É de conhecimento de todo católico que o Papa Leão XIII declarou nulas as ordens dos anglicanos. Entretanto, isso não impediu que Paulo VI, em 1966, desse ao então ‘arcebispo’ de Canterbury, Michael Ramsey, um anel episcopal. A exemplo de seu predecessor, João Paulo II deu ao atual ‘arcebispo’, Dr. Rowan Williams, uma cruz peitoral.
Não se tem conhecimento de casos anteriores de leigos recebendo, por parte de autoridades Católicas, objetos destinados apenas a bispos.
Entretanto, curiosamente é dito num artigo que trata da atual divisão existente dentro da própria ‘Igreja’ Anglicana:
Eu me lembro de estar na abertura das cerimônicas do Grande Jubileu do ano 200 em Roma, quando o Papa João Paulo II abriu a Santa Porta na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Ele convidou o então arcebispo de Canterbury, Dr. George Carey, e o arcebispo Ortodoxo para abrirem a porta juntos dele, os três lado a lado em unidade.
Por volta da época morte de João Paulo II em 2005 as coisas se deterioraram significantemente. O rascunho original de seu funeral chamava o Arcebispo de Canterbury e o Patriarca Ortodoxo de Constantinopla para oferecerem orações conjuntas na conclusção da missa do funeral, mas isso nunca aconteceu. Na época se achava mais duvidável, acima de tudo aos olhos dos Ortodoxos, que a Comunhão Anglicana estava ainda na tradição histórica da fé apostólica.
Quem seria o responsável por essa afronta ao “procurar aquilo que nos une”? Teria Bento XVI, na época Cardeal apenas, alguma responsabilidade nisso?
É de conhecimento público o interesse do Papa no retorno dos tido como “radicais” da Comunhão Anglicana, tanto que ele entregou a matéria nas mãos da Congregação para a Doutrina da Fé e não para os responsáveis pelo ecumenismo.
Na foto, João Paulo II beijando a mão do leigo supostamente arcebispo de Canterbury. Ao fundo, o Cardeal Murphy O’Connor sorri. O mesmo sorriso que ele não fez questão de apresentar na Missa do Cardeal Castrillon Hoyos em Westminster.