro, ao final dos dois dias do Consistório dedicados à questão da família.

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Fogo amigo cardinalício.

Cardeal Marx: o uso de celulares na igreja é inaceitável. Schönborn dá o exemplo.

Cardeal Schönborn.
Cardeal Schönborn.

Fratres in Unum.com | com informações de Kreuz.netEm uma entrevista, o Cardeal Reinhard Marx, arcebispo de Munique e Frisinga, criticou o uso de celulares durante a Missa: “Quem envia mensagens de texto em seu celular ou simplesmente o fita durante uma conversa, demonstra ao outro que ele não é importante. Ninguém deveria ousar fazer isso com qualquer pessoa, especialmente com o querido Deus”.

O mais famoso usuário de celular durante a Missa é o Cardeal Christoph von Schönborn, arcebispo de Viena. Em suas missas jovens, os participantes enviavam mensagens de texto a ser projetadas em um telão durante a Missa.

Na foto, Schönborn participa ativamente da liturgia jovem. Em mais de uma ocasião, na Missa disco em outubro de 2005, em Viena, e na peregrinação dos jovens a Mariazell, em agosto de 2010, Sua Eminência usou seu próprio aparelho para enviar torpedos. Uma verdadeira guerra à liturgia católica.

Bispos da Alemanha vendem editora que veiculava conteúdo esotérico e pornográfico.

Por KNA/FSSPX-Alemanha | Tradução: Fratres in Unum.com

Bonn/Würzburg – Os bispos católicos decidiram vender o grupo editorial Weltbild e alterar parcialmente o Conselho de Fiscal da empresa.

Os bispos, que são os acionistas da editora, tomaram essa decisão na segunda-feira à noite, em Würzburg. A assembléia de acionistas foi convocada subitamente em razão de uma exigência da Assembléia Geral da Associação de Dioceses Alemãs (VDD).

Eles instruíram o Conselho de Fiscal a proceder à venda do grupo editorial “sem qualquer demora”, comunicou a Conferência dos Bispos Alemães na terça-feira, em Bonn. A editora foi criticada porque disponibilizava para venda conteúdo esotérico e pornográfico. (Veja informe em pius.info)

A VDD detém 24,2% da maior parte do grupo editorial, que pertence também a 12 dioceses católicas e a pastoral dos soldados.

A VDD dirigiu suas críticas à direção da empresa da editora Weltbild. “A disseminação via Internet, bem como a produção de mídia que contradigam os objetivos dos sócios, em seu próprio escopo corporativo, não devem prosseguir. A credibilidade do grupo editorial e de seus acionistas foi afetada”.

Os sócios da Weltbild decidiram igualmente fazer alterações no Conselho Fiscal.

Nesse ínterim, o “Südeutsche Zeitung” informou (terça-feira) sobre possíveis compradores para a Weltbild. Entre outros, foram mencionadas as editoras Bertelsmann, Burda e Holtzbrinck. Assim, o presidente da Hubert Burda Media Holding, Paul-Bernhard Kallen, ficaria no Conselho Fiscal da Weltbild.

A editora de Augsburgo foi alvo de críticas porque oferecia também literatura erótica e esotérica para venda por Internet. Na semana passada, o representante do Conselho Fiscal, Klaus Donaubauer, demitiu-se. Duas semanas atrás, o Papa Bento XVI alertou que era hora de “restringir energicamente” a ampla disseminação de material com conteúdo erótico ou pornográfico, sobretudo, em países ocidentais, esclareceu o pontífice.

A Santa Sé vai se certificar de “que o empenho necessário em relação a esses abusos por parte da Igreja Católica na Alemanha seja claro e decisivo”.

Um pouco mais tarde os cardeais Joachim Meisner (Colônia) e Reinhard Marx (Munique), entre outros, criticaram duramente a orientação da Weltbild.

O boletim da Fraternidade Sacerdotal São Pio X – “Mitteilungsblatt” – apontou para os abusos já nos anos de 2006 e 2008. (pius.info berichtete).