Pe. João Batista Almeida Ferraz Costa
Tendo em vista a próxima viagem de Bento XVI à Terra Santa e os debates teológicos entre a Fraternidade São Pio X e os dicastérios competentes da cúria romana em torno dos temas mais controvertidos do Concílio Vaticano II, desejaria fazer um cotejo entre o ensinamento de Santo Agostinho e uma passagem do Catecismo da Igreja Católica.
Há notícias de que os judeus estão descontentes com Bento XVI porque este ainda não disse claramente que eles, por professarem a lei de Moisés, têm a salvação.
Todo esse problema, essa confusão reinante, seria perfeitamente evitado se a tradição da Igreja não tivesse sido atirada às urtigas nesses últimos anos. Na verdade, os modernistas iludiram os judeus de hoje com um falso ecumenismo, um diálogo inter-religioso irresponsável, que não tem como preocupação central a questão doutrinária, mas apenas fomenta um sincretismo, um irenismo com vista a um projeto filantrópico mundial. De maneira que, quando desponta o problema doutrinário – por que hoje temos um papa teólogo que não descuida do dogma – essas pessoas sentem-se enganadas achando que a Igreja tinha renunciado a sua missão de proclamar Cristo como único Salvador e a ela própria, Igreja Católica Apostólica Romana, como a única verdadeira Igreja de Cristo.